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Sessão da Câmara Municipal

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

AREIA BRANCA DO TUCUM


Originado de uma carta de sesmaria, segundo dados históricos, situado às margens dos rios Paraná e Paranapanema, subindo pela Areia Branca, foi região de conflitos, palco de disputas de ocupação, invasão, posse e batalha judicial. O embate jurídico seguiu solução difícil, principalmente, porque vários pequenos agricultores com medo de não obterem o título de suas terras se sentiam ameaçados e também entravam na justiça com pedidos de manutenção de posse.

O processo de colonização da microrregião denominada, Areia Branca do Tucum, no extremo noroeste do Paraná, foi empreendido a partir do ano de 1947, pelo Estado e por empresas colonizadoras como: a Terras Colonização Paranapanema Ltda., a Imobiliária Nova Londrina Ltda, a Colonizadora Marilena Ltda e a Colonizadora Norte do Paraná Ltda que deram origem às cidades como Nova Londrina, Marilena e Loanda, respectivamente.

A colonização da área de terras da Areia Branca do Tucum na Colônia Paranavaí começou em 1947 quando a imobiliária Terras Colonização Paranapanema Ltda, de José Volpato, Antônio Scandelari e Francisco Puglielli iniciou os trabalhos de colonização do atual município de Nova Londrina. Em 1948 foi a vez da Colonizadora Marilena Ltda, de propriedade de André Luiz Volpato, Amadeu Deniz, Antenor Borba, Índio Brasileiro Borba e José Abelardo Barros Alcântara, dar início à colonização de Marilena. No ano de 1950 a área de Nova Londrina foi transferida da imobiliária Terras Colonização Paranapanema Ltda para a colonização da Imobiliária Nova Londrina Ltda de Silvestre Dresch, Armando Valentin Chiamullera, Leopoldo Lauro Bender, Ewaldir Bordin e Salim Zaidan.

Na área do grilo, Areia Branca do Tucum, houve fraudes de documentos, desapropriações e mortes. No coração da selva, há um cemitério Abandonado, à espera de um ad referendum... História esquecida, repleta de mistério. Não há projeto de autoridade, nem de herdeiro. Não existe mais lembrança, nem dia de finado. Brava gente que virou apenas esqueleto sem legado, sem registro e sem passado. A única certeza, é que há nessa localidade, uma cidade de mortos em ruína, indesejada, esquecida. Região belíssima, próxima de tantos portos... Quanto sonho, ali, foi esperança, e, hoje, não grita mais! O que restou foi um cemitério abandonado.

 

 

Prof. Osmar Fernandes, em 30/06/2020

Código do texto: T6992461
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