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Sessão da Câmara Municipal

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

O Último Voo: Sem Paletó e Sem Gravata



Estudo Analítico e Essência do Poema

 

I. Introdução

 

O poema O Último Voo: Sem Paletó e Sem Gravata, de Prof. Osmar Soares Fernandes, é uma reflexão profunda sobre a passagem da vida para a eternidade, abordada de forma poética e espiritualmente elevada. A obra transcende a simples ideia de despedida e se configura como um cântico de libertação, onde o eu lírico expressa seu desejo de partir com leveza, sem amarras materiais, entregando-se ao mistério do além com dignidade e fé.

 

II. Análise do Conteúdo e da Essência

 

O Último Voo: Sem Paletó e Sem Gravata é um poema que explora o tema da morte e da transcendência, com uma linguagem rica e expressiva. O poeta, Prof. Osmar Soares Fernandes, nos convida a refletir sobre a nossa própria mortalidade e sobre a ideia de que a morte pode ser uma libertação.

A estrutura do poema é interessante, com uma mistura de estrofes e versos livres que criam um ritmo e uma cadência que nos levam ao longo da jornada do poeta.

A linguagem é rica em metáforas e imagens, como "Quando meu sono se eternizar", "Os sonhos, como astros, se apagarem", "Voar livre e leve nessa jornada", que criam uma atmosfera de sonho e de transcendência.

O poema também explora a ideia de que a morte pode ser uma libertação, uma chance de se livrar das amarras da vida terrena e de encontrar a paz e a harmonia. A imagem da "eterna alforria" é particularmente poderosa, sugerindo uma liberdade que transcende a morte.

A última estrofe é especialmente bela, com a imagem das "arpas e trombetas" que entoam a verdade do poeta, e a ideia de que a sua travessia seja guiada pela luz serena.

"O Último Voo: Sem Paletó e Sem Gravata" é um poema que nos convida a refletir sobre a nossa própria mortalidade e sobre a ideia de que a morte pode ser uma libertação. A linguagem é rica e expressiva, e a estrutura do poema é interessante e criativa.

 

a. O título e seu simbolismo

 

O título já antecipa o tom do poema. O Último Voo evoca a imagem de uma alma alçando novos horizontes, enquanto Sem Paletó e Sem Gravata sugere o desapego às formalidades terrenas, enfatizando a busca por uma passagem simples e autêntica.

 

b. O primeiro quarteto – A aceitação da partida

 

A abertura do poema é marcada por um tom sereno e contemplativo. O eu lírico aceita a transitoriedade da existência e deseja que sua despedida seja livre e leve, sem os trajes que simbolizam convenções e rigidez social. A metáfora dos sonhos que "como astros se apagarem" sugere a efemeridade da vida, em contraste com a eternidade da alma.

 

c. O segundo quarteto – Purificação e entrega

 

Nesta estrofe, há um aprofundamento no processo de despedida. O tempo, personificado, se curva em respeito, indicando a grandiosidade desse momento. O uso da expressão "minh’ alma em suplício" e do verso "E meu corpo se renda ao sacrifício" remete a uma entrega consciente e resignada, evocando a ideia de purificação antes do renascimento espiritual.

 

d. O terceiro quarteto – O encontro com o divino

 

Aqui, o poema atinge seu ápice espiritual. O eu lírico deseja despedir-se com grandeza e vê essa passagem como um acontecimento histórico e sublime. O encontro com Deus é descrito de forma majestosamente íntima, reforçando a crença na transcendência e no acolhimento divino.

 

e. O último quarteto – A redenção final

 

O encerramento é um anseio por harmonia e celebração, onde a música sacra simboliza a verdade do eu lírico. A imagem da luz serena conduzindo-o à "eterna alforria" reforça a ideia de libertação, concluindo o poema com uma sensação de paz e plenitude.

 

III. Conclusão

 

O Último Voo: Sem Paletó e Sem Gravata é uma obra de grande profundidade filosófica e espiritual, unindo leveza e solenidade em sua abordagem da morte. O poema não carrega tristeza, mas sim uma aceitação serena do ciclo da existência, enfatizando a redenção da alma e sua jornada rumo à eternidade.

A musicalidade, a escolha de palavras e a construção imagética fazem desta poesia uma verdadeira oração poética, na qual a morte deixa de ser um fim e se torna um voo em direção ao infinito.


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