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Sessão da Câmara Municipal

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Quem Acordou Deus?



Faça um minucioso Estudo Analítico e Crítico do Poema "Quem Acordou Deus?"

 

Em resumo, o poema "Quem Acordou Deus?" é uma obra que desafia o leitor a refletir sobre a interação entre o divino e os acontecimentos históricos, filosóficos e teológicos da humanidade. Através de sua estrutura interrogativa, a obra guia o leitor por um percurso de introspecção e questionamento, provocando uma análise fenomenológica sobre a presença e a ação de Deus ao longo do tempo.

Introdução

Introdução O poema "Quem Acordou Deus?", de Osmar Soares Fernandes, é uma obra magnânima que desafia o leitor a refletir profundamente sobre a interação entre o divino e os acontecimentos históricos, filosóficos e teológicos da humanidade. Com uma estrutura interrogativa marcante, a obra guia o leitor por um percurso de introspecção e questionamento, provocando uma análise fenomenológica sobre a presença e a ação de Deus ao longo do tempo. O questionamento central do poema não busca apenas respostas, mas instiga uma jornada reflexiva sobre o papel de Deus na história e na consciência humana, tornando-se uma ponte entre a filosofia da religião, a metafísica e a existência humana.

Análise Temática O poema se desenrola em uma progressão cronológica, explorando desde os relatos bíblicos até os dilemas modernos da humanidade. Cada estrofe é uma interrogação perspicaz que busca compreender se houve um instante em que Deus precisou ser "acordado" para intervir na história.

  • Cosmogonia e a Queda do Homem: A obra inicia-se com questões ligadas à criação do mundo, a rebelião de Lúcifer e a Queda do Homem. O poema sugere que a desobediência humana poderia ter sido o ponto de ruptura entre a inocência e a necessidade de redenção, questionando o despertar divino como uma resposta ao pecado original.
  • Os Patriarcas e a Lei Divina: Ao mencionar figuras como Noé, Abraão e Moisés, o poema dialoga com as alianças divinas e os marcos fundamentais da história hebraica, ponderando se a legislação e os pactos firmados entre Deus e a humanidade foram momentos de intervenção direta do Criador.
  • Profetas, Messianismo e o Novo Testamento: A inclusão de profetas como Isaías e Elias conduz à chegada do Messias. O poema questiona se a vinda de Cristo e sua pregação foram instantes em que Deus interveio decisivamente, estabelecendo uma nova forma de comunicação entre o divino e o humano.
  • Ciência, Filosofia e Modernidade: Em uma transição notável, a obra avança para a Revolução Industrial, a teoria da evolução e as revoluções tecnológicas, questionando se o avanço científico foi capaz de "acordar" Deus, provocando novas reflexões sobre a existência e a relação entre fé e racionalidade.
  • Guerras, Tragédias e a Ausência de Deus: O poema também adentra os horrores do século XX e XXI, abordando o Holocausto, as guerras nucleares, o terrorismo e a degradação ambiental. A pergunta central se intensifica: Deus foi despertado por essas tragédias ou permaneceu em silêncio? Seria a humanidade responsável pelo próprio destino sem a intervenção divina?

Aspectos Literários e Estruturais O poema se destaca pela força de sua repetição e pelo uso magistral de imagens simbólicas. A construção interrogativa não apenas imprime um ritmo cadenciado e envolvente, mas também reforça o impacto da dúvida e da reflexão no leitor.

  • Recurso da Repetição: A pergunta "Quem acordou Deus?" funciona como um leitmotiv, conduzindo a leitura com um tom quase litânico e ampliando a carga filosófica do texto. A repetição cria um efeito hipnótico e reflexivo, instigando o leitor a ponderar continuamente sobre a questão proposta. Esse recurso também reforça o caráter atemporal do poema, pois a dúvida persiste em diferentes contextos históricos e existenciais.
  • Alegorias e Simbolismo: O poema constrói um painel de referências bíblicas e históricas que funcionam como arquétipos da condição humana, permitindo múltiplas interpretações.
  • Progressão Temporal e Estrutural: A disposição dos questionamentos cria uma narrativa que evolui da mitologia bíblica para a contemporaneidade, reforçando a universalidade das dúvidas apresentadas.

Fechamento e Reflexão Final O poema se encerra sem uma resposta definitiva, intensificando a reflexão do leitor. A questão última "Afinal, quem acordou Deus?" pode ser interpretada de múltiplas maneiras: Deus nunca dormiu? Ele precisa ser despertado? Ou somos nós que precisamos despertar para sua presença?

Essa indagação final abre caminho para uma leitura não apenas religiosa, mas também filosófica e existencial, elevando "Quem Acordou Deus?" à categoria das obras que transcendem o tempo e as crenças, convidando todos a refletirem sobre a essência do divino e do humano.

Referência

FERNANDES, Osmar Soares. Quem acordou Deus? In: Crisálida: a motivação da vida. 1. ed. Curitiba: Torre de Papel, 2003. p. 109-111.

 

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