Eu a conheci na Igreja,
Linda, bela, santa.
Foi sentimento de pureza.
Sedução inocente.
Presente dos deuses.
Parecia um anjo, e era.
Era a mulher da minha vida.
Linda, como uma miss na passarela.
Nunca mais perdi uma missa.
Era a minha Cinderela.
De repente, sumiu,
Desapareceu;
Nunca mais a vi.
Parecia coisa de filme,
Do capítulo que se perdeu.
Entristeci-me, fiquei solitário.
Andei de bar em bar;
Visitei a noite...
Caí na farra, na bebedeira.
Minha alegria estava perdida.
Minha agonia foi meu açoite!...
Entrei numa boate,
E, vi uma bela jovem,
Que, ao entrar no palco fantasia,
Dançava linda, meiga,
Como um cisne esvoaçante...
Foi fascinante!
E descobri que, “a strip-tease”,
Era a minha “Santa”.
Ao reconhecê-la,
Quase tive um infarto.
O disfarce não escondeu
A magia de sua beleza.
Chorei ao desvendar
Que a minha “Santa”
Era a mulher da noite.
Prof. Osmar Fernandes, em 02/03/2009
Código do texto: T1464812
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