Originado de uma carta de sesmaria, segundo dados
históricos, situado às margens dos rios Paraná e Paranapanema, subindo pela Areia Branca, foi região
de conflitos, palco de disputas de ocupação, invasão, posse e batalha
judicial. O embate jurídico seguiu solução difícil, principalmente, porque vários
pequenos agricultores com medo de não obterem
o título de suas terras se sentiam ameaçados e também entravam na justiça com
pedidos de manutenção de posse.
O
processo de colonização da microrregião denominada, Areia Branca do Tucum, no
extremo noroeste do Paraná, foi empreendido a partir do ano de 1947, pelo
Estado e por empresas colonizadoras como: a Terras Colonização Paranapanema
Ltda., a Imobiliária Nova Londrina Ltda, a Colonizadora Marilena Ltda e a
Colonizadora Norte do Paraná Ltda que deram origem às cidades como Nova
Londrina, Marilena e Loanda, respectivamente.
A
colonização da área de terras da Areia Branca do Tucum na Colônia Paranavaí
começou em 1947 quando a imobiliária Terras Colonização Paranapanema Ltda, de
José Volpato, Antônio Scandelari e Francisco Puglielli iniciou os trabalhos de
colonização do atual município de Nova Londrina. Em 1948 foi a vez da
Colonizadora Marilena Ltda, de propriedade de André Luiz Volpato, Amadeu Deniz,
Antenor Borba, Índio Brasileiro Borba e José Abelardo Barros Alcântara, dar
início à colonização de Marilena. No ano de 1950 a área de Nova Londrina foi
transferida da imobiliária Terras Colonização Paranapanema Ltda para a
colonização da Imobiliária Nova Londrina Ltda de Silvestre Dresch, Armando
Valentin Chiamullera, Leopoldo Lauro Bender, Ewaldir Bordin e Salim Zaidan.
Na área do grilo, Areia Branca do Tucum, houve fraudes de documentos,
desapropriações e mortes. No coração da selva, há um cemitério Abandonado, à espera de um ad referendum... História esquecida, repleta de
mistério. Não há projeto de autoridade, nem de herdeiro. Não existe mais
lembrança, nem dia de finado. Brava gente que virou apenas esqueleto sem legado,
sem registro e sem passado. A única certeza, é que há nessa localidade, uma cidade de
mortos em ruína, indesejada, esquecida. Região belíssima, próxima de
tantos portos... Quanto sonho, ali, foi esperança, e, hoje, não grita mais! O que restou foi um cemitério abandonado.
Prof. Osmar Fernandes, em 30/06/2020
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