Sofrimento
Quando
você estava doente, prostrado em cima de uma cama, sua família não estava lá.
As pessoas que mais amava não estavam ao teu lado. Você chorava, gritava e se
desesperava sozinho, esquecido, jogado às traças, abandonado, com dor.
Mas, de repente, apareceu um “anjo” e
passou o remédio nas tuas feridas. Deu-te conforto e carinho. Era alguém que
jamais imaginava que pudesse fazer isso. Você estava vegetando, retorcendo de
dor, transfigurado, moribundo. Às pessoas que mais amava no mundo, nunca
chegaram.
Somente àquela boa alma te cuidou
como se cuidasse de um filho. Até
parecia que ela fez parte da tua vida, em vidas passadas. Sua dor era tanta que
entrava em síncope, e, ao se recompor de cada desmaio, não acreditava que ela
permanecia ali, ao teu lado, cuidando das tuas feridas.
Quando você estava com o bolso cheio
de dinheiro, gastando nos botecos da vida, nas lanchonetes, nas danceterias e
nas baladas, a tua mesa era repleta de amigos e amigas, e risos... Mas, quando
perdeu tudo e caiu enfermo, esse pessoal sumiu.
Mas, ela não! Ela te cuidou quando estava combalido, ferido e morria à
míngua. Ela não teve nojo das tuas feridas! Ela não fazia parte do teu círculo
de amizade.
Ela
apareceu, casualmente, como se fosse um ser teleguiado por Deus, e te socorreu naquelas
condições. Curou as tuas feridas e amenizou o teu sofrimento e a tua solidão; e
foi-se embora quando você estava recuperado.
Prof.
Osmar Fernandes em 12/02/2017 - Código do texto: T5910110
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