Capitais: Roma, Constantinopla, Ravena, Siracusa, Sirmio, Mediolano
Fundação: 27 a.C. Área: 4.400.000 km²
Religião: Politeísmo romano (27 a.C. - 380 d.C.) / cristianismo (380 - 476)
Moedas: Áureo, Sestércio, Soldo
Governo: Autocracia, Teocracia, Monarquia absoluta
O
MUNDO ROMANO 1º ANO/EM
R. Os
etruscos – originários da Ásia Menor e fixados na Etrúria, região entre os rios
Arno e Tibre (atual Toscana), desde o século IX a.C., exerceram grande
influência sobre a sociedade romana, unificando os vilarejos latinos que deram
origem a Roma. Eles transmitiram aos romanos o uso do alfabeto grego (pois
comerciavam com os gregos do sul da Itália), as corridas de bigas e lutas entre
gladiadores, o uso de arcos, aquedutos e canais. Influenciaram também a arte.
Foi durante o domínio etrusco que Roma tornou-se cidade, cresceu e desenvolveu
o comércio, e foi construída uma praça pública rodeada de templos, um complexo
sistema de esgoto (Cloaca Máxima) e enormes muralhas para sua proteção. Exerceram
grande influência na vida cultural, religiosa e política dos romanos e construíram
uma liga de doze cidades autônomas, chefiadas por um rei. Nesse período
monárquico a sociedade romana era formada por quatro seguimentos:
Patrícios: grandes proprietários rurais considerados cidadãos, exerciam o poder político no Senado, na cúria e na magistratura. Detinham maior parte do butim (conjunto de bens materiais e de escravos, ou prisioneiros, que se toma ao inimigo no curso de um ataque, de uma batalha, de uma guerra), nas guerras e prestavam auxílio econômico aos clientes, cedendo uma fração de suas terras para que pudessem cultivá-las.
Patrícios: grandes proprietários rurais considerados cidadãos, exerciam o poder político no Senado, na cúria e na magistratura. Detinham maior parte do butim (conjunto de bens materiais e de escravos, ou prisioneiros, que se toma ao inimigo no curso de um ataque, de uma batalha, de uma guerra), nas guerras e prestavam auxílio econômico aos clientes, cedendo uma fração de suas terras para que pudessem cultivá-las.
Clientes: camponeses em
sua maioria, mantinham uma forte dependência pessoal em relação aos patrícios,
apesar de serem homens livres. Davam-lhe apoio militar e político.
Plebeus: desempenhavam diversas atividades,
como o comércio e a produção artesanal. Embora fossem homens livres, não tinham
acesso ao poder político.
Escravos: prisioneiros de guerras, por
dívidas ou comércio de escravos; não tinham qualquer direito político.
Em 509 a.C., uma revolta dos patrícios,
com o apoio dos plebeus, pôs fim à monarquia e expulsou os etruscos do Lácio,
criando uma nova forma de organização política: a República.
R. A
Organização social, política e econômica romana tinha por base a família. O
culto a um antepassado comum e o fato de viverem em povoações vizinhas uniram
as famílias clãs. Os membros eram identificados pelo mesmo nome; por exemplo: Quintus Fabius pertencia ao clã Fabia.
Cada clã tinha seus túmulos domésticos, cultos particulares e seus clientes.
A
cúria era presidida pelo curius maximus,
que exercia sua autoridade sobre os demais.
Decidia sobre os casos de direito familiar, deliberava sobre as questões
públicas que envolviam a população e confirmava os cargos dos funcionários que
serviam à comunidade.
O chefe da
família (pater famílias) detinha o poder absoluto sobre a mulher, os filhos, os
escravos e os bens da família (res familiares). Tinha o dever e o direito de
administrá-los e de orientar as atividades econômicas, sobretudo os cultivos da
propriedade agrícola. Cabia –lhe representar a família na esfera pública. Por também
acumular a função de sacerdote do grupo familiar, era responsável pelo culto
dos antepassados. Seu poder era amplo, permitindo-lhe, inclusive, vender os
próprios filhos como escravos.
R. Em
133 a.C., Tibério Graco, embora de origem nobre, foi eleito tribuno da
plebe. Ambicionava trazer de volta as pequenas propriedades e reaver as terras
do Estado, indevidamente ocupadas pelos grandes proprietários, propôs uma
espécie de indenização aos proprietários, concedendo-lhes a posse de 125
hectares de terra, além de lotes suplementares de 62,5 hectares por filho, o
que foi vetado pelo tribuno Otavius. A plebe urbana, a maior beneficiária da
proposta da lei agrária, não manifestava interesse pela volta ao trabalho
rural. Foi acusado de sacrilégio e tirania, e foi assassinado.
Em 123
a.C., seu irmão Caio Graco foi também eleito tribuno. Reapresentou a
lei agrária com êxito e conseguiu distribuir lotes públicos. Distribuiu trigo a
abaixo preço. Reorganizou o comércio do cereal. Ele propôs que os cavaleiros, como eram chamados os ricos
homens de negócios, tivessem acesso a cargos nos tribunais, ao lado dos
senadores. Muitos plebeus se enriqueceram com o comércio, formando a Ordem Equestre.
Tomou
medidas polêmicas: fundou uma colônia em Cartago e propôs a concessão da
cidadania romana a todos os povos aliados de origem latina da península
Itálica. A reação da elite foi negativa, pois receava perder o controle nas
eleições.
Os
senadores conspiraram e impediram a reeleição de Caio Graco. Em 121 a.C., toda
a legislação criada por ele foi anulada por um novo tribuno. A República, a partir daí, mergulhou
em uma crise sem retorno. O senado havia vencido, mas acabou desmoralizado. Entretanto,
o prestígio dos generais crescia, apoiados pela Ordem Equestre. A criação do
Império era uma questão de tempo.
4. Qual o significado da política do “pão e circo” no mundo romano?
R. Durante
O Processo de expansão romana, aumentaram o empobrecimento da população livre,
sobretudo da rural, e a migração para cidades. Para contornar a crise e
combater a fome, o Estado passou a distribuir cereais e a promover espetáculos
públicos nas arenas para animar a plebe. Claramente, a política do Pão e circo
(panem et circenses, no original em Latim), como ficou conhecida, era o modo
com o qual os líderes romanos lidavam com a população, essencialmente, a classe
pobre, para mantê-la fiel à ordem estabelecida e conquistar o seu apoio. Com o
objetivo de amenizar as tensões entre as classes baixas, foi criada a Política
do Pão e Circo, que consistia em distribuir trigo e promover espetáculos para o
grupo de desempregados que vivia no Império. O Estado se encarregava de
sustentar esse grupo e, com isso, evitava maiores tensões.
5. Caracterize a escravidão no mundo romano.
R. Os
escravos eram obtidos por meio da guerra ou por conta de dívidas, realizavam
todo tipo de trabalho braçal e doméstico e não tinham qualquer direito
político.
Em
síntese: eram considerados bens de posse de quem os comprava ou os capturava,
sendo desprovidos de quaisquer direitos em meio à sociedade romana. Os escravos
geralmente eram povos estrangeiros capturados em outras regiões como
prisioneiros de guerra ou membros da sociedade que contraíam dívidas e, por
isso, tornavam-se escravos de quem estavam devendo.
A condição dos escravos no mundo romano variou bastante,
conforme a época, a origem e o meio em que viviam. A pior situação era a dos
que trabalhavam nas minas ou remavam a ferros nas galeras. Tinham vida sofrida
e curta. Os escravos gladiadores viviam à beira da morte na arena.
6. Por que César pode ser considerado o virtual fundador do Império Romano?
R. Por muitos considerado o fundador daquele que
viria a ser o Império Romano, ou melhor, do estado imperial romano, Caio Júlio
César emergiu na vida política no período das lutas intestinas que conduziram
ao fim da República patrícia. Com os grandes da cidade formou uma aliança que
se esperava resolver os problemas de estado.
Em 59
a.C., Júlio César foi eleito para o cargo de cônsul e aliou-se a dois generais,
Pompeu e Crasso, formando o triunvirato para governar Roma. Em 58 a.C.
conquistou a Gália (França, atual). Nos anos seguintes, estendeu as fronteiras
romanas à Britânia (atual Inglaterra), Hispânia (península Ibérica) Ásia Menor
e Egito.
Em 50
a.C., quando o Senado exigiu seu regresso e a desmobilização de seu exército na
Gália, César desafiou a tradição romana que impedia qualquer general de marchar
sobre Roma com seus soldados armados, dando ordem para que suas legiões atravessassem
o rio Rubicão, ao norte da península Itálica, em 49.a.C. Atribuiu-se a César,
nesse momento dramático, a célere frase: Alea jacta est (“A sorte está lançada”).
Atribui
a César uma frase proferida no Senado romano, por volta de 47 a.C, mencionando
suas conquistas no Oriente: Veni, vidi, vinci (“Vim, vi e venci”). Assim, César
desafiava o Senado sem nenhuma cerimônia.
Em 45
a.C., derrotou as legiões de Pompeu e acabou nomeado ditador vitalício.
Em 44
a.C., César foi morto a facadas no Senado, incluindo-se entre os assassinos,
homens de sua confiança, como Brutus. As últimas palavras do virtual fundador
do Império Romano teriam sido Et tu Brutus? (“Até tu, Brutus?).
7. Qual a relação entre a pax augusta e o conceito de mare nostrum?
R. A
pax augusta, no reinado de Otávio Augusto 40 a.C – título de Imperador romano; em
27 a.C., o Senado confirma seu título e lhe acrescenta-lhe outros. Porém,
Augusto adotou uma política defensiva. As conquistas diminuíram e Roma
limitou-se à proteção das fronteiras. Ele foi o primeiro imperador da dinastia
Júlio-Claudiana (27 a.C. – 68 d.C.), o império conheceu um período de
prosperidade.
Os
Romanos edificaram o seu império, que cresceu à volta do Mar Mediterrâneo e a
que chamaram “MARE NOSTRUM” (o mar é nosso): Mare Nostrum ("nosso
mar", em latim) era o nome dado pelos antigos romanos para o mar
Mediterrâneo. Pelo mar , os romanos transportavam com segurança as cargas
preciosas, conduzidas até as cidades mais distantes por uma rede de estradas.
8. Contextualize a extensão do direito de cidadania a todos os homens livres do Império Romano.
R. Em
de 49 a.C. a cidadania estendeu-se a todos os homens livres da Península
Itálica, continuando a vigorar o Direito Latino em algumas regiões. A Lei das
XII Tábuas será a base de todo o Direito público e privado com o crescimento do
império surgem novas situações e estas leis tornam-se insuficientes Novas
situações exigem novas leis: Decisões do Senado, Decretos imperiais, etc.
A
sociedade Romana organizava-se segundo uma estrutura complexa, que
estabelecida, entre os homens livres, estatutos muito diversificados. Ser ou
não ser cidadão era o ponto de partida de todo o escalonamento social. A plena
cidadania romana implicava um conjunto de direitos civis e políticos. De
início, a categoria de cidadão romano estava reservada unicamente aos naturais
de Roma e seus descendentes.
Aos
habitantes das terras conquistadas foi concedido um estatuto inferior, que
variava de região para região. Normalmente, a condição jurídica de uma cidade
estendia-se aos seus habitantes. No entanto era vulgar a atribuição do título
de cidadão romano àqueles que se distinguiam pelo seu mérito ou pelos bons
serviços prestados. Este processo de progressiva elevação das províncias e dos
e dos seus habitantes ao mesmo tempo estatuto dos seus dominadores concluiu-se,
em 212 d.C., quando o Imperador Caracala concedeu a plena cidadania romana a
todos os habitantes livres do Império. Este marco contribuiu como nenhum outro
para a unidade do Mundo Romano.
9. Qual a importância do Cristianismo na crise do Império Romano do Ocidente?
R. O
Cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano em 380, com o
imperador Teodósio I. O Império Romano do Ocidente cairia cerca de 100 anos
depois. Entre os séculos II e III, séculos em que o Cristianismo ganhou cada
vez mais adeptos entre os Romanos, o Império começou a sentir os sinais da
crise: foi-se diminuindo o número de escravos, ocorreram rebeliões nas
províncias, a anarquia militar e as invasões bárbaras.
Quando
se fala em "sinais da crise" que estariam pretensamente relacionados
ao cristianismo, na verdade se fala de um período extremamente conturbado, no
qual o Império chegou a estar muito perto da derrocada. Por volta de 285, o
imperador Diocleciano salvou o Império Romano do colapso, dando a ele um último
fôlego. Tudo isso já ocorria numa época em que os cristãos eram somente uma
minoria marginalizada. A tentativa de responsabilizar o cristianismo pelos
fortes problemas vividos em Roma durante os séculos II e III fica bastante
enfraquecida quando se percebe que mesmo no início do século IV apenas cinco a
sete por cento dos romanos tinham se tornado cristãos; quase todos eles na
parte Oriental do império, exatamente o lado que permanecera mais forte e
estruturado durante a crise.
Além
disso, mesmo na época da queda definitiva de Roma, o lado oriental continuava
sendo o mais cristianizado. E foi esse lado mais cristão que sobreviveu na
forma posteriormente conhecida como Império Bizantino.
Se a
Igreja tivera reticências ao serviço militar nos tempos da perseguição, a
partir do momento que o império se tornou cristão considerava um crime grave
alguém furtar-se ao seu dever. A pena por deserção no exército era ser queimado
a fogo lento. A Igreja tornou-se fervorosamente patriótica e romana a ponto de
desgostar um neo-pagão como o imperador Juliano, o Apóstata que achava que os
cristãos só deviam poder ensinar coisas relacionadas com o cristianismo e não
cultura clássica. De alguma maneira, aumentou a consistência do império.
Um
outro argumento que se apresenta normalmente, é que enquanto o Império pagão
fora tolerante, o cristianismo era intolerante perseguindo pagãos, cristãos
considerados heréticos e judeus. Roma, de fato, fora no início do Cristianismo
relativamente tolerante - se perseguira pontualmente grupos como os cristãos
fora por motivos muito específicos. A recusa dos cristãos em aceitar o culto da
divindade do imperador foi com toda probabilidade a base jurídica das
perseguições que se seguiram. A devoção monoteísta dos cristãos e sua rejeição
aos rituais tradicionais deram os motivos adicionais.
Depois
das dificuldades do século III, vários imperadores procuraram centralizar mais
o Estado, obter um maior controle dos cidadãos para que deste modo fosse mais
fácil mobilizar recursos humanos e financeiros para defender o fragilizado
império, e unificar o império em torno de uma ideologia. Com Constantino I
tornou-se o cristianismo a religião a obter esse monopólio.
10. quando se deu a divisão definitiva do Império romano?
R. O Império Romano atravessou o
século III em crise. A intensificação dos conflitos com os povos germânicos na
região fronteiriça dos rios Reno e Danúbio obrigaram Roma a construir novas e
dispendiosas muralhas. A produção agrícola voltou-se para autossuficiência e
deixou de visar o mercado esterno. As propriedades tendiam a dividir-se em
explorações nucleares, ainda cultivadas por trabalho escravo e por camponeses
dependentes, isto é, vinculados à propriedade do senhor ao qual pagava rendas
em espécie pelo seu lote em regime COLONATO.
O
desgoverno se manifestou na sucessão de imperadores militares que e mantiveram
no poder por curta duração. Entre 235 e 238, os assassinatos tornaram-se, na
prática, critério sucessório no Império Romano. Em 285, a situação se reverteu
com a ascensão de Diocleciano, inaugurando o chamado DOMINATO OU BAIXO IMPÉRIO
ROMANO (285 a 476). Em seu reinado ocorreram reformas administrativas e
fiscais. Em 293, o imperador romano instituiu uma TETRARQUIA. O Império foi
dividido em quatro grandes territórios, cada qual com um Imperador.
Em
395, o Império foi definitivamente dividido em: o Império Romano do Ocidente,
com sede na cidade de Roma, e o Império Romano do Oriente, com sede na cidade
de Bizâncio, depois denominada Constantinopla (Fundação: 330 d.C. - Istambul pela
República da Turquia). Em 476, Odoacro,
chefe dos hérulos, conquistou Roma, depondo o último imperador, Rômulo Augusto.
A queda de Roma foi um marco na história ocidental.
Após A Morte do imperador Teodósio em 395, a unidade do Império é
definitivamente quebrada com a divisão feita pelos seus dois filhos: Arcádio
(Augusto desde 383), o mais velho, obteve o Oriente com sede em Constantinopla;
Honório (Augusto desde 393), recebeu o Ocidente com sede em Milão ou Ravena.
Na época, este ato não representava
qualquer inovação, já que a partilha das responsabilidades e atribuições era
prática corrente. Além disso, a ideia de unidade mantinha-se devido à figura de
Estilicão, general de origem vândala, imposto por Teodósio como tutor dos
jovens soberanos.
Nas duas partes do império
mantinham-se também idênticas instituições, tanto nas províncias como nos
organismos centrais. Porém, não há dúvida que se vinha já produzindo uma
diferenciação económica e social profunda entre Ocidente e Oriente, iniciada
muito antes de 395, e que se acentuou nos anos seguintes, entre 395 e 410,
devido, sobretudo, ao problema germânico.
O Ocidente apresentava-se
militarmente frágil e permeável às investidas bárbaras. A partir de 401, os
Ostrogodos invadem as províncias do Danúbio superior. A partir de 406, são os
Vândalos, os Sármatas, os Alanos e os Alamanos que devastam a Gália Ocidental,
e Alarico saqueia Roma (410).
O próprio Estilicão, internamente
perseguido pelo partido antibárbaro, é decapitado a 22 de agosto de 408. O
Ocidente ficou sob o poder dos chefes bárbaros e em 476, Odoacro, chefe dos
Hérulos, depôs o último imperador romano do ocidente, Rómulo Augusto, e
devolveu as insígnias ao imperador do Oriente cujos sucessores reinaram em
Constantinopla até 1453.
11. Existem duas versões para a origem de Roma: a histórica e a mitológica. Descreva de forma resumida a concepção histórica.
12. Reconte a origem da cidade de Roma segundo a narrativa mitológica.
11. Existem duas versões para a origem de Roma: a histórica e a mitológica. Descreva de forma resumida a concepção histórica.
R. Roma surgiu de uma aglutinação de
aldeias latinas, pela ação dos etruscos. Foi com sua fundação que a Península
Itálica conseguiu crescer entre os povos da Antiguidade. A cidade pequena que
ficava nas margens do rio Tibre, em pouco tempo dominou o mundo antigo,
passando a ser conhecida como a cidade centro de todas as decisões. Roma passou
por três diferentes períodos de governo: Monarquia, República e Império.
R. Segundo A Mitologia Romana, Rômulo e Remo são dois irmãos gêmeos, um
dos quais, Rômulo, foi o fundador da cidade de Roma e seu primeiro rei. Conta a
lenda, que Rômulo e Remo, eram filhos do deus grego Ares, ou Marte seu nome
latino, e da mortal Réia Sílvia (ou Rhea Silvia), filha de Numitor, rei de Alba
Longa. Amúlio, irmão do rei Numitor, deu um golpe de estado, apoderou-se da
coroa e fez de Numitor seu prisioneiro. Réia Sílvia foi confinada à castidade,
para que Numitor não viesse a ter descendência. Entretanto Marte desposou Réia
que deu a luz aos gêmeos Rômulo e Remo. Amúlio, rei tirano, ao saber do
nascimento das crianças as jogou no rio Tibre. A correnteza os arremessou à
margem do rio e foram encontrados por uma loba, que teria os amamentado e
cuidado deles até que estes foram achados pelo pastor Fáustulo, que junto com
sua esposa os criou como filhos.
Quando
Remo se tornou adulto se indispôs com pastores vizinhos, estes o tomaram e
levaram a presença do rei Amúlio que o aprisionou. Fáustulo revelou a Rômulo as
circunstâncias de seu nascimento, este foi ao palácio e libertou ao irmão,
matou Amúlio e libertou seu avô Numitor. Numitor recompensou os netos
dando-lhes direito de fundar uma cidade junto ao rio Tibre. Os dois consultaram
os presságios e seguiram até a região destinada a construção da cidade. Remo
dirigiu-se ao Aventino e viu seis abutres sobrevoando o monte. Rômulo indo ao
Palatino avistou doze aves, fez então um sulco por volta da colina, demarcando
o Pomerium, recinto sagrado da nova cidade. Remo, enciumado por não ser o escolhido,
zombou do irmão e, num salto, atravessou o sulco sendo morto por Rômulo, que o
enterrou no Aventino.
Rômulo,
após a fundação da cidade, preocupou-se em povoá-la. Criou o Capitólio um
refúgio para todos os banidos, devedores e assassinos da redondeza. A notícia
da nova cidade se espalhou e os primeiros habitantes foram chegando,
principalmente Latinos e Sabinos. Rômulo, após longa batalha com os Sabinos,
firmou acordo com Tito Tácio, seu rei e com este reinou sob uma só nação na
grande cidade de Roma. A Rômulo também é atribuída a instituição do Senado e
das Cúrias.
13. O que era o Capitólio?
R. Construído durante o
domínio etrusco, tornou-se o símbolo do poder romano: O Templo de Júpiter ou
Capitólio. A fundação do Capitólio (culto aos deuses Júpiter, Juno e Minerva) resulta
da síntese religiosa que deu origem à religião romana, pois Júpiter era adorado
pelos latinos e sabinos e cultuado pelos etruscos. Essa construção marcou
também a introdução da arte etrusca em Roma. Os artistas etruscos desenvolveram
placas de terracota ordenadas de relevos, para serem embutidas nas fachadas dos
templos, e aprenderam a fazer estátuas de grandes dimensões. Foi por intermédio
dos etruscos que Roma se abriu às correntes da arte helênica.
14. Fale sobre a Ásia Menor.
14. Fale sobre a Ásia Menor.
R. A Ásia Menor é uma região em que os continentes da Ásia e da
Europa ficam próximos um do outro, separados apenas por uma faixa estreita de
mar. É também conhecida por seu nome grego, Anatólia. No passado, era ponto de
encontro de viajantes que passavam entre a Ásia e a Europa. Hoje, é parte da
Turquia.
A Ásia Menor é uma península, isto é, um pedaço de terra cercado
de água por todos os lados menos um, que é ligado ao continente. A palavra
“península” significa “quase ilha”. O mar Negro fica ao norte da Ásia Menor; o
mar Egeu, a oeste; e o Mediterrâneo, ao sul. A península se estende no sentido Leste-Oeste
da Ásia em direção à Europa.
O povo hitita estabeleceu na
Ásia Menor um reino que durou desde cerca de 1700 até 1180 a.C. Assírios,
persas, gregos e romanos dominaram posteriormente a península. Quando o Império
Romano se dividiu, em 395 d.C., a Ásia Menor passou a fazer parte do Império
Romano do Oriente, que se tornou conhecido como Império Bizantino. No século
XV, os turcos conquistaram a península e a anexaram ao Império Otomano, que
durou até 1922. Em 1923, a Ásia Menor tornou-se a parte asiática da República
da Turquia. A Turquia também tem uma parte europeia, bem menor que a ocupada na
Ásia Menor.
Por Prof. Osmar Fernandes.
O Império Romano
Recebe o nome de Império Romano (em
latim, Imperium Romanum) o estado existente entre 27 a.C. e 476 d.C. e que foi
o sucessor da República Romana. De um sistema republicano semelhante ao da
maioria dos países modernos, Roma passa a ser governada por um imperador
vitalício, e que em 395 dividirá o poder com outro imperador baseado em
Bizâncio, (depois rebatizada Constantinopla e atualmente Istambul). Foi em sua
fase imperial (por volta de 117 d.C.) que Roma acumulou o máximo de seu poder e
conquistou a maior quantidade de terras de sua história, algo em torno de 6
milhões e meio de quilômetros quadrados, um território do tamanho do Brasil,
sem os estados do Pará e Mato Grosso.
O império tinha por característica
principal uma estrutura muito mais comercial do que agrária. Povos conquistados
eram escravizados e as províncias (regiões controladas por Roma) eram uma
grande fonte de recursos. O primeiro imperador foi Otávio, entre 27 a.C. a 14 d.C.
Antes, porém, é importante citar Júlio César, que com suas manobras políticas
acabou por garantir seu governo vitalício, entre 49 a.C. até seu assassinato em
44 a.C. Apesar de não ser considerado imperador, César foi o verdadeiro
responsável pela consolidação do regime; prova disso é que todos os seus
sucessores passam a receber o título de "césar", e seu perfil é
incluído em meio ao dos imperadores romanos na histórica obra "As Vidas dos
Doze Césares", de Suetônio.
O Império
Romano foi governado por várias dinastias:
Dinastia
Júlio-Claudiana (de 14 a 68)
Dinastia
dos Flávios (de 69 a 96)
Dinastia
do Antoninos (de 96 a 192)
Dinastia
dos Severos (de 193 a 235)
A religião politeísta romana, em
muitos aspectos similar à da Grécia antiga foi a principal do Estado durante boa
parte de sua história, até 313, quando o imperador Constantino institui o Edito
de Milão, que tornaria o cristianismo religião oficial do império até o seu
final. Em 395, o imperador Teodósio divide o império, estabelecendo uma
duarquia, com um imperador em Roma, responsável pela metade ocidental e outro
em Bizâncio, responsável pela metade oriental do império.
Por volta do século III, inicia-se a
lenta decadência do Império Romano, devido à corrupção dentro do governo e os
gastos com luxo, o que drenava os investimentos no exército. Com o fim das conquistas,
diminui o número de escravos, e há uma queda na produção agrícola. Isso gerava
por sua vez um menor pagamento de tributos das províncias. As constantes
pressões do bárbaros, aliados aos problemas já citados culminam com o fim do
Império Romano do Ocidente, em 476.
De acordo com a leitura de muitos
historiadores, porém, o Império Romano só chegou de fato ao seu fim em 1453, com a
tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos. Isto porque, apesar de ser
conhecido nos manuais de história como Império
Bizantino (império cuja
capital é Bizâncio), seu nome oficial era Império Romano, e seus cidadãos
geralmente se denominavam romanos, apesar da religião estatal ser a ortodoxa
grega e a língua oficial ser o grego. Aliás, o adjetivo "romano"
permaneceu na língua grega com o mesmo sentido até mesmo depois da unificação
grega em 1821.
Bibliografia: História de Roma Antiga e o Império Romano. Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/imperioromano/>. Acesso em: 16 jul. 2012.
O Império Romano. Disponível em: <http://www.colegioweb.com.br/historia/o-imperio-romano.html>. Acesso em: 16 jul. 2012.
Arquivado em: Civilização
Romana, História
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