Tudo é política.

Apesar de todos os problemas da política democrática, o Estado de Direito é aquele no qual os mandatários políticos, na democracia, são submissos às leis promulgadas.

Ser nacionalista e defensor da democracia brasileira, conquistada na carta magna, de 1988, é um dever de todos, pois, sem ela, a liberdade de ir e vir e, consequentemente, o poder que emana do povo, o voto, seria banido. E, o povo seria governado pelo poder ditatorial – um sistema em que o poder é exercido de forma autoritária e opressora por uma pessoa ou por um grupo.

Democracia é um regime político em que todos os cidadãos elegíveis participam igualmente — diretamente ou através de representantes eleitos — na proposta, no desenvolvimento e na criação de leis, exercendo o poder de governar através do sufrágio universal. Ela abrange as condições sociais, econômicas e culturais que permitem o exercício livre e igual da autodeterminação política.

A corrupção política brasileira, envolvendo políticos, grandes empresários e funcionários públicos coloca em xeque à lisura do regime democrático. O fracasso da democracia é o fracasso do voto soberano. Quem elege o representante político, do vereador ao presidente da república, é o eleitor. A fragilidade do judiciário brasileiro em julgar, prender e manter na cadeia políticos corruptos enfraquece ainda mais a democracia e gera desconfiança na população.

O que se ouve muito nos quatro cantos do Brasil é o seguinte: “Todo político é ladrão, corrupto, mentiroso”... Não é bem assim! Nem todo político é corrupto, como nem todo brasileiro é bandido.

Felizmente, têm muito político, empresário e juízes honestos; é preciso separar o joio do trigo. A banda podre tem que ir para a cadeia e devolver ao erário tudo que roubou.

Muita gente vota por votar, por obrigação, corrompe-se. Tem gente que negocia o voto, põe preço; vota em troca de algum favor, promessa de emprego, troca por dentadura, tijolo, telha, cesta-básica, gasolina, churrasco, remédio, óculos, passagens, passeio de helicóptero, entrada para shows, cerveja, etc.

É preciso participar mais da política, envolver-se, tomar partido diretamente, votando e sendo votado. Participar de partidos políticos, filiar-se. É preciso ler sobre a legislação eleitoral, o estatuto político partidário, as leis brasileiras que regem a nossa vida. Estudar e entender tudo sobre política...  Afinal, tudo é política.  

Se não houver consciência eleitoral, voto consciente, a democracia permanecerá na corda bamba, e viverá, diuturnamente, correndo o risco de intervenção militar, da volta à ditadura – o que seria um retrocesso, um desastre para o poder do voto; um tapa na cara daqueles que deram a vida para que eu e você pudéssemos escolher e votar para presidente.

Por: Prof. Osmar Fernandes