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Sessão da Câmara Municipal

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Revolução Industrial - pioneirismo inglês



  Revolu%C3%A7%C3%A3o Industrial no Brasil 3 Revolução Industrial no Brasil   Resumo
É fácil delimitar os fatores que fizeram da Europa o local onde se eclodiu a Revolução Industrial. Primeiramente, já havia um mercado consumidor consolidado e em expansão, podendo exportar produtos para a América e a Índia, além de possuir mão de obra até em quantidades excedentes.
 Porém, dentro deste contexto propício para eclosão de tal fenômeno, foi no Reino Unido onde a manifestação se deu de forma mais visível. Tal pioneirismo se deve a uma série de fatores: há algum tempo a Inglaterra se encontrava em um período de paz externa (por ser uma ilha) e paz interna (após assinatura de “Bill of Rights”); havia grande riqueza mineral no território, como ferro, carvão e o cobre, matéria-prima necessária para a alimentação das máquinas a vapor; sua vasta rede fluvial favorecia o escoamento da produção; após a Revolução Gloriosa, a Inglaterra contava com um Estado Liberal burguês, traçado por Adam Smith, que sustentava a ideia de que o capitalismo e a liberdade individual promoveriam o progresso de forma harmoniosa, incentivando assim a produção econômica; como religião, o Calvinismo encontrava-se em seu auge, tendo como ideologia uma espécie de capitalismo; os atos de navegação garantiam a supremacia marítima e, sobretudo, um excedente populacional, causado pela Lei de Cercamento de Terras (êxodo rural), capaz de criar um exército industrial de reserva.

HISTÓRIA DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

A Revolução Inglesa do século XVII representou a primeira manifestação de crise do sistema da época moderna, identificado com o absolutismo. O poder monárquico, severamente limitado, cedeu a maior parte de suas prerrogativas ao Parlamento e instaurou-se o regime parlamentarista que permanece até hoje.

Carlos I foi o Rei da Inglaterra, Escócia e Irlanda de 1625 até sua execução. Era o segundo filho do rei Jaime VI da Escócia e sua esposa Ana da Dinamarca; quando seu pai herdou o trono inglês em 1603. Nascimento: 19 de novembro de 1600, Palácio de Dunfermline, Dunfermline, Reino Unido; Falecimento: 30 de janeiro de 1649, Cidade de Westminster, Reino Unido; Cônjuge: Henriqueta Maria de França (desde 1625); Filhos: Carlos II de Inglaterra, Jaime II de Inglaterra, Sucessor / Sucessora: Carlos II de Inglaterra, Jaime II de Inglaterra; Linhagem Real: Casa de Stuart. Carlos I foi rei da Inglaterra de 1625 a 1645. Segundo filho do rei Jaime I e Ana da Dinamarca, Carlos assumiu o trono depois da morte de seu pai, já que seu irmão mais velho, Henry, também havia morrido. Nasceu na cidade de Fifeshire, Escócia, em 1600. Depois de coroado, Carlos se casou com Henriqueta Maria, irmã do rei francês Luís XIII. Assim como seu pai, também defendia o absolutismo.
Assim que se tornou rei da Inglaterra, Carlos foi obrigado a assinar a Petição dos Direitos, um documento que proibia a Coroa de convocar o exército ou adotar medidas econômicas sem a aprovação do Parlamento. Os ingleses enfrentavam uma crise econômica oriunda de uma vitória sobre a Espanha em 1588, quando, governada pela rainha Elizabeth I, a Inglaterra investiu mais dinheiro do que podia na manutenção de seu exército.
Carlos, autoritário como o pai, descumpriu o documento e sua postura não agradava os ingleses. Além de tentar impor aos escoceses (em sua maioria, presbiterianos) a prática do anglicanismo, sancionou uma antiga lei de cobrança de impostos chamada “Ship Money”. Essa lei valia apenas nas zonas litorâneas, mas Carlos a estendeu para toda a Inglaterra. Os ingleses, insatisfeitos, protestaram e uma crise política se instaurou.
Carlos dissolveu e convocou o Parlamento por diversas vezes. Por não cumprir a lei que proibia a dissolução do mesmo, enfrentou uma onda de protestos, liderada por Oliver Cromwell, resultando em uma guerra civil. Em 1645 o exército de Cromwell (cabeças redondas, por causa do corte de cabelo) venceu, pondo fim à guerra. Carlos, derrotado, se refugiou na Espanha. Em 1648 foi capturado e no dia 30 de Janeiro de 1649 foi decapitado.

Por Demercino Júnior
Graduado em História

A Revolução Inglesa, ocorrida no século XVII

       Foi um dos principais acontecimentos da Idade Moderna. Foi considerada a primeira das grandes revoluções burguesas, isto é, as revoluções encabeçadas por lideranças da burguesia europeia, que havia se tornado expressivamente forte, do ponto de vista econômico, ao longo dos séculos XVI e XVII, e que precisava alcançar legitimidade política. Com o processo da revolução, a burguesia da Inglaterra, por meio de uma guerra civil e da atuação do Parlamento, conseguiu combater o Estado absolutista desse país e reformular a estrutura política, que culminaria na modelo da Monarquia Parlamentarista em 1688. Podemos dividir o processo histórico da Revolução Inglesa em quatro fases principais:  1) a Revolução Puritana e a Guerra Civil, que transcorreu de 1640 a 1649; 2) a República de Oliver Cromwell, que durou de 1649 a 1658; 3) a Restauração da dinastia dos Stuart, com os reis Carlos II e Jaime II, período longo que foi de 1660 a 1688; 4) por fim, a Revolução Gloriosa, que encerrou o reinado de Jaime II e instituiu a Monarquia Parlamentarista.

ANTECEDENTES: ABSOLUTISMO MONÁRQUICO DAS DINASTIAS TUDOR E STUART

Durante grande parte do século XVI, a burguesia inglesa esteve bem articulada com os nobres e os reis pertencentes à dinastia Tudor (Henrique VIII e sua filha Elizabeth), que consolidaram a Reforma Anglicana. A reforma religiosa de Henrique VIII proporcionou grandes benefícios financeiros tanto para nobres quanto para burgueses da Inglaterra. Isso porque teve início o processo de conversão das antigas terras feudais, de domínio da Igreja Católica, em propriedades privadas, o que possibilitou a formação dos cercamentos e dos arrendamentos que foram vendidos aos burgueses que pretendiam explorar minas de carvão ou praticar alguma atividade agrícola.
Além disso, a ruptura com a Igreja Católica (que não era apenas uma instituição com poder espiritual, mas detentora de um poder político continental, ao qual boa parte das Coroas europeias estava ligada) dispensou a Inglaterra de pagar tributos para Roma, bem como colocou a marinha inglesa em flagrante rivalidade com os navios dos países católicos, sobretudo com os espanhóis. Muitos piratas ingleses, conhecidos como “lobos do mar”, atacavam navios espanhóis e levavam sua mercadoria (na maior parte das vezes, metais preciosos) para Inglaterra, o que contribuía para o aquecimento do mercado interno do país.
Como se vê, as principais ações políticas dos Tudor acabaram proporcionando uma grande ascensão da burguesia, de modo que no fim do século, na década de 1590, os burgueses já tinham grande força representativa na chamada Câmara dos Comuns (uma das câmaras do Parlamento Inglês, que tinha como oposição a Câmara dos Lordes, isto é, dos nobres apoiadores da Coroa). O problema é que essa força adquirida pela burguesia estava associada ao puritanismo (o calvinismo inglês), que era a religião que mais atraía a burguesia e que dava suporte ideológico para o radicalismo político antiabsolutista.
Somou-se a isso o fato de que os nobres e a Coroa viam-se ameaçados pela capacidade da burguesia puritana de acumular riquezas. Enquanto a renda da burguesia era oriunda do trabalho e de investimentos financeiros, a renda dos nobres advinha de privilégios hereditários, da cobrança de impostos e da formação de monopólios estatais ao modo mercantilista. Os monarcas que sucederam os Tudor, isto é, os Stuart, perceberam que, se não freassem a burguesia no campo político, a estrutura monárquica estaria fadada à ruína.
O primeiro monarca da dinastia Stuart foi Jaime I, que governou de 1603 a 1625. Para tentar adequar a Coroa à nova realidade financeira da Inglaterra e controlar a ascensão da burguesia, Jaime I passou a tomar duas medidas principais: 1) aumento de impostos e estabelecimento de empréstimos forçados; e 2) a formação de monopólios estatais como forma de participação nos rendimentos dos negócios burgueses. Além disso, Jaime deflagrou uma perseguição religiosa aos puritanos. Confrontado pela Câmara dos Comuns, dissolveu o Parlamento, que ficou inativo de 1614 a 1622.
Com a ascensão de Carlos I, filho de Jaime, ao trono, em 1625, houve uma nova tentativa de acordo entre a Coroa e o Parlamento para que houvesse um novo aumento de impostos. A Câmara dos Lordes ficou a favor do rei, mas a Câmara dos Comuns novamente o confrontou. O rei decidiu então dissolver novamente o Parlamento, que ficou inativo até 1640. Em 1640, Carlos I entrou em um novo conflito contra a Escócia e precisou novamente do tributo dos burgueses para bancar a guerra, convocando, assim, mais uma vez, o Parlamento. Novamente a Câmara dos Comuns recusou-se a ajudá-lo. Mas ao contrário do que ocorrera antes, os burgueses puritanos prepararam-se para um enfrentamento total contra o rei e a nobreza.
Um líder radical puritano chamado Oliver Cromwell organizou um exército burguês conhecido como exército dos “Cabeças redondas” por se recusarem a usar as perucas dos nobres. Esse exército deflagrou guerra contra a Coroa, que foi defendida pelos “Cavaleiros”, isto é, o exército tradicional da nobreza. Teve assim início a Revolução Puritana, ou Guerra Civil Inglesa.


Oliver Cromwell instaurou um regime ditatorial - na Inglaterra após a Guerra Civil

Oliver Cromwell, foi um militar e líder político inglês e, mais tarde, Lord Protector do Protectorado. Nascido no seio da nobreza rural, os primeiros quarenta anos da sua vida são pouco conhecidos. Nascimento: 25 de abril de 1599, Huntingdon, Reino Unido Falecimento: 3 de setembro de 1658, Palácio de Whitehall, Londres Cônjuge: Elizabeth Cromwell (de 1620 a 1658) Filhos: Richard Cromwell, Henry Cromwell, Bridget Cromwell; Irmãos: Joan Cromwell, Jane Cromwell, Catherine Cromwell.

REVOLUÇÃO PURITANA E GUERRA CIVIL (1640-1649)

A guerra civil entre a burguesia puritana e a Coroa ficou mais intensa quando, em 1642, Oliver Cromwell convocou a base da pequena burguesia e de camponeses para formar o Novo Exército Modelo (New Model Army). Nessa base, destacaram-se os Diggers e Levellers, que se caracterizaram por sua radicalidade política em assuntos como reforma agrária (Diggers) e igualdade de diretos entre todos os cidadãos (Levellers). Com o Novo Exército Modelo, Cromwell conseguiu esmagar as forças da Coroa. Em 1649, a ala radical burguesa exigiu a decapitação de Carlos I, que ocorreu no dia 31 de janeiro.
“República” de Oliver Cromwell (1649-1658)
Em 19 de maio de 1649 foi proclamada a República, e Cromwell recebeu do Parlamento o título de Lord Protector (Lorde Protetor da República). Muitas transformações políticas operadas por Cromwell beneficiaram a burguesia que foi por ele liderada na Guerra Civil. Uma dessas transformações foi possibilitada pelos chamados Atos de Navegação, aprovados em 1650, que restringiam o transporte de produtos ingleses apenas aos navios da própria Inglaterra.

No entanto, a exemplo dos monarcas autoritários que havia combatido, Cromwell acabou por se voltar contra o Parlamento. Em 1653, ele o dissolveu com o auxílio do Exército burguês e instituiu uma ditadura aberta, que teve como característica principal a execução das lideranças que o ajudaram a formar esse mesmo Exército, isto é, os Diggers e Levellers, como diz o historiador Christopher Hill, em sua obra A Revolução Puritana de 1640:


A história da revolução inglesa de 1649 a 1660 pode ser contada em poucas palavras. O fuzilamento por Cromwell dos Levellers, em Burford, tornou absolutamente inevitável a restauração da monarquia e dos senhores, pois a ruptura entre a grande burguesia e a pequena nobreza, por um lado, e as forças populares, por outro, significava que o seu governo só poderia ser mantido por um exército (o que, a longo prazo, provou ser extraordinariamente dispendioso e de difícil controle) ou por um compromisso com os representantes da velha ordem que restavam. 


          Um tempo mais tarde, em 1657, Cromwell propôs um novo acordo com os parlamentares e reabilitou o Parlamento inglês. Todavia, antes que esse acordo pudesse vigorar, Cromwell faleceu (1658). Em seu lugar, assumiu seu filho, Richard Cromwell, que não tinha o mesmo prestígio que o pai, sobretudo frente às classes mais radicais da burguesia. Temendo um levante popular e uma nova guerra civil, o Parlamento fez uma manobra arriscada: convocou Carlos II, filho do rei decapitado, para assumir o trono e restaurar a dinastia dos Stuart.

  • Restauração da dinastia Stuart (1660-1688)

          Em 1660, Carlos II assumiu o trono prometendo respeitar os interesses do Parlamento. Mas logo começou a se articular com antigas lideranças da nobreza para restaurar o absolutismo, aproximando-se da França de Luís XIV. Entretanto, a realidade social já era bem diferente de quando seu pai havia reinado e, não conseguindo uma nova composição tradicional, Carlos II iniciou uma ampla perseguição religiosa contra os calvinistas. Essa perseguição tinha como pano de fundo também a aproximação de Carlos II de membros da Igreja Católica. Apesar de anglicanos, os Stuart mantinham boas relações com os membros do clero, os quais ainda possuíam grande influência social, além de posse de terras.

          O Parlamento, composto por maioria puritana, ao repudiar as ações de Carlos, viu-se novamente vítima do autoritarismo: o monarca dissolveu-o em 1681 e governou sozinho até a sua morte, em 1685. Seu filho, Jaime II, assumiu o torno, reativou o Parlamento, mas procurou dar seguimento às ações do pai, no que se refere à restauração do absolutismo. No entanto, Jaime II foi mais além, convertendo-se ao catolicismo e decretando uma série de medidas que beneficiavam os católicos, como a isenção de impostos. Novamente, a reação do Parlamento foi imediata. Temendo que Jaime reivindicasse apoio da França, os membros do Parlamento trataram de organizar uma manobra política que evitasse um possível conflito armado.
  • Revolução Gloriosa e a fundação da Monarquia Parlamentarista
          A manobra consistiu na convocação da filha de Jaime II, Maria II, à época casada com Guilherme de Orange, governador dos Países Baixos, para assumir com o marido o trono da Inglaterra. Guilherme de Orange, inicialmente, não viu com bons olhos o plano, imaginando que sua esposa, como herdeira legítima, teria mais poderes que ele. Contudo, mesmo assim, ainda em 1688, Guilherme invadiu a Inglaterra com seu exército para depor Jaime II e apoiar o Parlamento. A Cavalaria da nobreza, que também estava descontente com o rei, em vez de defendê-lo, aliou-se a Guilherme. A Jaime II, já sem defesa alguma, Guilherme de Orange permitiu a fuga para a França, onde o monarca permaneceu exilado até o último dia de vida.

          Guilherme de Orange assumiu o trono inglês como Guilherme III. Por sua ação militar não ter resultado em guerra e derramamento de sangue, ela recebeu o nome de Revolução Gloriosa. O Parlamento, contudo, estabeleceu diretrizes novas para Guilherme e Maria antes de coroá-los. Ambos os reis tiveram que se comprometer a cumprir a chamada Declaração de Direitos de 1689 (Bill Of Rights). A Declaração de Direitos limitava a ação dos reis, de modo a impedir qualquer retorno do absolutismo. Os reis passaram a ter o poder restrito, e o poder de decisão política concentrou-se no Parlamento, formando-se, assim, uma Monarquia Parlamentarista. Além disso, havia o comprometimento com as liberdades individuais, principalmente com a liberdade de crenças religiosas.

NOTAS

HILL, Christopher. A Revolução Inglesa de 1640. Trad. Wanda Ramos. Lisboa: Editorial Presença; São Paulo: Livraria Marins Fontes, 1985. p. 101.
Por Me. Cláudio Fernandes

Introdução

Na Inglaterra, por volta de 1850, pela primeira vez em um grande país, havia mais pessoas vivendo em cidades do que no campo. Nas cidades, as pessoas mais pobres se aglomeravam em subúrbios de casas velhas e desconfortáveis, com condições horríveis de higiene e salubridade, se comparadas com as habitações dos países industrializados hoje em dia. Mas representavam uma grande melhoria se comparadas as condições de vida dos camponeses, que viviam em choupanas de palha. Conviviam com a falta de água encanada, com os ratos, o esgoto formando riachos nas ruas esburacadas.
O trabalho do operário era muito diferente do trabalho do camponês: tarefas monótonas e repetitivas.
A vida na cidade moderna significava mudanças incessantes. A cada instante, surgiam novas máquinas, novos produtos, novos gostos, novas modas.
Estudos sobre as variações na altura média dos homens no norte da Europa, sugerem que o progresso econômico gerado pela industrialização demorou varias décadas até beneficiar a população como um todo. Eles indicam que, em média, os homens do norte europeu durante o início da Revolução Industrial eram 7,6 centímetros mais baixos que os que viveram 700 anos antes, na Alta Idade Média. É estranho que a altura média dos ingleses tenha caído continuamente durante os anos de 1100 até o início da revolução industrial em 1780, quando a altura média começou a subir. Foi apenas no início do século XX que essas populações voltaram a ter altura semelhante às registradas entre os séculos IX e XI.4 A variação da altura média de uma população ao longo do tempo é considerada um indicador de saúde e bem-estar econômico.


Referências
↑ Uol Educação
↑ BURNS, Edward McNall. História da Civilização Ocidental. 36. ed. São Paulo: Globo, 1995, p. 513-514
↑ Nick Harling (7 de agosto de 2008). James Hargreaves c1720-1778 (em inglês). Página visitada em 24 de novembro de 2008.
↑ Steckel, Richard H. 2001. Health and Nutrition in the Preindustrial Era: Insights from a Millennium of Average Heights in Northern Europe. NBER Working Paper No. 8542 (eminglês)
Bibliografia
FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, Imprensa Oficial do Estado, 2001. ISBN 85-314-0592-0
HOBSBAWM, Eric J.. Da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo (5a. ed.). Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003. ISBN 85-218-0272-2
SOUZA, Osvaldo Rodrigues de. História Geral São Paulo: Editora Ática, 1990. ISBN 85-08-02735-5

MELANI, Maria Raquel Apolinário. Projeto Araribá - História 7ª São Paulo: Editora Moderna, 2006.

A industrialização no Brasil


A Revolução Industrial mudou o mundo de uma forma que nunca antes visto. Na época, os efeitos negativos superaram os positivos, no entanto, como muitos investidores e proprietários de fábricas acreditavam, as dificuldades da época permitiram grandes benefícios no quadro geral. Trabalhadores, eventualmente, começaram a receber os benefícios, os países se tornaram mais fortes economicamente, novas invenções mudaram a forma como vivemos, o trabalho melhorou e tornou-se muito mais eficiente do que nas sociedades pré-industrializada.
Quase 50 anos após o início da Revolução Industrial, os trabalhadores de fábrica e moinho começaram a receber mais benefícios. Entre esses benefícios veio o aumento de salário, que foi uma grande mudança. Isso fez com que os trabalhadores pudessem usufruir dos bens materiais mais do que nunca. Outro benefício que os trabalhadores ganharam foi proteção contra condições desumanas nas fábricas.
A Revolução Industrial no Brasil, a revolução industrial não começou até os anos vinte do século XX, e hoje o Brasil é um dos principais locais industriais do planeta.
A Revolução Industrial no Brasil inclui-se a economia cafeeira dentre as contribuições da economia cafeeira para a industrialização, podemos citar: acumulação de capital necessário para o processo; criação de infraestrutura; formação de mercado de consumo; mão de obra utilizada, especialmente os migrantes europeus não portugueses, como os italianos.
Com a mudança da economia brasileira e a subida de Getúlio Vargas surge o pensamento urbano industrial, e o processo de industrialização é impulsionado, com base nas políticas de caráter keynesiano.

No período em que Getúlio Vargas governou a ação fortemente centralizadora e intervencionista foi apoiada em um novo pacto social e político, envolvendo a burocracia oficial, o empresariado e os sindicatos operários, apresentados como representantes dos interesses nacionais. Sua atuação econômica teria como foco o desenvolvimento industrial, a busca da autossuficiência em setores básicos. Em resumo, as palavras de ordem na era Vargas seriam nacionalismo e industrialização.
Revolu%C3%A7%C3%A3o Industrial no Brasil 1 Revolução Industrial no Brasil   Resumo

Revolução Industrial


Por Cristiana Gomes

As máquinas foram inventadas, com o propósito de poupar o tempo do trabalho humano. Uma delas era a máquina a vapor que foi construída na Inglaterra durante o século XVIII. Graças a essas máquinas, a produção de mercadorias ficou maior e os lucros também cresceram. Vários empresários; então, começaram a investir nas indústrias.

Ilustração da paisagem inglesa durante a Revolução Industrial. As grandes chaminés expelindo fumaça representava desenvolvimento.

Ilustração da paisagem inglesa durante a Revolução Industrial. As grandes chaminés expelindo fumaça representava desenvolvimento.

Com tanto avanço, as fábricas começaram a se espalhar pela Inglaterra trazendo várias mudanças. Esse período é chamado pelos historiadores de Revolução Industrial e ela começou na Inglaterra.

A burguesia inglesa era muito rica e durante muitos anos continuou ampliando seus negócios de várias maneiras:

financiando ataques piratas (corsários)
traficando escravos
emprestando dinheiro a juros
pagando baixos salários aos artesãos que trabalhavam nas manufaturas
vencendo guerras
comerciando
impondo tratados a países mais fracos
Os ingleses davam muita importância ao comércio (quanto mais comércio havia, maior era a concorrência).

Quando se existe comércio, existe concorrência e para acabar com ela, era preciso baixar os preços. Logo, a burguesia inglesa começou a aperfeiçoar suas máquinas e a investir nas indústrias.

Vários camponeses foram trabalhar nas fábricas e formaram uma nova classe social: o proletariado.

O desenvolvimento industrial arruinou os artesãos, pois os produtos eram confeccionados com mais rapidez nas fábricas. A valorização da ciência, a liberdade individual e a crença no progresso incentivaram o homem a inventar máquinas.

O governo inglês dava muita importância à educação e aos estudos científicos e isso também favoreceu as descobertas tecnológicas.

Milhares de trabalhadores das indústrias inglesas.

Milhares de trabalhadores das indústrias inglesas.

Graças à Marinha Inglesa (que era a maior do mundo e estava em quase todos os continentes) a Inglaterra podia vender seus produtos em quase todos os lugares do planeta.

No século XIX a Revolução Industrial chegou até a França e com o desenvolvimento das ferrovias cresceu ainda mais.

Em 1850, chegou até a Alemanha e só no final do século XIX; na Itália e na Rússia, já nos EUA, o desenvolvimento industrial só se deu na segunda metade do século XIX.

No Japão, só nas últimas décadas do século XIX, quando o Estado se ligou à burguesia (o governo emprestava dinheiro para os empresários que quisessem ampliar seus negócios, além de montar e vender indústrias para as famílias ricas), é que a industrialização começou a crescer. O Estado japonês esforçava-se ao máximo para incentivar o desenvolvimento capitalista e industrial.

Adam Smith (pensador escocês) escreveu em 1776 o livro “A Riqueza das Nações”, nessa obra (que é considerada a obra fundadora da ciência econômica), Smith afirma que o individualismo é bom para toda a sociedade.

Para ele, o Estado deveria interferir o mínimo possível na economia. Adam Smith também considerava que as atividades que envolvem o trabalho humano são importantes e que a indústria amplia a divisão do trabalho aumentando a produtividade, ou seja, cada um deve se especializar em uma só tarefa para que o trabalho renda mais.

A Revolução Industrial trouxe riqueza para os burgueses; porém, os trabalhadores viviam na miséria.

Muitas mulheres e crianças faziam o trabalho pesado e ganhavam muito pouco, a jornada de trabalho variava de 14 a 16 horas diárias para as mulheres, e de 10 a 12 horas por dia para as crianças.

Enquanto os burgueses se reuniam em grandes festas para comemorar os lucros, os trabalhadores chegavam à conclusão que teriam que começar a lutar pelos seus direitos.

O chamado Ludismo, foi uma das primeiras formas de luta dos trabalhadores. O movimento ludita era formado por grupos de trabalhadores que invadiam as fábricas e quebravam as máquinas.

Os ludistas conseguiram algumas vitórias, por exemplo, alguns patrões não reduziram os salários com medo de uma rebelião.

Além do ludismo , surgiram outras organizações operárias, além dos sindicatos e das greves.

Em 1830, formou-se na Inglaterra o movimento cartista. Os cartistas redigiram um documento chamado “Carta do Povo” e o enviaram ao parlamento inglês. A principal reivindicação era o direito do voto para todos os homens (sufrágio universal masculino), mas somente em 1867 esse direito foi conquistado.

Thomas Malthus foi um economista inglês que afirmava que o crescimento da população era culpa dos pobres que tinham muitos filhos e não tinham como alimentá-los. Para ele, as catástrofes naturais e as causadas pelos homens tinham o papel de reduzir a população, equilibrando, assim, a quantidade de pessoas e a de comida.

Além disso, Malthus criticava a distribuição de renda. O seu raciocínio era muito simples: os responsáveis pelo desenvolvimento cultural eram os ricos e cobrar impostos deles para ajudar os pobres era errado, afinal de contas era a classe rica que patrocinava a cultura.

O Parlamento inglês (que aparentemente pensava como Malthus) adotou, em 1834, uma lei que abolia qualquer tipo de ajuda do governo aos pobres. A desculpa usada foi a que ajudando os pobres, a preguiça seria estimulada. O desamparo serviria como um estímulo para que eles procurassem emprego.

A revolução Industrial mudou a vida da humanidade.

A vida nas cidades se tornou mais importante que a vida no campo e isso trouxe muitas consequências: nas cidades os habitantes e trabalhadores moravam em condições precárias e conviviam diariamente com a falta de higiene, isso sem contar com o constante medo do desemprego e da miséria.

Por um outro lado, a Revolução Industrial estimulou os pesquisadores, engenheiros e inventores a aperfeiçoar a indústria. Isso fez com que surgisse novas tecnologias: locomotivas a vapor, barcos a vapor, telégrafo e a fotografia.

Ilustrações:  https://www.mtholyoke.edu/courses/rschwart/ind_rev/images/indust.html.htm ; http://www.yamacanyons.net/WestCivIndRevCh19.html; http://www.infoescola.com/historia/revolucao-industrial/

Um motor a vapor


Um motor a vapor de Watt, o motor a vapor, alimentado principalmente com carvão, impulsionou a Revolução Industrial na Inglaterra e no mundo.

3 comentários:

Blog do prof. Osmar Fernandes disse...

Obrigado pela visita! Deixe sua assinatura de visita, deixe seu recado, sua sugestão, crítica; afinal, esse assunto é muito extraordinário.

Obrigado, pela atenção!

Unknown disse...

Muito bom me ajudou bastante obrigada

Anônimo disse...

a Inglaterra foi pioneira no processo de industrialização da economia,com a revolução industrial,iniciada no século XVIII.que características ajudam a entender o pioneirismo inglês

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