Trabalhando

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Sessão da Câmara Municipal

domingo, 10 de abril de 2011

As grandes descobertas da humanidade



Isso é história!
1872

Quando falamos em evolução biológica, geralmente o primeiro nome que nos vem à mente é o de Charles Darwin. Entretanto, não podemos atribuir todos os méritos a ele, já que Alfred Wallace também havia percebido muitos dos aspectos que Darwin apontou em suas observações que guardou, basicamente em segredo, por mais de vinte anos. Apenas quando Wallace enviou a Darwin seus manuscritos – devemos nos lembrar que este voltou da expedição bastante reconhecido como cientista - é que ele foi impulsionado a publicar suas ideias. Seguindo o conselho de amigos, a teoria foi revelada com a autoria dos dois, em 1858.
          O diferencial de Darwin era o conjunto de evidências e argumentos a favor da evolução que possuía. Este fato, somado à sua posição de destaque no meio científico e à publicação do livro “A origem das espécies por meio da seleção natural, ou a preservação das raças favorecidas na luta pela vida”, é o que faz com que, na maioria das vezes, apenas ele seja lembrado.
          Naquela época, os mecanismos de hereditariedade e mutação não eram conhecidos e, dessa forma, temos a teoria sintética da evolução (ou neodarwinismo) como uma versão aprimorada desses princípios desenvolvidos por Darwin e Wallace. 
          Agora que já sabemos quem são os autores, vamos conhecer os aspectos desta teoria:  - Em qualquer grupo de espécies, todos os indivíduos possuem ancestrais em comum, em algum momento da história evolutiva. Assim, são descendentes destes, com modificações: resultado da seleção natural.  - Indivíduos da mesma espécie, mesmo que parentes próximos, possuem variações entre si: resultado de mutações e/ou reprodução sexuada. Algumas dessas são hereditárias, ou seja, podem ser transmitidas para a geração seguinte.  - A limitação na disponibilidade de recursos faz com que indivíduos de uma população lutem, diretamente ou indiretamente, por esses e pela sua sobrevivência. Dessas variações, algumas podem ser vantajosas nesse sentido, permitindo que alguns, nesse cenário, se destaquem e outros não. Esses últimos podem não sobreviver e tampouco podem se reproduzir.  - Aqueles que sobrevivem (os mais aptos), podem transmitir à prole tal característica que permitiu sua vitória, caso seja hereditária.  - Esse processo, denominado seleção natural, resulta na adaptação de determinados indivíduos ao ambiente, frente a outros não adaptados, e também no surgimento de novas espécies. 
          A seleção natural é bastante parecida com a artificial, só que essa última é o resultado de ações humanas (diretas ou indiretas) sobre determinado organismo. A penicilina, por exemplo, foi bastante usada há algumas décadas como principal agente de combate a bactérias e, atualmente, não é eficaz no tratamento de algumas doenças: consequência da seleção das bactérias resistentes, em razão do uso indiscriminado dessa substância. 

Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia

Criacionismo - o Cristianismo adota a Bíblia como fonte explicativa sobre a criação do homem
A questão sobre as origens do homem remete um amplo debate, no qual filosofia, religião e ciência entram em cena para construir diferentes concepções sobre a existência da vida humana e, implicitamente, porquê somos o único espécime dota do de características que nos diferenciam do restante dos animais. 
          Desde as primeiras manifestações mítico-religiosas o homem busca resposta para essa questão. Neste âmbito, a teoria criacionista é a que tem maior aceitação. Ao mesmo tempo, ao contrário do que muitos pensam, as diferentes religiões do mundo elaboraram uma versão própria da teoria criacionista. 
          A mitologia grega atribui a origem do homem ao feito dos titãs Epimeteu e Prometeu. Epimeteu teria criado os homens sem vida, imperfeitos e feitos a partir de um molde de barro. Por compaixão, seu irmão Prometeu resolveu roubar o fogo do deus Vulcano para dar vida à raça humana. Já a mitologia chinesa atribui a criação da raça humana à solidão da deusa Nu Wa, que ao perceber sua sombra sob as ondas de um rio, resolveu criar seres à sua semelhança. 
          O cristianismo adota a Bíblia como fonte explicativa sobre a criação do homem. Segundo a narrativa bíblica, o homem foi concebido depois que Deus criou céus e terra. Também feito a partir do barro, o homem teria ganhado vida quando Deus assoprou o fôlego da vida em suas narinas. 
          Outras religiões contemporâneas e antigas formulam outras explicações, sendo que algumas chegam a ter pontos de explicação bastante semelhantes. Sendo um tema polêmico e inacabado, a origem do homem ainda será uma delicada questão capaz de se desdobrar em outros debates. 
          Dessa forma, cabe a cada um julgar e adotar, por meio de critérios pessoais, a corrente explicativa que lhe parece mais plausível.
Evolucionismo - homem é um descendente do macaco


          A teoria evolucionista é fruto de um conjunto de pesquisas, ainda em desenvolvimento, iniciadas pelo legado deixado pelo cientista inglês Charles Robert Darwin. Em suas pesquisas, ocorridas no século XIX, Darwin procurou estabelecer um estudo comparativo entre espécies aparentadas que viviam em diferentes regiões. 
          Além disso, ele percebeu a existência de semelhanças entre os animais vivos e em extinção. A partir daí ele concluiu que as características biológicas dos seres vivos passam por um processo dinâmico onde fatores de ordem natural seriam responsáveis por modificar os organismos vivos. 
          Ao mesmo tempo, ele levantou a ideia de que os organismos vivos estão em constante concorrência e, a partir dela, somente os seres melhores preparados às condições ambientais impostas poderiam sobreviver. Contando com tais premissas, ele afirmou que o homem e o macaco teriam uma mesma ascendência a partir da qual as duas espécies se desenvolveram. 
          Contudo, isso não quer dizer, conforme muitos afirmam, que Darwin supôs que o homem é um descendente do macaco. Em sua obra, A Origem das Espécies, ele sugere que o homem e o macaco, devido suas semelhanças biológicas, teriam um mesmo ascendente em comum. A partir da afirmação de Charles Darwin, vários membros da comunidade científica, ao longo dos anos, se lançaram ao desafio de reconstituir todas as espécies que antecederam o homem contemporâneo. 
          Entre as diferentes espécies catalogadas, a escala evolutiva do homem se inicia nos Hominídeos, com mais de quatro milhões de anos. O Homo habilis (2,4 – 1,5 milhões de anos) e o Homo erectus (1,8 – 300 mil anos) compõem a fase intermediária da evolução humana. 
          Por fim, o Homo sapiens neanderthalensis, com cerca de 230 a 30 mil anos de existência, antecede ao Homo sapiens, surgido há aproximadamente 120 mil anos, que corresponde ao homem com suas características atuais. Mesmo cercada por uma larga série de indícios materiais sobre as transformações da espécie humana, a teoria evolucionista não é uma tese comprovada por inteiro. O chamado “Elo Perdido”, capaz de remontar completamente a trajetória do homem e seu primata original, é uma incógnita ainda sem resposta.
Charles Robert Darwin - Teoria da Evolução

          As idéias gerais da teoria da evolução das espécies sofreram, aos poucos, alterações e aperfeiçoamentos. Todavia, as bases do evolucionismo subsistem até hoje e o nome de Darwin ficou ligado a uma das mais notáveis concepções do espírito humano. 
          Charles Robert Darwin nasceu em Shrewsbury, Shropshire, no Reino Unido, em 12 de fevereiro de 1809, em uma família próspera e culta. Seu pai, Robert Waring Darwin, foi médico respeitado. O avô paterno, Erasmus Darwin, poeta, médico e filósofo, era um evolucionista em potencial, cuja obra mais famosa, a Zoonomia (1794-1796), antecipava em muitos aspectos as teorias de Lamarck. 
          Em 1825 Darwin foi para Edimburgo estudar medicina, carreira que abandonou por não suportar as dissecções. Todavia, interessou-se pelas ciências naturais. Matriculou-se a seguir no Christ's College, em Cambridge, decidido a ordenar-se, embora não tivesse vocação religiosa. Ali se tornou amigo do botânico John Stevens Henslow, que o aconselhou a aperfeiçoar seus conhecimentos em história natural.

Jean-Baptiste Lamarck - Cientista Naturalista - Lei do uso ou desuso

Naturalista francês, foi o primeiro cientista a propor uma teoria sistemática da evolução. Sua teoria foi publicada em 1809, em um livro denominado Filosofia zoológica. Segundo Lamarck, o principio evolutivo estaria baseado em duas Leis fundamentais: Lei do uso ou desuso: o uso de determinadas partes do corpo do organismo faz com que estas se desenvolvam, e o desuso faz com que se atrofiem.Lei da transmissão dos caracteres adquiridos : alterações provocadas em determinadas características do organismo, pelo uso e desuso, são transmitidas aos descendentes. 
          Lamarck utilizou vários exemplos para explicar sua teoria. Segundo ele, as aves aquáticas tornaram-se pernaltas devido ao esforço que faziam no sentido de esticar as pernas para evitarem molhar as penas durante a locomoção na água. A cada geração, esse esforço produzia aves com pernas mais altas, que transmitiam essa característica à geração seguinte. Após várias gerações, teriam sido originadas as atuais aves pernaltas. 
          A teoria de Lamarck não é aceita atualmente, pois suas idéias apresentam um erro básico: as características adquiridas não são hereditárias.Verificou-se que as alterações em células somáticas dos indivíduos não alteram as informações genéticas contida nas células germinativas, não sendo, dessa forma, hereditárias.

Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos?
          O primeiro olhar diferente ao fogo, fez o homem pensar, agir e descobrir


Os primeiros habitantes da terra

A pré-história é o período anterior ao aparecimento da escrita, por volta do ano 4000 a.C..Seu estudo depende da análise de documentos não-escritos, como restos de armas, utensílios, pinturas, desenhos e ossos. O gênero HOMO apareceu entre 4 e 1 milhão de anos a .C.. Aceita-se três etapas na evolução do homem pré-histórico, entre os estudiosos. São elas:

I - PALEOLÍTICO (idade da pedra lascada)
a) Paleolítico inferior: 500.000 – 30.000 a.C.
b) Paleolítico superior: 30.000 – 8.000 a.C.
II - NEOLÍTICO (nova idade da pedra)
8.000 – 5.000 a.C.
III - IDADE DOS METAIS
5.000 – 4.000 a.C.

          Esta divisão é evolucionista mas numerosos investigadores da história contestam tal visão. Afirmam que existe grande diversidade cultural entre os grupos humanos e que, diante de determinado problema, cada homem se organiza de um modo, o que resulta em culturas diferentes. Daí conclui-se que certos grupamentos humanos podem ter simplesmente acelerado um dos estágios ou ter saltado um deles.
A Origem do Homem
      A precariedade de informações limita o conhecimento da origem do homem. As primeiras pesquisas datam do final do século XIX; e muitas descobertas de restos humanos ocorreram de modo casual, nem sempre realizadas por especialistas.
          A descoberta de traços culturais comuns em grupos afastados indica que, provavelmente, apareceram vários deles em regiões diferentes.
          De modo geral, dizemos que há um tronco comum do qual se originaram os grandes macacos (pongidae) e os homens (hominidae). Em determinado momento da evolução, os dois grupos se separaram e cada um apresentou sua evolução própria. Os pongidae apresentaram a forma do gorila, chimpanzé e orangotango; os hominidae ou hominídeos, a forma do atual homo sapiens.

Os Australopithecus
Trata-se do mais antigo hominídeo que se conhece. Foi encontrado na África do Sul e os estudos revelaram que viveu entre 1 milhão e 600.000 a.C.. Apesar do crânio pequeno, possuía traços característicos dos hominídeos. Era bípede e postura mais ereta.

O Homo Habilis e o Pithecanthropus Erectus

        O homo habilis viveu há cerca de 2,5 milhões de anos e foi contemporâneo do australoptecus, mas com capacidade craniana ampliada. Esta incluiu carne em sua alimentação, o que provocou mudanças em sua arcada dentária.
Segue-se o terceiro tipo de hominídeo, o Pitecanthropus Erectus, que deve ter vivido entre 500.000 e 200.000 a.C.. O homo erectus, como hoje se denomina, possuía maxilares maciços e dentes grandes, cérebro maior que o tipo anterior e membros mais bem adaptados à postura ereta.

Alguns exemplos:
I - JAVANTROPO – (Hom
em de Java): 1,5 metros de altura e deve ter passado a maior parte da existência no chão.

II - SINANTROPO – (Homo Pekinenses): Descoberto na china. Junto do esqueleto havia grande quantidade de facas, raspadores e pontas, o que demonstra elevado estágio de desenvolvimento.

III - PALEANTROPO – (Homem de Heidelberg)

O Homo Neanderthalensis.

          Encontrado em Neanderthal, Alemanha. Houve descobertas semelhantes França, Iugoslávia, Palestina e África do Sul. Deve ter existido entre 120.000 e 150.000 a.C.

         Este hominídeo possuía capacidade craniana elevada e já vivia em cavernas e deixou inúmeros traços de sua existência.
O Cro-Magnon
         Com o homem de Cro-Magnon atinge-se o Homo Sapiens. Chegamos a este estágio por volta de 40.000 a.C., possuía altura acentuada, membros retos e peito amplo, como também, a maior capacidade craniana encontrada até então, o que provou através da arte, da magia e da vida social.
Padrões Culturais da Pré-História
          Podemos classificar os estágios culturais da humanidade em selvageria, barbárie e civilização.. A civilização seria posterior à escrita; as demais, características dos homens da pré-história.
          Tal visão apresenta dois defeitos básicos, quais sejam:
I. pretende que a civilização em que vivemos seja o modelo, em função do qual se deva julgar todos os outros estágios da evolução;
II. pressupões que todos os povos da pré-história tivessem passado pelas mesmas etapas, o que Não corresponde aos documentos históricos encontrados.

          Cada povo tem sua própria cultura e civilização, que devem ser compreendidas no seu momento histórico exato, do contrário, não estaríamos fazendo história, mas tentando demonstrar a superioridade da civilização ocidental.

Surgimento da agricultura
         
      As origens da agricultura
          O que se sabe é que, por volta de 8.500 AC, os seres humanos no Crescente Fértil (uma região que compreende os atuais Egito, Israel, Turquia e Iraque), lentamente, começaram a plantar grãos, em vez de colhê-los, na natureza.
           Por volta de 7.000 AC, começaram também a domesticar animais como ovelhas, porcos e cabras. Mil anos mais tarde, domesticaram o gado.
            Antes do advento da agricultura, os humanos eram nômades e viajavam constantemente em busca de animais selvagens e grãos. Com o surgimento da agricultura como fonte previsível e centralizada de alimentos, passaram a ter um incentivo para se fixarem. As cidades começaram a se formar.
          Desta forma, a agricultura começou a mudar não apenas os hábitos alimentares humanos, mas também a civilização.
          Relatos históricos apontam que a mulher descobriu a agricultura
          Antes da agricultura, os seres humanos primitivos alimentavam-se da caça, de folhas, raízes e dos frutos comestíveis, tudo colhido na natureza. Isto é registrado como ocorrência de desde 50.000 anos a. C., quando o comportamento humano era semelhante ao dos animais. 

          Enquanto os homens caçavam, as mulheres procuravam ervas, frutas e raízes, escavando o solo e pesquisando árvore. Durante a procura no solo, as mulheres encontraram, por volta de 6000 anos atrás, sementes que resultaram no trigo e na cevada. Elas plantaram as sementes e obtiveram um bom alimento. Descobriram também o feijão, arroz, milho, inhame, a ervilha, cabaça, mandioca, lentilha e assim por diante.

          As civilizações surgiram como conseqüência da agricultura que fixou o homem ao solo. Fixo, o homem passou a domesticar ovelhas, cabras, camelos, vacas, porcos que forneciam leite e carne, além de servirem como transporte. Por diversas razões, entre elas as geográficas, climáticas ou sociológicas, ainda nos dias modernos, hão povos primitivos espalhados pela Arábia, Mongólia, África e Austrália central, que não cultivam a terra.
          Quem criou a agricultura? Foi a mulher. E, portanto, ao fixar o homem, seu companheiro, ao solo, foi responsável pela evolução e desenvolvimento da humanidade.

Teorias sobre a origem do homem americano e brasileiro - Chegando à América

          A hipótese tradicional propõem que o ser humano chegou ao continente americano atravessando uma ponte de gelo ou terras emersas na região do Estreito de Bering, entre os atuais Estados Unidos e Rússia.



          Segundo essa hipótese, alguns cientistas afirmam que a chegada dos primeiros grupos teria acontecido há cerca de 20 mil anos, durante a última glaciação, época em que a temperatura do planeta esteve extremamente baixa e as geleiras avançaram dos pólos em direção ao equador.
          Esses primeiros ocupantes da América, que teriam vindo das atuais Mongólia e Sibéria, na Ásia, seriam caçadores e estariam perseguindo suas presas quando fizeram a travessia para a América do Norte. Tudo indica que, naquele momento, o nível do mar estava aproximadamente 150 metros mais baixo do que atualmente, formando assim uma sólida faixa de gelo. Essa camada de gelo teria se desfeito quando a temperatura do planeta subiu, dando origem ao atual Estreito de Bering.

          A migração de seres humanos através do Estreito de Bering não pode ser descartada, mas é provável que tenham existido outros caminhos. É possível também que homens e mulheres tenham chegado ao continente americano muito antes dessa data.
O homem brasileiro
          Ainda não se sabe ao certo quando os primeiros grupos humanos começaram a povoar o território brasileiro.

          Durante muitos anos, esses grupos forma crescendo e avançando em todas as direções do continente, ocupando inclusive o território que hoje é o Brasil. Como eram nômades, deslocavam-se de um lugar para o outro, alimentando-se de animais, peixes, frutas e raízes.
          Eles percorreram o continente em direção ao sul, acompanhando rebanhos de animais e caçando bisões, mamutes, castores e preguiças gigantes. Os cientistas encontraram fósseis desses animais e pontas de flechas que indicam os caminhos por onde andaram nossos antepassados.
          Com o passar do tempo, alguns grupos foram se fixando em diferentes lugares. Passaram a domesticar animais e a cultivar a terra, formando pequenas aldeias.
          Muitos cientistas afirmam que os grupos humanos já estavam aqui a 12 mil anos. Outros falam em 25 mil anos. O fato é que trabalhos recentes mostram que há 10 mil anos o Brasil não era um deserto de gente. Diferentes povos já haviam se espalhado por regiões como a Amazônia, o Nordeste, o Pantanal e o Cerrado.
Vestígios da humanidade

          Os fósseis são as principais fontes de informação utilizadas pelas pessoas que estudam a origem da humanidade.

          O fóssil não é parte do ser vivo. Alguns minérios, com o tempo substituem o material orgânico, preservando a forma original do ser vivo. Então, dá-se o nome de fóssil às formas petrificadas ou endurecidas dos seres vivos, com pelo menos 10 mil anos.


Fonte: http://www.sohistoria.com.br/ef2/origemhomem/

O fogo
             Animação de um nativo do Vanuatu esfregando um pedaço
 de madeira contra outro para acender o fogo.

          O fogo foi a maior conquista do ser humano na pré-história. A partir desta conquista o homem aprendeu a utilizar a força do fogo em seu proveito, extraindo a energia dos materiais da natureza ou moldando a natureza em seu benefício. O fogo serviu como proteção aos primeiros hominídeos, afastando os predadores. Depois, o fogo começou a ser empregado na caça, usando tochas rudimentares para assustar a presa, encurralando-a. Foram inventados vários tipos de tochas, utilizando diversas madeiras e vários óleos vegetais e animais. No inverno e em épocas gélidas, o fogo protegeu o ser humano do frio mortal. O ser humano pré-histórico também aprendeu a cozinhar os alimentos em fogueiras, tornando-os mais saborosos e saudáveis, pois o calor matava as muitas bactérias existentes na carne. 
          O fogo também foi o maior responsável pela sobrevivência do ser humano e pelo grau de desenvolvimento da humanidade, apesar de que, durante muitos períodos da história, o fogo foi usado no desenvolvimento e criação de armas e como força destrutiva. 
          Na antiguidade o fogo era visto como uma das partes fundamentais que formariam a matéria. Na Idade Média, os alquimistas acreditavam que o fogo tinha propriedades de transformação da matéria alterando determinadas propriedades químicas das substâncias, como a transformação de um minério sem valor em ouro.


A Roda
          Sempre colocada entre os primeiros colocados de qualquer lista das maiores invenções da internet, a roda revolucionou toda a experiência humana. Embora seja difícil detectar a origem do objeto, há registros de que a humanidade já o utiliza há mais de 7.500 anos — o que só serve para comprovar a genialidade e utilidade desse item tão presente em nosso cotidiano.
          A primeira representação de uma roda já encontrada pelos arqueólogos data de 3500 a.C. – ou seja, há 5 500 anos – e foi feita numa placa de argila achada nas ruínas da cidade-Estado de Ur, onde hoje fica o Iraque. Isto significaria que a roda deve ter surgido por volta dessa época ou talvez alguns séculos antes. Essa prova, entretanto, é contestada por alguns historiadores, atualmente em minoria. Eles apontam para um pote de argila escavado no sul da atual Polônia, que teria sido feito em torno de 4000 a.C. e tem na sua superfície a imagem do que poderia ser um veículo com rodas. Seja como for, as primeiras rodas parecem ter sido feitas com três placas de madeira cortadas em formato arredondado, mantidas juntas por ripas. Seu conceito também era conhecido em outras regiões do mundo – os chineses teriam começado a usá-la em torno de 2000 a.C. e os olmecas, um povo que viveu onde hoje é o sul do México, já construíam desde pelo menos 1500 a.C. brinquedos para suas crianças com rodas maciças feitas de pedra (ainda que curiosamente nunca tenham desenvolvido rodas para uso prático em sua vida diária!). Bem mais tarde, na Idade Moderna, inovações no uso de materiais fizeram a invenção mudar de cara e ganhar eficiência.
A Escrita

    
          A escrita cuneiforme foi desenvolvida pelos sumérios, sendo a designação geral dada a certos tipos de escrita feitas com auxílio de objetos em formato de cunha. É juntamente com os hieróglifos egípcios, o mais antigo tipo conhecido de escrita, tendo sido criado pelos sumérios por volta de 3500 a.C. Inicialmente a escrita representava formas do mundo (pictogramas), mas por praticidade as formas foram se tornando mais simples e abstratas. 
          Os primeiros pictogramas eram gravados em tabuletas de argila, em sequências verticais de escrita com um estilete feito de cana que gravava traços verticais, horizontais e oblíquos. Até então duas novidades tornaram o processo mais rápido e fácil: as pessoas começaram a escrever em sequências horizontais (rotacionando os pictogramas no processo), e um novo estilete em cunha inclinada passou a ser usado para empurrar o barro, enquanto produzia sinais em forma de cunha. Ajustando a posição relativa da tabuleta ao estilete, o escritor poderia usar uma única ferramenta para fazer uma grande variedade de signos. 
          Tabuletas cuneiformes podiam ser tostadas em fornos para prover um registro permanente; ou as tabuletas poderiam ser reaproveitadas se não fosse preciso manter os registros por longo tempo. Muitas das tabuletas achadas por arqueólogos foram preservadas porque foram tostadas durante os ataques incendiários de exércitos inimigos, contra os edifícios no qual as tabuletas eram mantidas. 
           A escrita cuneiforme foi adotada subsequentemente pelos acadianos, babilônicos, elamitas, hititas e assírios e adaptada para escrever em seus próprios idiomas; foi extensamente usada na Mesopotâmia durante aproximadamente 3 mil anos, apesar da natureza silábica do manuscrito (como foi estabelecido pelos sumérios) não ser intuitiva aos falantes de idiomas semíticos. Antes da descoberta da civilização Suméria, o uso da escrita cuneiforme apesar das dificuldades levou muitos filólogos a suspeitar da existência de uma civilização precursora à babilônica. A sua invenção ficou a dever-se às necessidades de administração dos palácios e dos templos (cobrança de impostos, registro de cabeças de gado, medidas de cereal, etc.). 
          O registro mais antigo até agora encontrado data do século XIV a.C. e está escrito em símbolos cuneiformes da língua acadiana. O pedaço de barro escrito foi achado em Jerusalém por arqueólogos israelenses.

Vidro
          A história da descoberta do vidro é bem antiga, e os primeiros registros datam de 5000 a.C.; quando mercadores fenícios descobriram acidentalmente o novo material ao fazerem uma fogueira - na beira da praia - sobre a qual apoiaram blocos de nitrato de sódio ( que serviam para segurar suas panelas). O fogo, aliado à areia e a o nitrato de sódio, originou, pela primeira vez acredita-se, um líquido transparente, o vidro. 
          A descoberta do vidro tem sido objeto de controvérsias, pois os historiadores não dispõem de dados precisos sobre a sua orgiem. No entanto, após a descoberta de objetos de vidro nas necrópoles egípcias, pode-se concluir que o vidro já era conhecido pelo menos 4.000 anos antes da Era Cristã. Porém, a descoberta de objetos de vidro em sepulturas antigas contradiz esta versão. Assim, pode-se supor que a indústria vidreira era conhecida antes mesmo que o vidro fosse fabricado em Tebas. De qualquer modo, está confirmado que foi no tempo de Tibério que esta atividade se estabeleceu em Roma, alcançando grande desenvolvimento e perfeição, suplantando desde logo a indústria egípcia. Alguns autores apontam os fenícios como sendo os precursores da indústria do vidro.      
          Na realidade, os fenícios são os responsáveis pela sua comercialização com outros povos. Também é certo que, através de suas relações com o Egito, os romanos aperfeiçoaram essa arte e se tornaram exímios nela, chegando a dominar os mais adiantados processos de lapidação, pintura, coloração, gravura e mesmo modelagem de vidro soprado. Os romanos levaram esss processos para a Península Ibérica e para a Gália, onde permaneceram por muito tempo. Mas a invasão dos bárbaros pôs fim a essa atividade e o vidro foi esquecido no Ocidente. Com a mudança da sede do Império Romano para o Oriente, Constantino Magno levou consigo artesãos hábeis nessa arte, impedindo assim que a indústria do vidro se acabasse. A partir daí, o Oriente passou a ter o monopólio desse comércio, principalmente por causa da proteção que Teodósio II dispensou aos fabricantes, isentando-os de impostos e dando-lhes outros benefícios sociais e comerciais.

Século XVIII

          A França já fabricava o vidro desde a época dos romanos. Porém, só no final do século XVIII, e especialmente com as iniciativas de Colbert, foi que a indústria de fato prosperou. Mais tarde ela alcançaria um grau de perfeição notável. Da França, a indústria vidreira passou para a Inglaterra durante o reinado de Isabel. 
          No seculo XVIII, a indústria tinha importante valor neste país, sobretudo depois que se iniciou a fabricação do cristal branco, que revolucionou o comércio vidreiro, tornando acessível o que até então só era conhecido e usado pelos ricos. A partir dessa época a indústria vidreira espalhou-se pelo mundo inteiro. Tanto a Bélgica como mais tarde o Novo Mundo, inundaram o mercado com objetos de vidro de incontestável superioridade artística e a preços relativamente baixos
  A história do saneamento básico na Idade Antiga
           Sítios escavados em Mohenjo-Daro, no vale da Índia, e em Harappa, no Punjab, indicam a existência de ruas alinhadas, pavimentadas e drenadas com esgotos canalizados em galerias subterâneas de tijolos argamassados a, pelo menos 50 centímetros abaixo do nível da rua. Nas residências constatou-se a existência de banheiros com esgotos canalizados em manilhas cerâmicas rejuntadas com gesso. Isto a mais de 3000 a. C.

          Na idade antiga (Até o século V d.C.), o ser humano desenvolveu algumas técnicas importantes, como irrigação, construção de diques e canalizações superficiais e subterrâneas. Medidas sanitárias foram tomadas, como o tratado de Hipócrates “Ares, Águas e Lugares”, que informava aos médicos sobre a relação entre o ambiente e a saúde. Filósofos como Platão e Aristóteles se preocupavam com a qualidade da água e com medidas sanitárias.
          Na Grécia antiga, já havia o hábito de enterrar as fezes ou as afastarem para um local distante de suas residências. Em Roma, ruas com encanamentos serviam de fontes públicas, e para evitar doenças, separavam as águas servidas do abastecimento de água para a população. Os sumérios iniciaram a construção de sistema de irrigação de terraços. O Egito iniciou o controle do fluxo de água do rio Nilo, com a projeção dos níveis de água durante os períodos anuais, sistema de irrigação, construção de diques e a utilização de tubos de cobre no palácio real do faraó Keóps.
          Iniciou-se a construção de galerias de esgoto em Nippur, na Babilônia, a primeira galeria de esgotos da história. No Vale do Indo, foram criadas ruas com canais de esgoto cobertos por tijolos, banheiras e privadas com lançamento de dejetos para os canais. Acondicionamento de água em vasos de cobre, exposição ao sol, filtragem com utilização de carvão ou cascalho e imersão de barra de ferro aquecida. Em Nimrud iniciou-se a construção de um sistema de esgoto.
          Em 3200 a.C., no Vale dos Hindus foi utilizado o primeiro sistema de águas e drenagem. Os povos orientais iniciaram a criação de reservatórios de terra e utilização de captação subterrânea de água. Egípcios e Chineses já utilizavam métodos de perfuração para obter água do subsolo em 2500 a.C. Quinhentos anos mais tarde, a civilização egípcia utilizava sulfato de alumínio para a clarificação da água. Na Índia, haviam escritos em Sânscrito sobre os cuidados que deveriam ser tomados com a água a ser consumida, armazenamento em vasos de cobre, filtração através de carvão, purificação por fervura no fogo, por aquecimento ao sol ou pela introdução de uma barra de ferro aquecida na massa líquida, seguida por filtração em areia e cascalho grosso. Em 1500 a.C., os egípcios iniciaram o processo de decantação para a filtração da água.
          Entre Belém e Hebron, foram construídas as represas de Salomão, onde eram implantadas grandes cisternas para acumular águas da chuva e levantados reservatórios servidor por túneis de alvenaria, que abasteciam o templo e a cidade de Jerusalém, em 950 a.C.. O primeiro sistema de abastecimento de água foi criado na Assíria, em 691 a.C., o aqueduto de Jerwan. Foram construídos aquedutos para abastecer a cidade de Mégara e posteriormente a cidade de Samos, ambas na Grécia. Obras de elevação de água do Rio Eufrates foram iniciadas para alimentar as fontes dos jardins suspensos da Babilônia, no império de Nabucodonosor.
A lâmpada incandescente



(também chamada de lâmpada eléctrica em Portugal) é um dispositivo eléctrico que transforma energia elétrica em energia luminosa e energia térmica.

Thomas Alva Edison em 1879 construiu a primeira lâmpada incandescente utilizando uma haste de carvão (carbono) muito fina que, aquecida até próximo ao ponto de fusão, passa a emitir luz.

A haste era inserida numa ampola de vidro onde havia sido formado alto vácuo. O sistema diferia da lâmpada a arco voltaico, pois o filamento de carvão saturado em fio de algodão ficava incandescente, ao invés do centelhamento ocasionado pela passagem de corrente das lâmpadas de arco. Como o filamento de carvão tinha pouca durabilidade, Edison começou a fazer experiências com ligas metálicas, pois a durabilidade das lâmpadas de carvão não passava de algumas horas de uso.

A lâmpada de filamento de bambu carbonizado foi a que teve melhor rendimento e durabilidade, sendo em seguida substituída pela de celulose, e finalmente a conhecida até hoje com filamento de tungsténio cuja temperatura de trabalho chega a 3000°C.

       
          Christopher Latham Sholes, inventor que deu início à indústria de máquinas de escrever. Sholes acreditava que sua invenção fora fundamental na emancipação feminina, pois possibilitou que a mulher ingressasse no mercado de trabalho dos escritórios.(Herkimer County Historical Society)
          Em 1865 foi produzido o primeiro modelo, que se destacava por uma semi-esfera, onde as barras de tipo eram colocadas de forma radial, a tecla em uma ponta e o tipo na outra, todos convergindo para um único ponto onde ocorria a impressão.A ação de imprimir era direta e livre, sem nenhuma das ligações e conexões que tanto atrapalharam as máquinas rivais. 
          Já naquela época apresentava uma série de características que só viriam surgir muito depois nas outras máquinas: retorno do carro automático, avanço de linha automático, barra de espaço e índice para parágrafos, campainha para sinalizar fim da linha, reversão da fita e escrita semi-visível, bastando levantar-se o carro. 

Borracha
Eliminador de borracha

Apagador (Também chamado SetIP) é um de material de papelaria, que é uma borracha macia que é capaz de eliminar a marca produzido com um lápis.
Uma borracha.
          Eliminador de borracha, e é muitas vezes de cor branca ou preta (embora ele também foi encontrado marrom ou cor de rosa para embelezar a aparência do uso adequado da tecnologia). Não é um lápis que vem com uma borracha na extremidade. Remoção cara pode ter um vinil ou material plástico, além da borracha.

          A remoção também refere-se o apagador no quadro negro como um quadro negro ou quadro branco, placa preta tradicional apagador é o de blocos retangulares de madeira são feitas a partir de tecidos fabricados a partir.

História

          Em 1770, Joseph especialista em ciência Priestley, declarou: "Eu vi um material muito adequado para ser usado para remover a lápis de carvão sobre papel." Em toda a Europa naquela época, escrevendo um lápis removido do papel usando pequenos cubos feitos de borracha. Cubos pequenos ainda é usado para esse fim no Reino Unido e Austrália.
          Também em 1770, Edward Naime, engenheiro britânico, conhecido como o criador da primeira borracha borracha. Antes do uso da borracha, o pão em pó é usado como uma borracha. Naime diz que ele estava errado de ter pedaços de pó de borracha em vez de pão, e descobrir as características para remover a borracha, e começou a vender borrachas de borracha.

          Também em 1770, Edward Naime, engenheiro britânico, conhecido como o criador da primeira borracha borracha. Antes do uso da borracha, o pão em pó é usado como uma borracha. Naime diz que ele estava errado de ter pedaços de pó de borracha em vez de pão, e descobrir as características para remover a borracha, e começou a vender borrachas de borracha.

          Entretanto, a borracha bruta na forma difícil de manter, Kerana mais fácil e estar danificada. Em 1839, Charles Goodyear, inventor, descobriu o processo de vulcanização, a borracha kaedah tratar e fazer o material é durável. Apagadores tornaram-se objetos comuns com o desenvolvimento da borracha vulcanizada.


          Em 1858, Hyman Lipman de Filadélfia, Pensilvânia, EUA, recebeu a primeira patente para fixação da ponta de um lápis. Patentes foram canceladas depois que se determinou que apenas uma combinação de dois dispositivos em vez de produtos inteiramente novos.
Outros usos


          Esboços dando prioridade para remover arranhões técnicas de lápis.
          Embora os principais benefícios da borracha é eliminar os riscos de segunda mão, mas por artistas profissionais, borracha também é usado com determinadas técnicas. Por exemplo, dando a impressão de brilho usando a borracha ou o shopping se arranhou suavemente efeito borrão.



Esboços dando prioridade para remover arranhões técnicas de lápis.

Uli borracha pode ser usado para dar efeitos como gotas de água para formá-la em grânulos e colocado diretamente para a secção de cor

A INVENÇÃO DO PAPEL



          A invenção do papel foi um processo desenvolvido ao longo dos tempos históricos, simultaneamente por diferentes povos em diferentes regiões geográficas. 
          O Papiro que é um dos predecessores do papel como o são outros produtos similares obtidos por martelagem ou prensagem de materiais fibrosos faz parte de uma série de produtos conhecidos pelo nome genérico de "tapa" os quais eram feitos não só do papiro do Nilo mas também e principalmente da camada mais interior das cascas (liber) de várias plantas lenhosas como amoreiras, figueiras e outras com destaque para as do gênero Daphne. 
           Descobertas recentes de papéis em túmulos chineses muito antigos, mostraram que na China se fabrica papel desde os últimos séculos antes da Era Cristã. Não há dúvidas que os chineses foram aperfeiçoando as técnicas de fabrico de papel substituindo o tecido do fundo da fôrma por uma teia de pequenos paus de bambu e assim libertaram o "papeleiro" da necessidade de nela secar a folha de papel uma vez que esta ainda molhada escorrega sobre o fundo de bambu podendo ser então posta a secar.           Ainda na China e segundo registos existentes, no ano 105 da Era Cristã o oficial da corte imperial Ts'ai Lun inventou o fabrico do papel a partir de desperdícios de têxteis ou seja de trapos. 
Fonte: http://www.celpa.pt/historia/

A tipografia.

Johannes Gensfleisch, conhecido como Johannes Gutenberg, nasceu provavelmente em 1397 e é considerado o criador do processo de impressão com tipos móveis, a tipografia. De uma família próspera, com o pai e o tio trabalhando na Casa da Moeda da cidade, Gutenberg aprendeu a arte da precisão nos trabalhos em metal. Em 1428, partiu para Estrasburgo, onde fez as primeiras tentativas de imprimir com caracteres móveis.
          Em 1442 imprimiu, na sua prensa original, onze linhas em um pedaço de papel. Voltou a Mainz em 1448. Dois anos depois, conheceu Johann Fust, que lhe teria feito um empréstimo, exigindo em troca a participação nos lucros da empresa que formaram e a qual deram o nome de "Das Werk der Buchei" (Fábrica de Livros). Pouco tempo depois, Pedro Schoffer também entrou na sociedade. Teria sido ele quem descobriu tanto o modo de fundir e fabricar os caracteres, aliando o chumbo ao antimônio, como a tinta negra, composta de fumo.
          No entanto, é a Gutenberg que se atribui o mérito da invenção da imprensa, não só pela idéia dos tipos móveis, como pelo aperfeiçoamento da prensa. Entre os primeiros impressos estavam várias edições do "Donato" e bulas de indulgências concedidas pelo Papa Nicolau V.
          No início da década de 1450, Gutenberg iniciou a impressão da célebre Bíblia, de 42 linhas em duas colunas. Cada letra era feita à mão, e cada página era montada juntando-se as letras. Depois de prensada e seca, era feita a impressão no verso da página. Gutenberg teria imprimido trezentas folhas por dia, utilizando seis impressoras.
          A Bíblia têm 641 páginas, e calcula-se que foram produzidas cerca de 300 cópias, das quais ainda existem aproximadamente 40. Nem todas as cópias são iguais, tendo algumas, no início de novos capítulos, letras pintadas à mão.
          A Bíblia foi impressa em dez seções, o que significa que Gutenberg deve ter possuído tipos suficientes para imprimir 130 páginas de cada vez. Em 1455, terminada esta impressão, a sociedade desfez-se por diferenças de interesses e direitos, suscitando-se entre Fust e Gutenberg tamanha dissidência que a justiça teve que intervir.
          Como consequência do julgamento e como compensação pela dívida, Fust ficou com a impressora, os tipos e as bíblias já completas, ou seja, todo o negócio de Gutemberg.
Fonte: https://educacao.uol.com.br/biografias/johannes-gutenberg.htm

 Invenção do Lápis


          No dia 6 de Abril de 1564, é inventado o lápis, em Inglaterra. É, basicamente, um instrumento para escrever, desenhar ou pintar, que consiste geralmente num estilete de grafite revestido por um invólucro de madeira. O protótipo do lápis poderá ter sido o anciente Romano stylus, que consistia num pedaço de metal fino utilizado para escrever nos papiros, habitualmente feito a partir de chumbo.
          Em 1564, um enorme deposito de grafite foi descoberto perto de Borrowdale, Cumbria, Inglaterra. E os habitantes locais descobriram que era muito útil para marcar ovelhas. Este depósito particular de grafite era extremamente puro e sólido, sendo facilmente cozido a um pau.
          Os lápis, actualmente, são classificados de acordo com a sua dureza (da grafite, é claro) dividindo-se em: - "H" entende-se "Hard" - uma mina dura (utilizado mais para litografia). - "B" entende-se "Brand" ou "Black" - uma mina macia ou preta (utilizado para desenho). - "HB" entende-se "Hard/Brand"- uma mina de dureza média.
          Existem ainda os lápis de cor, feitos a partir da adição de pigmentos artificiais que permitem dar um toque de vida aos trabalhos realizados.

A internet

A Internet surgiu a partir de pesquisas militares nos períodos áureos da Guerra Fria. Na década de 1960, quando dois blocos ideológicos e politicamente antagônicos exerciam enorme controle e influência no mundo, qualquer mecanismo, qualquer inovação, qualquer ferramenta nova poderia contribuir nessa disputa liderada pela União Soviética e por Estados Unidos: as duas superpotências compreendiam a eficácia e necessidade absoluta dos meios de comunicação. Nessa perspectiva, o governo dos Estados Unidos temia um ataque russo às bases militares. Um ataque poderia trazer a público informações sigilosas, tornando os EUA vulneráveis. Então foi idealizado um modelo de troca e compartilhamento de informações que permitisse a descentralização das mesmas. Assim, se o Pentágono fosse atingido, as informações armazenadas ali não estariam perdidas. Era preciso, portanto, criar uma rede, a ARPANET, criada pela ARPA, sigla para Advanced Research Projects Agency. Em 1962, J.C.R LickLider do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT) já falava em termos da existência de uma Rede Galáxica.

Da primeira universidade à Internet, da caravela ao ônibus espacial, do microscópio à clonagem, a humanidade escreveu capítulos maravilhosos da história da ciência e do conhecimento do ano de 1054 ao 1997.
Veja abaixo, as 100 grandes conquistas do conhecimento dos últimos mil anos:

Nebulosa do Caranguejo - Descobertas.1 - Explosão Estelar (1054)
Povos antigos já notavam, no céu, o surgimento de estrelas muito brilhantes. Mas a ciência considera que é de astrônomos chineses o primeiro registro sério de uma supernova - explosão de uma estrela -, em 1054. Tudo o que resta no local do desastre é a Nebulosa do Caranguejo.
2 - Universidade (1150)
É fundada a primeira universidade do mundo, em Bolonha, na Itália. A criação da instituição dá à Europa o impulso intelectual que desembocaria no Renascimento no século XIV, e na Revolução Científica, entre os séculos VXI e XVII.
3 - Algarismos Arábicos (1202)
O matemático italiano Leonardo Fibonacci (c.1170-1240) troca os incômodos algarismos romanos pelos arábicos. A facilidade que isso trouxe para os cálculos resultaria no avanço da álgebra e, por conseqüência, da tecnologia.
Roger Bacon, inventor do óculos - Invenções.4 - Óculos (1268)
O inglês Roger Bacon (c. 1220-c. 1292) constrói as primeiras lentes de cristal para corrigir distorções da visão. A invenção de Bacon demoraria mais 100 anos para se tornar prática. Em 1784, o americano Benjamin Franklin inventaria os óculos bifocais.
5 - Bússola Magnética (1269)
O engenheiro francês Petrus Peregrinus de Maricourt descreve pela primeira vez uma bússola em que uma agulha imantada bóia sobre um líquido. Apesar de já ser conhecida dos chineses há séculos, a bússola só passa a ser construída a partir dessa descrição.
6 - Relógio (1288)
Desde o início da civilização, o homem usou a água, a areia ou o Sol para marcar as horas. Até a criação do relógio mecânico, que marca as horas mesmo à noite. A instalação do relógio mecânico na Abadia de Westminster, em Londres, Inglaterra, marca uma nova era na contagem do tempo.
7 - Leis da perspectiva (1440)
O arquiteto italiano Leon Battista Alberti (1404 - 1472) cria a teoria que dá profundidade e proporções reais a desenhos e pinturas. Sua obra "Dez Livros sobre Arquitetura" tem profundo impacto no traçado das cidades a partir do século XVI.
Caravelas - Descobertas.8 - Caravela (1450)
A exploração do mundo deve muito a essa invenção portuguesa. Comparadas com as demais embarcações da época, as caravelas são rápidas, seguras e resistentes. Elas abrem os caminhos para as Índias e trazem os europeus à América.
9 - Imprensa (1454)
A impressão com tipos móveis se originou na China, entre 1041 e 1048. Mas foi o alemão Johannes Gutenberg (1400 - 1468) quem criou os tipos fundidos em metal e a tinta que aderia ao papel. Naquele ano, ele imprimiu a "Bíblia", em latim, em Mainz, na Alemanha.
10 - Globo terrestre (1492)
O alemão Martim Behaim (1459 - 1507) cria a primeira representação do planeta respeitando sua forma real. Como a América só seria descoberta naquele ano, faltou ali o novo continente.
11 - Atlas de anatomia (1543)
O médico italiano Andreas Vesalius (1514 - 1564) publica seus "Sete Livros sobre a Estrutura do Corpo Humano". Até então, a anatomia - fundamental para a medicina - dependia de amadores.
Nicolau Copérnico - Descobertas.12 - A Terra ao redor do Sol (1543)
O teólogo polonês Nicolau Copérnico (1473 - 1543) publica "Sobre as Revoluções dos Orbes Celestes", explicando que a Terra gira em torno do Sol. A idéia dá novo rumo às ciências naturais.
13 - 1556 (Mineralogia)
Os metais são usados desde a pré-história. Mas é a publicação póstuma do tratado "Sobre os Metais" que marca o surgimento da mineralogia. Nele, o alemão Georgius Agricola (1494 - 1555), discorre sobre os diferentes metais e suas propriedades.
14 - Medidas do céu (1572)
O astrônomo dinamarquês Ticho Brahe (1546 - 1601) observa uma supernova. Também mostra que os cometas não são fenômenos atmosféricos, como se pensava. Suas observações serviriam para que Kepler descobrisse as leis do movimento dos corpos celestes.
15 - Ciência no Novo Mundo (1580)
O matemático inglês Thomas Harriot (1560 - 1621) e o metalurgista Joachim Ganz montam o primeiro laboratório científico na América. Eles queriam detectar a presença de prata e ouro nos minérios.
16 - Revisão do calendário (1582)
O papa Gregório XIII (1502 - 1585) e um conselho presidido pelo matemático alemão Christovam Clavius (1538 - 1612) criam um novo calendário para corrigir uma distorção na contagem do tempo. Naquele ano, do dia 4 de outubro pulou-se para 15 de outubro.
17 - Moinho de Vento (1589)
O moinho já é usado pelos agricultores quando o italiano Agostino Ramelli (1531-c. 1600) faz o primeiro projeto completo do artefato na obra "Livro de Diversas e Artificiosas Máquinas". A obra levou mais gente a construir moinhos.
18 - Símbolos em Matemática (1591)
Até que o francês François Viète (1540 - 1603) começasse a representar quantidades por letras nas equações, como a + b = c, a matemática européia era escrita com palavras. Imagine a confusão que seria fazer cálculos complicados se não fosse essa substituição.
Galileu Galilei - Invenção.19 - Telescópio (1610)
O italiano Galileu Galilei (1564 - 1642) aponta para o céu sua recém-inventada luneta e descobre os quatro maiores satélites de Júpiter, marcando o início das pesquisas sobre o Universo.
Johannes Kepler - Descoberta.20 - Órbitas dos planetas (1610)
O alemão Johannes Kepler (1571 - 1630) prova que as órbitas dos planetas em torno do Sol não são circulares, mas elípticas, e que têm velocidade variável. Meio século depois, Isaac Newton mostraria que tais órbitas são conseqüências das leis fundamentais da Física.
21 - Máquina de calcular (1623)
O alemão Wilhelm Schickard (1592 - 1635) constrói uma calculadora mecânica capaz de somar, subtrair, multiplicar e dividir. Só em 1820 o francês Charles Xavier Thomas de Colmar criaria a primeira máquina de calcular comercial.
22 - Funcionamento do coração (1628)
Para Aristóteles, o coração abrigava os pensamentos. Para Descartes, o coração esquentava o sangue. É o médico inglês William Harvey (1578 - 1657) quem descobre que o órgão é um músculo que bombeia o sangue para o restante do corpo.
23 - Geometria analítica (1637)
O francês René Descartes (1596 - 1650), mais conhecido como fundador da filosofia moderna, faz o casamento entre a geometria e a álgebra, descobrindo como construir gráficos a partir de equações matemáticas.
24 - Cálculo de probabilidade (1652)
Muito interessado em jogos de azar, o filósofo e matemático francês Blaise Pascal (1623 - 1662) cria fórmulas para avaliar as chances de um evento ocorrer. O cálculo das probabilidades é usado em vários ramos do conhecimento hoje.
25 - Química moderna (1661)
O livro "O Químico Cético", do físico e químico irlandês Robert Boyle (1627 - 1691), lança as bases da química moderna. Nele, Boyle prega que as teorias têm de ser comprovadas por experiências práticas.
26 - Células (1665)
O físico inglês Robert Hooke (1635 - 1702) publica os primeiros desenhos de células observadas ao microscópio, disparando as pesquisa sobre as unidades fundamentais da vida.

27 - Microscópio (1683)
O holandês Antoine van Leeuwenhoek (1632 - 1723) aperfeiçoa o instrumento e passa a empregá-lo sistematicamente no estudo da biologia. Naquele ano, ele publica a primeira descrição de uma bactéria.
Isaac Newton - Invenção da Lei da Gravidade.28 - Lei da gravidade (1687)
O físico inglês Isaac Newton (1642 - 1727) publica sua grande obra, "Princípios Matemáticos da Filosofia Natural", reunindo conhecimento físico e rigor matemático. Ali, Newton descreve a lei da gravidade.
Edmund Halley - Descoberta29 - Órbita dos cometas (1705)
O inglês Edmund Halley (1656 - 1742) compara a trajetória de 24 bólidos que surgiram no céu entre 1337 e 1698 e demonstra que algumas aparições eram de um único corpo que voltava periodicamente. O cometa Halley, descoberto por ele, passou por aqui, da última vez, em 1986.
30 - Máquina a vapor (1712)
O inventor da máquina a vapor não é o escocês James Watt (1736 - 1819). Mas é ele que aperfeiçoa a engenhoca criada por Thomas Newcomen. Seja como for, a máquina traz a Revolução Industrial.
31 - Cálculo da longitude (1714)
Os navegadores guiavam-se pelas estrelas para saber se estavam rumando para o norte ou para o sul. Mas não tinham como conhecer sua posição em relação ao leste ou oeste. O inglês John Harrison (1693 - 1776) cria um relógio preciso que resiste ao balanço dos navios. Assim, os navegantes determinam seu fuso horário e
sua posição.
32 - Classificação dos seres vivos (1735)
O botânico sueco Carl von Linneé, ou Lineu (1707 - 1778), publica sua obra "Sistema da Natureza", com a classificação dos vegetais. Mais tarde, Lineu classifica também os reinos animal e vegetal.
33 - Eletricidade (1751)
Ao estudar os raios, o político e cientista americano Benjamim Frankin (1706 - 1790) propõe a existência de dois tipos de eletricidade, a positiva e a negativa - o que hoje se chama carga. A descoberta resulta no pára-raio.
34 - Enciclopédia (1751)
O primeiro volume da "Enciclopédia ou Dicionário Racional da Ciência", publicado em 28 de junho pelos franceses Denis Diderot (1713 - 1784) e Jean d'Alembert (1717 - 1783), é a primeira tentativa de se reunir todo o conhecimento num só lugar.
35 - Oferta e procura (1776)
Surge a teoria de que o mercado se regula por duas forças antagônicas - a de quem oferece e a de quem busca, apresentada pelo economista escocês Adam Smith (1723 - 1790) no livro "A riqueza das Nações".
36 - Oxigênio (1777)
O francês Antoine-Laurent Lavoisier (1743 - 1794) lança os fundamentos da química orgânica ao estudar como os átomos de oxigênio se combinam com outros para formar moléculas importantes para a vida terrestre. É dele a frase "Na natureza, nada se cria, nada se destrói; tudo se transforma".
37 - Leis do pensamento (1781)
O filósofo alemão Immanuel Kant (1724 - 1804) publica o livro "Crítica da Razão Pura", propondo que existe uma classe de conhecimentos que constituem verdades que não dependem de comprovação e que são necessárias para a compreensão do mundo.
38 - Torno (1797)
O engenheiro Henry Maudslay (1771 - 1831) aperfeiçoa o torno mecânico, utilizado na Europa desde o século XVI. Ele cria um mecanismo que mantém a ferramenta firme durante o trabalho, aumentando muito a sua precisão.
39 - Bateria elétrica (1800)
O físico italiano Alessandro Volta (1745 - 1827) faz uma corrente elétrica passar por um fio entre uma barra de zinco e outra de cobre, mergulhadas em dois recipientes com água salgada. Está criada a bateria elétrica.
40 - Hereditariedade (1809) 
O naturalista francês Jean-Baptiste de Monet (1744 - 1829), Cavaleiro de Lamark, sugere que os animais transmitem a seus descendentes características adquiridas pelo uso. Darwin derrubou essa idéia, mas ela é usada ainda hoje para explicar a transmissão de cultura.
41 - Informática (1821)
O primeiro a sonhar com o computador foi o matemático inglês Charles Babbage (1791 - 1871). Ele projeta um equipamento que receberia instruções por meio de cartões perfurados e guardaria os resultados das operações numa memória. A máquina jamais foi construída.
42 - Sociologia (1826)
O francês Auguste Comte (1798 - 1857) se convence de que era possível estudar as sociedades como se estudam Física e Biologia. Cria a Sociologia a partir de seu sistema de filosofia positiva.
43 - Geometria não-euclidiana (1829)
O matemático russo Nikolai Lobachevsky (1792 - 1856) desafia a geometria do grego Euclides, em 300 a.C., e funda uma nova disciplina em que é possível fazer passar infinitas retas paralelas por um único ponto. Essa geometria estranha está por trás de teorias físicas modernas, como a da relatividade.
44 - Telégrafo (1835)
Os americanos Joseph Henry (1797 - 1878) e Samuel Morse (1791 - 1872) desenvolvem o primeiro telégrafo.
45 - Fotografia (1839)
O francês Louis-Jacques-Mandé Daguerre (1787 - 1851) é o pai dessa invenção, que modificou a compreensão da História, a ciência e os costumes de toda a humanidade. Em 1888, o americano George Eastman criaria a câmera de filme em rolo, a primeira Kodak.
46 - Leis do eletromagnetismo (1839)
O inglês Michael Faraday (1791 - 1867) elabora a teoria de que a eletricidade e o magnetismo criam os chamados campos magnéticos em torno de ímãs e correntes elétricas.
47 - Anestesia (1842)
Nesse ano, o médico americano Crawford Long (1815 - 1878) usa pela primeira vez o éter como anestésico geral durante uma cirurgia.
48 - Termodinâmica (1843)
O alemão Hermann von Helmholtz (1821 - 1894) unifica os estudos anteriores sobre o calor e elabora a primeira lei da termodinâmica, segundo a qual a energia não pode ser criada nem destruída.
49 - Zero absoluto (1848)
O irlandês William Thomson, Lorde Kelvin (1824 - 1907), determina até que ponto um corpo pode se resfriar. O zero absoluto - a temperatura na qual todas as partículas param de vibrar - é de 273,15 graus Celsius negativos.
50 - Sistema binário (1854)
Ao criar um sistema de numeração usando apenas os algarismo zero e um, o inglês George Boole (1815 - 1864) não imaginou que isso seria a chave da computação. Para os computadores atuais, números e caracteres são escritos assim: o dois é 10, o três, 11 e o quatro, 100.
Charles Darwin51 - Evolução das espécies (1859)
Os ingleses Charles Darwin (1809 - 1882) e Alfred Wallace (1823 - 1905) concluem que as espécies evoluem não pela herança de caracteres de seus antecedentes, mas pela seleção natural e pelas mutações ao acaso. Nesse ano, Darwin publica sua obra "Sobre a Origem das Espécies".
52 - Forças da natureza (1865)
Até o escocês James Maxwell (1831 - 1879), o Universo exibia três forças: gravidade, magnetismo e eletricidade. O físico inglês demonstra que as duas últimas constituem uma única força.
Gregor Mendel53 - Genética (1865)
O monge austríaco Gregor Johann Mendel (1822 - 1884) cria a idéia de gene, ao estudar os diferentes tipos de ervilhas que nasciam de sucessivos cruzamentos.
54 - Luta de classes (1867)
O filósofo alemão Karl Marx (1818 - 1883) publica "O Capital", afirmando que o que move as sociedades é a luta de classes. A teoria fundamentou os governos comunistas do século XX e até hoje é usada para explicar a história da humanidade.

55 - Elementos químicos (1869)
O russo Dmitri Mendeleyev (1834 - 1907) monta a tabela periódica, organizando os elementos químicos de acordo com suas propriedades, peso, densidade e capacidade de se interligar.
56 - Telefone (1876)
Usando a tecnologia do telégrafo, o escocês Alexander Graham Bell (1847 - 1922) inventa um jeito de transmitir a voz a distância transformando-a em sinais elétricos.
57 - Lógica de teoremas matemáticos (1879)
Nesse ano, o matemático Friedrich Frege (1848 - 1925) publica "Conceitografia", em que estabelece as regras pelas quais se pode fazer demonstrações matemáticas do tipo "se a = b e b = c, então a = c".
58 - Lâmpada elétrica (1879)
O americano Thomas Alva Edson (1847 - 1931) inventa a lâmpada com filamento de carbono incandescente.
59 - Micróbios causadores de doenças (1881)
O químico e microbiologista francês Louis Pasteur (1822 - 1895) produz uma vacina contra o antraz. Quatro anos depois, ele desenvolveria a vacina contra a raiva e, em 1863, inventaria o método de esterilizar alimentos conhecido hoje como pasteurização.
60 - Plástico (1888)
O químico alemão George Kahlbaum (1853 - 1905) começa a fabricar garrafas de metacrilato, na primeira utilização do plástico. Mas o material sintético só iria se tornar popular com a invenção da baquelita, no século XX.
61 - Ondas de rádio (1888)
O alemão Heinrich Hertz (1857 - 1894) usa descargas elétricas para produzir as primeiras ondas de rádio, tornando possível a invenção de novos meios de comunicação, como o telégrafo sem fio, o rádio e a televisão.
Sigmund Freud62 - Inconsciente (1895)
O neurologista austríaco Sigmund Freud (1856 - 1939) publica nesse ano seu "Estudo sobre a Histeria", demonstrando que o homem não domina completamente a mente e propondo a idéia de que o inconsciente é o responsável pelos desejos e sonhos.
63 - Números além do infinito (1895)
Quantos elementos tem um conjunto infinito? Infinitos, ora. Mas, pasme, nem todos os infinitos são iguais. O matemático alemão Georg Cantor (1845 - 1918) demonstrou que eles variam de tamanho e estabeleceu quanto um pode ser maior ou menor que outro.
64 - Cinema (1895)
É exibido, em Paris, o filme "A saída dos Trabalhadores da Fábrica Lumière". A projeção de imagens em movimento foi idéia dos franceses Auguste e Louis Lumière (1862 - 1954 e 1864 - 1948).
65 - Raios X (1895)
Quando descobriu os raios que atravessavam objetos e deixavam impressões em chapas fotográficas, o alemão Wilhelm Conrad Roentgen (1845 - 1923), pensou erradamente que eles não tinham nada a ver com a luz. Por isso foram chamados de um tipo "x" de raios.
66 - Sociologia científica (1897)
O francês Emile Durkheim (1858 - 1917) mostra em seu livro "O Suicídio" que mesmo decisões muito pessoais são determinadas por fatores sociais e, mais, que podem ser quantitativamente relacionadas com esses fatores. As pesquisas eleitorais e testes sobre preferências usam, ainda hoje, os conceitos de Durkheim.
67 - Dirigível (1900)
O conde alemão Ferdinand von Zeppelin (1838 - 1917) lança o primeiro dirigível de estrutura de metal e cheio de hidrogênio. Os zepelins, muito populares até fins da década de 30, inauguram a era dos transportes aéreos.
68 - Mecânica quântica (1900)
O físico alemão Max Planck (1858 - 1947) observa que a radiação emitida por um corpo não sai de forma contínua, mas em pacotes, que ele chamou de quanta. Está fundada a teoria quântica, que tenta explicar toda integração entre energia e massa na natureza.
69 - Avião (1903)
No dia 17 de dezembro, os irmãos americanos Orville e Wilbur Wright (1871- 1948 e 1867 - 1912) lançam seu avião primitivo de uma rampa e conseguem mantê-lo no ar por 59 segundos. Em outubro de 1906, o brasileiro Santos-Dumont (1873 - 1932) faz o primeiro vôo num artefato motorizado sem a ajuda de rampas. Três anos depois, o brasileiro construiria o Demoiselle, protótipo dos aviões modernos.
Albert Einstein70 - Teoria da relatividade (1905)
As leis da Física estabelecidas por Isaac Newton sofrem um sério golpe na virada do século, quando o alemão Albert Einstein (1879 - 1955) publica sua teoria da relatividade, afirmando que o tempo não é uma grandeza absoluta. Ela é relativa, ou seja, varia conforme o ponto de vista do observador.
71 - Cromossomos (1907)
Ao estudar como as características das moscas-das-frutas (drosófilas) são passadas a seus descendentes, o geneticista americano Thomas Hunt Morgan (1866 - 1945) percebe que os caracteres são gravados em pedaços de cromossomos. Alguns anos depois, esses pedaços seriam batizados de genes.
72 - Automóvel (1908)
O industrial americano Henry Ford (1863 - 1947) inicia a construção do Modelo T, movido por um motor de quatro cilindros, pondo em prática as técnicas de produção em grandes linhas de montagem. Além de tornar o carro um bem acessível à classe média, Ford molda todo o processo industrial no século XX.
Carlos Chagas73 - Doença de Chagas (1909)
Em um dos trabalhos mais completos da história da medicina, o brasileiro Carlos Chagas (1879 - 1934) descreve a doença trazida pelo inseto chamado barbeiro, seu agente causador e como ele invade o organismo da vítima.
74 - Núcleo atômico (1911)
O físico neozelandês Ernest Rutherford (1871 - 1937) provoca uma reviravolta na física atômica ao mostrar que os átomos podem ser quebrados em partes menores e que a maior parte de seu peso está no núcleo.
75 - Estrutura do átomo (1913)
O dinamarquês Niels Bohr (1885 - 1962) reúne os conhecimentos herdados de Rutherford e de Planck e cria um modelo que explica o comportamento dos átomos por meio da mecânica quântica. As idéias de Bohr não são mais aceitas, mas, na época, deram um grande impulso à Física.
76 - Lingüística (1916)
É publicado, três anos depois da morte de seu autor, o livro "Curso de Lingüística Geral", do suíço Ferdinand de Saussure (1857 - 1913). Ali, o lingüista define a linguagem como um fenômeno social e, portanto, mutante. Assim, é possível estudar sua evolução.
77 - Inteligência da criança (1923)
A criança atravessa vários estágios de aprendizagem, criando estruturas cada vez mais complexas, até compreender seu mundo e atuar nele. Essa idéia faz do psicólogo suíço Jean Piaget (1896 - 1980) referência obrigatória em Psicologia e Pedagogia até hoje.
78 - Ondas de matéria (1926)
O físico austríaco Erwin Schöedinger (1887 - 1961) cria uma equação mostrando que as partículas atômicas não se comportam apenas como matéria, mas também como ondas.
79 - Princípio da incerteza (1927)
É impossível medir, ao mesmo tempo, a posição e a velocidade exatas de uma partícula atômica. É que quem vai fazer essas medições acaba perturbando as partículas. A idéia de que o observador interfere com o objeto observado é de autoria do alemão Werner Karl Heisenberg (1901 - 1976).
80 - Antibióticos (1928)
Até que o bacteriologista escocês Alexander Fleming (1881 - 1955) descobrisse a penicilina, a humanidade era vítima fácil dos micróbios. Hoje, conhecemos um monte de antibióticos e outro tanto de bactérias resistentes a eles.
Edwin Hubble81 - Teoria do Big Bang (1929)
O americano Edwin Hubble (1889 - 1953) descobre que as galáxias se afastam uma das outras. Isso sugere que, um dia, elas estiveram todas agrupadas. É a chave para a chamada teoria do Big Bang, segundo a qual o Universo teve origem na explosão de um ponto ínfimo, que condensava toda a matéria existente.
82 - Limites da Matemática (1931)
O matemático austro-húngaro Kurt Gödel (1906 - 1978) demonstra que algumas verdades matemáticas não podem ser comprovadas por meio de axiomas nem de regras estritas de demonstração.
 A era da tecnologia:
83 - Radar (1935)
A equipe de pesquisadores liderada pelo físico escocês Robert Watson-Watt (1892 - 1973) cria o primeiro radar. Embora seja um instrumento de guerra, o radar é fundamental para a navegação, seja por terra, por mar ou por ar.
84 - Energia nuclear (1942)
O físico italiano Enrico Fermi (1901 - 1958) comanda a primeira reação nuclear controlada, nos Estados Unidos.
85 - Estatística (1943)
O inglês Ronald Aylmer Fisher (1890 - 1962) cria a chamada análise multivariada, em que muitas condições variáveis de um experimento podem ser alteradas, sem que se perca o controle sobre os resultados.
86 - Computador (1946)
É construído o Eniac, o primeiro computador (sigla em inglês para integrador e computador numérico eletrônico), com 18 000 válvulas, 1,5 metro de altura e 24 metros de comprimento. Seus criadores são John Mauchly (1907 - 1980) e John Eckart Jr. (1919 - ).
87 - Televisão (1947)
Inventada vinte anos antes por Philo Taylor Farnsworth (1906 - 1971), a televisão deixa finalmente os laboratórios e invade os lares americanos pela, rede RCA.
88 - Transistor (1947)
Os americanos John Bardeen (1908 - 1991) e Walter Houser Brattain (1902 - 1987) criam o transistor. Imagine o mundo sem transistores: não haveria computadores pessoais, telefones celulares, ignição eletrônica nos carros nem relógios de pulso elétricos.
DNA89 - Estrutura do DNA (1953)
O americano James Watson (1928 - ) e o inglês Francis Crick (1916 - ) descobrem a estrutura do DNA - a moléculas que reúne os código genéticos dos seres vivos.
90 - Satélite artificial (1957)
A extinta União Soviética lança o Sputnik 1 - uma esfera de 58 centímetros de diâmetro e 84 quilos de peso. Um mês depois, o Sputnik 2 leva ao espaço a cadela Laika. Os dois eventos disparam a corrida espacial com os Estados Unidos.
91 - Estrutura básica da linguagem (1957)
O americano Noham Chomsky (1928 - ) suspeita que o cérebro humano é dotado de um "órgão da linguagem" e começa a estudar seu funcionamento. Nesse ano, publica "Estruturas Sintáticas".
92 - Laser (1960)
Einstein já desconfiava de que a luz poderia ser concentrada num único raio. Mas só nesse ano o americano Theodore Maiman (1927 - ) constrói o primeiro laser. Entre outros usos, esses raios servem hoje como bisturis na medicina, réguas na ciência e arma militar.
93 - Quark (1961)
O físico americano Murray Gell-Mann (1929 - ) propõe que as partículas nucleares são compostas de unidades ainda menores, a que chamou quarks.
94 - Transplante do coração (1967)
O cirurgião sul-africano Christiaan Barnard (1922 - ) realiza o primeiro transplante de coração com sucesso. Ele impede que o organismo do paciente rejeito o novo órgão driblando o sistema imunológico por meio de drogas que reprimem a defesa do corpo contra invasores.
95 - Viagem à Lua (1969)
Em 20 de julho, o astronauta americano Neil Armstrong (1930 - ) deixava uma pegada humana no satélite da Terra.
96 - Internet (1969)
Militares americanos criam um sistema de comunicação por computador com o objetivo de descentralizar a rede de defesa dos Estados Unidos, o Arpanet. Hoje, a internet pluga milhões de cidadãos do mundo inteiro.
97 - Realidade Virtual (1972)
Chega ao mercado o primeiro videogame, o Odissey, desenvolvido pela empresa Magnavox. A disseminação da multimídia para computadores domésticos vai tornando os ambientes virtuais cada vez mais sofisticados. Hoje, a realidade virtual é usada nas indústrias e na robótica.
98 - Microcomputador (1977)
Steven Jobs e Stephen Wozniak apresentam o primeiro computador pessoal, chamado Apple II. Ele já vem todo montado. O fato inaugura a era dos computadores domésticos, que dispensam habilidades técnicas especiais por parte do usuário.
99 - Ônibus espacial (1981)
Os americanos lançam a primeira nave espacial parcialmente reutilizável. No dia 12 de abril, o ônibus espacial Columbia sobe para uma missão de 2 dias e 8 horas. Hoje, os astronautas dos ônibus espaciais passam mais de quinze dias no espaço, consertando aparelhos como o telescópio espacial Hubble, realizando experiências científicas e observando a Terra.
100 - Clonagem (1997)
O embriologista escocês Ian Wilmut pega uma célula de ovelha e, a partir dela, constrói um animal idêntico ao original. É a primeira vez que se faz a clonagem de um mamífero adulto. O feito suscitou grande debate ético, mas, também, grande esperança na produção de novos medicamentos.

Fonte: http://www.webciencia.com/03_invencoes4.htm#ixzz1s5hAcWar


As grandes descobertas da última década:
1. Plutão rebaixado (2005)
          Em janeiro de 2005, uma equipe coordenada pelo astrônomo Mike Brown, do Observatório Palomar, na Califórnia, descobriu o planeta anão Eris, com 27% mais massa que Plutão e bem próximo dele, numa região conhecida como cinturão de Kuiper. O achado trouxe uma consequência: no ano seguinte, a União Astronômica Internacional entendeu que a probabilidade de encontrar outros corpos rochosos gelados com aquelas dimensões na região era tão alta (como se confirmou depois), que a definição do pobre Plutão não fazia mais sentido. O resultado? Ele foi rebaixado para "planeta anão". Vale lembrar que a Nasa (agência espacial americana) enviou uma sonda para Plutão pouco antes da mudança. E a New Horizon deve chegar ao destino no meio deste ano.
2. Matéria escura existe mesmo (2006)
          Uma colisão entre dois aglomerados de galáxias registrado pelo telescópio Chandra, da Nasa, trouxe a evidência que faltava para os astrônomos confirmarem a existência da matéria escura. Até então, todos já sabiam que boa parte do Universo (cerca de 25%) é composta por esse material, que é invisível (não emite luz), mas exerce força gravitacional. A colisão, que formou o aglomerado 1E0657-556, gerou tanta energia que a matéria comum que existia parou, mas a matéria escura "continuou andando". Apesar de provar sua existência, os cientistas ainda não sabem do que é feita essa coisa invisível - eles imaginam que seja uma partícula ainda não descoberta. Não confunda o termo com "energia escura", que provavelmente existe em abundância maior ainda no Universo e também foi foco de estudos importantes na última década.
3. Células reprogramadas (2007)
          Células-tronco são a grande promessa da ciência para revolucionar a medicina, já que podem se transformar em qualquer outra célula do corpo, e não há nada igual às embrionárias nesse aspecto. Mas a utilização desse recurso envolve questões éticas. Pesquisadores apresentaram uma alternativa bastante promissora ao conseguir reprogramar células adultas de pele humana para que se tornassem capazes de se diferenciar em vários tecidos. Dois grupos independentes -- um liderado por James Thomson, da Universidade de Wisconsin-Madison, nos EUA, e outro por Shinya Yamanaka, da Universidade de Kyoto, no Japão -- demonstraram em 2007 a eficácia de um método que já tinha sido usado com sucesso em camundongos um ano antes. 

          Yamanaka até recebeu o Nobel, em 2012, por suas pesquisas. Só em 2014, no entanto, é que foi feito o primeiro teste em humanos com células iPS. Uma mulher de 70 anos, no Japão, recebeu um implante para tratar uma doença ocular que causa cegueira. Apesar dos avanços, que já tem feito cientistas recriarem tecidos de órgãos e até neurônios, ainda há um longo caminho pela frente para confirmar se as iPS são mesmo o futuro da medicina
4. Planetas como o nosso lá fora (2008)
          Com ajuda do telescópio Hubble e de observatórios no Havaí, astrônomos conseguiram "fotografar" exoplanetas (aqueles fora do Sistema Solar) pela primeira vez. Eles promoveram uma espécie de eclipse artificial para conseguir se livrar do brilho das estrelas, que atrapalhava a visão desses planetas distantes. Os primeiros "fotografados" foram um exoplaneta com três vezes a massa de Júpiter em volta da estrela Fomalhaut e três outros em volta da estrela HR 8799. Desde então, os cientistas têm descoberto planetas extrassolares em profusão. "Em 2004 eram poucas dezenas, e atualmente o número de confirmações se aproxima de 2.000", comenta o astrofísico Gustavo Rojas, da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos). Há sistemas planetários múltiplos, planetas em sistemas estelares múltiplos e muitas Super-Terras na lista, como destaca o especialista. E, segundo dados do telescópio Kepler, da Nasa, cerca de uma em cinco entre as 50 bilhões de estrelas da nossa galáxia devem ter em sua órbita um planeta com condições semelhantes à Terra e com potencial de abrigar vida.
5. Água em Marte (2008)
          A sonda Mars Phoenix Lander, da Nasa, detectou, em 2008, minerais no solo de Marte que indicam que o Planeta Vermelho já esteve coberto por lagos, rios e outros ambientes capazes de abrigar vida. O equipamento também fotografou pedaços de um material brilhante em um buraco que parecia gelo, reforçando o indício revelado por outras sondas da presença de água abundante no passado do planeta. Em 2013, porém, a sonda Curiosity trouxe uma revelação ainda mais notável: ainda há muitas moléculas de água presas entre os minerais no solo do planeta. Pode parecer pouca coisa, mas disponibilizar H2O poderá ser crucial no caso de o homem viajar a Marte um dia. 
6. Em busca da "capa da invisibilidade" (2008)
          Cientistas da Universidade da Califórnia, nos EUA, anunciaram que estão mais perto de criar um material que pode tornar objetos tridimensionais "invisíveis". Eles desenvolveram dois materiais que podem reverter a direção da luz em torno dos objetos, fazendo com que eles "desapareçam". Ele são chamados de "metamateriais" -- não existem na natureza e são criados artificialmente em escala nano, com propriedades óticas que fazem a luz se comportar de forma não natural. Ainda estamos longe de criar uma "capa de invisibilidade" digna dos livros de Harry Potter, mas há muitos avanços na área.
7. Ciborgues à vista (2009)
         Vários avanços foram feitos na última década no que se refere à interface cérebro-máquina, abrindo caminho para ajudar pessoas com deficiências, paralisias ou que sofreram amputações a recuperar os movimentos. Em 2009, Pierpaolo Petruzziello, italiano que vive no Brasil, conseguiu controlar um braço robótico usando a própria mente, com eletrodos conectados ao sistema nervoso. Ele foi o primeiro paciente a fazer movimentos complexos com as mãos, como pegar objetos, com o pensamento. Destacam-se, nessa área, estudo do brasileiro MIguel Nicolelis, que na última Copa do Mundo fez um paraplégico chutar uma bola com ajuda de um exoesqueleto.
8. Primeira célula 100% artificial (2010)
          Pela primeira vez, cientistas conseguiram criar uma célula controlada por um genoma sintético, criado a partir de instruções de computador. A equipe liderada pelo cientista americano Craig Venter utilizou o genoma de uma bactéria, a Mycoplasma mycoides, e o implantou em uma célula natural de outra bactéria cujo material genético tinha sido removido. O micróbio foi "reinicializado" e passou a se replicar, dando origem a colônias de células sintéticas.O feito abriu portas para que, no futuro, seja possível criar em laboratório micro-organismos capazes de sintetizar proteínas importantes para o ser humano, como vacinas ou biocombustíveis. Também gerou críticas de ONGs, que alertaram para o risco de micróbios sintéticos caírem na natureza e alterarem o meio ambiente.
9. Temos DNA neandertal (2010)
          A revelação abalou a arqueologia. Pesquisadores do Instituto Max-Planck de Leipzig, na Alemanha, provaram que os homens de Neandertal, espécie extinta há 30 mil anos, conviveu com os primeiros homens modernos. E mais: tiveram relações sexuais e filhos com eles. De acordo com a equipe, cerca de 3% do nosso DNA é neandertal. O sequenciamento genético completo desse hominídeo foi concluído pela mesma equipe em 2013, e várias outras descobertas foram feitas em seguida. Um estudo da Universidade de Washington, por exemplo, encontrou até 20% de genoma neandertal presente em humanos modernos. Segundo os cientistas, genes que causam diabetes tipo 2, doença de Crohn e lúpus podem ser remanescentes desse cruzamento. As regiões do DNA humano que mostraram maior frequência de genes neandertais são aquelas ligadas à produção de queratina, uma proteína presente em nossa pele, unhas e cabelos. 
10. Sinais do buraco negro no centro da Via Láctea (2011)
          Há muito tempo os astrônomos falam sobre a existência de um enorme buraco negro bem no centro da nossa galáxia, a Via Láctea. Ele até tem nome: Sagitario A-estrela e estima-se que contenha aproximadamente 4 milhões de vezes a massa de nosso sol. Observações feitas na última década trouxeram provas mais concretas do objeto (ninguém ainda conseguiu enxergá-lo diretamente). Uma delas ocorreu no final de 2011: com ajuda de telescópios europeus, foi possível detectar uma nuvem de gás com massa muito superior à da Terra bem próxima de ser devorada pelo buraco negro. Em 2013, novas observações mostraram a nuvem sendo esticada pelo campo gravitacional do buraco negro. Os cientistas acreditam que acompanhar o fenômeno ainda trará dados importantes nos próximos anos. Outra evidência forte do "devorador" do centro da Via Láctea foi registrada em 2012, com ajuda do telescópio de raios-X Chandra, da Nasa - pesquisadores descobriram uma enorme quantidade de partículas energéticas sendo "vomitada" pelo buraco negro.
11. A "partícula-deus" existe (2012)
          A descoberta do Bóson de Higgs, a partícula que desvenda o mistério da massa, foi um dos principais avanços científicos de 2012 e também das últimas décadas. Detalhado pelo britânico Peter Higgs em 1964, o bóson é responsável por criar um campo de força dentro do átomo que dá massa às partículas. Por exemplo: se elas interagem menos com o campo, ficam com pouca massa, como os elétrons. Se interagem bastante, passam a ter mais massa, como é o caso dos quarks. Sem o bóson, dizem os cientistas, átomos agrupados no Universo não poderiam existir, o que inclui os seres humanos. Por isso ele ficou conhecido como "partícula de Deus" (embora o termo original fosse "partícula-deus"). O experimento que comprovou a teoria ocorreu em julho de 2012 no Laboratório Europeu de Física de Partículas (Cern), com ajuda do Grande Colisor de Hádrons (LHC, da sigla em inglês), considerado por si só o maior experimento científico de todos os tempos. Os pais da teoria -- Peter Higgs e François Englert -- receberam o Nobel de Física já no ano seguinte.
12. "DNA lixo" não é lixo (2012)
          Cientistas do projeto internacional Enciclopédia de Elementos do DNA (Encode) descobriram que 98% do código genético, antes conhecido como "DNA lixo", exercem papel importante no desenvolvimento e na manutenção do corpo humano. Até então, acreditava-se que apenas 2% do DNA eram funcionais, já que somente essa parcela codifica proteínas. No meio do que já foi considerado descartável, há milhões de "interruptores" que determinam quando e onde os genes são ligados ou desligados. Muitos deles estão associados a mudanças genéticas que podem levar a problemas cardíacos, diabetes, transtornos mentais e outras doenças. O Encode, criado em 2003 para dar sentido ao enorme "mapa" decifrado pelo Projeto Genoma Humano, abriu as portas para um enorme campo de pesquisas e provou que o termo "DNA lixo" é que precisa ir para o lixo.
13. Óvulos criados a partir de células adultas (2012)
          Pesquisadores da Universidade de Kyoto conseguiram transformar tanto células-tronco embrionárias quanto células pluripotentes induzidas (iPS), formadas a partir de células adultas, em óvulos viáveis. O experimento foi feito em camundongos. Para testar a fertilidade dos óvulos, eles foram removidos dos roedores para uma fertilização in vitro e, depois, reimplantados. As fêmeas geraram proles férteis com óvulos gerados a partir dos dois tipos de células-tronco. Cientistas já haviam criado espermatozoides a partir de células-tronco da medula óssea feminina, em 2008, mostrando que um dia será possível ter filhos sem a presença de um homem. Ambas as linhas de pesquisa são importantes para, no futuro, ajudar milhares de pessoas que não conseguem gerar descendentes.
14. Você não está sozinho (2012)
          Pesquisas ao longo dos últimos anos levaram à conclusão de que cada um de nós abriga dez vezes mais bactérias do que células humanas. Para não falar em outros micro-organismos. Cientistas de um projeto que reúne quase 80 instituições anunciaram, em 2012, ter identificado todo o microbioma humano, ou seja, os trilhões de bactérias e vírus que vivem no nosso corpo. Cada pessoa abriga cerca de 10 mil espécies diferentes de micro-organismos. "Essas descobertas revolucionam nossa noção de saúde e doença", comenta o infectologista Reinaldo Salomão, professor titular da Universidade Federal de São Paulo, lembrando que vários estudos já associaram doenças como a obesidade a alterações na flora bacteriana.
15. Novo antibiótico após 30 anos (2015)
          Pesquisadores do Centro de Descoberta Antimicrobiana da Universidade do Nordeste, em Boston, anunciaram neste ano a descoberta de um novo antibiótico - a última classe desse tipo de medicamento havia sido introduzida em 1987. A teixobactina foi testada em animais e curou facilmente várias infecções, como a tuberculose, sem apresentar efeitos colaterais. O melhor de tudo é que a molécula se mostrou eficaz contra alguns micro-organismos resistentes aos antibióticos hoje existentes, o que é uma ótima notícia. O curioso é o que está por trás da descoberta, como ressalta o infectologista Reinaldo Salomão, professor titular da Universidade Federal de São Paulo: um método que extrai bactérias que vivem no solo. Embora ele seja riquíssimo em micro-organismos, apenas 1% deles sobrevivem em laboratório. "Hoje sabe-se que aquilo que conhecemos representa apenas 1% do universo da microbiologia", diz o infectologista. Imagine o potencial desses 99% para curar doenças.

Consultoria: Gustavo Rojas (astrofísico/Universidade Federal de São Carlos), Marcelo Knobel (físico/Universidade Estadual de Campinas) e Reinaldo Salomão (infectologista/Universidade Federal de São Paulo)

Pesquisa: Prof. Osmar Fernandes - Historiador.

2 comentários:

Apenas bons filmes disse...

Muito interessante o seu post, Prof. Osmar. Dentre as invenções e descobertas citadas, eu destaco o FOGO, a RODA, a ESCRITA, o PAPEL e a INTERNET. Acredito que faltou citar o COMPUTADOR, a ELETRICIDADE, o MOTOR (vapor/combustão), a AGRICULTURA e os ALGARISMOS INDO-ARÁBICOS.

Mas acredito que nenhuma lista desse tipo será definitiva; sempre haverá controvércias e opiniões contrastantes.

Um grande abraço e parabéns pelo trabalho no Blog.

Blog Oficial de Nova Londrina-PR disse...

Tudo está presente... é só encontrarmos.

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