É
fácil delimitar os fatores que fizeram da Europa o local onde se eclodiu a
Revolução Industrial. Primeiramente, já havia um mercado consumidor consolidado
e em expansão, podendo exportar produtos para a América e a Índia, além de
possuir mão de obra até em quantidades excedentes.
Porém, dentro deste contexto propício
para eclosão de tal fenômeno, foi no Reino Unido onde a manifestação se deu de
forma mais visível. Tal pioneirismo se deve a uma série de fatores: há algum
tempo a Inglaterra se encontrava em um período de paz externa (por ser uma ilha)
e paz interna (após assinatura de “Bill of Rights”); havia grande riqueza
mineral no território, como ferro, carvão e o cobre, matéria-prima necessária
para a alimentação das máquinas a vapor; sua vasta rede fluvial favorecia o
escoamento da produção; após a Revolução Gloriosa, a Inglaterra contava com um
Estado Liberal burguês, traçado por Adam Smith, que sustentava a ideia de que o
capitalismo e a liberdade individual promoveriam o progresso de forma
harmoniosa, incentivando assim a produção econômica; como religião, o
Calvinismo encontrava-se em seu auge, tendo como ideologia uma espécie de
capitalismo; os atos de navegação garantiam a supremacia marítima e, sobretudo,
um excedente populacional, causado pela Lei de Cercamento de Terras (êxodo
rural), capaz de criar um exército industrial de reserva.
HISTÓRIA DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A
Revolução Inglesa do século XVII representou a primeira manifestação de crise
do sistema da época moderna, identificado com o absolutismo. O poder
monárquico, severamente limitado, cedeu a maior parte de suas prerrogativas ao
Parlamento e instaurou-se o regime parlamentarista que permanece até hoje.
Carlos
I foi o Rei da Inglaterra, Escócia e Irlanda de 1625 até sua execução. Era o
segundo filho do rei Jaime VI da Escócia e sua esposa Ana da Dinamarca; quando
seu pai herdou o trono inglês em 1603. Nascimento: 19 de novembro de 1600,
Palácio de Dunfermline, Dunfermline, Reino Unido; Falecimento: 30 de janeiro de
1649, Cidade de Westminster, Reino Unido; Cônjuge: Henriqueta Maria de França
(desde 1625); Filhos: Carlos II de Inglaterra, Jaime II de Inglaterra, Sucessor
/ Sucessora: Carlos II de Inglaterra, Jaime II de Inglaterra; Linhagem Real:
Casa de Stuart. Carlos I foi rei da Inglaterra de 1625 a 1645. Segundo filho do
rei Jaime I e Ana da Dinamarca, Carlos assumiu o trono depois da morte de seu
pai, já que seu irmão mais velho, Henry, também havia morrido. Nasceu na cidade
de Fifeshire, Escócia, em 1600. Depois de coroado, Carlos se casou com
Henriqueta Maria, irmã do rei francês Luís XIII. Assim como seu pai, também
defendia o absolutismo.
Assim
que se tornou rei da Inglaterra, Carlos foi obrigado a assinar a Petição dos
Direitos, um documento que proibia a Coroa de convocar o exército ou adotar
medidas econômicas sem a aprovação do Parlamento. Os ingleses enfrentavam uma
crise econômica oriunda de uma vitória sobre a Espanha em 1588, quando,
governada pela rainha Elizabeth I, a Inglaterra investiu mais dinheiro do que
podia na manutenção de seu exército.
Carlos,
autoritário como o pai, descumpriu o documento e sua postura não agradava os
ingleses. Além de tentar impor aos escoceses (em sua maioria, presbiterianos) a
prática do anglicanismo, sancionou uma antiga lei de cobrança de impostos
chamada “Ship Money”. Essa lei valia apenas nas zonas litorâneas, mas Carlos a
estendeu para toda a Inglaterra. Os ingleses, insatisfeitos, protestaram e uma
crise política se instaurou.
Carlos
dissolveu e convocou o Parlamento por diversas vezes. Por não cumprir a lei que
proibia a dissolução do mesmo, enfrentou uma onda de protestos, liderada por
Oliver Cromwell, resultando em uma guerra civil. Em 1645 o exército de Cromwell
(cabeças redondas, por causa do corte de cabelo) venceu, pondo fim à guerra.
Carlos, derrotado, se refugiou na Espanha. Em 1648 foi capturado e no dia 30 de
Janeiro de 1649 foi decapitado.
Por
Demercino Júnior
Graduado
em História
A
Revolução Inglesa, ocorrida no século XVII
Foi um dos principais acontecimentos da Idade Moderna. Foi considerada a primeira das grandes revoluções burguesas, isto é, as revoluções encabeçadas por lideranças da burguesia europeia, que havia se tornado expressivamente forte, do ponto de vista econômico, ao longo dos séculos XVI e XVII, e que precisava alcançar legitimidade política. Com o processo da revolução, a burguesia da Inglaterra, por meio de uma guerra civil e da atuação do Parlamento, conseguiu combater o Estado absolutista desse país e reformular a estrutura política, que culminaria na modelo da Monarquia Parlamentarista em 1688. Podemos dividir o processo histórico da Revolução Inglesa em quatro fases principais: 1) a Revolução Puritana e a Guerra Civil, que transcorreu de 1640 a 1649; 2) a República de Oliver Cromwell, que durou de 1649 a 1658; 3) a Restauração da dinastia dos Stuart, com os reis Carlos II e Jaime II, período longo que foi de 1660 a 1688; 4) por fim, a Revolução Gloriosa, que encerrou o reinado de Jaime II e instituiu a Monarquia Parlamentarista.
Foi um dos principais acontecimentos da Idade Moderna. Foi considerada a primeira das grandes revoluções burguesas, isto é, as revoluções encabeçadas por lideranças da burguesia europeia, que havia se tornado expressivamente forte, do ponto de vista econômico, ao longo dos séculos XVI e XVII, e que precisava alcançar legitimidade política. Com o processo da revolução, a burguesia da Inglaterra, por meio de uma guerra civil e da atuação do Parlamento, conseguiu combater o Estado absolutista desse país e reformular a estrutura política, que culminaria na modelo da Monarquia Parlamentarista em 1688. Podemos dividir o processo histórico da Revolução Inglesa em quatro fases principais: 1) a Revolução Puritana e a Guerra Civil, que transcorreu de 1640 a 1649; 2) a República de Oliver Cromwell, que durou de 1649 a 1658; 3) a Restauração da dinastia dos Stuart, com os reis Carlos II e Jaime II, período longo que foi de 1660 a 1688; 4) por fim, a Revolução Gloriosa, que encerrou o reinado de Jaime II e instituiu a Monarquia Parlamentarista.
ANTECEDENTES: ABSOLUTISMO MONÁRQUICO DAS
DINASTIAS TUDOR E STUART
Durante
grande parte do século XVI, a burguesia inglesa esteve bem articulada com os
nobres e os reis pertencentes à dinastia Tudor (Henrique VIII e sua filha
Elizabeth), que consolidaram a Reforma Anglicana. A reforma religiosa de
Henrique VIII proporcionou grandes benefícios financeiros tanto para nobres
quanto para burgueses da Inglaterra. Isso porque teve início o processo de
conversão das antigas terras feudais, de domínio da Igreja Católica, em
propriedades privadas, o que possibilitou a formação dos cercamentos e dos
arrendamentos que foram vendidos aos burgueses que pretendiam explorar minas de
carvão ou praticar alguma atividade agrícola.
Além
disso, a ruptura com a Igreja Católica (que não era apenas uma instituição com
poder espiritual, mas detentora de um poder político continental, ao qual boa
parte das Coroas europeias estava ligada) dispensou a Inglaterra de pagar
tributos para Roma, bem como colocou a marinha inglesa em flagrante rivalidade
com os navios dos países católicos, sobretudo com os espanhóis. Muitos piratas
ingleses, conhecidos como “lobos do mar”, atacavam navios espanhóis e levavam
sua mercadoria (na maior parte das vezes, metais preciosos) para Inglaterra, o
que contribuía para o aquecimento do mercado interno do país.
Como se
vê, as principais ações políticas dos Tudor acabaram proporcionando uma grande
ascensão da burguesia, de modo que no fim do século, na década de 1590, os
burgueses já tinham grande força representativa na chamada Câmara dos Comuns
(uma das câmaras do Parlamento Inglês, que tinha como oposição a Câmara dos
Lordes, isto é, dos nobres apoiadores da Coroa). O problema é que essa força
adquirida pela burguesia estava associada ao puritanismo (o calvinismo inglês),
que era a religião que mais atraía a burguesia e que dava suporte ideológico
para o radicalismo político antiabsolutista.
Somou-se
a isso o fato de que os nobres e a Coroa viam-se ameaçados pela capacidade da
burguesia puritana de acumular riquezas. Enquanto a renda da burguesia era
oriunda do trabalho e de investimentos financeiros, a renda dos nobres advinha
de privilégios hereditários, da cobrança de impostos e da formação de
monopólios estatais ao modo mercantilista. Os monarcas que sucederam os Tudor,
isto é, os Stuart, perceberam que, se não freassem a burguesia no campo
político, a estrutura monárquica estaria fadada à ruína.
O
primeiro monarca da dinastia Stuart foi Jaime I, que governou de 1603 a 1625.
Para tentar adequar a Coroa à nova realidade financeira da Inglaterra e
controlar a ascensão da burguesia, Jaime I passou a tomar duas medidas
principais: 1) aumento de impostos e estabelecimento de empréstimos forçados; e
2) a formação de monopólios estatais como forma de participação nos rendimentos
dos negócios burgueses. Além disso, Jaime deflagrou uma perseguição religiosa
aos puritanos. Confrontado pela Câmara dos Comuns, dissolveu o Parlamento, que
ficou inativo de 1614 a 1622.
Com a
ascensão de Carlos I, filho de Jaime, ao trono, em 1625, houve uma nova
tentativa de acordo entre a Coroa e o Parlamento para que houvesse um novo
aumento de impostos. A Câmara dos Lordes ficou a favor do rei, mas a Câmara dos
Comuns novamente o confrontou. O rei decidiu então dissolver novamente o
Parlamento, que ficou inativo até 1640. Em 1640, Carlos I entrou em um novo
conflito contra a Escócia e precisou novamente do tributo dos burgueses para
bancar a guerra, convocando, assim, mais uma vez, o Parlamento. Novamente a
Câmara dos Comuns recusou-se a ajudá-lo. Mas ao contrário do que ocorrera
antes, os burgueses puritanos prepararam-se para um enfrentamento total contra
o rei e a nobreza.
Um
líder radical puritano chamado Oliver Cromwell organizou um exército burguês
conhecido como exército dos “Cabeças redondas” por se recusarem a usar as
perucas dos nobres. Esse exército deflagrou guerra contra a Coroa, que foi
defendida pelos “Cavaleiros”, isto é, o exército tradicional da nobreza. Teve
assim início a Revolução Puritana, ou Guerra Civil Inglesa.
Oliver
Cromwell instaurou um regime ditatorial - na Inglaterra após a Guerra Civil
Oliver
Cromwell, foi um militar e líder político inglês e, mais tarde, Lord Protector
do Protectorado. Nascido no seio da nobreza rural, os primeiros quarenta anos
da sua vida são pouco conhecidos. Nascimento: 25 de abril de 1599, Huntingdon,
Reino Unido Falecimento: 3 de setembro de 1658, Palácio de Whitehall, Londres Cônjuge:
Elizabeth Cromwell (de 1620 a 1658) Filhos: Richard Cromwell, Henry Cromwell,
Bridget Cromwell; Irmãos: Joan Cromwell, Jane Cromwell, Catherine Cromwell.
REVOLUÇÃO PURITANA E GUERRA CIVIL
(1640-1649)
A
guerra civil entre a burguesia puritana e a Coroa ficou mais intensa quando, em
1642, Oliver Cromwell convocou a base da pequena burguesia e de camponeses para
formar o Novo Exército Modelo (New Model Army). Nessa base, destacaram-se os
Diggers e Levellers, que se caracterizaram por sua radicalidade política em
assuntos como reforma agrária (Diggers) e igualdade de diretos entre todos os
cidadãos (Levellers). Com o Novo Exército Modelo, Cromwell conseguiu esmagar as
forças da Coroa. Em 1649, a ala radical burguesa exigiu a decapitação de Carlos
I, que ocorreu no dia 31 de janeiro.
“República”
de Oliver Cromwell (1649-1658)
Em 19
de maio de 1649 foi proclamada a República, e Cromwell recebeu do Parlamento o
título de Lord Protector (Lorde Protetor da República). Muitas transformações
políticas operadas por Cromwell beneficiaram a burguesia que foi por ele
liderada na Guerra Civil. Uma dessas transformações foi possibilitada pelos
chamados Atos de Navegação, aprovados em 1650, que restringiam o transporte de
produtos ingleses apenas aos navios da própria Inglaterra.
No
entanto, a exemplo dos monarcas autoritários que havia combatido, Cromwell
acabou por se voltar contra o Parlamento. Em 1653, ele o dissolveu com o
auxílio do Exército burguês e instituiu uma ditadura aberta, que teve como
característica principal a execução das lideranças que o ajudaram a formar esse
mesmo Exército, isto é, os Diggers e Levellers, como diz o historiador
Christopher Hill, em sua obra A Revolução Puritana de 1640:
A história da revolução inglesa
de 1649 a 1660 pode ser contada em poucas palavras. O fuzilamento por Cromwell
dos Levellers, em Burford, tornou absolutamente inevitável a restauração da
monarquia e dos senhores, pois a ruptura entre a grande burguesia e a pequena
nobreza, por um lado, e as forças populares, por outro, significava que o seu
governo só poderia ser mantido por um exército (o que, a longo prazo, provou
ser extraordinariamente dispendioso e de difícil controle) ou por um compromisso
com os representantes da velha ordem que restavam.
Um tempo mais tarde, em 1657, Cromwell propôs um
novo acordo com os parlamentares e reabilitou o Parlamento inglês. Todavia,
antes que esse acordo pudesse vigorar, Cromwell faleceu (1658). Em seu lugar,
assumiu seu filho, Richard Cromwell, que não tinha o mesmo prestígio que
o pai, sobretudo frente às classes mais radicais da burguesia. Temendo um
levante popular e uma nova guerra civil, o Parlamento fez uma manobra
arriscada: convocou Carlos II, filho do rei decapitado, para assumir o
trono e restaurar a dinastia dos Stuart.
- Restauração da dinastia Stuart (1660-1688)
Em 1660, Carlos II assumiu o trono prometendo
respeitar os interesses do Parlamento. Mas logo começou a se articular com
antigas lideranças da nobreza para restaurar o absolutismo, aproximando-se da
França de Luís XIV. Entretanto, a realidade social já era bem diferente
de quando seu pai havia reinado e, não conseguindo uma nova composição
tradicional, Carlos II iniciou uma ampla perseguição religiosa contra os
calvinistas. Essa perseguição tinha como pano de fundo também a aproximação de
Carlos II de membros da Igreja Católica. Apesar de anglicanos, os Stuart
mantinham boas relações com os membros do clero, os quais ainda possuíam grande
influência social, além de posse de terras.
O Parlamento, composto por maioria puritana, ao
repudiar as ações de Carlos, viu-se novamente vítima do autoritarismo: o
monarca dissolveu-o em 1681 e governou sozinho até a sua morte, em 1685. Seu
filho, Jaime II, assumiu o torno, reativou o Parlamento, mas procurou dar
seguimento às ações do pai, no que se refere à restauração do absolutismo. No
entanto, Jaime II foi mais além, convertendo-se ao catolicismo e decretando uma
série de medidas que beneficiavam os católicos, como a isenção de impostos.
Novamente, a reação do Parlamento foi imediata. Temendo que Jaime reivindicasse
apoio da França, os membros do Parlamento trataram de organizar uma manobra
política que evitasse um possível conflito armado.
- Revolução Gloriosa e a fundação da Monarquia Parlamentarista
A manobra consistiu na convocação da filha de Jaime
II, Maria II, à época casada com Guilherme de Orange, governador
dos Países Baixos, para assumir com o marido o trono da Inglaterra. Guilherme
de Orange, inicialmente, não viu com bons olhos o plano, imaginando que sua
esposa, como herdeira legítima, teria mais poderes que ele. Contudo, mesmo
assim, ainda em 1688, Guilherme invadiu a Inglaterra com seu exército para
depor Jaime II e apoiar o Parlamento. A Cavalaria da nobreza, que também estava
descontente com o rei, em vez de defendê-lo, aliou-se a Guilherme. A Jaime II,
já sem defesa alguma, Guilherme de Orange permitiu a fuga para a França, onde o
monarca permaneceu exilado até o último dia de vida.
Guilherme de Orange assumiu o trono inglês como Guilherme
III. Por sua ação militar não ter resultado em guerra e derramamento de
sangue, ela recebeu o nome de Revolução Gloriosa. O Parlamento, contudo,
estabeleceu diretrizes novas para Guilherme e Maria antes de coroá-los. Ambos
os reis tiveram que se comprometer a cumprir a chamada Declaração de
Direitos de 1689 (Bill Of Rights). A Declaração de Direitos limitava
a ação dos reis, de modo a impedir qualquer retorno do absolutismo. Os reis
passaram a ter o poder restrito, e o poder de decisão política concentrou-se no
Parlamento, formando-se, assim, uma Monarquia Parlamentarista. Além
disso, havia o comprometimento com as liberdades individuais, principalmente
com a liberdade de crenças religiosas.
NOTAS
HILL,
Christopher. A Revolução Inglesa de 1640. Trad. Wanda Ramos. Lisboa: Editorial
Presença; São Paulo: Livraria Marins Fontes, 1985. p. 101.
Por
Me. Cláudio Fernandes
Introdução
Na
Inglaterra, por volta de 1850, pela primeira vez em um grande país, havia mais
pessoas vivendo em cidades do que no campo. Nas cidades, as pessoas mais pobres
se aglomeravam em subúrbios de casas velhas e desconfortáveis, com condições
horríveis de higiene e salubridade, se comparadas com as habitações dos países
industrializados hoje em dia. Mas representavam uma grande melhoria se
comparadas as condições de vida dos camponeses, que viviam em choupanas de
palha. Conviviam com a falta de água encanada, com os ratos, o esgoto formando
riachos nas ruas esburacadas.
O
trabalho do operário era muito diferente do trabalho do camponês: tarefas
monótonas e repetitivas.
A vida
na cidade moderna significava mudanças incessantes. A cada instante, surgiam
novas máquinas, novos produtos, novos gostos, novas modas.
Estudos
sobre as variações na altura média dos homens no norte da Europa, sugerem que o
progresso econômico gerado pela industrialização demorou varias décadas até
beneficiar a população como um todo. Eles indicam que, em média, os homens do
norte europeu durante o início da Revolução Industrial eram 7,6 centímetros
mais baixos que os que viveram 700 anos antes, na Alta Idade Média. É estranho
que a altura média dos ingleses tenha caído continuamente durante os anos de
1100 até o início da revolução industrial em 1780, quando a altura média
começou a subir. Foi apenas no início do século XX que essas populações
voltaram a ter altura semelhante às registradas entre os séculos IX e XI.4 A
variação da altura média de uma população ao longo do tempo é considerada um
indicador de saúde e bem-estar econômico.
Referências
↑ Uol Educação
↑ BURNS, Edward McNall.
História da Civilização Ocidental. 36. ed. São Paulo: Globo, 1995, p. 513-514
↑ Nick Harling (7 de agosto de
2008). James Hargreaves c1720-1778 (em inglês). Página visitada em 24 de
novembro de 2008.
↑ Steckel, Richard H. 2001.
Health and Nutrition in the Preindustrial Era: Insights from a Millennium of
Average Heights in Northern Europe. NBER Working Paper No. 8542 (eminglês)
Bibliografia
FAUSTO, Boris. História
Concisa do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, Imprensa
Oficial do Estado, 2001. ISBN 85-314-0592-0
HOBSBAWM, Eric J.. Da
Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo (5a. ed.). Rio de Janeiro: Forense
Universitária, 2003. ISBN 85-218-0272-2
SOUZA, Osvaldo Rodrigues de.
História Geral São Paulo: Editora Ática, 1990. ISBN 85-08-02735-5
MELANI, Maria Raquel
Apolinário. Projeto Araribá - História 7ª São Paulo: Editora Moderna, 2006.
A industrialização no Brasil
Ilustrações: https://www.mtholyoke.edu/courses/rschwart/ind_rev/images/indust.html.htm ; http://www.yamacanyons.net/WestCivIndRevCh19.html; http://www.infoescola.com/historia/revolucao-industrial/
A
Revolução Industrial mudou o mundo de uma forma que nunca antes visto. Na
época, os efeitos negativos superaram os positivos, no entanto, como muitos
investidores e proprietários de fábricas acreditavam, as dificuldades da época
permitiram grandes benefícios no quadro geral. Trabalhadores, eventualmente,
começaram a receber os benefícios, os países se tornaram mais fortes
economicamente, novas invenções mudaram a forma como vivemos, o trabalho
melhorou e tornou-se muito mais eficiente do que nas sociedades
pré-industrializada.
Quase
50 anos após o início da Revolução Industrial, os trabalhadores de fábrica e
moinho começaram a receber mais benefícios. Entre esses benefícios veio o
aumento de salário, que foi uma grande mudança. Isso fez com que os
trabalhadores pudessem usufruir dos bens materiais mais do que nunca. Outro
benefício que os trabalhadores ganharam foi proteção contra condições desumanas
nas fábricas.
A
Revolução Industrial no Brasil, a revolução industrial não começou até os anos
vinte do século XX, e hoje o Brasil é um dos principais locais industriais do planeta.
A
Revolução Industrial no Brasil inclui-se a economia cafeeira dentre as
contribuições da economia cafeeira para a industrialização, podemos citar:
acumulação de capital necessário para o processo; criação de infraestrutura;
formação de mercado de consumo; mão de obra utilizada, especialmente os
migrantes europeus não portugueses, como os italianos.
Com a
mudança da economia brasileira e a subida de Getúlio Vargas surge o pensamento
urbano industrial, e o processo de industrialização é impulsionado, com base
nas políticas de caráter keynesiano.
No
período em que Getúlio Vargas governou a ação fortemente centralizadora e
intervencionista foi apoiada em um novo pacto social e político, envolvendo a
burocracia oficial, o empresariado e os sindicatos operários, apresentados como
representantes dos interesses nacionais. Sua atuação econômica teria como foco
o desenvolvimento industrial, a busca da autossuficiência em setores básicos.
Em resumo, as palavras de ordem na era Vargas seriam nacionalismo e
industrialização.
Revolução Industrial
Por
Cristiana Gomes
As
máquinas foram inventadas, com o propósito de poupar o tempo do trabalho
humano. Uma delas era a máquina a vapor que foi construída na Inglaterra
durante o século XVIII. Graças a essas máquinas, a produção de mercadorias
ficou maior e os lucros também cresceram. Vários empresários; então, começaram
a investir nas indústrias.
Ilustração
da paisagem inglesa durante a Revolução Industrial. As grandes chaminés
expelindo fumaça representava desenvolvimento.
Ilustração
da paisagem inglesa durante a Revolução Industrial. As grandes chaminés
expelindo fumaça representava desenvolvimento.
Com
tanto avanço, as fábricas começaram a se espalhar pela Inglaterra trazendo
várias mudanças. Esse período é chamado pelos historiadores de Revolução
Industrial e ela começou na Inglaterra.
A
burguesia inglesa era muito rica e durante muitos anos continuou ampliando seus
negócios de várias maneiras:
financiando
ataques piratas (corsários)
traficando
escravos
emprestando
dinheiro a juros
pagando
baixos salários aos artesãos que trabalhavam nas manufaturas
vencendo
guerras
comerciando
impondo
tratados a países mais fracos
Os
ingleses davam muita importância ao comércio (quanto mais comércio havia, maior
era a concorrência).
Quando
se existe comércio, existe concorrência e para acabar com ela, era preciso
baixar os preços. Logo, a burguesia inglesa começou a aperfeiçoar suas máquinas
e a investir nas indústrias.
Vários
camponeses foram trabalhar nas fábricas e formaram uma nova classe social: o
proletariado.
O
desenvolvimento industrial arruinou os artesãos, pois os produtos eram
confeccionados com mais rapidez nas fábricas. A valorização da ciência, a
liberdade individual e a crença no progresso incentivaram o homem a inventar
máquinas.
O
governo inglês dava muita importância à educação e aos estudos científicos e
isso também favoreceu as descobertas tecnológicas.
Milhares
de trabalhadores das indústrias inglesas.
Milhares
de trabalhadores das indústrias inglesas.
Graças
à Marinha Inglesa (que era a maior do mundo e estava em quase todos os
continentes) a Inglaterra podia vender seus produtos em quase todos os lugares
do planeta.
No
século XIX a Revolução Industrial chegou até a França e com o desenvolvimento
das ferrovias cresceu ainda mais.
Em
1850, chegou até a Alemanha e só no final do século XIX; na Itália e na Rússia,
já nos EUA, o desenvolvimento industrial só se deu na segunda metade do século
XIX.
No
Japão, só nas últimas décadas do século XIX, quando o Estado se ligou à burguesia
(o governo emprestava dinheiro para os empresários que quisessem ampliar seus
negócios, além de montar e vender indústrias para as famílias ricas), é que a
industrialização começou a crescer. O Estado japonês esforçava-se ao máximo
para incentivar o desenvolvimento capitalista e industrial.
Adam
Smith (pensador escocês) escreveu em 1776 o livro “A Riqueza das Nações”, nessa
obra (que é considerada a obra fundadora da ciência econômica), Smith afirma
que o individualismo é bom para toda a sociedade.
Para
ele, o Estado deveria interferir o mínimo possível na economia. Adam Smith
também considerava que as atividades que envolvem o trabalho humano são
importantes e que a indústria amplia a divisão do trabalho aumentando a
produtividade, ou seja, cada um deve se especializar em uma só tarefa para que
o trabalho renda mais.
A
Revolução Industrial trouxe riqueza para os burgueses; porém, os trabalhadores
viviam na miséria.
Muitas
mulheres e crianças faziam o trabalho pesado e ganhavam muito pouco, a jornada
de trabalho variava de 14 a 16 horas diárias para as mulheres, e de 10 a 12
horas por dia para as crianças.
Enquanto
os burgueses se reuniam em grandes festas para comemorar os lucros, os
trabalhadores chegavam à conclusão que teriam que começar a lutar pelos seus
direitos.
O
chamado Ludismo, foi uma das primeiras formas de luta dos trabalhadores. O
movimento ludita era formado por grupos de trabalhadores que invadiam as
fábricas e quebravam as máquinas.
Os
ludistas conseguiram algumas vitórias, por exemplo, alguns patrões não
reduziram os salários com medo de uma rebelião.
Além
do ludismo , surgiram outras organizações operárias, além dos sindicatos e das
greves.
Em
1830, formou-se na Inglaterra o movimento cartista. Os cartistas redigiram um
documento chamado “Carta do Povo” e o enviaram ao parlamento inglês. A
principal reivindicação era o direito do voto para todos os homens (sufrágio
universal masculino), mas somente em 1867 esse direito foi conquistado.
Thomas
Malthus foi um economista inglês que afirmava que o crescimento da população
era culpa dos pobres que tinham muitos filhos e não tinham como alimentá-los.
Para ele, as catástrofes naturais e as causadas pelos homens tinham o papel de
reduzir a população, equilibrando, assim, a quantidade de pessoas e a de
comida.
Além
disso, Malthus criticava a distribuição de renda. O seu raciocínio era muito
simples: os responsáveis pelo desenvolvimento cultural eram os ricos e cobrar
impostos deles para ajudar os pobres era errado, afinal de contas era a classe
rica que patrocinava a cultura.
O
Parlamento inglês (que aparentemente pensava como Malthus) adotou, em 1834, uma
lei que abolia qualquer tipo de ajuda do governo aos pobres. A desculpa usada
foi a que ajudando os pobres, a preguiça seria estimulada. O desamparo serviria
como um estímulo para que eles procurassem emprego.
A
revolução Industrial mudou a vida da humanidade.
A vida
nas cidades se tornou mais importante que a vida no campo e isso trouxe muitas
consequências: nas cidades os habitantes e trabalhadores moravam em condições
precárias e conviviam diariamente com a falta de higiene, isso sem contar com o
constante medo do desemprego e da miséria.
Por um
outro lado, a Revolução Industrial estimulou os pesquisadores, engenheiros e
inventores a aperfeiçoar a indústria. Isso fez com que surgisse novas
tecnologias: locomotivas a vapor, barcos a vapor, telégrafo e a fotografia.
Um motor a vapor
Um motor a vapor de Watt, o motor a vapor, alimentado principalmente com carvão, impulsionou a Revolução Industrial na Inglaterra e no mundo.
3 comentários:
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Muito bom me ajudou bastante obrigada
a Inglaterra foi pioneira no processo de industrialização da economia,com a revolução industrial,iniciada no século XVIII.que características ajudam a entender o pioneirismo inglês
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