Trabalhando

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Sessão da Câmara Municipal

sábado, 18 de maio de 2013

Humanismo e Renascimento







É um termo relativo ao Renascimento, movimento surgido na Europa, mais precisamente na Itália, que colocava o homem como o centro de todas as coisas existentes no universo.
Nesse período, compreendido entre a transitoriedade da Baixa Idade Média e início da Moderna (séculos XIV a XVI), os avanços científicos começavam a tomar espaço no meio cultural.
A tecnologia começava a se aflorar nos campos da matemática, física, medicina. Nomes como Galileu, Paracelso, Gutenberg, dentre outros, começavam a se despontar, em razão das descobertas feitas por eles.



Galileu Galilei comprova a teoria heliocêntrica que dizia ser o Sol o centro do sistema planetário, defendida anteriormente por Nicolau Copérnico, além de ter construído um telescópio ainda melhor que os inventados anteriormente. Paracelso explora as drogas medicinais e seu uso, enquanto Gutenberg descobre um novo meio de reproduzir livros.
Além disso, a filosofia se desponta como uma atividade intelectual renovada no interesse pelos autores da Antiguidade clássica: Aristóteles, Virgílio, Cícero e Horácio. Por este resgate da Idade Média, este período também é chamado de Classicismo.
A burguesia e a nobreza, classes sociais que despontam no final da Idade Média, passam a dividir o poderio com a Igreja.
É neste contexto cultural que a visão antropocêntrica se instala e influencia todo campo cultural: literatura, música, escultura, artes plásticas.
Na Literatura, os autores italianos, que, maior influência exerceu, foram: Dante Alighieri (Divina Comédia), Petrarca (Cancioneiro) e Bocaccio (Decameron). Os gêneros mais cultivados foram: o lírico, de temática amorosa ou bucólica, e o épico, seguindo os modelos consagrados por Homero (Ilíada e Odisséia) e Virgílio (Eneida).
Podemos denominar Humanismo como ideia surgida no Renascimento que coloca o homem como o centro de interesse e, portanto, em torno do qual tudo acontece.


Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil
Escola


Renascimento Cultural

História do Renascimento Cultural, artistas do Renascimento Artístico, Renascimento Científico, arte na Renascença Italiana, grandes obras de artistas italianos, resumo
Introdução 

Durante os séculos: XV e XVI intensificaram-se, na Europa, a produção artística e científica. Esse período ficou conhecido como Renascimento ou Renascença.


Contexto Histórico 


          As conquistas marítimas e o contato mercantil com a Ásia ampliaram o comércio e a diversificação dos produtos de consumo na Europa a partir do século XV. Com o aumento do comércio, principalmente com o Oriente, muitos comerciantes europeus fizeram riquezas e acumularam fortunas. Com isso, eles dispunham de condições financeiras para investir na produção artística de escultores, pintores, músicos, arquitetos, escritores, etc.

          Os  governantes europeus e o clero passaram a dar proteção e ajuda financeira aos artistas e intelectuais da época. Essa ajuda, conhecida como mecenato, tinha por objetivo fazer com que esses mecenas (governantes e burgueses) se tornassem mais populares entre as populações das regiões onde atuavam. Neste período, era comum a família nobre encomendar  pinturas (retratos) e esculturas junto aos artistas.

          Foi na Península Itálica que o comércio mais se desenvolveu neste período, dando origem a uma grande quantidade de locais de produção artística. Cidades como, por exemplo, Veneza,Florença e Gênova tiveram um expressivo movimento artístico e intelectual. Por este motivo, a Itália passou a ser conhecida como o berço do Renascimento.



Características Principais: 



- Valorização da cultura greco-romana. Para os artistas da época renascentista, os gregos e romanos possuíam uma visão completa e humana da natureza, ao contrário dos homens medievais;

 - As qualidades mais valorizadas no ser humano passaram a ser a inteligência, o conhecimento e o dom artístico;

 - Enquanto na Idade Média a vida do homem devia estar centrada em Deus (teocentrismo), nos séculos: XV e XVI o homem passa a ser o principal personagem (antropocentrismo);

- A razão e a natureza passam a ser valorizadas com grande intensidade. O homem renascentista, principalmente, os cientistas, passa a utilizar métodos experimentais e de observação da natureza e universo.

          Durante os séculos: XIV e XV, as cidades italianas como, por exemplo, Gênova, Veneza e Florença, passaram a acumular grandes riquezas provenientes do comércio. Estes ricos comerciantes, conhecidos como mecenas,  começaram a investir nas artes, aumentando assim o desenvolvimento artístico e cultural. Por isso, a Itália é conhecida como o berço do Renascentismo.  Porém, este movimento cultural não se limitou à Península Itálica. Espalhou-se para outros países europeus como, por exemplo, Inglaterra, Espanha, Portugal, França, Polônia e Países Baixos.  


Principais representantes do Renascimento Italiano e suas principais obras:



Giotto di Bondone (1266-1337) - pintor e arquiteto italiano. Um dos precursores do Renascimento. Obras principais: O Beijo de Judas, A Lamentação e Julgamento Final.

Fra Angelico (1395 - 1455) - pintor da fase inicial do Renascimento. Pintou iluminuras, altares e afrescos. Obras principais: O coração da virgem, A Anunciação e Adoração dos Magos.

Michelangelo Buonarroti (1475-1564)- destacou-se em arquitetura, pintura e escultura.Obras principais: Davi, Pietá, Moisés, pinturas da Capela Sistina (Juízo Final).

Rafael Sanzio (1483-1520) - pintou várias madonas (representações da Virgem Maria com o menino Jesus).

 - Leonardo da Vinci (1452-1519)- pintor, escultor, cientista, engenheiro, físico, escritor, etc. Obras principais: Mona Lisa, Última Ceia.

 - Sandro Botticelli - (1445-1510)- pintor italiano, abordou temas mitológicos e religiosos. Obras principais: O nascimento de Vênus e Primavera.

Tintoretto - (1518-1594) - importante pintor veneziano da fase final do Renascimento. Obras principais: Paraíso e Última Ceia.

Veronese - (1528-1588) - nascido em Verona, foi um importante pintor maneirista do Renascimento Italiano. Obras principais: A batalha de Lepanto e São Jerônimo no Deserto.

Ticiano - (1488-1576) - o mais importante pintor da Escola de Veneza do Renascimento Italiano. Sua grande obra foi O imperador Carlos V em Muhlberg de 1548.

Renascimento Científico 

          Na área científica podemos mencionar a importância dos estudos de astronomia do polonês Nicolau Copérnico. Este defendeu a revolucionária ideia do heliocentrismo (teoria que defendia que o Sol estava no centro do sistema solar). Copérnico também estudou os movimentos das estrelas.

          Nesta mesma área, o italiano Galileu Galilei desenvolveu instrumentos ópticos, além de construir telescópios para aprimorar o estudo celeste. Este cientista também defendeu a ideia de que a Terra girava em torno do Sol. Este motivo fez com que Galilei fosse perseguido, preso e condenado pela Inquisição da Igreja Católica, que considerava esta ideia como sendo uma heresia. Galileu teve que desmentir suas ideias para fugir da fogueira.

A invenção da prensa móvel, feita pelo inventor alemão Gutenberg em 1439, revolucionou o sistema de produção de livros no século XV. Com este sistema, que substituiu o método manuscrito, os livros passaram a ser feitos de forma mais rápida e barata. A invenção foi de extrema importância para o aumento da circulação de conhecimentos e ideias no Renascimento.

O ESPÍRITO DO RENASCIMENTO



            Francesco Petrarca nasceu em 1304, na cidade de Arezza, na península Itálica, e foi um dos principais precursores do Renascimento. Admirador da cultura Greco-romana, ele alimentava críticas profundas ao pensamento religioso, predominantemente em sua época.
            Foi o primeiro a denominar a Idade Média um período de trevas, envolto pelos dogmas da Igreja Católica.

Fragmento de uma carta escrita por Petrarca:

Pedis-me... Que vos empreste, se, como pensais, o comprei, o livro do Homero que estava a vendo em Pádua, pois que, dizeis, eu tenho de há muito um outro exemplar, a fim de que o nosso amigo Leão o traduza do grego ao latim para vós e outros nosso compatriotas estudiosos.Vi esse livro, mas não o comprei porque me parece inferior ao meu. Poder-se ia facilmente obtê-lo por intermédio da pessoa que me proporcionou a amizade de Leão... De fato, Sempre fui apaixonado por essa tradução em particular e pela literatura grega em geral, e, se a sorte, invejando os meus primeiros passos, me não tivesse arrebatado, pela morte, o meu excelente mestre, talvez eu fosse hoje alguma coisa mais que um grego que ficou no alfabeto.

Petrarca, Cartas diversas. Inf: Freitas, Gustavo de. 900 textos e documentos de História. Lisboa: Plátano, s.d. v. II. P. 142.


Sobre o texto - Responda:

1) - No texto, Petrarca esta respondendo ao pedido de um amigo; qual havia sido o pedido?

R. Ele estava pedindo um livro de Homero que estava à venda em Pádua.

2) -  Indique aspectos do humanismo presentes na carta de Petrarca.

R. São a obra literária de Homero e a literatura grega em geral... E as emoções como, a paixão pela literatura e o lamento pela perda de seu mestre.

3) - Aponte duas semelhanças entre o humanismo e a cultura greco-romana.

R.  A poesia e a crença nos deuses.


4 - Por que o renascimento se inspirou na cultura greco-romana?

R. Porque trouxe para o século XV os valores artísticos, filosóficos, científicos, culturais e morais dos antigos gregos e romanos. Esses valores gregos e romanos haviam sido esquecidos, substituídos por valores cristãos. Os valores cristãos eram absolutamente dogmáticos, isto é, impedia a liberdade de expressão, a liberdade científica e filosófica. Por isso, no Renascimento veremos um resgate dos valores da Grécia e da Roma Antiga, anteriores ao surgimento do cristianismo. Essa época pré-cristã foi muito valorizada, simbolizando uma época de liberdade e de desenvolvimento científico.





          Petrarca e o Humanismo - uma coletânea de dez ensaios sobre a obra latina de Francesco Petrarca (1304-1374). Embora publicados separadamente, ou apresentados em colóquios e reuniões científicas do país, os ensaios agora reunidos em volume mostram-se coerentes e alinhados numa proposta única, que vai das conceituações sobre Humanismo e Renascimento, à recepção de Petrarca no Brasil e na Europa, passando pela análise de algumas obras latinas do autor italiano, escolhidas especialmente para uma avaliação de seu programa humanista. Em outros termos, o volume traça um amplo painel de esudos sobre a obra do Petrarca latinista e filósofo, avaliando-lhe os métodos críticos, traçando ao mesmo tempo um quadro dos antecedentes que lhe abriram caminhos para a edificação do Humanismo, e investigando as pegadas da obra petrarquiana no mundo clássico e moderno.

          Detém-se sobre a exploração de um conjunto de temas essenciais para a compreensão da atividade do escritor italiano, que é também acompanhada por um balanço crítico dos estudos que lhe têm vindo a ser dedicados. Embora a maior parte dos trabalhos tenha nascido de circunstâncias específicas ou na decorrência de convites dirigidos ao autor, no Brasil e em Portugal, para a participação em colóquios ou para a colaboração em revistas, a sua organização em volume revela uma surpreendente unidade, tanto pela articulação teórica e metodológica, como pela forma como se encontra organizada a matéria crítica. Trilhando vias pouco frequentadas, o Professor Luís André Nepomuceno mostra, de modo incisivo, como foi tão grande a quantidade de projetos iniciados num espaço de vida tão pequeno. Na realidade, um espaço que, para nós, pósteros, é imenso.

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