Trabalhando

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Sessão da Câmara Municipal

quarta-feira, 3 de abril de 2013

A conquista do Planeta Terra

         O surgimento do homem



                             Charles Darwin (1809 - 1882)

          Um dos mais fascinante mistérios da Pré-história é o surgimento do ser humano. Até 1859, apenas livros religiosos, como a Bíblia, davam resposta a esse enigma, naturalmente em sua linguagem simbólica. Nesse ano, o naturalista inglês Charles Darwin publicou seu livro A origem das espécies, apresentando evidências de que as espécies animais são capazes de modificações gradativas, ou de evolução, através do tempo, de modo que novas espécies possam surgir. Ele também demonstrou que as modificações são determinadas pela Lei da Seleção Natural, segundo a qual, na acirrada competição que os seres vivos travam pela sobrevivência, prevalecem aqueles que melhor se adaptam ao meio específico em que vivem. Dessa maneira, as características que contribuíram para a sobrevivência de cada espécie são preservadas e transmitidas para as gerações futuras.

          Por uma questão de justiça histórica, não se pode deixar de mencionar que o também inglês Alfred Russel Wallace havia chegado às mesmas conclusões de Darwin - e exatamente na mesma época. No entanto, por uma gentileza característica dos cavalheiros britânicos, permitiu que Darwin publicasse antes o seu livro e recebesse todos os méritos da descoberta, ficando Wallace em segundo plano.

A origem das espécies


          A partir dessas idéias, de observações e de estudos de material fóssil, além de experiências, os cientistas puderam traçar a linha de evolução dos seres vertebrados, afirmando que teriam surgido no mar, de organismos menores. Entre os primeiros vertebrados estariam os peixes, em seguida os anfíbios, e na sequência, os répteis, as aves e os mamíferos.

          Entre os mamíferos, teria aparecido, há cerca de 13 milhões de anos, a ordem dos primatas, que inclui atualmente os macacos e os homens. Para percorrer a distância entre os primatas mais simples, através da seleção natural, e o homem, foram necessários milhões de anos.

Os primatas


A espécie de primata com características mais próximas das da espécie humana de que se tem notícia é a do Ramapithecus, que existiu há 13 milhões de anos. Foi sucedida pelo Australopithecus (cerca de 4 milhões de anos atrás), contemporâneo do Homo habilis, surgido há aproximadamente 2,3 milhões de anos.

Há cerca de 1,5 milhão de anos, tendo predominado o gênero Homo sobre o Pithecus, a espécie do Homo erectus floresceu, com postura e dimensões do cérebro próximas das do homem atual. Dessa espécie, os dois exemplares mais célebres foram aquele descoberto em 1891 por Eugéne Dubois, em Java, batizado Pitecantropo de Java, e o que foi achado em Pequim, China, conhecido como Sinantropo pequinense.

Acredita-se que o local de origem do Homo erectus tenha sido a África centro-oriental, de onde ele teria saído (por razões desconhecidas) para povoar o mundo, chegando primeiramente à Ásia e à Europa. Mas sobre essa expansão, como também a respeito de sua chegada ao continente americano, os estudiosos possuem muitas dúvidas e poucas certezas.

Homo sapiens

          Fóssil criança Homo sapiens encontrado em Israel. O esqueleto foi encontrado originalmente aos pés de um esqueleto de fêmea adulta. Fóssil de cortesia do Departamento de Anatomia e Antropologia (Universidade de Tel Aviv) e do Museu Rockefeller - (Tel Aviv) - Crédito da foto: Paul Tafforeau 

          O Homo sapiens, surgido entre 400 mil e 100 mil anos atrás é um dos últimos elos da corrente da espécie a qual todos nós pertencemos. Suas origens ainda não estão totalmente explicadas. Uma das teorias afirma que os seres humanos modernos (Homo sapiens sapiens) evoluíram ao mesmo tempo a partir de populações primitivas da África, Ásia e Europa, misturando-se uns aos outros geneticamente.
          Segundo os defensores dessa corrente, isso se justifica pelo fato de que, em determinadas regiões, populações humanas modernas possuem algumas estruturas anatômicas semelhantes a populações de Homo erectus que ali viveram no passado.
          Uma outra hipótese sustenta que uma pequena população relativamente isolada de seres humanos primitivos da África evoluiu até o Homo sapiens moderno e de lá se espalhou pela Europa, Ásia e restante do continente africano, desalojando as populações humanas primitivas que encontrava em seu caminho. Os cientistas defendem suas idéias baseando-se na análise do DNA de células de seres humanos de diferentes localidades do planeta.
          Independentemente de qual teoria esteja correta - se é que alguma delas está -, o fato é que os mais antigos fósseis já encontrados de seres humanos modernos datam de 130 mil anos e foram localizados na África. E de todas as espécies, o Homo sapiens sapiens foi a única que se espalhou e conquistou os cinco continentes do nosso planeta.


Períodos da Pré-história humana

          Do mesmo modo como a história foi dividida em períodos ou idades (Antiga, Média, Moderna e Contemporânea), os estudiosos realizaram uma periodização da Pré-história, embora esta seja constantemente questionada. A primeira periodização foi formulada pelo dinamarquês Christian Thomsen, num livro publicado em 1836. Segundo ele, a Pré-história se dividida em:

  • Idade da Pedra Lascada
  • Idade da Pedra Polida
  • Idade do Bronze
  • Idade do Ferro
          Essa classificação foi depois substituída pela do inglês John Lubbock, que chamou de Paleolítico e de Neolítico o que, respectivamente, Thomsen denominara Idade da Pedra Lascada e Idade da Pedra Polida. Lubbock subdividiu, ainda, cada um dos períodos em fases inferior, média e superior.

          Atualmente, as duas classificações em geral são combinadas. Entretanto, os estudos pré-históricos propriamente ditos tendem a considerar mais os dois primeiros períodos, Paleolítico e Neolítico, do que os períodos subsequentes.

Técnicas e utensílios
          As duas classificações se baseiam nas técnicas ou nos utensílios inventados pelo homem nas épocas focalizadas. Assim, quando se fala em Paleolítico (ou Idade da Pedra Lascada), têm-se em vista instrumentos rudimentares de pedra, de madeira ou de osso. E, ao falarmos em Neolítico (ou Idade da Pedra Polida), referimo-nos a instrumentos feitos com os mesmos materiais, porém mais sofisticados e mais elaborados.

          Em 1936, os estudos do cientista Vere Gordon Childe abriram novos caminhos para uma melhor com preensão da Pré-História. Ele propôs que esses períodos fossem considerados etapas da evolução do homem, que não se excluíam entre si, superando-se através de novas formas de produção.

Paleolítico: caçadores nômades
          Aceitando a designação de Lubbock e as propostas de Childe, o período Paleolítico compreenderia os anos entre 4 milhões a.C. e 12.000 a.C. Suas características são o nomadismo e a subsistência baseada na caça, mas também voltada para a pesca e a coleta de vegetais.

          Durante a caçada, os animais eram forçados em direção a desfiladeiros sem saída ou rumo a abismos, quando então caíam em armadilhas feitas em covas, onde havia paus pontiagudos. Como camuflagem, o homem dispunha principalmente de disfarces com peles e chifres de animais.

          Os instrumentos ou ferramentas usados cotidianamente eram de pedra, de madeira ou de osso, moldados a partir de golpes de um material mais resistente contra outro menos resistente. Essa técnica podia chegar a alguma sofisticação, com objetos tendo apenas uma de suas faces lascada ou afiada para tornarem-se mais adequados. São dessa época os "machados de mão", pedras trabalhadas para se tornarem cortantes, sem cabo.

Arte rupestre

A arte rupestre de Lascaux: animais já extintos entre as imagens feitas pelo homem de Cro-Magnon

         Pouco se sabe sobre a quantidade populacional no Paleolítico, principalmente em virtude do nomadismo. Calcula-se, por exemplo, que em toda a área da atual Bélgica viviam apenas 400 pessoas. De acordo com sepulturas e esqueletos fossilizados nelas encontrados, imagina-se que a média de idade dos seres humanos no fim do período era de 26 anos.

          No plano artístico, é comum associar-se a arte à religião durante o Paleolítico, embora haja teorias atribuindo ao aumento demográfico o surgimento de tempo ocioso, empregado em pintura e em escultura. De qualquer modo, a arte pré-histórica ou rupestre refletia as preocupações de subsistência, através de representações da caça e da fertilidade (da terra e da mulher). 

Neolítico: a revolução da agricultura


          Supõe-se-se que a humanidade tenha entrado num segundo estágio de sua evolução cultural entre 12.000 a.C. e 6.000 a.C., com a descoberta da agricultura, que passou a ser a principal fonte de subsistência. A agricultura levou ao sedentarismo e, simultaneamente, às primeiras tentativas de domesticação de animais (supõe-se que com cabras, porcos e carneiros, em regiões da Ásia).

          Os utensílios multiplicaram-se. Já não se tratava de simples "machados de mão" ou clavas, mas sim de vasos, estatuetas, fusos, contas, pilões. Surgiu também uma das peculiaridades do Neolítico: a cerâmica, possivelmente criada a partir do revestimento de betume que se colocava no interior de cestas de fibra para torná-las impermeáveis e próprias para o transporte de líquido. A resistência do betume, permanecendo após o desgaste das fibras, explicaria a tese.


Advento da escrita


          O sedentarismo teria permitido também o aumento populacional e o surgimento de organizações sociais mais complexas, inclusive ocorrendo uma divisão social do trabalho e uma especialização de funções. Estudiosos admitem a existência de um poder organizado, com autoridades temporais e/ou religiosas.

          A etapa posterior é conhecida como Idade dos Metais, com o domínio de técnicas de manipulação do cobre e do bronze por parte do homem. É quando ocorre o surgimento de cidades, processo que Gordon Childe chama de Revolução Urbana. Por fim, veio o advento da escrita, que encerrou a Pré-história.

  Os Primeiros Seres Humanos

          
          Num aspecto geral, a humanidade é denotada como o resultado da evolução de uma raiz de primatas. Em certo momento, a raiz se dividiu em dois grupos, os Pongidae e os Hominidae, cada um apresentando sua evolução própria. 

          O grupo dos Pongidae deu origem ao grupo dos grandes macacos modernos: Chimpanzé, gorila, orangotango e gibão. 
           Já o grupo dos Hominidae, evoluiu-se em dois gêneros: o Australopithecus e o Homo. A partir de cada um desses grupos, originaram-se diversas espécies, como o Australopithecus afarensis, o homo erectus e o homo sapiens. Dessas espécies, apenas a do homo sapiens moderno, sobrevive. 

Dois dos principais grupos de hominídeos ao longo da história da humanidade são:




          Australopithecus: é o mais antigo hominídeo conhecido. Seus antepassados são desconhecidos, além disso, não se sabe quando ocorreu a separação dos hominídeos e dos Pongidae, tornando-se independente. Alguns fósseis dos Australopithecus foram encontrados na África. Pesquisas recentes revelam que os primeiros hominídeos viveram entre 7 e 1,2 milhões de anos atrás.




          Homo erectus: é o primeiro hominídeo do gênero Homo que se tem conhecimento. Alguns estudos apontam que ele viveu há cerca de 2,5 milhões de anos. Alimentavam-se não só de raiz e sementes, mas também de carne. Foi o primeiro hominídeo a povoar a Europa e a Ásia.


Pré-História

          O homem surgiu na África e não descendeu dos macacos, mas ambos descenderam de um tronco primata comum, um antepassado mamífero com capacidade de manusear coisas com as mãos.




            Os homens passaram por várias mudanças. Com os hominídeos a locomoção ficou diferente, sobre dois membros, em posição vertical, o que chamamos de bipedalismo.

Mas muito antes do gênero Homo, vivia no leste e sul da África o hominídeo Australopithecus  Uma mudança climática também possibilitou a aparição de espécies animais como os antílopes e bugios. O Australopithecus alimentava-se de frutos, raízes e folhas.

          O bipedalismo foi um dos acontecimentos mais marcantes da evolução humana, pois a libertação das mãos facilitou a caça, a fabricação de objetos e a visualização das grandes feras. O homem ganhou maior mobilidade e conquistou o planeta.

          O primeiro representante do gênero Homo é o Homo habilis, que evoluiu na África sem a extinção do Australopithecus  Um pouco mais alto e com membros superiores mais curtos, o Habilis não se locomovia com o auxílio das mãos. Ele não era ainda um grande caçador, mas rapinante (cortava cadáveres de grandes animais, como hipopótamos). 
          A aquisição da linguagem desenvolveu o pensamento e a construção de cultura. Com a evolução do tamanho do cérebro, o homem ganhou maior consciência e raciocínio. O desenvolvimento da linguagem oral é uma conseqüência da adaptação e evolução do cérebro.





         Na seqüência evolutiva, Homo erectus – postura ereta – dominou o fogo. O primeiro conjunto fóssil do erectus foi encontrado em Java, depois na China, na África e na Europa. O mais conhecido fóssil de erectus é o Homem de Pequim. O certo é que o erectus, nascido na África, se dispersou e se diversificou segundo as regiões em que habitou.



          O domínio do fogo aconteceu a aproximadamente 800 mil anos, segundo evidências em uma caverna próximo a cidade de Pequim na China. O fogo foi de extrema importância, pois possibilitou afastar as feras, partir pedras, fabricar cerâmicas, iluminar-se, aquecer-se e cozer os alimentos. As chamas davam luz à noite, permitia a realização de atividades não somente determinada pela luz solar, além de explorar o interior de cavernas. O homem pôde controlar o processo de queima e o mistério do calor. O fogo ainda conferiu um sentimento novo, uma nova liberdade, fonte de alegria e segurança. O homem se afirmou em relação ao animal. A vida passou a organizar-se de maneira mais estável, complexa e organizada, contribuindo com a organização social.



          Com o “surgimento” da caça, o homem pôde imaginar novas armas. Foi uma importante atividade que devia ser planejava e pensada no coletivo. Com ela o homem aprendeu a trazer a caça ao “acampamento” e a partilhar, trocar, etc. 


          A passagem do Homo erectus ao Homo sapiens foi acompanhada por transformações. Do Homo sapiens há duas subespécies: o Homo sapiens neanderthalensis e o Homo sapiens sapiens.





          O homem de Neandertal viveu na Europa e na Ásia. Seu nome é o de um vale alemão onde foi encontrado a primeira espécie, em 1856. O neandertal é caracterizado como de altura baixa (menos de 1,6 m), musculatura vigorosa, poderosa dentadura e crânio desenvolvido. Ele era do frio, já que na Europa havia glaciações. Para se proteger do frio, ele se instalava em grutas voltadas para o sul ou construía tendas de pele. Caçava animais pequenos e grandes, pescava e comia moluscos, cozinhava seu alimento e fabricava instrumentos de pedra. Além disso, o Neandertal enterrava os seus mortos. Este fato é importante, uma vez que o cuidado com os mortos antes não existia. Traços de ritual funerário foram encontrados, sendo que o cerimonial incluía o enterro dos corpos deitados de lado e cercados de oferendas. Seu desaparecimento permaneceu inexplicado. 

          O sapiens sapiens se espalhou por toda a terra, a cerca de 20 a 40 mil anos atrás: a América, a Nova Guiné, a Austrália e o Japão possuem registros. A sua cultura evoluiu de maneira a nos revelar as primeiras manifestações artísticas indiscutíveis. Era coletor e caçador. Os vegetais, frutos, moluscos (possivelmente comiam caracóis, pelo grande número de conchas encontradas por arqueólogos), mel e ovos de aves faziam parte de seu regime alimentar – e não eram apenas complementos, uma vez que a caça nem sempre se concretizava. Como não podia conservar seus alimentos, consumia-os rapidamente.

          O sapiens sapiens aperfeiçoou a linguagem, e os instrumentos criados anteriormente foram melhor utilizados graças a uma aceleração técnica e cultural. O crânio desenvolveu-se, as maxilas passaram a ser menos poderosas. Possuía espírito criativo, desenvolvendo a arte com pinturas gravadas nas paredes das cavernas.





          O homem passou a usar instrumentos cada vez mais sofisticados e especializados pelo trabalho, ‘pedra polida’, arco e flecha, arpão, agulha de costura.. O homem passou a dominar a natureza, procurando vencê-la. Aos poucos, arte, religião e magia relacionaram-se na expressão de sentimentos e emoções da vida cotidiana que passaram a ser ordenados para satisfazer as suas necessidades psicológicas.

Homínideos andavam eretos há 3,7 milhões de anos

          Pegadas fossilizadas mostram que bipedalismo estava presente entre ancestrais do ser humanos 2 milhões de anos antes do previsto





Texto:

Foto: Getty Images

          Pegadas fossilizada na Tanzânia: hominídeo andava ereto há 3,6 milhões de anos
          O modo de andarcom a postura ereta, típico do homem moderno, é muito mais antigo do que se imaginava, graças à análise de onze pegadas fossilizadas de 3,7 milhões de anos, encontradas em Laetoli, na Tanzânia. Elas são as pistas mais antigas deixadas por um ancestral humano. A nova descoberta contraria a hipótese de que as funções do pé moderno surgiram entre 1,7 e 1,9 milhões de anos.



          “Nosso estudo puxa esta data dois milhões de anos para trás e sugere que isto aconteceu com o Australopithecus afarensis, que ainda vivia parcialmente em árvores”, disse ao iG Robin Cromptom da Universidade de Liverpool, um dos autores do estudo publicado hoje no periódico científico Interface.



          De acordo com o estudo, o ancestral humano que habitava Laetoli tinha o dedão alinhado aos outros dedos do pé – semelhante aos humanos e diferente dos chimpanzés e outros grandes primatas. As pegadas mostravam maior profundidade nos calcanhares que nos dedos, o que indica um pé arqueado. “Isto é um indicativo de um caminhar ereto”, disse ao iG William Sellers da Universidade de Manchester, que participou do estudo. Em primatas, a pressão é maior na parte lateral do meio do pé. Os seres humanos são os únicos que têm pés arqueados, o que facilita a locomoção em duas pernas, pois os arcos são responsáveis pela absorção do choque quando o pé toca o solo.


          A equipe obteve imagem 3D das pegadas de Laetoli e comparou os dados com estudos de pegadas e pressão dos pés geradas pelo caminhar de homens modernos e outros grandes primatas e do A. afarensis. Simulações de computador foram usadas para delinear os diferentes tipos de pegadas e modos de andar.

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          “O curioso é que nestas comparações descobrimos que alguns humanos saudáveis produzem pegadas mais parecidas com as de primatas que as pegadas de Laetoli. As funções dos pés representadas pelas pegadas são mais parecidas com os padrões encontrados em humanos modernos. Isto é importante pois o desenvolvimento destas características ajudou nossos ancestrais a migrar da África”, disse Cromptom.



          O Australopithecus afarensis viveu na África há mais de 3 milhões de anos e tinha cérebros menores e mandíbulas mais fortes que o homem moderno. Antes deles, registros fósseis revelam que vivia no Quênia e na Etiópia o Australopithecus anamensis, há 4,2 milhões de anos. E antes ainda, vivia oArdipithecus ramidus, o mais antigo ancestral humano que vivia da Etiópia, há 4,4 milhões de anos. 



Novo hominídeo


          Os pesquisadores acreditam que a análise das pegadas seja conclusiva para o assunto. “Por décadas houve uma disputa entre o que dizia os fósseis de pés sobre o modo de andar do A.afarensis e o que as pegadas de Laetoli diziam e nunca se chegava a um consenso. Agora temos uma resposta”, disse Cromptom.



          O homem de Laetoli, provavelmente é um A. afarensis, por ser a única espécie, que se sabe, que vivia naquela região e naquela época. Porém, pesquisadores do estudo publicado hoje no periódico científico Interface, não descartam a possibilidade de uma nova espécie. “Não podemos ter certeza, a não ser que se encontre um esqueleto. Mas no momento, o único candidato que temos é o A. afarensis, embora tenha se levantado a possibilidade de uma espécie ainda não descoberta possa ter feito aquelas pegadas”, disse Sellers.

Perguntas e Respostas:

1 - O que é história?

R. História (do grego antigo ἱστορία, transl.: história, que significa "pesquisa", "conhecimento advindo da investigação"), é a ciência que estuda o Homem e sua ação no tempo e no espaço, concomitante à análise de processos e eventos ocorridos no passado, para poder compreender um determinado período histórico, cultura ou civilização. Esse estudo procura analisar as transformações que acontecem ao longo do tempo nas sociedades. As mudanças que acontecem ao longo do tempo é a essência da história. Ao olharmos para trás veremos que nada permanece igual. Por isso, resgatar a história é respeitar o passado, e dessa forma, iremos entender melhor o seu contexto, e compreenderemos melhor nosso presente.


2 - O que é hominídeo?

R. Da família de mamíferos da ordem dos primatas, a que pertence o gênero humano. Os hominídeos são os maiores primatas, com pesos variando entre 48 kg e 270 kg – em geral, os machos são maiores que as fêmeas -, com corpos robustos e braços bem desenvolvidos. Têm o polegar e o hallux (o dedo grande do pé) oponível aos outros dedos (exceto no gênero humano que perdeu a oponibilidade no pé) e todos os dedos têm unhas achatadas. Nenhum hominídeo tem cauda nem calosidades esquiais. Existem ainda numerosas diferenças no esqueleto entre os hominídeos e os outros primatas relacionados com o seu porte vertical Todos os membros desta família têm um crânio maior (relativamente ao tamanho do corpo) e um cérebro mais desenvolvido e mais complexo do que qualquer outro animal e são catarrinos, ou seja, têm as narinas próximas uma da outra e viradas para frente e para baixo. A fórmula dental é a mesma em todos os membros deste grupo: e os incisivos largos e os caninos nunca se encontram transformados em presas. Os hominídeos são onívoros, mas a base da sua alimentação é vegetal. Outra característica é a complexidade do seu comportamento social, expressão facial e vocalização complexa. Todos constroem ninhos e exercem cuidados parentais durante um largo período; geralmente as fêmeas têm um único filhote em cada gestação.

3 - O que capacitou o Homo erectus a deixar a África e se espalhar pela Europa e Ásia e outras partes do planeta?

R.  Foi à posse de armas de pedra e o domínio do fogo.


4 - O que é bipedalismo?

R. É a capacidade de andar ereto apoiado nos membros inferiores (HOMINÍDEO).


5 - Segundo Darwin, qual a origem do ser humano?

R. Segundo ele, os seres humanos pertencem à ordem dos primatas e têm a mesma origem dos grandes macacos atuais, como gorilas e chimpanzés, por exemplo. Em algum momento, entretanto, por razões desconhecidas, parte de nossos antepassados se distanciou dos outros primatas na CADEIA EVOLUTIVA e deu origem aos hominídeos, entre eles os do gênero Australopithecus, o primeiro a ficar em posição vertical para se locomover, e, posteriormente, Homo, do qual a nossa espécie, Homo sapiens moderno (surgida entre 200 mil e 40 mil anos a.C.), faz parte.

Referências bibliográficas:


Figueira, Divalte Garcia - História em Foco / São Paulo, Ática - 2010

http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/historia/pre_historia/pre_historia/1_2_idade_pre_historia_homem

http://www.historiadomundo.com.br/curiosidades/primeiros-seres-humanos.htm

http://aula-de-historia.blogspot.com.br/2008/11/pr-histria.html

BOURGUIGNON, André. História Natural do homem. Vol.1: O homem imprevisto. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990.
CHILDE, Gordon. A Evolução cultural do homem. 5ª ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1986.
CLARKE, Robert. O Nascimento do homem. Lisboa: Gradiva, 1980.
GUGLIELMO, Antônio Roberto. A Pré-história. Uma abordagem ecológica. São Paulo: Brasiliense, 1991.
LEAKEY, Richard & LEWIN, Roger. O Povo do Lago. São Paulo: Melhoramentos, 1988.

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