Trabalhando

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Sessão da Câmara Municipal

sexta-feira, 29 de abril de 2011

alma e espírito

As palavras "alma" e "espírito" nas Escrituras provém de palavras hebraicas e gregas, línguas em que a Palavra de Deus foi escrita. Vejamos:

Alma - No AT, vem do hebraico vpn (nephesh). Ocorre aproximadamente 755 vezes, sendo traduzida de diferentes formas, dependendo do contexto. No Novo Testamento, a palavra grega é quch (psyche) e ocorre aproximadamente 105 vezes.

Espírito - No AT, são usadas as palavras Mwr (ruach) e hmvn (neshamah). Aparece 377 vezes. No Novo Testamento, a palavra grega para espírito é pneuma (pneuma); ocorre 220 vezes.
Ambas são traduzidas de diversas formas nas Escrituras; eis alguns exemplos:
Alma - vida (Gn 9:4,5; 35:18; Sl 31:13, etc), pessoa (Gn 14:21; Dt 10:22; At 27:37, etc), cadáver (Números 9:6); apetite (Ec 6:7) coração (Ex 23:9) ser vivente (Ap 16:3) pronomes pessoais (Sl 3:2; Mt 26:38)

A palavra “alma” aparece na Bíblia aproximadamente 1600 vezes, e em nenhum caso refere-se a uma entidade fora do corpo, ou que seja “imortal”.

Espírito - vento (respiração - Gn 8:1), espírito (no sentido de alento - Jz 15:19), atitude ou estado de espírito (Rm 8:15; I Co 4:21, etc), sopro ou hálito de Deus (II Ts 2:8, etc) consciência individual (I Co 2:11, primeira parte).
Possui também outras definições: anjos e demônios (Hb 1:14; I Tm 4:1, etc) aplica-se como apelativo a Cristo (II Co 3:17 ) a Divina natureza de Cristo (Rm 1:4), a Terceira Pessoa da Trindade (Rm 8:9-11; I Cor. 2:8-12 )
O termo "espírito", em todas as vezes que aparece nas Escrituras referindo-se ao ser humano, não expressa o conceito de que o mesmo seja uma entidade imaterial consciente capaz de sobreviver fora do corpo.
Por que existem tantos sentidos para as palavras “alma e espírito”? A línguas bíblicas não possuem um considerável número de verbetes. Como exemplo temos o hebraico, que não tem vogais, preposições, ou conjunções. É esta escassez de palavras que torna possível apenas uma assumir vários sentidos.
Como comparação, vejamos a língua portuguesa. Mesmo sendo rica em letras e verbetes, enfrenta certas dificuldades. A palavra “manga” tem mais de 1 sentido: manga de um casaco; a fruta cujo nome é manga, etc. Se a nossa língua, com seus muitos verbetes têm palavras com vários sentidos, imagine o alfabeto hebraico !
Apesar das diversas traduções, é importantíssimo sabermos que o conceito básico de "espírito" e "alma" encontramos no texto de Gênesis 2:7, onde nos é mencionado o processo utilizado por Deus na criação do homem:
“Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida (neshamah), e o homem passou a ser alma (nephesh) vivente”. Gênesis 2:7.
Deus formou ao homem de 2 elementos: pó da terra e fôlego de vida. De acordo com o original, este texto seria da seguinte forma: "Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o espírito de vida (fôlego de vida), e o homem passou a ser uma pessoa vivente".Isto significa que no conceito Bíblico:
A) Espírito é o fôlego de vida proveniente de Deus;
B) Alma é a união do corpo com o fôlego de vida, ou seja, a pessoa como um todo. Isto é apoiado pelo texto de Deuteronômio 10:22. Exemplifiquemos isto:
Digamos que você tenha uma lâmpada e não tenha e eletricidade. Terá luz? Certamente não.
Agora suponhamos que você tenha a eletricidade, mas não tenha a lâmpada. Terá luz? Também não.
Para haver a luz, terá de ter a lâmpada e a eletricidade; apenas uma delas não bastará.
O mesmo se dá com a vida. Para existir vida, temos de ter o corpo e o espírito (fôlego de Deus). Caso contrário, não temos vida; somos inconscientes. Como disse Jesus:
“Isto dizia e depois lhes acrescentou: Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo. Disseram-lhe, pois, os discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo. Jesus, porém, falara com respeito à morte de Lázaro; mas eles supunham que tivesse falado do repouso do sono. Então, Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu”. João 11:11-14.
Cristo comparou a morte a um SONO, confirmando assim o que diz Salomão:
“Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol”. Eclesiastes 9:5-6.
Portanto:
Lâmpada + eletricidade = Luz.
Lâmpada - eletricidade = Sem luz.
Pó da Terra (corpo) + fôlego de vida (espírito) = Alma vivente.
Pó da terra - fôlego de vida = cadáver - sem vida.
A união do corpo com o fôlego de vida de Deus resultou numa alma vivente. Assim, podemos ver que o homem “é uma alma”. (cf. Deuteronômio 10:22), não “possui uma alma”.
O fôlego de vida (espírito) humano, dado por Deus, a fonte de toda a vida (Salmo 36:6; Colossenses 1:17, etc) é o mesmo de todos os animais (leia Gênesis 7:22; Eclesiastes 3:19); isto quer dizer que este alento não pode ser algo inteligente, pois se o fosse, o fôlego de vida dos animais (o espírito) teria de ser algo racional também.
Quando morre o corpo, o fôlego de vida não mais existe; torna para Deus (Eclesiastes 12:7) (reintegra-lo, talvez, no ar). Sendo que este espírito (sopro ou fôlego de vida) não é algo pensante, na morte o ser humano deixa de existir como um todo.
De acordo com as Escrituras, o único que possui a imortalidade é Deus: “a qual, em suas épocas determinadas, há de ser revelada pelo bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores; o único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver. A ele honra e poder eterno. Amém!” 1 Timóteo 6:15-16.
Isto se dá porque, para o homem fosse eterno, teria de obedecer a Deus para ter livre acesso á árvore da vida, que perpetua a existência. Como o homem pecou e Deus o expulsou do éden, ele não comeu mais da árvore da vida, tornando-se assim mortal. (Leia Gênesis 3:22-24; Isaías 51:12).
Se já fôssemos imortais, não haveria necessidade de Adão ter comido da árvore da vida, e nós de a comermos no céu. (cf. Gênesis 2:16, 17; 3:23, 24 e Apocalipse 22:2). Como seríamos imortais sendo que Deus privou o homem de comer da árvore da vida? (ver Gênesis 3:22 e 24). O homem foi criado com a imortalidade; mas esta era “condicional” à obediência a Deus.
No céu, quando Jesus voltar e nos levar com ele iremos comer da árvore da vida para sermos imortais: “No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos”. Apocalipse 22:2.
“Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas”. Apocalipse 22:14.
“e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro”. Apocalipse 22:19.
Se já tivéssemos uma alma ou espírito imortal, não haveria necessidade disto.
Se o espírito ou alma já estivessem no céu (vivendo de um modo imaterial), porque Jesus iria vir nos buscar? Não haveria necessidade disto se já estivéssemos lá em cima.
A ressurreição é uma prova de que a pessoa ainda não está no céu na morte; se Jesus vem nos ressuscitar a pessoa para levar ao céu, é sinal de que ela ainda não está lá.
Com o auxílio de uma concordância analítica, podemos verificar que o hebraico “nephesh” e o grego “psique” não aparecem uma única vez coma idéia de imortalidade ou eternidade.
As mesmas palavras hebraicas usadas para definir espírito são usadas para referir-se ao “fôlego de vida” que Deus soprou nas narinas do homem; assim ocorre também com as palavras gregas.
O estado do homem na morte
Na Bíblia, a morte é comparada a um “sono” cerca de 53 vezes, indicando assim o estado de inconsciência dos mortos até a volta de Jesus (Salmo 6:5; 13:3; 88:10-12; 115:17; Isaías 38:18-19; Eclesiastes 9:5-6 e 10; I Tessalonicenses 4:13-16).
“A Bíblia não apóia em absoluto a doutrina popular de que os mortos permanecem conscientes até a ressurreição. Pelo contrário, enfaticamente refuta tal ensinamento (Sl 115:17; Ec 9:5). Emprega-se comumente o verbo dormir como símbolo da morte (Dt 31:16; 2 Sm 7:12; I Rs 11:43; Jó 14:12 ; Dn 12:2; Jo 11:11,12; I Co 15:51; I Ts 4:13-17; etc). A declaração de Jesus, que consolava a seus discípulos com a idéia de que eles voltariam a estar com ele na ocasião de sua segunda vinda e não na morte, ensina claramente que o “sono” não é uma comunicação consciente dos justos com o Senhor (João 14:1-3). Do mesmo modo, Paulo explicou que ao produzir-se o segundo advento, todos os justos que então estão vivos e os mortos que ressuscitarão neste momento se unirão simultaneamente com Cristo, sem que os vivos precedam os mortos (I Ts 4:16,17)” .
Se a morte fosse um começo de uma nova existência, não poderia ser chamada pelas Escrituras de nossa “inimiga” (I Coríntios 15:26); teria de ser chamada de amiga, pois estaria nos ajudando a ir para o paraíso.
Como os justos irão pára o céu. Origem da doutrina da imortalidade da alma
Não nos esqueçamos que as pessoas que foram arrebatadas ao Paraíso (Enoque, Moisés e Elias) o foram com o corpo, em vida e não por ocasião da morte (Moisés foi ressuscitado antes de ir ao céu - cf. Judas 9). Isto é uma prova indiscutível de que o ser humano, ao ir para o Céu, irá também com o corpo e não em espírito apenas.
Basta estudarmos a história e veremos que “a doutrina da imortalidade da alma não é bíblica, mas pagã. Nasceu na Grécia e propagou-se na Igreja, através de Platão, do século V em diante, graças à influência de Agostinho...” (Professor Otoniel Mota, Pastor Presbiteriano, em Meu Credo Escatológico [opúsculo], ed. 1938, p. 3.)
Questões Bíblicas para análise:
1) Se a pessoa ao morrer fosse para o céu ou para o inferno, que necessidade haveria de Jesus voltar e nos ressuscitar, se já estivéssemos no céu? (os de Cristo, na sua vinda - I Cor. 15:23). É ilógico Jesus enviar-nos do céu 'em espírito' para a sepultura para depois ter de ressuscitar. Como harmonizar a doutrina da ressurreição com a doutrina imortalista?
2) Como crer que ao morrermos vamos para o céu se em Hebreus 11:39 e 40 os heróis da fé ainda não obtiveram a concretização da promessa, pois Deus não quer que sem nós eles sejam aperfeiçoados? (Lembremos de I Cor. 15:20).
3) Como crer na doutrina da imortalidade da alma sendo que a eternidade do homem era condicional à obediência a Deus, e por desobedecer Adão foi privado da árvore da vida para que não se tornasse imortal como Deus? Nós não comemos da árvore da vida... (Gênesis 3:22-23). Porque iremos comer da árvore da vida no céu se nosso espírito é imortal? (Apocalipse 22:2).
4) Se somos imortais, porque devemos ainda “buscar a imortalidade e a incorruptibilidade”? (Romanos 2:7). Se devemos buscar, é porque não a temos.
5) Porque Jesus diz ser a morte um sono? (João 11:11-14) Porque Jesus disse, após Sua ressurreição, que durante a morte “ainda não tinha subido para o Pai?” (João 20:17).
6) Como harmonizar a doutrina da imortalidade da alma com o texto de Mateus 16:27, no qual diz que “a recompensa será dada quando Jesus voltar”? Se estivessem os mortos no céu ou no inferno, já teriam recebido a recompensa...Tal doutrina (vida após a morte) não se harmoniza com a doutrina do Juízo.
7) Jesus disse em João 11:25: “... Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; (João 11:25 grifo meu); Ele não disse: “... ainda que morra, vive...”. “Ao contrário, Ele declarou, que no futuro trará da sepultura aqueles que morreram nEle. Veja João 5:28 e 29”.

Quando receberemos a imortalidade. 

Em João 5:24 o Senhor diz que ao cremos nEle, temos a imortalidade garantida. Mas isto não significa que hoje tenhamos recebido a imortalidade . Isto fica claro nos seguintes textos, onde se afirma que a receberemos quando Jesus voltar e ressuscitar os justos :“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá”João 11:25. “E serás bem-aventurado, pelo fato de não terem eles com que recompensar-te; a tua recompensa, porém, tu a receberás na ressurreição dos justos”. Lucas 14:14. “De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia”. João 6:40.
Outros versos:
“Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho por sua fé não obtiveram, contudo, a concretização da promessa, por haver Deus provido coisa superior a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados”. Hebreus 11:39-40. “Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda”. 1 Coríntios 15:23. “Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor”. 1 Ts 4:13-17.
Neste texto podemos ver a seqüência correta dos eventos antes de recebermos a imortalidade que já nos está assegurada em Cristo:
1o: Vinda de Jesus;
2o: Ressurreição dos mortos;
3o: Transformação dos vivos;
4o: Arrebatamento dos vivos juntamente com os mortos ressuscitados, indicando assim que iremos para o céu todos juntos; os mortos não vão primeiro após a morte;
5o: Encontro com o Senhor nos ares;
6o: Vida eterna ao lado de Cristo.
Em I Coríntios 15 também podemos observar esta seqüência em muitos detalhes:
“Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória”. 1 Coríntios 15:51-54.
1o: Volta de Jesus, anunciada pelas trombetas;
2o: Ressurreição dos mortos;
3o: Transformação dos vivos;
4o: Nos é outorgada a imortalidade, pois é neste momento que é dito que “tragada foi a morte pela vitória”.
Eis a seqüência apresentada e apoiada pelas Escrituras.
Escola Bíblica - escolabiblica@sisac.org.br

Santa Maria Madalena e a sua história

Santa Maria

Madalena 
Pietro Perugino 047.jpg
Maria Madalena por Pietro Perugino

 (c. 1500).


          Maria Madalena 

          Descrita no Novo Testamento como uma das discípulas mais dedicadas de Jesus Cristo. É considerada santa pelas igrejas Católica, Ortodoxa e Anglicana, sendo celebrada no dia 22 de julho. É também comemorada pela Igreja Luterana com festividades no mesmo dia. A Igreja Ortodoxa também a celebra no segundo domingo após a Páscoa. O nome de Maria Madalena a descreve como sendo natural de Magdala, cidade localizada na costa ocidental do Mar da Galileia


          Ela acreditava que Jesus Cristo realmente era o Messias. (Lucas 8:2; 11:26; Marcos 16:9). Madalena esteve presente na crucificação e no funeral de Cristo, juntamente com Maria de Nazaré e outras mulheres. (Mateus 27:56; Marcos 15:40; Lucas 23:49; João 19.25) (Mateus 27:61; Marcos 15.47; Lucas 23:55). No sábado após a crucificação, saiu do Calvário rumo a Jerusalém com outros crentes para poder comprar certos perfumes, a fim de preparar o corpo de Cristo da forma como era de costume funerário. Permaneceu na cidade durante todo o sábado, e no dia seguinte, de manhã muito cedo, "quando ainda estava escuro", foi ao sepulcro, achou-o vazio, e recebeu de um anjo a notícia de que Cristo havia ressuscitado e foi-lhe dito que devia informar tal fato aos apóstolos. (Mateus 28:1-10; Marcos 16:1-5,10,11; Lucas 24:1-10; João 20:1,2; compare com João 20:11-18). Nada mais se sabe sobre ela a partir da leitura dos Evangelhos Canônicos.
          Em Lucas 8:2, faz-se menção, pela primeira vez, de "Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios". Não há qualquer fundamento bíblico para considerá-la como a prostituta arrependida dos pecados que pediu perdão a Cristo; também não há nenhuma menção de que tenha sido prostituta. Este episódio é frequentemente identificado com o relato de Lucas 7:36-50, ainda que não seja referido o nome da mulher em causa.


Ensinamentos da Igreja

          São Gregório Magno comenta que Santa Maria Madalena amava tanto ao Senhor que não se afastava do sepulcro, chorando, sentia saudade daquela que julgava ter sido roubado. Por isso, somente ela o viu, porque somente ela perseverara. Ele a compara a Davi, quando no Salmo diz: Minha alma tem sede de Deus e deseja o Deus vivo (Sl 41,3). Ao reconhecer Jesus, imediatamente o coloca acima, chamando-o Mestre. O termo empregado por ela, "Rabuni", é mais solene que o habitual "Rabi", e é usado principalmente quando se refere a Deus, da mesma maneira que o faz, por exemplo, São Tomé.


Teorias

Maria Madalena, obra de Gregor ErhartLouvre.
          Alguns escritores e estudiosos contemporâneos, principalmente Margaret George, Henry Lincoln, Michael Baigent e Richard Leigh, autores do livro O Santo Graal e a Linhagem Sagrada (1982), e Dan Brown autor do romance O Código da Vinci (2003), narram Maria Madalena como uma apóstola, mulher de Cristo que teve com ele, inclusive, filhos. Nessas narrações, tais fatos teriam sido escondidos por revisionistas cristãos que teriam alterado os Evangelhos.
          Estes escritores teriam baseado suas afirmações nos Evangelhos Canônicos e nos livros apócrifos do Novo Testamento, além dos escritos gnósticos. Segundo os evangelhos aceitos e selecionados pela Igreja Católica, Jesus Cristo, o suposto "filho de Deus", não veio à Terra para se casar com uma humana e muito menos ter filhos com ela. Portanto, para os preceitos desta Igreja, Maria Madalena não foi e nem poderia ter sido a esposa de Jesus Cristo.
          Tornou-se muito célebre, com a divulgação do livro de Dan Brown, o argumento de que na tela A Última Ceia, de Leonardo da Vinci, a personagem que está à sua direita, com traços femininos, seja Maria Madalena e não o apóstolo João, como outros defendem. O facto de Jesus não envergar nenhum cálice - o Graal - poderá levar a interpretações que muitos fanáticos cristãos consideram "flagrantemente abusivas" do ponto de vista histórico e religioso, como acreditar que Maria Madalena é, de facto, o "cálice sagrado" onde repousa o "sangue de Cristo" ou seja, que ela estaria grávida de Jesus Cristo.
          Praticamente todos os teólogos cristãos consideram inaceitável a história narrada no romance de Dan Brown. Argumentam que Leonardo da Vinci se inspirou no Evangelho de João (no texto João 21:20) em que se fala do discípulo amado - que seria o próprio apóstolo João - e não propriamente nas passagens referentes à instituição da Última Ceia.
          Outros estudiosos consideram a teoria válida, afirmando uma vez que a própria existência de Jesus Cristo não está comprovada até hoje, e que qualquer hipótese relativa a tão obscuras e confusas tradições e escritos pode ser levada em consideração para análises à luz indispensável da Ciência. Mas a história filosófica escreve sobre Jesus, como é o caso de Flávio Josefo e Públio Cornélio Tácito; o primeiro um historiador judeu e o último um bibliotecário romano que escreveu a biografia de Nero César.

Madalena, o Mito

A face feminina de Deus, como o foi Ísis e Eurídice, a representação da Sofia grega, que Pitágoras e Parmênides encaravam como a uma deusa é representada por Maria Madalena e o seu histórico banimento. Não basta aceitar e declarar a união espiritual da Madalena e de Jesus, para Margareth Starbird, é necessário reconhecer o papel arquetípico da sua união, uma união sagrada, que também ocorreu no plano físico.

O Evangelho de Maria Madalena


          O Evangelho de Maria Madalena traz uma nova interpretação de quem teria sido Maria de Magdala. Segundo este evangelho, ela teria sido uma discípula de suma importância à qual Jesus teria confidenciado informações que não teria passado aos outros discípulos, sendo por isso questionada por Pedro e André. Ela surge ali como confidente de Jesus, alguém, portanto, mais próximo de Jesus do que os demais.

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Trechos do Evangelho de Maria Madalena

          "O apego à matéria gera uma paixão contra a natureza. É então que nasce a perturbação em todo o corpo; é por isso que eu vos digo: Estejais em harmonia… Se sois desregrados, inspirai-vos em representações de vossa verdadeira natureza. Que aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça. Após ter dito aquilo, o Bem-aventurado saudou-os a todos dizendo: Paz a vós – que minha Paz seja gerada e se complete em vós! Velai para que ninguém vos engane dizendo: Ei-lo aqui. Ei-lo lá. Porque é em vosso interior que está o Filho do Homem; ide a Ele: aqueles que o procuram o encontram. Em marcha! Anunciai o Evangelho do Reino."
          "Pedro disse: "O Salvador realmente falou com uma mulher sem nosso conhecimento? Devemos nos voltar e escutar essa mulher? Ele a preferiu a nós?". E Levi respondeu: "Pedro, você sempre foi precipitado. Agora te vejo lutando contra a mulher como a um adversário. Se o Salvador a tornou digna, quem és tu para rejeitá-la? Certamente o Salvador a conhece muito bem. Foi por isso a amou mais que ama a nós"."

Referências


O Evangelho Segundo Maria Madalena


APRESENTAÇÃO


     Apresentamos, numa versão modernizada, textos considerados apócrifos e que trazem importantes informações a respeito da vida de Cristo, preenchendo lacunas até então criadas pelos Evangelhos constantes da Bíblia.
    Este Evangelho foi escrito provavelmente no século II. Foi através de um fragmento copta, que ele chegou até nós. O destaque fica para a estranha parábola que Jesus conta para Maria Madalena. Esta passagem ocorreu após sua crucificação.

FRAGMENTO DO EVANGELHO SEGUNDO MARIA MADALENA

          Salvador disse: "Todas as espécies, todas as formações, todas as criaturas estão unidas, elas dependem umas das outras, e se separarão novamente em sua própria origem. Pois a essência da matéria somente se separará de novo em sua própria essência. Quem tem ouvidos para ouvir que ouça".

          Pedro lhe disse: "Já que nos explicaste tudo, dize-nos isso também: o que é o pecado do mundo?" Jesus disse: "Não há pecado; sois vós que os criais, quando fazeis coisas da mesma espécie que o adultério, que é chamado 'pecado'. Por isso Deus Pai veio para o meio de vós, para a essência de cada espécie, para conduzi-la a sua origem." Em seguida disse: "Por isso adoeceis e morreis [...]. Aquele que compreende minhas palavras, que as coloque em prática. A matéria produziu uma paixão sem igual, que se originou de algo contrário à Natureza Divina. A partir daí, todo o corpo se desequilibra. Essa é a razão por que vos digo: tende coragem, e se estiverdes desanimados, procurais força das diferentes manifestações da natureza. Quem tem ouvidos para ouvir que ouça." Quando o Filho de Deus assim falou, saudou a todos dizendo: "A Paz esteja convosco. Receba minha paz. Tomai cuidado para ninguém vos afaste do caminho, dizendo: 'Por aqui' ou 'Por lá', Pois o Filho do Homem está dentro de vós. Segui-o. Quem o procurar, o encontrará. Prossegui agora, então, pregai o Evangelho do Reino. Não estabeleçais outras regras, além das que vos mostrei, e não instituais como legislador, senão sereis cerceados por elas". Após dizer tudo isto partiu.

          Mas eles estavam profundamente tristes. E falavam: "Como vamos pregar aos gentios o Evangelho ao Reino do Filho do Homem? Se eles não o procuraram, vão poupar a nós?" Maria Madalena se levantou, cumprimentou a todos e disse a seus irmãos: "Não vos lamentais nem sofrais, nem hesiteis, pois sua
graça estará inteiramente convosco e vos protegerá. Antes, louvemos sua grandeza, pois Ele nos preparou e nos fez homens". Após Maria ter dito isso, eles entregaram seus corações a Deus e começaram a conversar sobre as palavras do Salvador.

          Pedro disse a Maria: "Irmã, sabemos que o Salvador te amava mais do que qualquer outra mulher. Conta-nos as palavras do Salvador, as de que te lembras, aquelas que só tu sabes e nós nem ouvimos".

          Maria Madalena respondeu, dizendo: “Esclarecerei a vós o que está oculto". E ela começou a falar essas palavras: "Eu", disse ela, eu tive uma visão do Senhor e contei a Ele: “Mestre, apareceste-me hoje numa visão”. Ele respondeu e me disse: 'Bem aventurada sejas, por não teres fraquejado a me ver. Pois, onde está à mente há um tesouro. Eu lhe disse: Mestre, aquele que tem uma visão vê com a alma ou como espírito? Jesus respondeu e disse: "Não vê nem com a alma nem com o espírito, mas com a consciência, que está entre ambos - assim é que tem a visão [...]". E o desejo disse à alma: 'Não te vi descer, mas agora te vejo subir. Por que falas mentira, já que pertences a mim? ' A alma respondeu e disse: 'Eu te vi. Não me viste, nem me reconheceste. Usaste-me como acessório e não me reconheceste. ' Depois de dizer isso, a alma foi embora, exultante de alegria. ”De novo alcançou a terceira potência, chamada ignorância”. A potência inquiriu a alma dizendo: 'Aonde vais? Estás aprisionada à maldade. Estás aprisionada, não julgues! ' E a alma disse: Por que me julgaste apesar de eu não haver julgado? Eu estava aprisionada; no entanto, não aprisionei. Não fui reconhecida que o Todo se está desfazendo, tanto as coisas terrenas quanto as celestiais. “Quando a alma venceu a terceira potência, subiu e viu a quarta potência, que assumiu sete formas”. A primeira forma, trevas; a segunda, desejo; a terceira ignorância; a quarta, é a comoção da morte; a quinta, é o reino da carne; a sexta, é a vã sabedoria da carne; a sétima, a sabedoria irada. Essas são as sete potências da ira. Elas perguntaram à alma: De onde vens devoradora de homens, ou aonde vais, conquistadora do espaço? ' A alma respondeu dizendo: ' O que me subjugava foi eliminado e o que me fazia voltar foi derrotado... e meu desejo foi consumido e a ignorância morreu. Num mundo fui libertada de outro mundo; num tipo fui libertada de um tipo celestial e também dos grilhões do esquecimento, que são transitórios. “Daqui em diante, alcançarei em silêncio o final do tempo propício, do reino eterno”.

          Depois de ter dito isso, Maria Madalena se calou, pois até aqui o Salvador lhe tinha falado. Mas André respondeu e disse aos irmãos: "Dizei o que tendes para dizer sobre o que ela falou. Eu, de minha parte, não acredito que o Salvador tenha dito isso. Pois esses ensinamentos carregam idéias estranhas". Pedro respondeu e falou sobre as mesmas coisas. Ele os inquiriu sobre o Salvador: "Será que ele realmente conversou em particular com uma mulher e não abertamente conosco? Devemos mudar de opinião e ouvirmos ela? Ele a preferiu a nós?" Então Maria Madalena se lamentou e disse a Pedro: "Pedro, meu irmão, o que estás pensando? Achas que inventei tudo isso no mau coração ou que estou mentindo sobre o Salvador?" Levi respondeu a Pedro: "Pedro, sempre fostes exaltado. Agora te vejo competindo com uma mulher como adversário. Mas, se o Salvador a fez merecedora, quem és tu para rejeitá-la? Certamente o Salvador a conhece bem. Daí a ter amado mais do que a nós. É antes, o caso de nos envergonharmos e assumirmos o homem perfeito e nos separaremos, como Ele nos mandou, e pregarmos o Evangelho, não criando nenhuma regra ou lei, além das que o Salvador nos legou." Depois que Levi disse essas palavras, eles começaram a sair para anunciar e pregar.

domingo, 24 de abril de 2011

Sport Club Corinthians Paulista - a história de todos os tempos



HISTÓRIA

A história do Sport Clube Corinthians Paulista começa no dia 1º de setembro de 1910, quando dez apaixonados por futebol - Joaquim Ambrósio, Antônio Pereira ,César Nunes, Rafael Perrone, Salvador Lopomo, João da Silva, Anselmo Correia, Alexandre Magnani, e Antônio Nunes - se reuniram no bairro do Bom Retiro trazendo na bagagem a esperança de criar um time popular.

O alfaiate Miguel Bataglia foi eleito pelo grupo o presidente deste novo sonho, por causa da sua carreira de sucesso e da ajuda financeira. Para a idealização se tornar realidade, bastava escolher um nome para o novo time. Foi quando Bataglia resolveu homenagear um clube inglês que fazia excursão pelo Brasil, o Corinthian Casuals Football Club.

O primeiro uniforme do Timão era creme, com frisos pretos nos punhos e na gola. Trazia no distintivo as letras "C" e "P". As camisas brancas com calções pretos só foram adotadas por causa da falta de recursos financeiros para comprar novos uniformes, já que a cor creme depois de seguidas lavagens desbotava e ficava manchada pelo brasão negro.

O adversário escolhido para confrontar na estréia foi o famoso time de várzea União da Lapa. Apesar da raça demonstrada, oTimão foi derrotado por 1 a 0, em uma partida realizada apenas dez dias após sua fundação. Com o passar dos anos, o rendimento foi melhorando a ponto da Liga Paulista oferecer a oportunidade de o clube participar do Campeonato Paulista, caso vencesse uma eliminatória. O Corinthians venceu as duas partidas - 1 a 0 no Minas Gerais e 4 a 0 no São Paulo do Bexiga - e garantiu a primeira presença de sua história no Campeonato Estadual.

Um ano após seu ingresso na competição, o Corinthians conquistou seu primeiro troféu já na sua segunda participação. Em uma campanha memorável, venceu todos os seus dez jogos, marcando 39 gols e ainda tendo o artilheiro da competição, Neco com 12 gols. Era o primeiro triunfo de uma equipe que nasceu para as glórias e conquistou a fiel torcida.







O Sport Club Corinthians Paulista é um clube de futebol do Brasil. A agremiação foi fundada no dia 1 de setembro de 1910 em São Paulo

História

[editar]1910 - 1912: Do povo para o povo

Em 1910 o futebol no Brasil era um esporte elitizado. Os principais clubes eram formados por pessoas que integravam as classes mais altas. Entre eles estavam o Club Athlético Paulistano, o São Paulo Athletic Club[nota 1] e a Associação Atlética das Palmeiras.[nota 2]Integrantes de classes sociais mais baixas somente praticavam o futebol nos chamados times de várzea, formados pelos próprios.
Contra esta tendência, um grupo formado por cinco operários da Companhia de Estrada de Ferro São Paulo Railway, mais precisamente Joaquim Ambrósio e Antônio Pereira (pintores de parede), Rafael Perrone (sapateiro), Anselmo Correia (motorista) e Carlos Silva (trabalhador braçal), paulistas do bairro do Bom Retiro. Era 31 de agosto de 1910 quando estes trabalhadores foram assistir ao jogo de um "scratch"londrino que estava dando o que falar em sua excursão pelo Brasil.[1] No Rio de Janeiro, os ingleses tinham goleado o tetracampeão cariocaFluminense Football Club, por 8 a 0; em São Paulo, tinha vencido com contundência o Paulistano (5 a 2), uma das maiores forças do futebol paulista daquela época. Naquele final de agosto de 1910, o Corinthian Team enfrentava AA das Palmeiras (atual bicampeão paulista), no campo do velódromo. E mais uma vez, o time inglês levaria a melhor sobre uma equipe brasileira, vencendo por 2 a 0.[1][2]
Após a partida, não faltaram discussões comuns sobre um lance ou ouro e, em meio àquela conversa durante a volta para casa, os cinco rapazes depararam-se com um terreno baldio na esquina da rua José Paulino com a rua Cônego Martins, que fez com que o grupo parasse e o contemplasse. O terreno amplo, seco, e quase nivelado, costumava despertar a atenção de moradores do Bom Retiro e funcionários daSão Paulo Railway, desejosos de vê-lo transformado em um campo de futebol. E já impressionados pela atuação do time inglês, o grupo formado por Joaquim Ambrósio, Carlos Silva, Rafael Perrone, Antônio Pereira e Anselmo Correia, em uma rápida conversa, estabeleceu que no dia seguinte, 1° de setembro, deveria realizar uma reunião com a participação de alguns convidados (demais moradores do bairro). Em pauta, a fundação de um time.[1] Rafael Perrone lembrou que a chuva poderia atrapalhar a reunião, já que o grupo e os convidados reunir-se-iam em plena via pública, na rua José Paulino, em frente ao terreno. Então, sob a luz de um lampião, às oito e meia da noite, todos já discutiam o futuro do clube sonhado. Primeiro, formaram a diretoria para, quatro dias depois, os escolhidos tomarem posse na reunião que se realizou na casa de Miguel Bataglia, o presidente eleito.[1][2][3]
Dia 5 de setembro, às 20 horas em ponto, a sessão foi aberta e começaram os debates. Joaquim Ambrósio foi o primeiro a falar, sugerindo a denominação de Corinthians em homenagem à equipe inglesa que realizara grandes exibições há alguns dias. Todos concordaram e ficaram de pé, em sinal de aprovação.[nota 3] Com sua voz rouca pela emoção de declarar aprovado o nome do clube, Miguel Bataglia levantou-se e disse: "Está adotado o nome de Sport Club Corinthians Paulista para o nosso grêmio".[1] Mas havia algumas dificuldades a ser vencidas, como a aquisição de uma bola e do campo da José Paulino. Como não dispunham de recursos, o jeito foi iniciar uma campanha para angariar sócios. Houve muitas dificuldades para que os moradores participassem do quadro associativo, mas o Corinthians foi crescendo e o número de adeptos era maior do que o de não-adeptos.[1]
Para se comprar a primeira bola, uma lista percorreu todo o bairro, pois era necessário 6 mil-réis para se adquirir o principal instrumento do novo time. Mas, por conta de uma exigência dos diretores corintianos, só poderia contribuir quem fosse sócio. Sobre o balcão de uma lojinha na rua São Caetano, os diretores derramaram os tostões, duzentos-réis e até vinténs que completavam o preço daquela bola de capão oficial. Todos queriam tocar naquele instrumento que rolaria pelos campos da várzea paulista. Foi a primeira etapa vencida, com sacrifício, por aquele grupo de idealistas que queria mudar os rumos do futebol paulista, então elitizado e reservado apenas para um determinado grupo social, formado por ricos e estudantes, enquanto pobres e analfabetos eram excluídos.[1]
O futuro campo escolhido foi mesmo o terreno na rua José Paulino. Este local abrigava anteriormente um depósito de lenha e por esta razão ganhou o apelido de "Lenheiro". Capinado pelos próprios jogadores, ele foi inaugurado com um treino que teve Rafael Perrone como capitão do time A e Anselmo Correia, goleiro e capitão do time B.[2]

Primeira formação corintiana:
Valente, Perrone e Atílio; Lepre, Alfredo e Police; João da Silva, Jorge Campbell, Luiz Fabbi, Cézar Nunes e Joaquim Ambrósio.
Era domingo, 14 de setembro de 1910, quando o Sport Club Corinthians Paulista entrou em campo oficialmente pela primeira vez. O adversário escolhido era o União da Lapa - vestido de bege e preto -, uma das mais respeitáveis equipes do futebol varzeano da cidade.[1][4][5][6] A primeira formação corintiana em campo foi: Valente, Perrone e Atílio; Lepre, Alfredo e Police; João da Silva, Jorge Campbell, Luiz Fabbi, Cézar Nunes e Joaquim Ambrósio.[2] Embora o adversário vencesse o encontro por 1 a 0, o resultado surpreendeu equipes mais tradicionais do futebol da cidade, pois o União era considerado um quadro de respeito, logo, a derrota mínima do Coríntians foi tida como um bom resultado.[1]
A primeira vitória do Corinthians viria no jogo seguinte contra o Estrela Polar. Luiz Fabbi entrou para a história corintiana ao marcar o primeiro gol do clube (ele também marcaria o segundo).[2]
No terceiro "match" da história do Corinthians, o adversário escolhido foi a Associação Atlética da Lapa. Havia certo temor por parte dos corintianos, já que a equipe rival era formada apenas por ingleses, considerados mestres do futebol na época. Também seria a primeira vez em que o Corinthians atuaria em campo adversário.[1] Mas o "o pequeno do Bom Retiro", como era carinhosamente chamado, não se intimidou com a Atlética Lapa e venceu por goleada: 5 a 0. Após a vitória, houve festa no bairro do Bom Retiro. O time que despertava curiosidade e simpatia aos que acorriam à várzea para assistir à prática de bom futebol.[1] O Corinthians foi ganhando a simpatia popular através de suas humildes exigências: na ficha de sindicância - para o quadro associativo era mais credenciado aquele que se apresentasse como operário comum, trabalhador braçal, enfim, todos os interessados, pois não havia preconceito de cor nem privilégios para esse ou aquele.[1]
Até então, o Corinthians não possuía uniforme e jogava com camisas comuns, brancas, de trabalho diário. Empolgados com o desempenho, os corintianos compraram para si um uniforme: camisas creme, com gola, punho e barras pretas - como era o uniforme do Corinthian inglês. Contudo, com o decorrer das lavagens, o creme desbotou e as camisas ficaram brancas. Como não havia disponibilidade para a compra de mais um uniforme, o branco juntou-se ao preto dos calções e assim ficou determinado as cores do time.[1]
Naquele início de década de 1910, o futebol de várzea paulistano era dominado sobretudo pelos times Alianças, Parnaíbas, Argentinos e Domitilas, clubes que detinham muita fama. Mas o Corinthians despontava como "o galo brigador do Bom Retiro" e se firmava no cenário futebolístico da cidade, especialmente com o belo futebol de um jovem de 17 anos, chamado Neco. Ele atuava apenas no chamado"segundo quadro" (um elenco de menor importância que o time principal), mas não precisou de muito tempo para subir para a equipe titular e se transformar em um dos maiores ídolos da história da equipe.[2]
Mas as pretensões corintianas eram maiores que à várzea e o sonho era jogar no Velódromo Paulista, na rua da Consolação, o grande estádio da época, que pertencia ao Paulistano e onde atuavam equipes da elite paulistana, como o Mackenzie e a AA das Palmeiras.[2]

[editar]1913 - 1919: Primeiros títulos


Primeiro time campeão paulista em 1914.
Em 1913, divergências geraram uma dissidência entre os clubes que disputavam oCampeonato Paulista - então organizado pela Liga Paulista de Foot-Ball (LPF).[nota 4]Paulistano, AA das Palmeiras e Mackenzie abandonaram a LPF devido à inclusão de clubes mais populares da cidade, como o Corinthians e o Clube Atlético Ypiranga,[7] e porque a LPF tinha a intenção de mandar os jogos do campeonato no Parque Antártica, enquanto o Paulistano insistia pelo Velódromo.[8]
Os três dissidentes fundaram a Associação Paulista de Sports Atléticos (APSA), que seria responsável pela organização de um campeonato mais elitista, paralelo à LPF.[8][9]Permaneceram na LPF outros três clubes: o Sport Clube Americano, o Sport Club Germâniae o Sport Club Internacional - o que os fez ser conhecidos como os Três Mosqueteiros. O Corinthians foi o primeiro time a se integrar ao trio e, a partir daí, os corintianos adotaram omosqueteiro como mascote. O mosqueteiro corintiano era o autêntico D’Artagnan, o quarto personagem de Alexandre Dumas.[3][nota 5]
Mas para disputar o estadual da Liga Paulista, o Corinthians precisaria passar por uma seletiva com outros clubes varzeanos. O primeiro adversário foi o Minas Gerais, do bairro do Brás. Os corintianos venceram por 1 a 0 e se classificaram para enfrentar o São Paulo, do bairro do Bixiga, em duelo que valia uma vaga no Paulista da LPF daquele ano. Os corintianos golearam por 4 a 0 e se classificaram para a tão sonhada competição. Os heróis daquela jornada foram: Casemiro do Amaral, Fúlvio e Casemiro González; Police, Alfredo e Lepre; Cézar Nunes, Peres, Luiz Fabi, Rodrigues e Campanella.[2] Com o feito, o Corinthians disputaria a competição junto com Americano, Germânia, Internacional, Ypiranga e Santos Futebol Clube. A estréia do Corinthians na história do Campeonato Paulista foi contra o Germânia, em 20 de abril de 1913, em duelo que terminou com vitória adversária, pelo placar de 3 a 1. Nos quatro jogos seguintes, foram três derrotas (para Internacional, Americano e Santos) e um empate (Ypiranga). A primeira vitória corintiana viria no dia 7 de setembro, um 2 a 0 contra o Germânia. Nas três partidas seguintes, mais três empates (com Internacional, Ypiranga e Americano). No final do Paulista de 1913, o Corinthians terminou na quarta colocação, com seis pontos ganhos (uma vitória, quatro empates e três derrotas, oito gols a favor e 16 contra).[10][nota 6] De positivo, o time revelaria dois futuros ídolos: Neco e Amílcar.[2] Ainda no ano de 1913 foi criado o primeiro escudo corintiano. A princípio era apenas composto pelas letras "C" e "P" maiúsculas, de Corinthians Paulista.
A temporada seguinte seria marcante para a história corintiana. Com apenas quatro anos de existência, o time conquistou seu primeiro título paulista - pelo campeonato da LPF de 1914. O Corinthians sagrou-se campeão de forma invicta, com 10 vitórias em 10 partidas, 37 gols marcados e 9 gols tomados.[11][nota 7] Com 12 gols, Neco foi o artilheiro da competição.[12][13] A equipe que conquistou o primeiro título da história corintiana era formada por: Sebastião, Fúlvio, Casimiro II, Police, Bianco, César, Américo, Peres, Amílcar, Aparício, Neco, entre outros. Ainda naquele ano, o Corinthians realizou sua primeira contra uma equipe estrangeira, o Torino. Os italianos venceram por 3 a 0.[14]
Em 1915, o Corinthians ficou de fora do Paulista daquela temporada.[15] De olho em uma vaga no campeonato da liga rival (que dava mais prestígio), o clube resolveu abandonou a Liga Paulista. Arrependido, tentou voltar atrás, mas era tarde demais. Sem ter onde jogar, os melhores jogadores corintianos foram emprestados e o resto da equipe passou a temporada fazendo amistosos no interior.[2]
O Sport Club Corinthians Paulista voltou a disputar a competição em 1916. A base da equipe era a mesma que havia conquistado o primeiro título paulista dois anos antes.[5] E, assim como em 1914, os corintianos venceriam o Paulista de 1916, novamente invictos, batendo aAssociação Atlética Maranhão (3 a 1), o Sport Club Alumni (6 a 0), o Ruggerone Foot-ball Club (W.O.), o Sport Club Luzitano (2 a 0), aAssociação Atlética Campos Elíseos (3 a 1), o Paysandu Foot-ball Club (2 a 0), o Americano (1 a 0) e o União da Lapa (3 a 1).[16]
Em 1917, após as primeiras duas mudanças no escudo corintiano, este ganhou um formato redondo, utilizado até a atualidade. Também naquele ano, a Liga Paulista de Foot-Ball foi dissolvida e seus filiados foram integrados à liga da Associação Paulista de Sports Atléticos. Com isso, a entidade passou a se chamar Associação Paulista de Esportes Atléticos[8] e o Campeonato Paulista de 1917 teria pela primeira vez duas divisões: a primeira foi formada pelos clubes da APEA e o Corinthians (último campeão da extinta LPF), e a segunda, composta pelos demais times que jogaram na competição da LPF em 1916.
Também pela primeira vez, o estadual teria a presença do chamado "trio-de-ferro", composto àquela época por Paulistano, Societá Sportiva Palestra Itália e Corinthians.[2][8] E o campeonato foi dominado por esse trio, com Paulistano, Palestra e Corinthians nos respectivos primeiro, segundo e terceiro postos.[17] No primeiro encontro dos corintianos com seu futuro maior rival no futebol, a vitória foi palestrina, pelo placar de 3 a 0.[nota 8]
Nos dois anos seguintes, o Corinthians não conquistou títulos. Em 1918, o time foi vice-campeão do Paulista de 1918, em um campeonato marcado por cancelamento de partidas (que não influenciavam a decisão do título) devido à epidemia de gripe espanhola.[18][nota 9] Na temporada seguinte, o Corinthians terminou o Paulista de 1919 na terceira colocação, terminando atrás dos rivais Paulistano e Palestra Itália. No entanto, os corintianos venceram pela primeira vez um clássico contra os palestrinos, 2 a 1, no dia 9 de novembro de 1919.[19]
Ainda no final da década de 1910, o clube realizou sua primeira partida fora do Estado de São Paulo. E por intermédio de Alcântara Machado, a prefeitura de São Paulo arrendou em 1918 um terreno na chácara do Floresta, na Ponte Grande (atual Ponte das Bandeiras, próximo do Rio Tietê), onde foi construído primeiro estádio corintiano. Os próprios atletas ajudaram a para erguer o campo da Ponte Grande.[1][2]

[editar]1920 - 1930: Uma década corintiana

O Corinthians iniciou a década de 1920 com mudanças em seu escudo, que teve adicionado um círculo com o nome do clube e o ano de fundação, além da Bandeira de São Paulo no centro.[carece de fontes] Repetindo as duas temporadas anteriores, o Corinthians chegou na terceira colocação nos Paulistas de 1920[20] e 1921,[21] edições que mais uma vez foram dominadas por Paulistano e Palestra Itália. Contudo, há de se destacar duas pujantes goleadas corintianas nestes dois campeonatos. A primeira delas sobre o Santos, por 11 a 0, no dia 11 de julho de 1920. Este resultado é até hoje a vitória por maior diferença de gols a favor do clube em todos os tempos. No torneio do ano seguinte, o Corinthians aplicou a maior goleada de sua história: 12 a 2 frente ao "mosqueteiro" Internacional, no dia 23 de outubro de1921.

Time que conquistou o primeiro Tri Campeonato em 1930.
Os nove anos seguintes foram gloriosos para o Corinthians. Dos nove Campeonatos Paulistas disputados entre 1922 e 1930, o time faturou seis, sendo dois tricampeonatos (1922-1923-1924 e 1928-1929-1930).
O Paulista de 1922 foi um dos mais importantes da história corintiana. Primeiro, porque, naquele ano, comemorava-se o centenário da Independência do Brasil. Segundo, porque a troféu em disputa - a "Taça do Centenário da Independência" - foi conquistado no jogo contra o poderoso Paulistano, o time da elite e espécie de antítese corintiana naquele início de século.[2] Na campanha vitoriosa, o Corinthians venceu 14 partidas, empatou duas e perdeu apenas outras duas, ficando um ponto a frente do rival Palestra Itália.[22] Entre os heróis de1922, estavam o zagueiro Armando Del Debbio, o meia Tatu (autor de um dos gols do título) e o atacante Gambarotta - sem deixar de mencionar ídolos já consagrados Neco eAmílcar.[2]
A mesma base vitoriosa seria mantida para as duas conquistas seguintes. Os corintianos faturaram o bicampeonato no Paulista de 1923com 14 vitórias, um empate e duas derrotas. Um dos momentos especiais da equipe corintiana foi a goleada por 4 a 1 sobre o Palestra, no dia 8 de julho. No segundo turno, os rivais palestrinos resolveram nem entrar em campo, e o Corinthians venceu por W.O..[23]
Já o tricampeonato no Paulista de 1924 foi conquistado somente na última rodada. Corinthians e Paulistano disputaram ponto a ponto a liderança do torneio e chegaram até a rodada decisiva empatados em 23 pontos. E os dois rivais se encontrariam justamente na última rodada e o vencedor do confronto seria o campeão paulista de 1924. E no duelo disputado no dia 11 de janeiro de 1925, o Corinthians venceu por 1 a 0 e ao tricampeonato estadual.[24]
Na temporada seguinte, no entanto, o Corinthians deixou escapar o quarto título paulista consecutivo. Invicto até o encerramento da penúltima rodada, o alvinegro perdeu o última partida na competição, diante do rival Paulistano. O título do Paulista de 1925 acabou com aAssociação Atlética São Bento, com 16 pontos, um a frente de Corinthians (vice-campeão) e Paulistano (3º colocado).[25]
Em 1926, o Corinthians se aventurou na compra de um novo campo. O clube trocou o campo da Ponte Grande pelo do Parque São Jorge, cujo terreno foi comprado junto ao empresário Nagib Salem por 700 contos de réis (moeda da época), em várias prestações, quando lá existia apenas um campo. O estádio foi construído aos poucos e ganharia o nome de estádio Alfredo Schürig, mas carinhosamente passou a ser conhecido como Fazendinha.[26] Também naquele ano, o futebol paulista teve uma nova cisão, quando o Paulistano rompeu com aAPEA e decidiu criar uma nova liga de futebol, denominada Liga de Amadores de Futebol (LAF). A divisão perdurou por três temporadas.[9]O Corinthians permaneceu na APEA e disputou o Paulista daquele ano desta liga, mas terminou a competição na terceira colocação (atrás do Palestra Itália e do Auto Sport Club).[27]
Em 1927, o Corinthians foi convidado para integrar a LAF e chegou a aceitar a oferta da liga rival, mas no último momento desistiu e retornou à APEA. O Paulista daquele ano foi dominado pelo Palestra. Como consolo, os corintianos bateram os campeões palestrinos por 3 a 1 na última rodada e lhe tiraram a invencibilidade no torneio. O clube do Parque São Jorge terminou a competição na terceira colocação.[28]
No final da década, o Corinthians seria tricampeão Paulista pela segunda vez. Tendo como maiores rivais Palestra e Santos, o Corinthians faturou o Paulista de 1928 com um jogo de antecipação. O título paulista foi conquistado diante da Associação Portuguesa de Desportos, com uma vitória por por 3 a 2 no dia 25 de novembro de 1928.[29]
Contra a mesma Portuguesa e novamente com um jogo de antecipação, o Corinthians faturou o bicampeonato no Paulista de 1929. O time do Parque São Jorge arrasou - no dia 3 de novembro de 1929 - o adversário com uma goleada por 7 a 1. Para coroar a grande conquista, mais uma goleada, desta vez contra o maior rival Palestra Itália: 4 a 1.[30]
O Paulista da APEA em 1930 ganhou a adesão de alguns clubes que deixaram a LAF - e com isso, a liga foi extinta pelo Paulistano. O Corinthians liderou de ponta a ponta o torneio, sempre acompanhado de perto de Palestra Itália, Santos e São Paulo da Floresta. O Corinthians chegou a última rodada com 42 pontos e só não seria campeão se fosse derrotado pelo Santos, que somava 40 pontos. Se o time do litoral vencesse, haveria a disputa de um jogo-extra para definir o campeão. Mesmo precisando apenas de um empate, os corintianos arrasaram os rivais santistas, vencendo a partida - disputada em 4 de janeiro de 1931 - por 5 a 2. Com mais estes cinco gols, o ataque corintiano chegou ao total de 94 em 26 jogos, com a fantástica média de 3,6 gols por partida.[31]
A base do time quase não mudou nestas três conquistas: Tuffy, Pedro Grané e Del Debbio; Nerino, Guimarães e Munhoz; Filó, Apparício,Neco, Rato e De Maria. Grande destaque para as atuações do legendário trio formado pelo goleiro Tuffy e os zagueiros Pedro Grané e Del Debbio, dos atacantes Filó (um novo ídolo dos corintianos) e Neco (que se despedia do futebol, após 19 anos de dedicação ao clube do coração, e se consagrando como um dos grandes ídolos da história corintiana).[2]

[editar]1931 - 1934: Ventos do profissionalismo

Em 1931, o Corinthians perdeu importantes jogadores para o futebol italiano. O zagueiro Del Debbio e os atacantes Filó, Rato e De Mariatrocaram o time paulista pela Lazio, de Roma (que à época recebeu o apelido de Brasilazio). O clube do Parque São Jorge contratou substitutos de pouca ou nenhuma expressão no futebol, como Chola, Boulanger, Gallet. Era o início de uma das maiores crises da história do Corinthians. Em campo, um desempenho pífio: no Campeonato Paulista daquele ano, o Corinthians sofreu goleadas diante do Palestra Itália (0 a 8), do Santos (0 a 6) e do São Paulo (1 a 6), e terminou na sexta colocação - sua pior colocação na competição desde que passou a disputá-lo.[32] Revoltados, torcedores corintianos incendiaram a sede do clube, e a diretoria pediu demissão em massa.[2]
Na temporada seguinte, mais uma vez o Corinthians decepcionou. Com um fraca campanha (cinco vitórias e seis derrotas), o clube terminou o Paulista de 1932 na sexta colocação pelo segundo ano consecutivo.[33]
A profissionalização do futebol do Brasil a partir de 1933 teve efeitos no Parque São Jorge. Entre 1933 e 1934, o Corinthians contratou ouruguaio Pedro Mazzulo para dirigir a equipe agora profissional, se tornando o primeiro técnico do clube nesta nova era. Naquele período, também surgiram os atacantes Zuza e Teleco, dois dos mais importantes da história do alvinegro.[2] Mas em campo, o desempenho corintiano ainda estava áquem desejado pelos torcedores do clube.
Inferior aos rivais Palestra Itália, São Paulo e Portuguesa de Desportos, o Corinthians não passou do quarto lugar nos Paulistas de 1933 e1934.[34][35]

[editar]1935 - 1939: Redenção e "Tri do Tri"

Os dois anos seguintes foram marcados por mais frustrações. No Campeonato Paulista de 1935, o Corinthians perdeu o título para o Santos- jogando no Parque São Jorge. No estadual do ano seguinte, nova decepção. Após ter vencido o primeiro turno e manter uma invencibilidade de 36 jogos, o Corinthians perdeu o campeonato, na melhor de três, para o Palestra Itália: 1 x 0, 0 x 0 e 2 x 1.[2]

Teleco foi camepão paulista em 1937 e artilheiro da competição.
Mas a partir de 1937, o Corinthians voltaria a comandar o futebol paulista. Naquele ano, o espanhol Manoel Correcher assumiu a presidência do clube, e a equipe faturou seu primeiro título profissional. Deste elenco, os grandes destaques eram o zagueiro Jaú (futuro titular da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1938), o meio-campo José Augusto Brandão (que também integrou o selecionado canarinho no Mundial da França de 1938) e os atacantes Filó (veterano ídolo corintiano, que havia voltado da Itália depois de anos na Lazio) e o Teleco (goleador do time naquele Paulista).[2]
Estes mesmos ídolos fizeram parte do elenco bicampeão invicto do Paulista de 1938, que também revelou o atacante baiano Servílio de Jesus, chamado de "O Bailarino" por sua habilidade com a bola nos pés. Naquela temporada, a final teve que ser realizada em dois dias. No domingo, a chuva interrompeu a partida que o São Paulo vencia por 1 x 0. Na terça-feira, disputaram-se os minutos finais da primeira etapa e todo o segundo tempo. O Corinthians chegou ao empate com um gol de Carlito e ficou com a taça.[2][nota 10]
No ano seguinte, 1939, o Corinthians sagrou-se tricampeão paulista pela terceira vez, fato que nenhum outro clube do Estado conseguiu igualar até hoje.[2]

[editar]1941 - 1950: Tempos de jejum

Em 1941, o Corinthians novamente conquistou o Campeonato Paulista. O título só não foi de maneira invicta por conta de uma derrota, na última rodada, contra o Palestra Itália. O time era ótimo, e a linha média Jango, Brandão e Dino, impecável. A festa do título corintiano foi realizada no recém-inaugurado estádio do Pacaembu.[2]
Contudo, nos nove anos seguintes, o Corinthians viveu um jejum de títulos paulistas. Sem conquistas estaduais, o clube do Parque São Jorge consolou-se em levar por quatro vezes a Taça São Paulo (em 1942, 1943, 1947 e 1948) - torneio que reunia os três primeiros colocados do ano anterior. Sem ter a disposição seu poderio técnico dos últimos cinco anos, o Corinthians foi vice-campeão paulista cinco vezes, sendo três delas seguidas, entre 1942 e 1950, numa época de ascensão do São Paulo, liderado pelo atacante Leônidas da Silva, como nova força no futebol paulista.[2]
Mesmo com a contratação de nomes de peso no futebol nacional, como a do zagueiro Domingos da Guia, aos 32 anos, em 1944, ou dos atacantes Milani e Hércules em anos seguintes, o Corinthians amargaria quase uma década sem conquistas importantes. A situação só começaria a mudar a partir de 1949, quando uma nova geração de pratas-da-casa foi conduzida pelo técnico Rato (o mesmo Rato campeão como jogador na década de 1920) ao time principal. Os frutos seriam colhidos na primeira metade da década seguinte.[2]

[editar]1950 - 1954: Época de Ouro

Em 1950, ano da disputa da Copa do Mundo de futebol no Brasil, a equipe foi campeã pela primeira vez do Torneio Rio-São Paulo, competição disputada entre as principais equipes dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Em 1951, no Campeonato Paulista, a linha de frente composta por Carbone, Cláudio, Luisinho, Baltasar e Mário marcou 103 gols em 28 partidas. Com esse desempenho, a equipe conquistou o título, além de ter Carbone como maior marcador da competição, com 30 gols.[36] O clube venceria também o título paulista de1952.
Em 1953, num torneio realizado na Venezuela, o Corinthians conquistou sua primeira competição envolvendo equipes de diferentes continentes, a Pequena Taça do Mundo. Na ocasião, o Corinthians foi a Caracas, capital venezuelana, e conseguiu seis vitórias consecutivas, contra as equipes da AS Roma, do FC Barcelona e da Seleção de Caracas. Também em 1953 conquistou novamente o Torneio Rio-São Paulo. Em 1954 o Corinthians recebeu a Taça do IV Centenário de São Paulo ao conquistar o campeonato estadual. No mesmo ano, alcançaria o bicampeonato do Torneio Rio-São Paulo.[37]

[editar]1955 - 1976: O jejum

Entre 1955 e 1977, o futebol do clube somente conquistou uma competição dentro do país: o Torneio Rio-São Paulo de 1966 (dividido com Botafogo, Santos e Vasco, em virtude da Copa do Mundo na Inglaterra; os quatro times eram semifinalistas, porém a Copa tornou impossível o término da disputa). Nesse período, os seguidores do Corinthians receberam o apelido 'Fiel Torcida'. Também nesse período, o Santos FC, de Pelé, dominava o futebol na época, conquistando 2 libertadores e 2 mundiais interclubes (1962-1963).
Uma das lendas mais conhecidas do Corinthians é a suposta maldição lançada por Pelé: O time fora o campeão paulista do quarto centenário da cidade de São Paulo, em 1954. O menino Pelé foi apresentado, logo em seguida ao time e recusado. Jurou que enquanto jogasse futebol, o Corinthians não seria campeão paulista. 23 anos depois, em 1977, Pelé abandonou definitivamente os gramados e o Corinthians naquele ano voltou a ser campeão paulista.[nota 11] conseguiu estabelecer a marca de onze anos sem ser vencido pelo Corinthians por campeonatos paulistas.[38]
O clube conseguia vencer algumas competições fora do Brasil, como o Torneio de Torino (1966 e 1969), o Torneio Costa do Sol (1969) e o Torneio Internacional de Nova Iorque (1969). Porém, todas eram competições amistosas.
Em 1971 começou a ser disputado o Campeonato Brasileiro. O Corinthians conseguiria, nas duas primeiras edições, o 4º lugar. Nos dois anos seguintes suas campanhas não tiveram tal nível, melhorando em 1975 quando o clube alcançou a 6ª colocação, porém em 1976 o clube conseguiria sua melhor colocação até então, alcançando o 2º lugar.

[editar]A invasão corintiana

Nas semifinais de 1976, o Corinthians enfrentou o Fluminense. No dia 5 de dezembro, se disputaria, no Estádio do Maracanã (no Rio de Janeiro) a segunda partida dessa fase da competição. A equipe 'mandante' era o Fluminense, já que a primeira partida foi disputada em São Paulo. Porém, os corintianos, apoiados por torcedores de outras equipes do Rio de Janeiro, compareceram em grande número, chegando a dividir as localidades do estádio com os seguidores da equipe local. Esse fato ficou conhecido como a Invasão corintiana[39] A partida resultou na classificação do Corinthians para a final, onde terminou sendo derrotado pelo SC Internacional de Porto Alegre.[40]

[editar]1977 - 1981: Fim da angústia

No dia 13 de outubro de 1977, no Estádio do Morumbi, o Corinthians, comandado pelo saudoso técnico Osvaldo Brandão (o mesmo técnico do título de 1954), voltaria a ser Campeão Paulista após mais de duas décadas, ao vencer a Ponte Preta por 1 a 0 no terceiro jogo da final, com gol de Basílio.[41] Na penúltima partida da final, que ocorreu no dia 9 de outubro, foi estabelecido o recorde de público do Estádio do Morumbi em um jogo de futebol, ao haver 147.032 pessoas presentes na ocasião.[42]

[editar]1981 - 1985: A democracia corintiana


Sócrates, ídolo do Corinthians na década de 1980.
Após quebrar o 'jejum' de títulos paulistas, o Corinthians emplacou na década de 1980 um movimento inovador no futebol mundial, conhecido como democracia corintiana.[nota 12] O movimento teve como marco a luta de um grupo de jogadores por maior democracia dentro do clube, presidido por Vicente Matheus - no cargo desde 1972.
Em 1981, o Corinthians teve uma de suas piores temporadas de sua história. O time terminou na 26ª posição noCampeonato Brasileiro, e amargou um oitavo lugar no Campeonato Paulista. Este mal desempenho no estadual levou o time para a disputa da Taça de Prata de 1982, equivalente atual da segunda divisão nacional.[nota 13]
Em abril de 1982, Waldemar Pires foi eleito o novo presidente do clube, encerrando o reinado de Vicente Matheus. Pires descentralizou as decisões da diretoria, nomeando vice-presidentes que assumiram setores específicos do clube. Sérgio Scarpelli cuidava das finanças e Washington Olivetto respondia pelo marketing. Foi criado o cargo de diretor de futebol para fazer a ponte entre os jogadores e a diretoria. O indicado para o cargo foi o sociólogo Adílson Monteiro Alves, um cartola inexperiente, mas que sabia ouvir as reivindicações dos jogadores.[43] Entre eles estavam os politizados Sócrates, Wladimir[nota 14] e, mais tarde, Casagrande.[43]
Foi aí que teve início a revolução que, entre outras medidas, liberava os atletas casados da obrigatoriedade da concentração. Todas as decisões eram resolvidas através do voto, das contratações ao local de concentração, além dos próprios atletas se sentirem noDireito de discutir questões de interesse da sociedade civil.[44]
Em campo, a autogestão rendeu o bicampeonato no Campeonato Paulista de 1982 e 1983. No Campeonato Brasileiro, a equipe dirigida pelo técnico Mário Travaglini disputou a Taça de Prata, equivalente da segunda divisão, mas os melhores colocados da primeira fase se classificavam para a segunda fase da Taça de Ouro, a divisão principal, e o Corinthians chegou às semifinais do Campeonato Brasileiro de 1982.[43]
O bom desempenho de atletas como Biro-Biro, Ataliba, Zé Maria, Zenon e Eduardo dentro de campo foi fundamental para legitimar o movimento. No começo, muitos jogadores sentiam receio em manifestar suas ideias, mas com o tempo, ganharam funções fora do gramado. Mas o movimento não era unanimidade. O goleiro Leão, um dos jogadores mais importantes da campanha do Corinthians no Paulista de 1983, não se dava bem com Sócrates e companhia e tinha fama de contra-revolucionário.[43] Outro que tentou tumultuar o ambiente era o ex-presidente Vicente Matheus.[43]
A Democracia entrou em declínio a partir de 1984, quando Sócrates foi para jogar na Fiorentina, da Itália, e Casagrande foi emprestado para o São Paulo. Em 1985, Waldemar Pires tentou eleger Adílson Monteiro Alves como sucessor, mas foi derrotado por Roberto Pasqua. Era o fim da Democracia Corintiana.[43]

[editar]1985 - 1993: A volta de Matheus e o título brasileiro


Marlene Matheus assumiu a presidencia após a saída de seu marido, Vicente Mateus.
Com o fim da Democracia Corintiana, o Corinthians retomou os velhos princípios que regiam o comando do clube antes deste movimento. Em 1987, novas eleições presidenciais e Roberto Pasqua foi derrotado por Vicente Matheus. Em 1988, o clube conquistava seu 20º campeonato estadual.
Depois de uma temporada em branco, o Corinthians conquistaria em 1990 um dos títulos mais importantes de sua história. Dirigida pelo técnico Nelsinho, a equipe faturou seu primeiro Campeonato Brasileiro. Depois de uma campanha regular na fase de classificação, o time do Parque São Jorge derrotou Atlético Mineiro e Bahia nas quartas e semifinais, respectivamente, e chegou pela segunda vez em sua história à decisão do nacional. O meio-campo Neto foi o grande destaque corintiano nestas partidas decisivas. Na decisão, o Corinthians enfrentaria o São Paulo, tido como favorito na decisão,[45]em duas partidas no Estádio do Morumbi. No primeiro duelo, realizado no dia 9 de dezembro, o time do Parque São Jorge venceu por 1 a 0, com um gol do volante Wilson Carlos Mano.[46] Na segunda partida, em 16 de dezembro, novamente prevaleceram o talento do meia Neto, a agilidade do goleiro Ronaldo e a raça dos volantes Márcio Bittencourt e Wilson Mano sobre o time de Zetti, Cafu, Leonardo, Raí e companhia.[45] Diante de um público de mais de 100 mil pessoas no Morumbi, o atacante Tupãzinhotabelou com o atacante Fabinho e mandou a bola para as redes de Zetti, aos 9min do segundo tempo, de carrinho, em meio à gigante zaga são-paulina.[45]
Com as duas vitórias, o Corinthians se sagrava campeão brasileiro pela primeira vez e ganhava o direito de disputar, pela segunda vez em sua história, a Taça Libertadores da América do ano seguinte. Em1991, o Corinthians não conseguiu repetir a temporada anterior. Apesar de iniciar a temporada com a conquista da Supercopa do Brasil, contra o Flamengo (campeão da Copa do Brasil de 1990), o time do Parque São Jorge fracassou na disputa dos títulos estadual, do nacional e do continental. No Paulista, o clube foi derrotado na final, diante do São Paulo. Na Libertadores, após uma campanha regular na fase de classificação, o clube caiu diante do Boca Juniors nas oitavas-de-final. No Brasileiro, o clube sequer chegou na fase semifinal, ficando em quinto lugar na classificação geral.[47] Ainda naquele ano, Vicente Mateus deixou a presidência corintiana. Sua esposa, Marlene Matheus, assumiu o clube e ficaria no cargo até 1993.

[editar]1993 - 2007: Era Dualib

Em 1993, em nova eleição o presidente eleito seria Alberto Dualib, e o clube conquistaria nos anos seguintes o Campeonato Paulista de 1995 e o seu primeiro título na Copa do Brasile de forma invicta..[48] Mesmo assim, Dualib imitou a iniciativa do Palmeiras em filiar o clube a um parceiro,[49] que na época tinha um acordo com a Parmalat.
Com isso, veio o primeiro parceiro da Era Dualib, assinado em janeiro de 1997, com o Banco Excel, que patrocinaria sua camisa, por R$ 12 milhões (R$ 5 mi no primeiro ano e o restante parcelado no seguinte). Mário Sérgio, ex-jogador de futebol e treinador do Alvinegro entre 1993 e 1995, foi quem ficou encarregado de gerenciar o futebol e as contratações da equipe. Para causar impacto o banco apostou na chegada de Túlio Maravilha,[50] vindo do Botafogoonde acabará de fazer 100 gols no ano. Outros grandes reforços foram o zagueiro Antônio Carlos, e o volante Rincón e o atacante Edílson.
O primeiro resultado da associação veio logo em junho, com o título paulista. A conquista, aliás, acabou ajudando a abafar a participação de Dualib no "Escândalo Ivens Mendes"[51] - famoso caso em que Dualib foi flagrado em conversa telefônica com então o presidente do Atlético-PR, Mario Celso Petraglia, sobre dinheiro que doaria para a campanha política de Ives Mendes, candidato a deputado federal.
Em 1998, o clube se reforçou com a chegada do técnico Vanderlei Luxemburgo e se aliava com Gamarra, Marcelinho Carioca, Vampeta eRicardinho. Com isso, o Corinthians voltou a ganhar o Brasileirão. Mas, já no segundo semestre, vivia a incerteza da continuação da parceria. O Excel faliu e foi comprado pelo espanhol Bilbao Vizcaya. Os estrangeiros decidiram não continuar investindo no futebol e apenas cumpriram o contrato até o fim: em dezembro de 1998. A parceria, porém, só foi definitivamente encerrada em janeiro de 1999, depois que o HTMF, que seria a nova parceira do clube, quitou uma dívida do clube com o parceiro anterior.
Com os boatos da falência do Banco Excel, o novo parceiro seria o Banco Icatú,[52] onde suas intenções em patrocinar o Corinthians foram revelada oficialmente no fim de 1998, mas as negociações já aconteciam nos oito meses anteriores.

Dida foi Campeão Brasilero em 1999 e Mundial em 2000.
No papel, a parceria Corinthians-Icatú duraria dez anos, com chance de renovação por mais 20. O banco gerenciaria o departamento de futebol, e, em troca, ficaria com todas as receitas geradas pelo setor. A partir do terceiro ano de parceria o Corinthians passaria a ter participação nos lucros e não precisaria se preocupar com eventuais dívidas. Estava nos planos a construção de um estádio para 45 mil pessoas e a conclusão das reformas do CT de Itaquera. A parceria inclusive teria ajudado no contrato com a Embratel em 1998, porém desentendimentos entre a diregencia do clube e o banco fizeram não sair do papel.
Mal acabou a parceria com o Banco Excel e logo acertou com o Hicks, Muse, Tate & Furst Incorporated - HTMF[53] (atual Traffic) em abril de 1999. Apesar de a verba ser maior do que a de Icatú e Excel (R$ 100 milhões só no primeiro ano, incluindo despesas para sanar dívidas, acertar contratações,finalizar CT de Itaquera e claro com a construção de um estádio), os moldes eram parecidos e também duraria, inicialmente, dez anos - com chance de renovação por mais dez.
A principal medida decorrente da parceria foi a transformação do departamento de futebol corintiano em empresa, com o nome "Corinthians Licenciamento Limitada Hicks Muse". Em troca dos investimentos milionários para formar equipes vencedoras, o Timão teve de ceder em alguns pontos, como, por exemplo, deixar de lucrar em transferências. Na hora de vender jogadores contratados já na época do HTMF, o clube ficava com apenas 15% do total. E os lucros com revelações que surgissem no período da parceria eram divididos em 50% para cada uma das partes.
Com a base montada já pelo Excel, trouxe mais reforços e transformou o time num verdadeiro esquadrão, porém o ano começou com baixa com a saída de Luxemburgo, que foi comandar a seleção brasileira, mas com os reforços de Dida, Luizão, Fernando Baiano e Fábio Luciano. Mesmo assim, a equipe faturou o Paulistão e o Brasileirão de 1999. Por ter sido campeão brasileiro do país sede (Brasil) ganhou o direito de participar do primeiro Mundial de Clubes, reconhecido pela FIFA em 2000, onde venceu o CR Vasco da Gama nos penaltis e se sagrou campeão.
Fora de campo outro destaque. Em 2000 o deputado estadual paulista Afanásio Jazadji (PFL) submeteu o projeto de lei nº160 com o objetivo de declarar o Corinthians patrimônio cultural, social e esportivo do estado.[54]
Após a eliminação da equipe na Copa Libertadores da América desse mesmo ano pelo Palmeiras na fase semifinal, vários jogadores, como Marcelinho Carioca e Edílson, e o técnico Oswaldo de Oliveira saíram do clube. Com isso, a equipe terminou na penúltima colocação doCampeonato Brasileiro de 2000, chegando a perder nove partidas consecutivas.[55]
Mesmo com a saída de grandes jogadores, o clube ganharia o Paulistão de 2001, e no ano seguinte, comandada por Carlos Alberto Parreira, a equipe alcançou sua quinta conquista do Torneio Rio-São Paulo, vencendo o São Paulo FC, em 2002. No mesmo ano, o clube venceu aCopa do Brasil, derrotando o Brasiliense na final. A Copa do Brasil marcou o fim da parceria com a HTMF, após uma sequência vitoriosa de títulos.
Já sem parceiro, o clube chegou às finais do Campeonato Brasileiro, mas acabou derrotado pelo Santos FC.[56]
Em 2003, o clube conquistaria seu 25º Campeonato Paulista de futebol , mas o ano terminaria com a eliminação da equipe na Taça Libertadores da América e com uma 11ª colocação no Campeonato Brasileiro.

O presidente Lula recebe o Corinthians no Planalto.
A última parceria foi com a Media Sports Investiment - MSI, aprovada numa reunião conturbada do Conselho Deliberativo, em novembro de 2004. Os opositores do MSI reclamavam principalmente por não saber a origem do dinheiro e por suspeitar que seria ilícito, dúvida que ganhou mais força em 2007.O acordo determinava que a parceria deveria durar dez anos, e o grupo comprometeu-se a cuidar do departamento de futebol profissional do clube contratando atletas, pagando salários, dívidas, e prometendo a construção de um estádio[57]
A parceria tinha como principais nomes Boris Berezovsky, magnata russo que está exilado em Londres, procurado por fraudes em seu país de origem, seria o verdadeiro investidor corintiano. O iraniano Kia Joorabchian, que ainda é, pelos menos oficialmente, presidente do MSI, é considerado apenas um laranja. O parceria tinha também como aliado o dono doChelsea, Roman Abramovic.
A parceria mal começou e Berezovsky e Kia, ao lado de Alberto Dualib, Nesi Curi e outros membros da parceria, eram acusados pela Justiça de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
A MSI pareceu no começo, uma "parceria dos sonhos" contratando jogadores a peso de ouro, como o argentino Carlitos Tevez eMascherano e os brasileiros Nilmar, Roger, Carlos Alberto e Gustavo Nery (onde todos os brasileiros estavam em clubes europeus). Com isso, o time ganhou o apelido de "galácticos", em comparação ao também time de grandes jogadores do Real Madrid, onde o time tinha o mesmo apelido.
No dia 4 de dezembro de 2005, o Corinthians alcançou seu quarto título brasileiro na cidade de Goiânia, mesmo perdendo para a equipe doGoiás, já que o SC Internacional, única equipe que ainda possuia possibilidades de ser campeã, junto ao Corinthians, perdera sua partida em Curitiba.[58]
Com a conquista, os jogadores foram até o Palácio do Planalto visitar o presidente da República Lula, que é torcedor do Corinthians.[59]

A chegada de Leão coincindiu com a saída dos principas craques do clube.
O ano de 2006 a parceira investiu menos que no ano anterior, mas além de manter a maior parte do elenco do ano passado (o goleiro Fábio Costa, que foi para o Santos foi a mais sentida), o clube apostou na volta de Ricardinho, que estava no Santos, e nas promessas Ramon e Renato, do Atlético-MG, além de outros jogadores menos badalados.
Com o grande objetivo em conquistar a América, o clube foi novamente eliminado da Taça Libertadores, pelo River Plate da Argentina nas oitavas-de-final, assim como em 2003. Revoltados, muitos torcedores tiveram um grave enfrentamento com a polícia dentro do próprio Estádio do Pacaembu na tentativa de invadir o campo de jogo, provocando o encerramento antecipado da partida.[60]
A primeira fonte de desentendimento foi a volta de Marcelinho Carioca, bancada pelo presidente do clube e não pela parceria que deveria ser a responsável pelas contratações. Porém, problemas dentro de campo (mau desempenho nos campeonatos e desentendimentos de jogadores entre si e do ídolo Tevez com a torcida), como fora (o técnico Emerson Leão se desentendia com os argentinos[61] e depois com C. Alberto, Kia e Dualib estavam rompidos, não havia mais tanta injeção de dinheiro como antes etc). O clube passou o ano em branco e viu seus principais jogadores saírem em agosto na janela de transferência para o mercado europeu (Tevez e Mascherano foram para o desconhecido West Ham da Inglaterra), quanto no final de ano (Carlos Alberto, Gustavo Nery, Sebá, Ramon, Renato entre outros)
Ainda naquele ano, quando o José Serra assumiu a prefeitura de São Paulo, foi criado o Dia do Corinthians, no dia da fundação do clube, 1º de setembro.

[editar]2007: Troca de Presidente e Rebaixamento


Andrés Sanchez, atual presidente do Corinthians.
Em 2007, a crise entre a parceria e o clube se concretizava com as poucas contratações feitas. Após o Campeonato Paulista, os poucos jogadores que chegaram por intermédio da MSI, como Roger, Amoroso, Marcelo Mattos eMagrão, deixaram a equipe. O clube então apostou em vários atletas do Bragantino, equipe semifinalista do Campeonato Paulista, e recebeu de volta o emprestado Gustavo Nery, além de fechar contrato com o experiente volante Vampeta.[62] Para o comando, a saída de Leão foi substituída pelo interino Zé Augusto em uma partida até a chegada de Paulo César Carpeggiani, que não atuava em uma equipe desde 2004.[63]
Em 24 de julho, o Conselho Deliberativo corintiano votou de forma unânime pelo fim do acordo com a MSI, que deveria durar até 1º de dezembro de 2014. Na semana seguinte o presidente Alberto Dualib e seu vice Nesi Cury pediram afastamento da presidência por 60 dias, antes da assembléia do dia 7 de agosto que viria a decidir o afastamento por tempo indeterminado de ambos. Com isso, um dos vice-presidentes, Clodomil Orsi, assumiu interinamente a presidência corintiana.[64]
Com as saídas de Carpegiane,[65] o clube trocaria de técnico mais duas vezes Assumindo José Augusto,[66] treinador nas categorias de base corintianas, que comandou a equipe até setembro,[67] quando foi substituído por Nelsinho Baptista.[68]

Mesmo com a ameaça de rebaixamento, a torcida permaneceu apoiando o time.
Ainda nesse mês, Alberto Dualib renunciou definitivamente à presidência do Corinthians, após sofrer pressão da diretoria para deixar o cargo ao ser acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.[69] Após isso, foi aberto o processo para novas eleições, realizadas em 9 de outubro. A vitória foi de Andrés Sanchez, ex-aliado de Dualib e da MSI.[70]
Constantemente ameaçado em cair para a Série B, o clube caiu para a segunda divisão no dia 2 de dezembro de 2007, após o empate com o Grêmio, e a vitória do Goiás sobre o Internacional, após o arbitro voltar dois penaltis a favor do Goiás, que o goleiro Clemer havia defendido. O clube então acabou terminando a competição na 17ª colocação, sendo rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro.[71][72] Em contraste, a equipe Sub-17 conseguiu seu terceiro título do Campeonato Paulista,[73] completando uma série de 56 partidas sem derrota.[74]

[editar]2008-2009: O Ano da Superação e a volta por cima


A torcida sempre esteve ao lado do time durante a passagem pela Série B.
Após o rebaixamento em 2007, o Corinthians se prepara para um ano de mudanças e transformações. A começar pela direção, com as saídas de Alberto Dualib e Nesi Cury em definitivo do clube[75] e a contratação do diretor técnico de futebol, o ex-jogador Antônio Carlos, que já teve uma passagem pelo clube em 1997 onde foi Campeão Paulista. A presidência provisória do time ficou nas mãos de Andrés Sanchez,[76] que tempos depois seria eleito presidente do clube, ao lado de seu vice de futebol Mario Gobbi Filho.
Com um lema de "Renovação e Tranparência", Andrés Sanchez deu uma nova cara ao clube. Projetos de marketing, como camisas comemorativas, celulares, viagens, planos de ingressos entre outros, inexistentes em outras diretorias foram criados e bem adotadores pela torcida.
A primeira mudança do time em campo foi a contratação de um novo técnico, o que já se especulava ainda no ano passado, onde muitos diziam que mesmo que o clube escapasse do rebaixamento, o então técnico Nelsinho Baptista não ficaria no comando do clube. O escolhido foi Mano Menezes, que já havia conseguido o título da 2ª divisão em 2005 com o Grêmio.
Após um pacotão de contratações e uma lista enorme de dispensas, o destaque ficou pela permanência de Felipe,[77] ídolo da equipe ano passado mesmo com o rebaixamento.
Para o patrocínio, o clube encerrou o contrato com a Samsung e acertou com a Medial Saúde, pagando o referente a 16,5 milhões de reais em um contrato de um ano, se tornando o maior patrocínio de clubes brasileiros na época, superando os R$16,2 milhões pagos ao Flamengo, e os R$16 milhões do São Paulo.[78]
Com um elenco ainda recente, o Corinthians conseguiu ficar em 5º lugar no Campeonato Paulista e chegar a final da Copa do Brasil. Destaques para a estreia do Paulistão com oito novos jogadores, e que mesmo assim consegui vencer o Guarani por 3 a 0, e as oitavas-de-final da Copa do Brasil, onde após perdeu o primeiro jogo para o Goiás por 3 a 1 a torcida lotou o Morumbi no jogo da volta, e a equipe se classificou com uma goleada de 4 a 0,[79][80] onde torcedores e jogadores revidaram as provocações de um dirigente do Goiás, que disse que iria "chupar uvas roxas", após o jogo, em alusão ao 3º uniforme do Corinthians, que era da cor roxa.[81]
No Brasileiro da série B, o time estreou contra o CRB, no Pacaembú e venceu por 3 a 2. Durante toda a competição, a torcida mostrou o seu apoio ao time do coração, lotando os estádios por onde o Timão jogava, dentro ou fora de São Paulo, e criando "hits" que ficaram famosos inspirados em grandes cantores como Roberto Carlos, e Tim Maia. A equipe bateu todos os recordes da Série B, elhor ataque (67 gols feitos) e a defesa mais eficiente (22 gols sofridos),[82] além da classificação mais cedo para a Série A, que ocorreu na 32ª rodada após vencer o Ceará por 2 a 0,[83] (a 6 jogos do fim da competição e 11 pontos do segundo colocado)e conquistar o título dois jogos depois, contra o Criciúma vencendo por 2 a 0.[84]
Nos últimos jogos o clube teve a participação de líderes de torcida, comuns no Estados Unidos, em esportes como basquete, baseball efutebol americano. No ano seguinte as líderes de torcidas se tornariam comuns durante o Campeonato Paulista, com todas as equipes do campeonato.

Ronaldo foi contratado no final de 2008 e se tornou um dos maiores nomes no ano de 2009.
Em 9 de dezembro de 2008, o presidente corintiano Andrés Sanchez através do site oficial do clube acertou a contratação do atacante Ronaldo Luis Nazário de Lima, o "Ronaldo Fenômeno" que acertou a sua volta ao Brasil depois de 14 anos[85] pelo Corinthians.[86][87][88][89][90] Em 12 de dezembro, a diretoria organizou uma festa pela chegada do jogador no clube com a presença de torcedores no Estádio Alfredo Schürig,[91] com ingressos com o valor de 1 kg de alimento não-perecível doados as Casas André Luiz. O contrato só viria a ser assinado em 17 de Dezembro com a presença da diretoria e da imprensa.[92]
No ano de 2009, tinha tudo para ser apenas o ano do retorno a Série A, mas foi muito além disso. Com as bases da série B de 2008 e mais alguns jogadores contratados para 2009, o Corinthians formou uma das maiores equipes dos ultimos tempos, comandada por Ronaldo, André Santos, Cristian, Chicão,Alessandro, Douglas, entre outros grandes jogadores do elenco Inicou o ano vencendo um amistoso contra o Estudiantes da Argentina por 5x1, esse mesmo time que séria campeão da Copa Libertadores da América no ano de 2009, a ainda mesmo sem ter anunciado um patrocinador para o clube ganhou cerca de 1,5 milhões de reais em patrocinios temporários para a camisa e do estádio.[93] Durante o Campeonato Paulista, o time sagrou-se campeão de forma invicta, com o Fenômeno Ronaldo sendo eleito o melhor jogador da competição, onde o jogador marcou desde gols decisivos como o marcado de cabeça aos 49 minutos do segundo tempo no clássico contra o Palmeiras, até belos gols na semifinal na segunda partida da semifinal contra o São Paulo[94] e na primeira partida da decisão contra o Santos.[95] e com isso se sagrou o melhor jogador da campetição, além de anunciar o patrocionio com a Batavo, onde novamente o Corinthians conseguiu o maior patrocínio do Brasil, com o valor de R$18 milhões por 10 meses de contrato[96]
Ainda em 2009, o Corinthians conquista a Copa do Brasil ao empatar com o Internacional no Estádio Beira-Rio por 2 a 2 (no jogo de ida o Corinthians havia vencido por 2 a 0). Além do título, o Corinthians garantiu uma vaga na Copa Libertadores da América de 2010, seu maior objetivo para 2010, ano que o clube completa 100 anos. O fim das conquistas também marcou a saída de importantes jogadores, como André Santos, Cristian e Douglas e uma lesão que afastou Ronaldo por diversos meses. Isso criou um desmanche no time, que com a equipe titular era apelidada de "Os Invencíveis" pela torcida. O desmanche abalou o rendimento do time que agora substituido por jogadores novos, ficou desentrosado, apesar de alguns destaques individuais de alguns novos jogadores, o time acabou terminando o Brasileiro na 10ª colocação e se voltando mais para o projeto do time no ano do centenário

[editar]2010: o Ano do Centenário e a República Popular do Corinthians

No ano de 2010, o Corinthians armou uma equipe para a disputa da Libertadores 2010 (título tão esperado no Parque São Jorge),acertando a contratação de vários jogadores conhecidos, entre eles do pentacampeão com a Seleção Brasileira Roberto Carlos, considerado o maiorlateral dos últimos tempos[97]. O Timão também irá contar com o um dos maiores ídolos da sua história Marcelinho Carioca, porém jogará apenas em amistosos, e terá papel no clube como embaixador no ano do centenário[98].
O Corinthians formou uma equipe forte, apesar de não ser o time das conquistas de 2009, e com foco na libertadores, o Corinthians manteve Ronaldo só para partidas importantes e manteve um time misto em grande parte do Campeonato Paulista. O time não se classificou e ficou na quinta colocação. Porém, o Corinthians não conseguiu chegar as quartas de final da competição, onde foi eliminado em maio peloFlamengo, com uma vitória de 2 á 1 no Pacaembu, o time foi eliminado devido o fato do time do Flamengo ter marcado um gol na casa do adversário. Mesmo assim, a torcida apoiou o time após a derrota.
Após a eliminação o clube focou no Campeonato Brasileiro, que ficou marcada por uma lesão de Ronaldo, que acabou ficando grande parte do Campeonato fora e da saída do goleiro Felipe, que defendia o time dês de 2007. Foi nesse período onde o Corinthians contratou o meio-campista Bruno César , que acabou se consagrando o artilheiro do time e apresentando futebol ofensivo em clássicos e partidas importantes. Durente esse período, o téncico Mano Menezes é convocado para ser técnico da Seleção Brasileira e deixa o comando do Corinthians, no lugar entra Adilson Batista. A era Adilson Batista durou pouco e foi cheia de altos e baixos, com ele o time venceu os times mais fortes da tabela apresentando um futebol de gana e ofensividade nos seus jogos importantes tomando a liderança do Brasileiro. Porém após isso, um fato raro no futebol acabou prejudicando o Corinthians no campeonato, quase o time titular inteiro ficou lesionado, o que prejudicou o esquema tático de Adilson. Isso fez o time perder partidas importantes e para times de baixo da tabela! O excesso de derrotas causadas por isso culminou com a saída de Adilson e a entrada do técnico Tite para tentar ainda vencer o Campeonato. Tite conseguiu convencer no Brasileiro, aproveitando a recuperação dos demais jogadores, ele colocou o time titular completo em campo para as partidas finais. Outra coisa que ajudou foi o retorno de Ronaldo, que se recuperou totalmente da lesão. Assim, Ronaldo e Bruno César jogaram juntos pela primeira vez e juntos conseguiram levar o Corinthians de volta a briga ao topo, durante esse período o Corinthians não foi derrotado nenhuma vez no campeonato brasileiro, porém mesmo assim o time acabou em terceiro lugar mas se classificando para a libertadores de 2011.
Para o centenário, o clube anunciou vários movimentos para o aniversário do clube. As ações vão desde doação de sangue[99], reflorestamento de acordo com a campanha do clube[100], até shows[101], camisa especial para a disputa do centenário [102] e o anúncio da construção de um estádio em Itaquera, com a parceria da construtora Odebrecht que arcará com todos os custos da obra[103]. O Timão também anunciou a República Popular do Corinthians, com direito a RG, Certidão de Nascimento, Carta Magna com as leis do "nação", Passaporte e até Carta de Anistia.[104]
Curiosidade: O Brasão da República Popular do Corinthians [105] é praticamente o mesmo que a seleção russa de futebol usa em suas camisetas[106]. Ele é o brasão da Rússia desde 1993 e é baseado no antigo brasão do império russo. No brasão da República Popular do Corinthians, São Jorge está em um círculo e olha para a esquerda. No brasão russo, o cavaleiro (que atualmente não é mais identificado como São Jorge) está em um quadrado e olha para a direita. O cetro e a globus cruciger que a águia segura no brasão russo representam poder e autoridade. Eles foram substituídos por um remo e por uma bola de futebol.
No dia do centenário, vários corinthianos queimaram fogos e festejaram saindo aos montes as ruas com a camisa do Corinthians.

[editar]2011

Em 2011 o Corinthians manteve os reforços de 2010. A equipe teve uma breve participação na primeira fase da Copa Libertadores da América. No primeiro jogo da competição, empatou sem gols contra a equipe colombiana Deportes Tolima, em jogo realizado no Pacaembu.[107] No jogo de volta, em Ibagué, o Tolima surpreendeu a equipe paulista, que perdeu por 2 a 0, sendo eliminada do torneio.[108]

Notas

  1.  Não confundir com o São Paulo Futebol Clube
  2.  Não confundir com a Sociedade Esportiva Palmeiras
  3.  As atas dos encontros foram escritas a lápis, em papel de embrulhar pão, e se perderam com o tempo. Mas de acordo com relatos orais dos primeiros corintianos, o nome Corinthians venceu, de maneira unânime, outras sugestões como Carlos Gomes, Guarani e Santos Dumont - Sport Club Corinthians Paulista - Federação Paulista de Futebol
  4.  Fundada por cinco times, a LPF organizou a primeira edição do Campeonato Paulista em 1902. Os ingleses do São Paulo Athletic Clublevantaram a primeira taça, derrotando o Clube Atlético Paulistano na final.
  5.  Existe uma outra versão sobre a origem da mascote: o jornalista Tomás Mazzoni teria dito, depois de uma vitória do Corinthians sobre o Barracas, que o clube paulistano demonstrara na partida "fibra de mosqueteiro", e assim o apelido teria ficado - Sport Club Corinthians Paulista - História - Federação Paulista de Futebol
  6.  Na verdade, o Corinthians perdeu quatro partidas, mas a derrota por 6 a 3 diante do Santos foi desconsiderada da classificação final, assim como os demais jogos do time da Baixada Santista, porque o Santos abandonou o campeonato meses após seu início.
  7.  Para a classificação final, foram desconsiderados os resultados que envolviam o Germânia e o Hydecroft - equipes que abandonaram a competição. Contra ambas, vitórias corintianas por 3 a 1 e 4 a 1, respesctivamente
  8.  O Corinthians perdeu outros três "clássicos" que disputou naquele Paulistão. Foi derrotado duas vezes pelo Paulistano (1 a 2 e 0 a 1) e novamente pelo Palestra (1 a 3). - Campeonato Paulista 1917 - RSSSF Brasil
  9.  Pela primeira vez, o Corinthians vencia um clássico frente ao Paulistano. A vitória por 2 a 1 foi registrada no dia 8 de setembro de 1918
  10.  Juraram os atletas são-paulinos que o gol de empate corintiano teria sido marcado com a mão - História do Corinthians, PELÉ.NET
  11.  Ainda que nessa época o futebol não conquistasse títulos, os demais esportes praticados no clube conseguiram várias de suas maiores conquistas, principalmente a partir da construção do Ginásio poliesportivo no Parque São Jorge na metade da década de 1960.
  12.  O nome foi dado pelo publicitário Washington Olivetto. Fonte: Mundo Estranho, Editora Abril
  13.  À época, o desempenho nos campeonatos estaduais determinavam a classificação de uma equipe para o campeonato nacional.
  14.  O lateral é o jogador que mais defendeu a camisa do Corinthians. Foram 806 partidas ao todo.

Referências

  1.  a b c d e f g h i j k l m n NO BOM RETIRO, EM 1910, COMEÇA ESTA HISTÓRIA - Folha de S.Paulo, 5 de dezembro de 1976.
  2.  a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x O alvinegro das multidões - PeléNET.
  3.  a b Sport Club Corinthians Paulista - História Federação Paulista de Futebol.
  4.  Corinthians faz jogo nº 5.000 contra Bragantino - Portal Terra, 13 de fevereiro de 2009.
  5.  a b Corinthians - Portal IG.
  6.  Corinthians edge Vasco in the battle of Brazil - Fifa.com.
  7.  Campeonato Paulista - História - Folha Online, 2009.
  8.  a b c d Paulistão - História - Gazeta Esportiva.
  9.  a b Campeonato Paulista - História - Folha Online, 2002.
  10.  Campeonato Paulista 1913 LPF - RSSSF Brasil.
  11.  Campeonato Paulista 1914 LPF - RSSSF Brasil.
  12.  Suplemento Especial - Paulistão - Diário da Região (São José do Rio Preto), 14 e janeiro de 2007.
  13.  97 anos de história - Veja São Paulo, 2007.
  14.  La storia del Toro: il primo scudetto La Stampa, 18 de fevereiro de 2009.
  15.  Campeonato Paulista 1915 LPF - RSSSF Brasil.
  16.  Campeonato Paulista 1916 LPF - RSSSF Brasil.
  17.  Campeonato Paulista 1917 LPF - RSSSF Brasil.
  18.  Campeonato Paulista 1918 - RSSSF Brasil.
  19.  Campeonato Paulista 1919 - RSSSF Brasil.
  20.  Campeonato Paulista 1920 - RSSSF Brasil.
  21.  Campeonato Paulista 1921 - RSSSF Brasil.
  22.  Campeonato Paulista 1922 - RSSSF Brasil.
  23.  Campeonato Paulista 1923 LPF - RSSSF Brasil.
  24.  Campeonato Paulista 1924 - RSSSF Brasil.
  25.  Campeonato Paulista 1925 - RSSSF Brasil.
  26.  Estádios de papel, uma dura rotina no Corinthians - O Estado de S.Paulo, 23 de janeiro de 2008.
  27.  Campeonato Paulista 1926 APEA - RSSSF Brasil.
  28.  Campeonato Paulista 1927 APEA - RSSSF Brasil.
  29.  Campeonato Paulista 1928 APEA - RSSSF Brasil.
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  31.  Campeonato Paulista 1930 - RSSSF Brasil.
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  33.  Campeonato Paulista 1932 - RSSSF Brasil.
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  35.  Campeonato Paulista 1934 - RSSSF Brasil.
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  43.  a b c d e f A Democracia Corintiana - Mundo Estranho, Editora Abril.
  44.  Ex-goleiro do clube, Leão não encampou "Democracia Corintiana" - Folha de S.Paulo, 10 de agosto de 2006.
  45.  a b c Corinthians comemora 18 anos de 1º título brasileiro - Portal Terra, 16 de dezembro de 2008.
  46.  São Paulo 0 x 1 Corinthians - Campeonato Brasileiro de 1990 - Futpédia, GloboEsporte.com.
  47.  Corinthians 1 x 0 São Paulo - Campeonato Brasileiro de 1990 - Futpédia, GloboEsporte.com.
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  51.  www.gazetapenhense.com.br/materia.php?materia_id=1076
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  54.  Projeto de lei nº160 de 2000.
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  64.  Por unanimidade, Corinthians decreta fim da parceria com MSI - UOL, 24 de julho de 2007.
  65.  Após derrota, Carpegiani deixa o comando do Corinthians - 25 de agosto de 2007.
  66.  Dirigente quer técnico vencedor e confirma interino - Gazeta Esportiva.Net, 25 de agosto de 2007.
  67.  Corinthians "rebaixa" Zé Augusto e busca novo técnico - Folha Online, 24 de setembro de 2007.
  68.  Corinthians anuncia Nelsinho Baptista como novo técnico -Folha Online, 25 de setembro de 2007.
  69.  Desvio de verbas é a principal acusação contra Alberto DualibO Estado de S.Paulo, 20 de setembro de 2007.
  70.  Sanchez confirma favoritismo e é o novo presidente do Timão - Gazeta Esportiva.Net, 09 de outubro de 2007.
  71.  Corinthians confirma maior vexame da história e é rebaixado - Gazeta Esportiva.Net, 02 de dezembro de 2007.
  72.  Corinthians empata com o Grêmio em Porto Alegre e vai para a Série B do Nacional, Folha Online, 02 de dezembro de 2007.
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  93.  Presidente diz que patrocinio esta perto e assina marcasa para o clássico. Página visitada em 4 de junho de 2009.
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  105.  República Popular do Corinthians.
  106.  Site da Seleção Russa de Futebol.
  107.  AMARAL, Paulo. Corinthians erra demais e só empata com Tolima: 0 a 0 R7
  108.  Corinthians perde do Tolima e tem queda histórica na Pré-Libertadores Portal Terra

[editar]Bibliografia

  • OLIVETTO, Washington e BEIRÃO, Nirlando - Corinthians é preto no branco, Editora DBA.
  • UNZELTE, Celso Dario - Almanaque do Timão. Editora Abril.

[editar]Ligações externas