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Sessão da Câmara Municipal

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

A Morte do Homem


Estudo Analítico do Poema


Introdução


O poema A Morte do Homem, de autoria do Prof. Osmar Soares Fernandes, apresenta uma profunda reflexão sobre a decadência da humanidade, abordando temas como miséria, guerras, pandemias e a destruição causada pelo próprio ser humano. Com uma linguagem poética e simbólica, a obra expõe a fragilidade da existência diante do caos gerado pela ambição e pela ausência de valores espirituais. O poema segue uma estrutura melancólica e apocalíptica, conduzindo o leitor a uma intensa análise sobre as consequências das escolhas humanas e o contraste entre o inferno da destruição e a esperança representada pelo céu.


Análise do Conteúdo e Estrutura

O poema está dividido em quatro estrofes principais, cada uma carregada de simbolismos e imagens vívidas.

Na primeira estrofe, o autor descreve um cenário de tragédia e dor, personificando o tempo como um espaço onde a miséria está gravada e onde as lágrimas da humanidade ecoam inutilmente. As palavras "miséria esculpida no tempo" e "tragédias que sangram o chão" evocam um mundo à beira do colapso, marcado pelo sofrimento coletivo.

Na segunda estrofe, a temática se expande para a destruição causada por guerras e epidemias, ressaltando o papel da humanidade na sua própria ruína. A imagem de "bandeiras incendiadas" representa a degradação dos ideais que deveriam unir os povos, enquanto "a vida naufraga nos mares" sugere que a humanidade está perdida e sem rumo.

A terceira estrofe introduz um tom profético, enfatizando que o destino da humanidade já está escrito. O poeta menciona o "estatuto divino", indicando que os desastres e o sofrimento são consequências de um caminho previamente advertido. A afirmação "não é milagre, nem hino, é o juízo anunciado" reforça a ideia de um desfecho inevitável, onde a justiça divina se manifesta implacavelmente.

Na quarta e última estrofe, o poema atinge seu clímax dramático. A sentença "Deus deu o fôlego da vida, mas o homem ceifou seu irmão" alude ao primeiro assassinato da humanidade – Caim matando Abel – e sugere que, desde então, o homem repete esse ciclo de destruição. A ruína da ambição humana se torna evidente, levando à condenação final. A imagem do inferno "bradando em suas chamas" e da cruz erguida como símbolo da perdição enfatizam o peso das escolhas humanas. O poema encerra-se com um contraste marcante: enquanto o inferno consome a destruição, "o céu, silente entre as almas, ascende a última luz da criação". Essa última linha pode ser interpretada como uma referência à esperança final ou à extinção total da humanidade, deixando uma forte reflexão no leitor.

Conclusão

A Morte do Homem é um poema de forte apelo filosófico e espiritual, trazendo uma crítica contundente à degradação da humanidade. A obra se utiliza de metáforas e imagens poderosas para expor a autodestruição causada pelo homem e o inevitável julgamento que recai sobre ele. O contraste entre o inferno e o céu reforça a dualidade entre perdição e redenção. Com um tom sombrio e apocalíptico, o poema não apenas denuncia a destruição humana, mas também sugere que a salvação está acessível apenas àqueles que buscam a verdadeira luz.


Referência:


FERNANDES, Prof. Osmar Soares. A Morte do Homem. Recanto das Letras, 29 jun. 2009. Disponível em: https://www.recantodasletras.com.br/poesias/1673704. Acesso em: 25 fev. 2025.

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