Durante
a Idade Média, a população não tinha acesso ao conhecimento, não sabia ler e
nem escrever, e não tinha nenhuma perspectiva de acesso ao letramento. A
alfabetização era privilégio de integrantes da Igreja e de poucos ricos comerciantes.
As
únicas escolas existentes no Ocidente Medieval, eram as dos mosteiros, ou das
catedrais e os professores eram monges ou padres. No século XII, percebendo que
a prática do comércio exigia conhecimento da escrita e do cálculo, os burgueses
passaram a financiar a criação de escolas leigas, isto é, desvinculadas da
Igreja. As Universidades daquela época eram diferentes da de hoje. Eram associações
de professores ou de alunos que se reuniam para defender seus interesses frente
às autoridades.
A
Universidade de Bolonha, por exemplo, se originou de uma associação de
estudantes, que tomaram para si a organização e a gestão da universidade, que
era forte na área do Direito. Já a universidade de Paris foi criada por uma
associação de professores e destacava-se na área da medicina. Inicialmente, as universidades
medievais não possuíam instalações próprias. Eram universidades “ambulantes”.
As aulas muitas vezes eram dadas em lugares como celeiros ou na beira de
estradas: onde o professor ia, os alunos o acompanhavam em verdadeiras viagens.
Com o tempo, as universidades passaram a alugar salas para as suas aulas. A
universidade medieval era constituída, geralmente, por quatro faculdades:
Direito, Medicina, Artes (mais tarde chamada de letras) e Teologia (que na
época era muito ligada à Filosofia).
A
primeira universidade da Europa foi a de Bolonha (1088), depois foram fundadas
várias outras, como a de Paris e Montpellier (França), Oxford e Cambridge
(Inglaterra), Salamanca (Espanha) e Coimbra (Portugal). Uma característica primordial
da universidade, do passado e do presente, é a autonomia: dentro dos muros da
universidade se permitia e ainda permite a liberdade de pensamento e de ensino.
Todas
as aulas eram ministradas em latim assim como grande parte das obras escritas. No
século XI desenvolveu-se uma literatura variada: A poesia épica (falava sobre
heróis e honra), a poesia amorosa (falava de amor e admiração à mulher) e
Romance (guerra, aventura e amor). No campo da filosofia, os principais eram
Santo Agostinho e São Tomás de Aquino, o primeiro defendia a razão e o mundo
espiritual como superior e o segundo afirmava que o homem não devia se apoiar
na religião.
A
Universidade de Bolonha é reconhecida como a mais antiga do mundo em operação
contínua, considerando que foi a primeira a usar o termo universitas para as
corporações de estudantes e mestres que vieram a definir a instituição. A
instituição está foi fundada na cidade italiana de Bolonha em 1088. Atualmente,
ela tem cerca de 100 mil alunos em suas 23 escolas, possuindo campus em Imola,
Ravenna, Forlì, Cesena e Rimini e um centro de filial no exterior, em Buenos
Aires. Além disso, tem uma escola de excelência chamada Collegio Superiore di
Bologna.
Referências:
BOULOS, Júnior, Alfredo. História sociedade & cidadania,
1º ano / Alfredo Boulos Júnior. – 2. Ed. – São Paulo: FTD, 2016. – (Coleção
história sociedade & cidadania).
GONÇALVES, Rainer. Universidades da Idade Média.
Disponível em: http://historiadomundo.uol.com.br/idade-media/universidade-idade-media.htm.
Acessado na data de 29/07/2017.
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Linkiesta Wikipedia 1 Gazzetta di Napoli Wikipedia 2 Agora Guesthouse Wikipedia
3 Booms Beat Lophisic Wikipedia 4 Huffington Post. Disponível em https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/48048-conheca-as-10-universidades-mais-antigas-do-mundo.htm.
Acessado na data de 29 de julho de 2017.
Por: Prof. Osmar Fernandes
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