Por Alaine Silva
Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto? (Jo 11:25).
A história de Lázaro está relatada na bíblia, e figura entre os milagres de Jesus, ao ser trazido de volta à vida, após quatro dias do seu falecimento.
De acordo com as escrituras Lázaro vivia em Betânia, aldeia de Maria (aquela que tinha ungido o Senhor com unguento, e lhe tinha enxugado os pés com os seus cabelos) e de sua irmã Marta, e ele estava enfermo. Elas mandaram chamar Jesus, e Ele sabendo da doença de Lázaro afirmou que “Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela” (Jo 11:4).
Dois dias depois disse para os discípulos que Lázaro, amigo deles, dormia, mas seria despertado do sono. Os discípulos ainda observaram que, se dorme, ele já estaria salvo.
Mas Jesus ressaltou que não era um dormir como repouso do sono, mas que na Lázaro estava morto. E assim se dirigiram para o local onde estava o corpo de Lázaro.
Consta que Jesus chegou e já havia quatro dias que ele estava na sepultura. Muitos judeus tinham ido consolar a Marta e a Maria, sobre a morte de seu irmão. Jesus vendo o sofrimento daquela família, teve grande compaixão. Marta, vendo que Jesus vinha, saiu ao seu encontro e Maria continuou assentada em casa. Marta disse a Jesus que se ele estivesses lá o irmão dela não teria morrido, mas ela também sabia que tudo que ele pedia a Deus, Deus o concederia.
Então seguiu-se o breve diálogo:
“Disse-lhe Jesus: Teu irmão há de ressuscitar.
Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia.
Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?
Disse-lhe ela: Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo” (Jo 11: 23-27).
Jesus era amigo próximo daquela família. Nesta passagem está o menor versículo da bíblia: “Jesus chorou” (Jo:11:35). Ele foi até o sepulcro (uma caverna com uma pedra posta sobre ela) e disse “Tirai a pedra”. Ouvindo de Marta que Lázaro já cheirava mal, pois estava morto a quatro dias, ouviu dele que “Não te disse que, se creres, verás a glória de Deus?”. Tiraram a pedra. Levantando os olhos para cima, Jesus intercedeu junto ao Pai, dando graças e clamou com grande voz “Lázaro, sai para fora”. Então saiu Lázaro, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto envolto num lenço.
Alguns historiadores afirmam que na época de Jesus, havia o costume de sepultar o morto no mesmo dia em que morreu por causa do tempo quente. Assim que constatavam a morte de alguém, eles envolviam o corpo em tiras de pano junto com especiarias e unguentos. Há indícios de que Jesus tenha começado sua jornada à Betânia (que durou entre dois ou três dias) no máximo um dia depois da morte de Lázaro.
Isso porque a tradição judaica ensinava que a alma do falecido pairava sobre o corpo durante três dias depois da morte, na esperança de poder voltar. Essa era uma crendice popular de grande aceitação, e até mesmo o tempo em que Lázaro já estava morto anulava qualquer chance de dúvida para o judeu de que a restauração da vida de Lázaro por Jesus eliminava toda superstição e era de fato um milagre.
Bibliografia:
A Bíblia da Mulher: leitura, devocional, e estudo. 2 ed, Barueri SP: sociedade Bíblica do Brasil 2009.
Bíblia sagrada. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil 2 ed Barueri SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 1988, 1993.
Unguento
un.guen.to
(gwe) sm (lat unguentu) 1 ant Essência aromática; bálsamo. 2 Farm Preparado medicinal pastoso, feito com substâncias gordurosas para fricções e aplicações de emplastros; pomada. Var ant pop: inguento. U.-basilicão ou u.-de-basilicão, Farm: o mesmo que basilicão. U.-de-tutia, Farm: unguento para os olhos, feito à base de óxido de chumbo. U.-mole: pomada feita de vaselina e lanolina em partes iguais.
JOÃO 11
1Estava, porém, enfermo um certo Lázaro, de betânia, aldeia de Maria e de sua irmã Marta.
2E Maria era aquela que tinha ungido o Senhor com ungüento, e lhe tinha enxugado os pés com os seus cabelos, cujo irmão Lázaro estava enfermo.
3Mandaram-lhe, pois, suas irmãs dizer: Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas.
4E Jesus, ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela.
5Ora, Jesus amava a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro.
6Ouvindo, pois, que estava enfermo, ficou ainda dois dias no lugar onde estava.
7Depois disto, disse aos seus discípulos: Vamos outra vez para a Judéia.
8Disseram-lhe os discípulos: Rabi, ainda agora os judeus procuravam apedrejar-te, e tornas para lá?
9Jesus respondeu: Não há doze horas no dia? Se alguém andar de dia, não tropeça, porque vê a luz deste mundo;
10Mas, se andar de noite, tropeça, porque nele não há luz.
11Assim falou; e depois disse-lhes: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono.
12Disseram, pois, os seus discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo.
13Mas Jesus dizia isto da sua morte; eles, porém, cuidavam que falava do repouso do sono.
14Então Jesus disse-lhes claramente: Lázaro está morto;
15E folgo, por amor de vós, de que eu lá não estivesse, para que acrediteis; mas vamos ter com ele.
16Disse, pois, Tomé, chamado Dídimo, aos condiscípulos: Vamos nós também, para morrermos com ele.
17Chegando, pois, Jesus, achou que já havia quatro dias que estava na sepultura.
18(Ora betânia distava de Jerusalém quase quinze estádios.)
19E muitos dos judeus tinham ido consolar a Marta e a Maria, acerca de seu irmão.
20Ouvindo, pois, Marta que Jesus vinha, saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou assentada em casa.
21Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.
22Mas também agora sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá.
23Disse-lhe Jesus: Teu irmão há de ressuscitar.
24Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia.
25Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;
26E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?
27Disse-lhe ela: Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo.
28E, dito isto, partiu, e chamou em segredo a Maria, sua irmã, dizendo: O Mestre está cá, e chama-te.
29Ela, ouvindo isto, levantou-se logo, e foi ter com ele.
30(Ainda Jesus não tinha chegado à aldeia, mas estava no lugar onde Marta o encontrara.)
31Vendo, pois, os judeus, que estavam com ela em casa e a consolavam, que Maria apressadamente se levantara e saíra, seguiram-na, dizendo: Vai ao sepulcro para chorar ali.
32Tendo, pois, Maria chegado aonde Jesus estava, e vendo-o, lançou-se aos seus pés, dizendo-lhe: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.
33Jesus pois, quando a viu chorar, e também chorando os judeus que com ela vinham, moveu-se muito em espírito, e perturbou-se.
34E disse: Onde o pusestes? Disseram-lhe: Senhor, vem, e vê.
35Jesus chorou.
36Disseram, pois, os judeus: Vede como o amava.
37E alguns deles disseram: Não podia ele, que abriu os olhos ao cego, fazer também com que este não morresse?
38Jesus, pois, movendo-se outra vez muito em si mesmo, veio ao sepulcro; e era uma caverna, e tinha uma pedra posta sobre ela.
39Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal, porque é já de quatro dias.
40Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?
41Tiraram, pois, a pedra de onde o defunto jazia. E Jesus, levantando os olhos para cima, disse: Pai, graças te dou, por me haveres ouvido.
42Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isto por causa da multidão que está em redor, para que creiam que tu me enviaste.
43E, tendo dito isto, clamou com grande voz: Lázaro, sai para fora.
44E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto envolto num lenço. Disse-lhes Jesus: Desligai-o, e deixai-o ir.
45Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo a Maria, e que tinham visto o que Jesus fizera, creram nele.
46Mas alguns deles foram ter com os fariseus, e disseram-lhes o que Jesus tinha feito.
47Depois os principais dos sacerdotes e os fariseus formaram conselho, e diziam: Que faremos? porquanto este homem faz muitos sinais.
48Se o deixamos assim, todos crerão nele, e virão os romanos, e tirar-nos-ão o nosso lugar e a nação.
49E Caifás, um deles que era sumo sacerdote naquele ano, lhes disse: Vós nada sabeis,
50Nem considerais que nos convém que um homem morra pelo povo, e que não pereça toda a nação.
51Ora ele não disse isto de si mesmo, mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação.
52E não somente pela nação, mas também para reunir em um corpo os filhos de Deus que andavam dispersos.
53Desde aquele dia, pois, consultavam-se para o matarem.
54Jesus, pois, já não andava manifestamente entre os judeus, mas retirou-se dali para a terra junto do deserto, para uma cidade chamada Efraim; e ali ficou com os seus discípulos.
55E estava próxima a páscoa dos judeus, e muitos daquela região subiram a Jerusalém antes da páscoa para se purificarem.
56Buscavam, pois, a Jesus, e diziam uns aos outros, estando no templo: Que vos parece? Não virá à festa?
57Ora, os principais dos sacerdotes e os fariseus tinham dado ordem para que, se alguém soubesse onde ele estava, o denunciasse, para o prenderem.
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