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Sessão da Câmara Municipal

segunda-feira, 10 de junho de 2013

O IMPÉRIO DO MALI


Após a morte do primeiro imperador do Império Mali, Sundiata Keita, assume o império Abu Bacar I, que ampliou o território do Império Mali; conquistando o reino de Songai.



No reinado de Kanku Mussá, o Império Mali chegou ao seu apogeu em conseqüência da grande existência de minas de ouro na região e do controle das vias comerciais entre a Líbia e o Egito. O Império Mali tornou-se o império mais rico da África Ocidental no limiar do século XIII.

A riqueza do Império Mali foi tão grande que, em certa época o rei Mansa Kanku Mussá fez uma peregrinação a cidade de Meca, levando consigo sessenta mil pessoas, e toneladas de ouro para distribuir entre os necessitados, além da intenção em presentear os governantes muçulmanos da região, como foi no caso do sultão do Cairo.



A distribuição do ouro foi tão intensa que o seu preço despencou comercialmente. Na sua volta, Kanku Mussá, trouxe consigo um grupo de sábios e arquitetos que colaboraram para aumentar ainda mais a glória do maior Império africano do seu tempo no Império Mali.


O Império Mali e sua economia:

A economia milanesa era bastante diversificada, sendo o maior produtor de ouro da África. Praticavam a agricultura e o pastoreio.

Os milaneses cultivavam o arroz, uma espécie nativa do rio Níger, o milhete que é uma variedade de milho de grão miúdo, o inhame, o algodão, o feijão e outros legumes.

No vale do Níger os malineses criavam bovinos, ovinos e caprinos. O peixe defumado completava a sua alimentação. Os produtores malineses em cada colheita, ofereciam uma parte simbólica da sua plantação ao imperador.



O artesanato era bastante desenvolvido, os artesãos malineses eram habilidosos na criação de suas peças de arte, estavam divididos em diversos grupos: marceneiros, cesteiros, ferreiros, barqueiros, tecelões, ourives, etc.

Os tecelões e ourives eram os mais prestigiados. Os ourives e os tecelões tinham um representante junto ao imperador.

Os mercadores malineses eram conhecidos como wangara, comercializavam o ouro, o sal, um produto muito importante na região da África Ocidental, o cobre e nozes-de-cola, que é um fruto usado para saciar a sede, também utilizado como estimulante. Largamente consumido na região africana ocidental, servindo atualmente para fins medicinais.



Na África Ocidental, os malineses até os dias atuais são conhecidos como exímios comerciantes.


A administração e o poder do Império Mali:

Na civilização malinesa o imperador é a maior autoridade, a sua maneira de conduzir o governo do seu império era bem singular.

O imperador ouvia as queixas de seus súditos, julgando os casos mais importantes pessoalmente. Realizando audiências públicas numa praça próxima ao seu palácio, bem como, no seu palácio, comparecendo em trajes requintado, ladeado de seus conselheiros e um grupo de soldados.

A polícia malinesa consultava a população do império, combinada com um exército bem treinado, respeitando às tradições e os costumes da população que se encontrava sob seu domínio.

Essa forma política de governar contribuiu para que o Império Mali durasse cerca de trezentos anos e chegasse a ser bastante populoso. Quando no século XIV chegou a contabilizar quarenta e cinco milhões de habitantes.


A Destruição do Império Mali:

Já no final do século XV, o Império Mali, mesmo sendo o mais respeitado da África Ocidental, começou a ruir territorialmente para outros reinos africanos que surgiam na região. Como de Songhai.




Bibliografia:

LAMPRÉIA, José D. Etno-História do Império Mali, Lisboa, 1959;

SOUZA, Marina de Melo e. África e Brasil africano. São Paulo – Ática

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