39 Papas Foram Casados!
Por P. John Shuster
São Pedro 1º papa | |
---|---|
Nome de nascimento | Simão Pedro |
Nascimento | Betsaida, Palestina ca. 1 a.C. |
Eleição | 30 d.C. |
Fim do pontificado | ca. 67 d.C. |
Morte | Roma, ca. 67 (67 anos) |
Sucessor | São Lino |
Dia consagrado | 29 de junho |
Sou padre católico romano casado. Queria falar-vos duma crise que atingiu a nossa Igreja católica romana: há uma alarmante falta de padres celibatários (1).
Essa falta é tão grave que muitas paróquias estão a ser forçadas a encerrar (2). Simultaneamente, há para cima de vinte mil padres casados aqui nos EUA. Pondo isto noutra perspectiva: um em cada três padres casou. Isso quer dizer que há um grande número de padres disponíveis para assumir paróquias – em média mais de cem padres por cada Estado.
Os padres casados continuam a ser padres, mas já não são clérigos. Vejamos a diferença entre padre e clérigo. O padre está comprometido numa vocação de serviço, que é um chamamento espiritual de Deus. Clérigo é o que ocupa uma posição organizacional na Igreja institucional.
Quando um padre casa, é-lhe retirado o estado clerical. Mas mantém a plenitude do sacerdócio. Deve ser designado por “ex-clérigo”. Muitos, erradamente, usam o termo “ex-padre”. É que ele foi ordenado para ser padre, não para ser clérigo. A ordenação é permanente, nos termos do cânon 290 do Código do Direito Canónico (CDC).
Há vinte e nove leis eclesiásticas que habilitam os católicos a recorrer aos serviços dos padres casados. Por força do cânon 290 e atendendo à nossa preparação específica, à nossa ordenação e a 12 séculos de tradição católica romana, no casamento os padres mantêm o papel de dirigir o povo como Jesus fez.
Nós, padres casados, NÃO abandonámos a fé. Continuamos a ajudar os católicos em necessidade e esperamos a completa reintegração logo que seja rescindida a lei humana do celibato.
No limiar deste terceiro milénio, 30% de todos os padres estão agora casados. Sente-se que Deus nos está a chamar para a nossa tradição católica primitiva. E, uma vez que a sociedade finalmente reconheceu às mulheres a igualdade de direitos, é tempo de também a Igreja lhes garantir igualdade no múnus pastoral. Na realidade, muitos padres casados e esposas ministram como casal.
NOMES DE TODOS OS PAPAS DA NOSSA IGREJA CATÓLICA
Padres Casados na Igreja Primitiva
São muitos os fundamentos históricos da existência do sacerdócio casado. Durante os primeiros 1200 anos da vida da Igreja, padres, bispos e 39 papas foram casados (3). O celibato existiu no primeiro século entre os eremitas e os monges, sendo considerado como um estilo de vida opcional, alternativo. Foi a política medieval que introduziu a disciplina do celibato obrigatório para os padres.
Recordemos as palavras de Jesus: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”. S. Pedro, o papa mais próximo de Jesus, era casado. No evangelho há três referências à esposa de S. Pedro, à sua sogra e à sua família. Com base na lei e nos costumes judaicos, podemos admitir com toda a segurança que todos os apóstolos, talvez com excepção do jovem João, foram casados e tinham família (4)
Os padres casados e suas esposas foram os primeiros pastores, os primeiros bispos e os primeiros missionários. Eles levaram a mensagem de Jesus a todas as culturas protegendo-a com muitos trabalhos. Guiaram o primeiro crescimento da jovem e frágil Igreja e ajudaram-na a sobreviver a numerosas perseguições.
O Papa João Paulo II reconheceu isto quando em 1993 disse publicamente que o celibato não é essencial ao sacerdócio (5). Esta declaração formal constitui uma grande promessa no sentido de resolver o problema da falta de sacerdotes celibatários.
A Igreja primitiva era uma malha de pequenas comunidades baseadas em famílias ao longo da região mediterrânica. A vida era marcada por um sentido de alegre expectativa. Jesus disse que voltaria e os primeiros cristãos acreditavam que viria em breve. Orientados por padres casados encontravam-se nas casas uns dos outros para a celebração da eucaristia. Convidavam estranhos para a partilha do pão e do vinho. Ninguém era excluído da comunhão. Os estranhos rapidamente ficavam amigos, aderiam à nova Igreja e traziam outros para escutarem a boa nova de Jesus.
A sagrada escritura documenta que, na Igreja primitiva, padres e bispos eram casados. No Novo Testamento, na primeira carta a Timóteo, cap.3, vs.1-7, S. Paulo analisa as qualidades necessárias para ser bispo. Descreve um pai “sóbrio, ponderado”, chefe de família que governa bem a própria casa. S. Paulo fundou muitas pequenas comunidades deixando-as nas mãos de padres e bispos casados.
A chefia da Igreja era baseada no serviço e era responsável perante o povo. Todos os membros da Igreja tinham uma palavra na comunidade. Tal como lemos nos Actos dos Apóstolos, cap. 15, vs. 22, as decisões de grupo eram tomadas em concordância com toda a comunidade. A Igreja primitiva é descrita como democrática, em que a liderança escutava a comunidade e respondia às suas necessidades.
1
| São Pedro |
Betsaida
|
33
|
67
|
2
| São Lino |
Túscia
|
67
|
76
|
3
| Santo Anacleto |
Roma
|
76
|
88
|
4
| São Clemente I |
Roma
|
88
|
97
|
5
| Santo Evaristo |
Grécia
|
97
|
105
|
6
| Santo Alexandre I |
Roma
|
105
|
115
|
7
| São Sisto I |
Roma
|
115
|
125
|
8
| São Telésforo |
Grécia
|
125
|
136
|
9
| Santo Higino |
Grécia
|
136
|
140
|
10
| São Pio I |
Aquiléia
|
140
|
155
|
11
| Santo Aniceto |
Síria
|
155
|
166
|
12
| São Sotero |
Campânia
|
166
|
175
|
13
| Santo Eleutério |
Epiro
|
175
|
189
|
14
| São Vitor I |
África
|
189
|
199
|
15
| São Zeferino |
Roma
|
199
|
217
|
16
| São Calisto I |
Roma
|
217
|
222
|
17
| Santo Urbano I |
Roma
|
222
|
230
|
18
| São Ponciano |
Roma
|
230
|
235
|
19
| Santo Antero |
Grécia
|
235
|
236
|
20
| São Fabiano |
Roma
|
236
|
250
|
21
| São Cornélio |
Roma
|
251
|
253
|
22
| São Lúcio I |
Roma
|
253
|
254
|
23
| Santo Estevão I |
Roma
|
254
|
257
|
24
| São Sisto II |
Grécia
|
257
|
258
|
25
| São Dionísio |
-
|
259
|
268
|
26
| São Félix I |
Roma
|
269
|
274
|
27
| Santo Eutiquiano |
Luni
|
275
|
283
|
28
| São Caio |
Dalmácia
|
283
|
296
|
29
| São Marcelino |
Roma
|
296
|
304
|
30
| São Marcelo I |
Roma
|
308
|
309
|
31
| Santo Eusébio |
Grécia
|
309
|
309
|
32
| São Melquíades |
África
|
311
|
314
|
33
| São Silvestre I |
Roma
|
314
|
335
|
34
| São Marcos |
Roma
|
336
|
336
|
35
| São Júlio I |
Roma
|
337
|
352
|
36
| Libério |
Roma
|
352
|
366
|
37
| São Dâmaso I |
Espanha
|
366
|
384
|
38
| São Sirício |
Roma
|
384
|
399
|
39
| Santo Anastácio I |
Roma
|
399
|
401
|
40
| Santo Inocêncio I |
Albano
|
401
|
417
|
41
| São Zósimo |
Grécia
|
417
|
418
|
42
| São Bonifácio I |
Roma
|
418
|
422
|
43
| São Celestino I |
Campânia
|
422
|
432
|
44
| São Sisto III |
Roma
|
432
|
440
|
45
| São Leão Magno |
Túscia
|
440
|
461
|
46
| Santo Hilário |
Sardenha
|
461
|
468
|
47
| São Simplício |
Tivoli
|
468
|
-
|
48
| São Félix III (II) |
Roma
|
483
|
492
|
49
| São Galásio I |
África
|
492
|
496
|
50
| Anastácio II |
Roma
|
496
|
498
|
51
| São Símaco |
Sardenha
|
498
|
514
|
52
| São Hormisdas |
Frosinone
|
514
|
523
|
53
| São João I |
Túscia
|
523
|
526
|
54
| São Félix IV (III) |
Sâmnio
|
526
|
530
|
55
| Bonifácio II |
Roma
|
530
|
532
|
56
| João II |
Roma
|
533
|
535
|
57
| Santo Agapito I |
Roma
|
535
|
536
|
58
| São Silvério |
Campânia
|
536
|
537
|
59
| Vigílio |
Roma
|
537
|
555
|
60
| Pelágio I |
Roma
|
556
|
561
|
61
| João III |
Roma
|
561
|
574
|
62
| Bento I |
Roma
|
575
|
579
|
63
| Pelágio II |
Roma
|
579
|
590
|
64
| São Gregório I |
Roma
|
590
|
604
|
65
| Sabiniano |
Túscia
|
604
|
607
|
66
| Bonifácio III |
Roma
|
607
|
608
|
67
| São Bonifácio IV |
Marsi
|
608
|
615
|
68
| São Adeodato I |
Roma
|
615
|
618
|
69
| Bonifácio V |
Nápoles
|
619
|
625
|
70
| Honório I |
Campânia
|
625
|
638
|
71
| Severino |
Roma
|
640
|
640
|
72
| João IV |
Dalmácia
|
640
|
642
|
73
| Teodoro I |
Grécia
|
642
|
649
|
74
| São Martinho I |
Todi
|
649
|
655
|
75
| Santo Eugênio I |
Roma
|
654
|
657
|
76
| São Vitaliano |
Segni
|
657
|
672
|
77
| Adeodato II |
Roma
|
672
|
676
|
78
| Dono |
Roma
|
676
|
678
|
79
| Santo Ágato |
Sicília
|
678
|
681
|
80
| São Leão II |
Sicília
|
682
|
683
|
81
| São Bento II |
Roma
|
684
|
685
|
82
| João V |
Síria
|
685
|
686
|
83
| Cônon |
-
|
686
|
687
|
84
| São Sérgio I |
Síria
|
687
|
701
|
85
| João VI |
Grécia
|
701
|
705
|
86
| João VII |
Grécia
|
705
|
707
|
87
| Sisínio |
Síria
|
707
|
708
|
88
| Constantino I |
Síria
|
708
|
715
|
89
| São Gregório II |
Roma
|
715
|
731
|
90
| São Gregório III |
Síria
|
731
|
741
|
91
| São Zacarias |
Grécia
|
741
|
752
|
92
| Estevão II |
Roma
|
752
|
757
|
93
| São Paulo I |
Roma
|
757
|
767
|
94
| Estevão III |
Roma
|
768
|
772
|
95
| Adriano I |
Roma
|
772
|
795
|
96
| São Leão III |
Roma
|
795
|
816
|
97
| Estevão IV |
Sicília
|
816
|
817
|
98
| São Pascoal I |
Roma
|
817
|
824
|
99
| Eugênio II |
Roma
|
824
|
827
|
100
| Valentim I |
Roma
|
827
|
827
|
101
| Gregório IV |
Roma
|
827
|
844
|
102
| Sério II |
Roma
|
844
|
847
|
103
| São Leão IV |
Roma
|
847
|
855
|
104
| Bento III |
Roma
|
855
|
858
|
105
| São Nicolau I |
Roma
|
858
|
867
|
106
| Adriano II |
Roma
|
867
|
872
|
107
| João VIII |
Roma
|
872
|
882
|
108
| Mariano I |
Gellese
|
882
|
884
|
109
| Santo Adriano III |
Roma
|
884
|
885
|
110
| Estevão V |
Roma
|
885
|
891
|
111
| Formoso |
Pôrto
|
891
|
896
|
112
| Bonifácio VI |
Roma
|
896
|
896
|
113
| Estêvão VI |
Roma
|
896
|
897
|
114
| Romano |
Gallese
|
897
|
897
|
115
| Teodoro II |
Roma
|
897
|
897
|
116
| João IX |
Tivoli
|
898
|
900
|
117
| Bento IV |
Roma
|
900
|
903
|
118
| Leão V |
Árdea
|
903
|
903
|
119
| Sérgio III |
Roma
|
904
|
911
|
120
| Anastácio III |
Roma
|
911
|
913
|
121
| Lando |
Sabina
|
913
|
914
|
122
| João X |
Tossignano
|
914
|
928
|
123
| Leão VI |
Roma
|
928
|
928
|
124
| Estevão VII |
Roma
|
929
|
931
|
125
| João XI |
Roma
|
931
|
935
|
126
| Leão VII |
Pavia
|
936
|
939
|
127
| Estêvão VIII |
Roma
|
939
|
942
|
128
| Marino II |
Roma
|
942
|
946
|
129
| Agapito II |
Roma
|
946
|
955
|
130
| João XII |
Roma
|
955
|
964
|
131
| Leão VIII |
Roma
|
963
|
965
|
132
| Bento V |
Roma
|
964
|
966
|
133
| João XIII |
Túsculo
|
965
|
972
|
134
| Bento VI |
Roma
|
973
|
974
|
135
| Bento VII |
Roma
|
974
|
983
|
136
| João XIV |
Roma
|
983
|
984
|
137
| João XV |
Roma
|
985
|
996
|
138
| Gregório V |
Saxônia
|
996
|
999
|
139
| Silvestre II |
Alvérnia
|
999
|
1003
|
140
| João XVII |
Roma
|
1003
|
1004
|
141
| João XVIII |
Roma
|
1004
|
1009
|
142
| Sérgio IV |
Roma
|
1009
|
1012
|
143
| Bento VIII |
Túsculo
|
1012
|
1024
|
144
| João XIX |
Túsculo
|
1024
|
1032
|
145
| Bento IX |
Túsuculo
|
1032
|
1045
|
146
| Silvestre III |
Roma
|
1045
|
1045
|
147
| Bento IX (2ª vez) |
-
|
1045
|
1045
|
148
| Gregório VI |
Roma
|
1045
|
1046
|
149
| Clemente II |
Saxônia
|
1046
|
1047
|
150
| Bento IX (3ª vez) |
-
|
1047
|
1048
|
151
| Dâmaso II |
Baviera
|
1048
|
1049
|
152
| São Leão IX |
Egisheim-Dagsburg
|
1049
|
1055
|
153
| Vitor II |
Dolinstein-Hirschberg
|
1055
|
1057
|
154
| Estêvão X |
Lorena
|
1057
|
1059
|
155
| Nicolau II |
Borgonha
|
1059
|
1061
|
156
| Alexandre II |
Milão
|
1061
|
1073
|
157
| São Gregório VII |
Túscia
|
1073
|
1085
|
158
| Beato Vitor III |
Benevento
|
1086
|
1087
|
159
| Beato Urbano II |
França
|
1088
|
1099
|
160
| Pascoal II |
Ravena
|
1099
|
1118
|
161
| Gelásio II |
Gaeta
|
1118
|
1119
|
162
| Calisto II |
Borgonha
|
1119
|
1124
|
163
| Honório II |
Fagnano
|
1124
|
1130
|
164
| Inocêncio II |
Roma
|
1130
|
1143
|
165
| Celestino II |
Castelo
|
1143
|
1144
|
166
| Lúcio II |
Bolonha
|
1144
|
1145
|
167
| Beato Eugênio III |
Pisa
|
1145
|
1153
|
168
| Anastácio IV |
Roma
|
1153
|
1154
|
169
| Adriano IV |
Inglaterra
|
1154
|
1159
|
170
| Alexandre III |
Siena
|
1159
|
1181
|
171
| Lúcio III |
Lucca
|
1181
|
1185
|
172
| Urbano III |
Milão
|
1185
|
1187
|
173
| Gregório VIII |
Benevento
|
1187
|
1187
|
174
| Clemente III |
Roma
|
1187
|
1191
|
175
| Celestino III |
Roma
|
1191
|
1198
|
176
| Inocêncio III |
Anagni
|
1198
|
1216
|
177
| Honório III |
Roma
|
1216
|
1227
|
178
| Gregório IX |
Anagni
|
1227
|
1241
|
179
| Celestino IV |
Milão
|
1241
|
1241
|
180
| Inocêncio IV |
Gênova
|
1243
|
1254
|
181
| Alexandre IV |
Anagni
|
1254
|
1261
|
182
| Urbano IV |
Troyes
|
1261
|
1264
|
183
| Clemente IV |
França
|
1265
|
1268
|
184
| Beato Gregório X |
Placência
|
1271
|
1276
|
185
| Beato Inocêncio V |
Savóia
|
1276
|
1276
|
186
| Adriano V |
Gênova
|
1276
|
1276
|
187
| João XXI |
Portugal
|
1276
|
1277
|
188
| Nicolau III |
Roma
|
1277
|
1280
|
189
| Matinho IV |
França
|
1281
|
1285
|
190
| Honório IV |
Roma
|
1285
|
1287
|
191
| Nicolau IV |
Ascoli
|
1288
|
1292
|
192
| São Celestino V |
Isérnia
|
1294
|
1294
|
193
| Bonifácio VIII |
Anagni
|
1294
|
1303
|
194
| Beato Bento XI |
Treviso
|
1303
|
1304
|
195
| Clemente V |
França
|
1305
|
1314
|
196
| João XXII |
Cahors
|
1316
|
1334
|
197
| Bento XII |
França
|
1335
|
1342
|
198
| Clemente VI |
França
|
1342
|
1352
|
199
| Inocêncio VI |
França
|
1352
|
1352
|
200
| Bento Urbano V |
França
|
1362
|
1370
|
201
| Gregório XI |
França
|
1370
|
1378
|
-
| Grande Cisma do Oriente – Papas Romanos | |||
202
| Urbano VI |
Nápoles
|
1378
|
1389
|
203
| Bonifácio IX |
Nápoles
|
1389
|
1404
|
204
| Inocêncio VII |
Sulmona
|
1404
|
1406
|
205
| Gregório XII |
Veneza
|
1406
|
1415
|
-
| Papas depois do Grande Cisma | |||
206
| Martinho V |
Roma
|
1417
|
1431
|
207
| Eugênio IV |
Veneza
|
1431
|
1447
|
208
| Nicolau V |
Sarzana
|
1447
|
1455
|
209
| Calisto III |
Valência
|
1455
|
1458
|
210
| Pio II |
Siena
|
1458
|
1464
|
211
| Paulo II |
Veneza
|
1464
|
1471
|
212
| Sisto IV |
Savona
|
1471
|
1484
|
213
| Inocêncio VIII |
Gênova
|
1484
|
1492
|
214
| Alexandre VI |
Valência
|
1492
|
1503
|
215
| Pio III |
Siena
|
1503
|
1503
|
216
| Júlio II |
Savona
|
1503
|
1513
|
217
| Leão X |
Florença
|
1513
|
1521
|
218
| Adriano VI |
Ultrecht
|
1522
|
1523
|
219
| Clemente VII |
Florença
|
1523
|
1534
|
220
| Paulo III |
Roma
|
1534
|
1549
|
221
| Júlio III |
Roma
|
1550
|
1555
|
222
| Marcelo II |
Montepulciano
|
1555
|
1555
|
223
| Paulo IV |
Nápoles
|
1555
|
1559
|
224
| Pio IV |
Milão
|
1559
|
1565
|
225
| São Pio V |
Bosco
|
1566
|
1572
|
226
| Gregório XIII |
Bolonha
|
1572
|
1585
|
227
| Sisto V |
Grottammare
|
1585
|
1590
|
228
| Urbano VII |
Roma
|
1590
|
1590
|
229
| Gregório XIV |
Cremona
|
1590
|
1591
|
230
| Inocêncio IX |
Bolonha
|
1591
|
1591
|
231
| Clemente VIII |
Florença
|
1592
|
1605
|
232
| Leão XI |
Florença
|
1605
|
1605
|
233
| Paulo V |
Roma
|
1605
|
1621
|
234
| Gregório XV |
Bolonha
|
1621
|
1623
|
235
| Urbano VIII |
Florença
|
1623
|
1644
|
236
| Inocêncio X |
Roma
|
1644
|
1655
|
237
| Alexandre VII |
Siena
|
1655
|
1667
|
238
| Clemente IX |
Pistóia
|
1667
|
1669
|
239
| Clemente X |
Roma
|
1670
|
1676
|
240
| Beato Inocêncio XI |
Como
|
1676
|
1689
|
241
| Alexandre VIII |
Veneza
|
1689
|
1691
|
242
| Inocêncio XII |
Nápoles
|
1691
|
1700
|
243
| Clemente XI |
Urbino
|
1700
|
1721
|
244
| Inocêncio XIII |
Roma
|
1721
|
1724
|
245
| Bento XIII |
Roma
|
1724
|
1730
|
246
| Clemente XII |
Florença
|
1730
|
1740
|
247
| Bento XIV |
Bolonha
|
1740
|
1758
|
248
| Clemente XIII |
Veneza
|
1758
|
1769
|
249
| Clemente XIV |
Rimini
|
1769
|
1774
|
250
| Pio VI |
Cesana
|
1775
|
1799
|
251
| Pio VII |
Cesena
|
1800
|
1823
|
252
| Leão XII |
Fabriano
|
1823
|
1829
|
253
| Pio VIII |
Cingoli
|
1829
|
1830
|
254
| Gregório XVI |
Belluno
|
1831
|
1846
|
255
| Pio IX |
Sinigáglia
|
1846
|
1878
|
256
| Leão XIII |
Carpineto
|
1878
|
1903
|
257
| São Pio X |
Riese
|
1903
|
1914
|
258
| Bento XV |
Gênova
|
1914
|
1922
|
259
| Pio XI |
Milão
|
1922
|
1939
|
260
| Pio XII |
Roma
|
1939
|
1958
|
261
| João XXIII |
Sotto II Monte
|
1958
|
1963
|
262
| Paulo VI |
Concesio
|
1963
|
1978
|
263
| João Paulo I |
Belluno
|
1978
|
1978
|
264
| João Paulo II |
Polônia
|
1978
|
2005
|
265
| Bento XVI |
Alemanha
|
2005
|
data atual
|
Bento XVI 265º papa | |
---|---|
O Papa Emérito Bento XVI | |
Cooperatores veritatis (Cooperadores da Verdade) | |
Nome de nascimento | Joseph Alois Ratzinger |
Nascimento | 16 de Abril de 1927 (86 anos) Marktl am Inn, Baviera Alemanha |
Eleição | 19 de Abril de 2005 (8 anos) |
Entronização | 24 de Abril de 2005 |
Fim do pontificado | 28 de Fevereiro de 2013(renúncia)1 |
Antecessor | João Paulo II |
Sucessor | Francisco |
Assinatura |
Bento XVI (em latim: Benedictus XVI), nascido Joseph Aloisius Ratzinger (Marktl am Inn, Alemanha, 16 de abril de 1927), é Papa Emérito da Igreja Católica. Seu outro título é Romano Pontífice Emérito.
Foi papa da Igreja Católica e bispo de Roma de 19 de abril de 2005 a 28 de fevereirode 2013,2 3 quando oficializou sua abdicação. Desde sua renúncia é Bispo emérito da Diocese de Roma, foi eleito, no conclave de 2005, o 265º Papa, com a idade de 78 anos e três dias, sendo o sucessor de João Paulo II e sendo sucedido porFrancisco.
Domina pelo menos seis idiomas, entre os quais alemão, italiano, francês, latim,inglês, castelhano e possui conhecimentos de português, ademais lê o grego antigoe o hebraico.4 É membro de várias academias científicas da Europa como a francesa Académie des sciences morales et politiques e recebeu oito doutorados honoríficos de diferentes universidades, entre elas da Universidade de Navarra, é também cidadão honorário das comunidades de Pentling (1987), Marktl (1997),Traunstein (2006) e Ratisbona (2006).
É pianista e tem preferências por Mozart e Bach.5 É o sexto e talvez o sétimo papa alemão desde Vítor II (segundo a procedência de Estêvão VIII, de quem não se sabe se nasceu em Roma ou na Alemanha) . Em abril de 2005 foi incluído pela revistaTime como sendo uma das 100 pessoas mais influentes do mundo.6
O último papa com este nome foi Bento XV, que esteve no cargo de 1914 a 1922 e pontificou durante a Primeira Guerra Mundial. Ratzinger foi o primeiro Decano doColégio Cardinalício eleito Papa desde Paulo IV, em 1555, o primeiro cardeal-bispoeleito Papa desde Pio VIII, em 1829, e o primeiro superior da Congregação para a Doutrina da Fé a alcançar o Pontificado, desde Paulo V, em 1605.
Em 11 de fevereiro de 2013, o Papa Bento XVI anunciou que renunciaria ao Pontificado em 28 de fevereiro. "O papa anunciou que renunciará a seu ministério às 20h (hora de Roma) de 28 de fevereiro. Começará assim um período de sede vacante", informou o padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano.7 Bento XVI comunicou sua renúncia em discurso pronunciado, em latim, durante um consistórioconvocado para anunciar três canonizações. "No mundo de hoje", disse, "sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida e para a fé, para governar a barca de Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário vigor, tanto do corpo como do espírito, vigor que, nos últimos meses, diminuiu de tal modo em mim que devo reconhecer a minha incapacidade de administrar bem o ministério a mim confiado. (...) Deverá ser convocado, por quem de direito, o Conclave para eleição do novo Sumo Pontífice".8 9
Em 2012, o arcebispo italiano aposentado Luigi Betazzi, que conhece o Papa há 50 anos, já havia especulado abertamente sobre a possibilidade de sua renúncia: "Aqueles entre nós que têm mais de 75 anos não são autorizados a comandar nem mesmo uma diocese pequena, e os cardeais com mais de 80 anos não podem eleger o papa. Eu entenderia se um dia o Papa dissesse ‘mesmo eu não posso mais realizar meu trabalho'. (...) Acho que se chegar o momento em que ele vir que as coisas estão mudando, terá coragem para renunciar." 10
O último papa a renunciar foi Gregório XII, que abdicou em 1415, no contexto doGrande Cisma do Ocidente,10 e, antes dele, houve apenas dois casos: Ponciano em235 e Celestino V em 1294.11
O Papa deixou o Vaticano às 17h de Roma (3 horas antes da formalização da Renúncia) de 28 de fevereiro de 2013 e foi para a Residência de Verão de Castel Gandolfo. Depois de eleito o seu sucessor, o Papa retirou-se para um mosteiro de clausura dentro dos muros do Vaticano.
Papa Francisco critica teologia da prosperidade e apego a bens materiais: “Não se pode servir a dois patrões. Ou Deus, ou o dinheiro”
A sociedade capitalista e o apego ao dinheiro foram alvo de severas críticas do papa Francisco na última segunda-feira, 21 de outubro.
Durante uma celebração na Igreja de Santa Marta, o pontífice católico afirmou durante seu sermão que a ânsia pela conquista material pode levar à destruição: “O apego ao dinheiro destrói as pessoas, as famílias a sociedade. O dinheiro pode servir para fazer coisas boas, e a pobreza não deve ser procurada enquanto tal, mas como instrumento para colher a medida da existência e ir ao encontro do Senhor”.
Segundo Francisco, “o apego ao dinheiro destrói a fraternidade humana e adoece as pessoas”, justamente por causar conflitos de interesses.
Numa mensagem que indiretamente condena a teologia da prosperidade, o papa citou exemplos de destruição vistos atualmente na sociedade e já previstos na Bíblia para ilustrar seu conselho de desapego ao dinheiro: “Quantas famílias já vimos destruídas por problemas de dinheiro: irmão contra irmã; pai contra filho. O dinheiro destrói! O dinheiro serve para levar adiante muitas coisas boas, muitos trabalhos para desenvolver a humanidade, mas quando o teu coração é atacado assim, te destrói”, exemplificou.
Citando a parábola do homem rico contada por Jesus nos Evangelhos, Francisco disse que o que causa a ruína é a “cobiça, ter mais, ter mais, ter mais…”, e afirmou: “[O dinheiro] te leva à idolatria, destrói as relações com os outros! Não o dinheiro, mas a atitude, que se chama cobiça. Também esta cobiça te adoece, porque te faz pensar tudo em função do dinheiro. E no final, a cobiça é instrumento da idolatria, porque vai pelo caminho contrário ao que Deus percorreu conosco”.
Influência Romana na Igreja
Como foi que se chegou à grande instituição que hoje temos? O que foi que aconteceu ao sacerdócio casado?
Tudo começou no ano 313 quando o imperador Constantino legalizou o cristianismo dentro do império romano. Com esta legalização a Igreja primitiva evoluiu dum grupo perseguido de pequenas comunidades para se tornar a fé oficial duma potência mundial sob o imperador Teodósio no ano 380.
As intenções de Constantino ao adoptar o cristianismo não eram inteiramente espirituais. Sentindo a sua liderança desafiada por grupos políticos, ele precisava de afirmar o seu poder. Forçando os outros políticos a tornarem-se cristãos era um teste à sua lealdade.
Constantino serviu-se da nova religião como um instrumento efectivo para extirpar os seus inimigos. Com isso reforçava o seu poder político. Constantino também se deparava com a necessidade de unificar muitos povos que os seus exércitos tinham subjugado. O cristianismo foi a chave para estabelecer uma nova identidade romana nos povos conquistados. Na aparência fê-los cristãos para salvarem as suas almas, mas, na realidade, esta nova religião foi o acto final da conquista sobre eles.
Agora que o cristianismo era a religião oficial do império romano, muitas coisas mudaram rapidamente na Igreja. Aos padres das pequenas comunidades foi dado um estatuto social especial entre os novos amigos romanos. Já não tinham necessidade de se esconder dos soldados romanos, nem de temer pela vida. Pelo contrário, eram pagos pelos serviços que prestavam como sacerdotes e gozavam de privilégios especiais na sociedade romana. Aos bispos foi concedida autoridade civil e atribuída jurisdição sobre os povos das suas áreas (7). Os romanos, que eram membros da elite local dominante, rapidamente se converteram ao cristianismo, seguindo as ordens do imperador. Eram pessoas treinadas na vida pública e peritos em política (8). Fizeram-se ordenar de padres e rapidamente ascenderam a posições de liderança na Igreja.
Agora ordenados, estes políticos romanos trouxeram para a Igreja as atitudes impessoais e legalistas de governo. A celebração da eucaristia passou de pequenas reuniões familiares para o que agora designamos por “missa” envolvendo grandes assembleias de pessoas em grandes edifícios. A missa transformou-se num ritual altamente estruturado à semelhança das cerimónias da corte imperial romana. Foi desta influência romana que derivaram os actuais paramentos, as vestes, os ritos de genuflectir e de ajoelhar, bem como a estrita formalidade da missa.
Emergiu uma estrutura eclesial institucional à imagem da do governo romano. Grandes edifícios, tribunais eclesiásticos, chefes e súbditos começaram a substituir as pequenas comunidades de base familiar assistidas por um sacerdócio casado local. Os novos padres romanos trataram de retirar a autoridade aos padres casados das pequenas comunidades a fim de consolidarem o poder político à sua volta. Com o auxílio do império romano, a liderança da Igreja transformou-se numa hierarquia que se foi afastando das suas origens familiares para adquirir a mentalidade romana duma classe dominante que estava acima do homem da rua (9).
Outras mudanças aconteceram que deslocaram a ênfase do povo para as preferências dos políticos romanos. A Igreja adoptou a prática romana de serem só os homens os detentores da autoridade institucional. Há sólidas provas históricas de que as mulheres exerceram funções sacerdotais antes deste tempo (10).
Mulheres Sacerdotizas na Igreja Primitiva
Em 494 terminava a participação das mulheres na liderança das pequenas comunidades: – o papa Gelásio decretou que as mulheres não podiam mais ser admitidas ao sacerdócio (11). Esta legislação é talvez a prova mais forte que temos de que as mulheres desempenharam as funções de líderes espirituais na Igreja primitiva. O papel das mulheres na Igreja diminuía à medida que papas e bispos marchavam em sintonia com as autoridades romanas.
Celibato Obrigatório: Ataque às Mulheres e à Intimidade
Com o tempo, o celibato assumiu o estatuto duma espiritualidade especial. A fim de o promover, certas facções denegriam a santidade do matrimónio e da vida familiar. A prática romana da abstenção de relações maritais para manter a energia antes duma batalha ou dum evento desportivo entrou na prática litúrgica. Aos padres era ordenado que se abstivessem da intimidade com as esposas na noite antes de celebrarem a missa. A mensagem daí decorrente foi a de que a sexualidade e o casamento já não eram santos.
O celibato tornou-se ainda outra oportunidade política nas mãos de padres e bispos ambiciosos. Usaram o estilo de vida celibatário como instrumento político para enfraquecer a influência dos padres casados. Partindo da hierarquia, começou a emergir uma atitude negativa para com as mulheres e a sexualidade, atitude essa que estava em forte contraste com a perspectiva de família saudável, central na Igreja primitiva (12). Assim se colocava o celibato no grau mais elevado da santidade e se promovia a eventual supressão do sacerdócio casado.
Por exemplo, em 336 o papa Dâmaso iniciou o assalto ao sacerdócio casado declarando que os padres podiam continuar a casar, mas não eram autorizados a expressar sexualmente o seu amor pelas esposas (13). Padres e povo rejeitaram esta lei. No ano de 385, o papa Siríaco abandonou a esposa e os filhos para conseguir ser papa. Decretou imediatamente que os padres não podiam mais ser casados, mas foi incapaz de impor a concordância a esta lei ultrajante (14).
Ao longo dos mil anos seguintes, desenvolveu-se, na teologia da Igreja, uma ética sexual não natural. Esta nova preocupação legalista com a sexualidade era contrária ao relacionamento humano normal e desfasada da ordem natural da vida tal como Deus a programou. Continuou a ser muito depreciativa para com as mulheres.
Em 401, S. Agostinho escrevia que “nada é tão poderoso a puxar para baixo o espírito do homem como as carícias duma mulher”(15). A atitude que daí nasce contra a sexualidade e as mulheres destinava-se a controlar os aspectos íntimos da vida das pessoas. Esta dinâmica continua até hoje. Por serem homens de família, os padres casados podiam descobrir a agenda política que estava por detrás da obsessão da hierarquia relativamente à sexualidade. Os padres casados estavam solidários com as pessoas e faziam o seu melhor para quebrar os continuados esforços da hierarquia romana para ganhar poder de controlo sobre eles e suas famílias.
Acaba a Sagrada Comunhão Para Divorciados Recasados
Quem mais sofria com estas tendências era o povo. No século XII a hierarquia da Igreja foi dominada por uma mentalidade legalista e negativa. Num esforço para estabelecer uniformidade e controlo, bispos e padres celibatários deram grande ênfase ao pecado e à culpa. Foi durante este período da história da Igreja que o casamento depois do divórcio foi declarado pecado. Os divorciados recasados não podiam comungar. Até então os casamentos eram julgados em tribunal, consensualmente dissolvidos e os cônjuges ficavam livres para voltar a casar e podiam comungar (16).
Entretanto outra dinâmica política entrava aqui em jogo. A hierarquia eclesiástica medieval estava em luta pelo poder com várias monarquias e famílias reais europeias. Tendo a capacidade de controlar os casamentos reais, Roma compreendeu que podia influenciar alianças políticas e manipular negócios de estado (17). Em resultado deste novo esforço para controlar as alianças reais, com a negação do acesso à comunhão e aos sacramentos, quem era punido imediatamente eram as pessoas comuns que se divorciassem e voltassem a casar. Era-lhes negada a plena participação na vida da Igreja porque não condescendiam com o querer das autoridades eclesiásticas. O estatuto legal substituiu a espiritualidade como marca de santidade e de boa reputação na Igreja institucional, o que ainda hoje é uma poderosa influência.
Infalibilidade – um Conceito Humano
Nesta crescente atmosfera de poder e legalismo, certos papas medievais abusaram da sua autoridade (18). No ano de 1075, o papa Gregório VII declarou que ninguém, excepto Deus, pode julgar o papa. Introduzindo o conceito de infalibilidade, foi ele o primeiro papa a decretar que Roma nunca pode errar. Mandou fazer estátuas à sua imagem colocando-as nas Igrejas de toda a Europa. Insistia que todos deviam obediência ao papa e que todos os papas são santos mercê da sua associação a S. Pedro (19).
A hierarquia via nos padres casados um obstáculo à sua ânsia de controlo total de Igreja, pelo que focalizou contra eles um ataque em duas frentes. Por um lado, usou o celibato obrigatório para atacar e dissolver as famílias sacerdotais influentes em toda a Europa e no mundo mediterrânico. Por outro, reclamava a propriedade das igrejas e das terras pertencentes aos padres casados. Como proprietária de terras, a hierarquia medieval sabia que conquistaria o ambicionado poder político em toda a Europa. Um benefício adicional da posse de terras era o dinheiro. Teria então a capacidade para cobrar impostos aos fiéis e levar dinheiro pelas indulgências e pelos ministérios sacramentais (20). Esta prática contribuiu muito para a reforma protestante e para a divisão da comunidade católica no século XVI.
O ataque ao sacerdócio casado aumentou de intensidade no século XI. Em 1074, o papa Gregório VII decretou que todo o candidato à ordenação deve primeiro fazer voto de celibato. Continuou o ataque contra as mulheres afirmando publicamente que “a Igreja não se pode libertar das garras do laicado a não ser que primeiro os padres se libertem das garras das esposas” (21). Num espaço de vinte anos as coisas deram uma volta para o pior.
No ano 1095, houve uma escalada de força brutal contra os padres casados e suas famílias. O papa Urbano II ordenou que aqueles padres casados que ignorassem as leis do celibato fossem presos para o bem das suas almas. Mandou que as esposas e os filhos desses padres casados fossem vendidos como escravos e que o dinheiro revertesse para os cofres da Igreja (22).
O esforço da hierarquia medieval para consolidar o poder eclesiástico e se apoderar dos bens de raiz das famílias dos padres casados foi coroado de êxito em 1139. A legislação que efectivamente pôs fim ao celibato opcional dos padres veio do II concílio de Latrão sob o papa Inocêncio II (23). A verdadeira motivação para estas leis era o desejo de adquirir terras em toda a Europa a fim de fortalecer a base do poder papal. As leis que exigem o celibato obrigatório para os padres usavam uma linguagem de pureza e de santidade, mas a verdadeira intenção era a de solidificar o controlo sobre o baixo clero e eliminar qualquer desafio aos intentos políticos da hierarquia medieval.
“Os Padres irão cometer pecados muito piores do que a fornicação”
Um homem audaz, o bispo italiano de Imola, Ulrico, argumentou que a hierarquia não tinha o direito de proibir a casamento dos padres e aconselhou bispos e padres a não abandonarem a respectivas famílias. Disse que “se o celibato for imposto, os padres cometerão pecados muito piores do que a fornicação” (24). O número de casos recentes, largamente publicitados, de padres envolvidos em abusos sexuais vieram dar crédito ao bom bispo Ulrico. Aparecem cada vez mais provas científicas de conexão entre o celibato obrigatório e os abusos sexuais dos padres.
A respeitável tradição do sacerdócio casado foi virtualmente destruída pelas novas leis do celibato. Com a supressão do sacerdócio casado e com a desvalorização das mulheres na Igreja, ficaram abaladas as saudáveis origens familiares da nossa fé.
110.000 Padres casados em todo o mundo
Muitos dos problemas com que hoje nos debatemos na Igreja podem ser remetidos a este período da história da nossa Igreja. Mas, no dealbar do século XXI, parece que Deus nos chama outra vez para a ortodoxia das nossas origens como Igreja. Nos últimos 25 anos casaram mais de 100.000 padres católicos romanos em todo o mundo e muitos continuam discretamente a exercer o seu sacerdócio. Nos EUA um em cada três padres católicos romanos é hoje padre casado e continua a crescer o número de padres que se casam.
O casamento abriu a estes padres uma nova perspectiva. Eles exercem o seu sacerdócio com uma compreensão mais profunda das pessoas e dos desafios a que elas estão sujeitas.
Actuando em casal os padres casados prestam assistência religiosa nos hospitais quando não há padres celibatários, assistem os casais que, por qualquer razão, estão deslocados da sua paróquia local. Os padres casados entendem as necessidades especiais dos católicos que se divorciaram e desejam contrair um segundo matrimónio. O público tem dado indicações de que aprecia o seu estilo tranquilo e a sua abordagem prática dos problemas da vida. Particularmente as mulheres não raro ficam profundamente sensibilizadas com a honestidade e o respeito que os padres casados demonstram pelas esposas e com a compreensão e o apoio que eles dão às questões femininas.
70% dos americanos desejam padres casados
Para poderem passar do celibato ao casamento os padres não tiveram outra alternativa senão a de assinar papéis do Vaticano dos quais se inferia que eles realmente nunca tinham tido vocação para o sacerdócio, que são psicologicamente instáveis, ou moralmente fracos. Ora é exactamente o contrário que é verdade. Os padres casados agiram guiados pelo Espírito Santo e responderam com convicção e amor ao seu chamamento abrangente. Muitos católicos americanos reconheceram formalmente a sua coragem, especialmente aqueles que os contactaram através do programa Rent-A-Priest. A nível nacional 70% dos católicos quer que os padres que casaram retomem o trabalho como padres casados na Igreja católica romana. Têm ficado impressionados com a integridade dos padres casados e com a compreensão compassiva que evidenciam para com as pessoas apanhadas em situações difíceis.
“O celibato não é essencial para o sacerdócio”. João Paulo II
Além da afirmação do papa João Paulo II de que o celibato não é essencial para o sacerdócio, tem havido no Vaticano outros desenvolvimentos promissores a respeito dos padres católicos casados. A maior parte dos católicos não se dá conta de que Roma tem vindo a ordenar ministros protestantes casados atribuindo-lhes paróquias aqui nos EUA. Nalguns casos, estes ministros protestantes, agora sacerdotes católicos, substituíram padres forçados a deixar as paróquias por terem casado. Roma permite-lhes que permaneçam casados e providencia apoio às suas famílias. Há estudos que mostram que os custos do apoio a uma família dum padre casado são, por vezes, menores do que a um celibatário com governanta e outros auxiliares.
O Vaticano ordena ministros protestantes casados
A maioria destes novos padres católicos casados é de episcopalianos que deixaram a sua tradição pelo facto de a Igreja da Inglaterra ser a favor da ordenação de mulheres. Ao ordenar ao sacerdócio mais de 100 ministros protestantes casados, o Vaticano restabeleceu de facto o sacerdócio casado na Igreja católica romana. Agiu com base na afirmação do papa de que o celibato não é essencial ao sacerdócio. Com a ordenação de ministros protestantes casados o Vaticano mudou as regras. Ao fazê-lo, criou um precedente que é o de que os católicos podem agora ter padres casados a celebrar a missa e os sacramentos e que há leis eclesiásticas que permitem isso. Pelo seu próprio exemplo, Roma anunciou claramente ao mundo uma nova aceitação pública na Igreja de padres católicos casados.
Na verdade, o celibato obrigatório é uma lei humana, justamente como a antiga regra que proibia mulheres ao altar. Estas práticas disciplinares não são necessárias para a nossa fé como católicos romanos. Tais regras podem ser, e têm sido, alteradas. Deparamo-nos hoje com o encerramento de paróquias por causa da lei do celibato. Com um simples golpe de pena o Vaticano poderia levantar a disciplina do celibato obrigatório para todos os padres. Fazendo-o, poderia mobilizar mais de 110.000 padres em todo o mundo e reabrir todas as paróquias que foi forçado a encerrar.
O papa João Paulo II está a trabalhar noutra iniciativa que envolve padres casados. Existem cerca de 20 ritos diferentes na Igreja universal. Talvez já tenha ouvido falar da Igreja católica bizantina, do rito caldeu, do rito copta. Nem todos estes ritos estão em comunhão com Roma, mas o papa João Paulo II faz tentativas para unificar todos os ritos numa família eclesial. Na sua maior parte, os ritos orientais têm vindo a manter ao longo dos séculos a tradição do sacerdócio casado e desejam continuar com essa tradição em qualquer nova aliança.
A declaração de João Paulo II de que o celibato não é essencial para o sacerdócio tem a dupla vantagem de resolver a carência de clero na nossa tradição romana e de estabelecer os fundamentos duma compreensiva e agradável unidade eclesial em todo o mundo. O futuro da Igreja contém muitos desenvolvimentos promissores em cuja implementação os padres casados desempenharão um papel chave.
Leis canónicas; o público tem de fazer a petição
Cada uma das leis da Igreja tem a denominação de cânon. O corpo das leis eclesiásticas – Código do Direito Canónico (CDC) – formou-se logo após a imposição do celibato obrigatório. Parece que o santo monge Graciano, que foi quem formulou a lei canónica, estava consciente da perseguição injusta de que estavam a ser alvo os padres casados e suas famílias. Talvez por isso ele tenha introduzido no código cânones que os poderiam proteger e permitir que o sacerdócio casado se venha a restaurar um dia. Há 21 cânones que permitem aos fiéis recorrer aos padres casados. Gostaria de tocar em dois destes cânones para explicar como qualquer pessoa pode estar à vontade para recorrer à ajuda de padres casados.
O cânon 290 é muito especial (26). Fala da permanência da ordenação sacerdotal. Cito: “A sagrada ordenação, uma vez recebida validamente, nunca se anula”.
Este cânon confirma que os padres católicos casados continuam a ser padres válidos em boa posição. Os sacramentos que administrem são sacramentos válidos. Muita gente pensa que um padre quando casa fica excomungado e deixa de ser padre. Mas o cânon 290 diz-nos que isso não é verdade. É no espírito deste cânon que nós nos designamos por “padres católicos romanos casados”.
Deverá ter ouvido dizer que os sacramentos administrados por padres casados são válidos, mas não lícitos. Isso é tecnicamente correcto, mas eu gostaria de aduzir um exemplo para explicar a distinção entre os termos “válido” e “lícito”. Vou servir-me duma analogia médica. Imagine que um médico do Novo México toma o avião para Chicago para uma conferência. Aterra no aeroporto internacional de O’Hare, aluga um taxi e, no caminho para o hotel, depara com um acidente de viação. Há uma pessoa que foi projectada da viatura em que seguia e tem uma ferida que sangra abundantemente. O médico acorre em auxílio do ferido, estanca a hemorragia e estabiliza o paciente até chegar a ambulância. A ajuda do médico nesta emergência é “válida” porque ele é médico adequadamente preparado, tem um grau académico conferido por uma faculdade de medicina. No entanto, a ajuda do médico à vítima não é “lícita” porque ele não tem autorização para exercer medicina no Estado de Illinois. Esta é a diferença entre um acto válido e um acto lícito. Pode estar certo de que a vítima do acidente ficou muito contente com a ajuda “válida” do médico que a socorreu quando ela precisava urgentemente.
Ora é com esta mesma compreensão da validade dos actos segundo a lei canónica que os católicos, quando não podem encontrar um padre acessível ou disponível, recorrem a padres católicos casados. Os padres casados são pessoas que receberam de Deus a vocação para o sacerdócio. Completaram com êxito os anos de formação no Seminário e foram validamente ordenados por bispos católicos romanos. Têm graus académicos em teologia e noutras matérias afins.
Por força do cânon 290 pode-se ter a certeza de que os sacramentos ministrados pelos padres casados são tão válidos como os ministrados pelos padres celibatários em qualquer paróquia católica. As pessoas que procuram os serviços dos padres casados acreditam que o seu sacerdócio é válido aos olhos de Deus.
O Cânon de Ouro
O cânon 1752 é conhecido como “a regra de ouro” do direito canónico. Estabelece que “a salvação das almas é sempre a lei suprema da Igreja”. Parece que este cânon torna muito claro que tudo no direito canónico e nos esforços da Igreja existe para servir as necessidades espirituais do Povo de Deus. Todas as determinações que forem contra este objectivo primordial são efectivamente contraproducentes e, por conseguinte, de validade questionável. Se a lei humana do celibato dos padres impede alguém de receber os sacramentos, então essa lei está contra a missão primária da Igreja. Este entendimento do cânon de ouro do direito canónico coloca o sacerdócio casado numa luz inteiramente nova. Também permite que cada fiel partilhe da nossa comum autoridade e responsabilidade pelo futuro da Igreja.
Do ponto de vista do direito canónico nós estamos hoje num estado de emergência, porque a falta de padres celibatários está a provocar o encerramento de paróquias e a ameaçar a disponibilização da missa e dos sacramentos, que são as actividades essenciais da Igreja. É muito improvável que, no futuro, haja uma reversão desta falta de padres celibatários. De facto, todos os estudos que têm sido feitos, incluindo os que foram patrocinados pela nossa Conferência Episcopal dos EUA, indicam que a crise só piorará nos anos que aí vêm. Os padres celibatários serão cada vez menos e mais velhos para dar assistência aos católicos em número cada vez maior.
Entrar pelo encerramento de paróquias não é resposta aceitável para esta crise. O programa Rent-A-Priest é uma iniciativa inovadora à disposição dos católicos que foram apanhados nesta crise crescente. Muitas comunidades paroquiais sentem que a reintegração de 20.000 padres casados aqui nos EUA é uma solução boa e efectiva porque tem um precedente histórico e teológico sólido claramente fornecido pelo código do direito canónico.
Tranquilamente Os Bispos Aplaudem
Os nossos bispos americanos lidam todos os dias com a falta de padres. Um em cada quatro bispos disse off the record que está pronto a receber de braços abertos os padres casados. Os bispos da América são bons líderes que querem o melhor para o seu povo. Sabem que, em média, há 400 padres casados por cada Estado. Trabalhando em conjunto, padres casados e padres celibatários podem parar o encerramento de paróquias. Juntos, poderiam melhorar espectacularmente a disponibilização da missa e dos sacramentos. Muitos bispos americanos querem deixar de desperdiçar o saber e a experiência que os padres casados têm para oferecer à Igreja. Todos os bispos foram informados do programa Rent-A-Priest. Alguns encorajaram-nos a que continuemos a promover o sacerdócio casado, já que é uma tradição eclesial que a prática se transforma em costume e o costume se transforma em lei. Isto já está a ser feito com a admissão ao sacerdócio dos ministros protestantes casados e pela declaração do papa João Paulo II de que o celibato não é necessário para o sacerdócio. O próximo passo será que as pessoas comecem a pedir padres casados para o serviço pastoral.
Nem toda a gente poderá estar informada de que muitas mudanças verificadas na Igreja católica aconteceram através do povo – de baixo para cima e não de cima para baixo. As jovens acólitas são um exemplo recente. Muitas paróquias tinham cursos de preparação de acólitos que eram frequentados por rapazes e raparigas. Em 1987 o Vaticano emitiu uma nota a proibir as raparigas ao altar. Mas como em todo o mundo esta ordem não foi acatada e se continuou a ter raparigas como acólitas, o Vaticano abrandou e cedeu. A prática transformou-se em costume e o costume em lei. À medida que mais e mais católicos recorrem a padres casados para a administração dos sacramentos, esta prática levará à reintegração plena dos padres católicos casados, ao fim do encerramento de paróquias e a um melhor atendimento sacramental de todos os católicos.
Resumindo
A nossa mensagem é simples e directa. Como católico romano qualquer pessoa tem o direito a recorrer a padres católicos casados para a missa e os sacramentos. O programa Rent-A-Priest é um ministério pastoral dos padres católicos romanos casados. Nós oferecemos o nosso sacerdócio para ir ao encontro das necessidades espirituais dos católicos de hoje. Partilhamos os mesmos objectivos dos nossos bispos, que são os de garantir que todos os católicos tenham pleno acesso à missa e aos sacramentos e trabalhar para que todos os católicos experimentem a plenitude da nossa tradição católica. São estas as actividades primárias e essenciais da Igreja. Quando Roma reintegrar formalmente os padres católicos casados na plena participação eclesial, trabalharemos em coordenação com os nossos bispos e os nossos irmãos sacerdotes celibatários que precisarem da nossa ajuda. Até que esse dia chegue, servir-nos-emos das provisões pastorais para os padres casados garantidas pelo cânon 21 do CDC para servir os católicos que pedirem a nossa ajuda. Através do programa Rent-A-Priest, os padres católicos casados levam a missa e os sacramentos às casas dos católicos em todo o país.
Referências
1. Commonweal. October 11, 1991.
2. The Journal for the Scientific Study of Religions. December 1990.
3. Kelly, J. N. D. Oxford Dictionary of Popes. New York, Oxford Press. 1986.
4. Padovano, A. Joseph’s Son. National Catholic Reporter. April 12, 1996.
5. Time Magazine. July 1993.
6. Grant, M. Constantine the Great: The Man and His Times. New York, Charles Scribner and Sons. 1993.
7. Straus, B. R. The Catholic Church. David and Charles, England. P. 37.
8. Torjesen, K. J. When Women Were Priests. Harper San Francisco. 1993. P. 155.
9. Straus, B. R. The Catholic Church. David and Charles, England. P. 34.
10. Torjesen, K. J. When Women Were Priests. Harper San Francisco. 1993. P. 34.
11. Padovano, A. Power, Sex, and Church Structures. A lecture presented at Call To Action, Chicago. 1994.
12. Ranke-Heinemann. Eunuchs For The Kingdom Of Heaven. Doubleday. New York. 1990. P. 100 ff.
13. Barstow, A. L. Married Priests and the Reforming Papacy: The Eleventh-Century Debates. The Edward Mellen Press. Lewiston, NY. 1982. P. 21.
14. Padovano, A. Power, Sex, and Church Structures. A lecture presented at Call To Action, Chicago. 1994.
15. Padovano, A. Ibid.
16. Mackin, Theodore. Divorce and Remarriage. Paulist Press. 1984. P. 116.
17. Mortimer, R. Angevin England 1154 – 1258. Blackwell. Oxford, U. K. P. 28.
18. Padovano, A. Power, Sex, and Church Structures. A lecture presented at Call To Action, Chicago. 1994.
19. Padovano, A. Ibid.
20. Mortimer, R. Angevin England 1154 – 1258. Blackwell. Oxford, U. K. P. 105-112.
21. Padovano, A. Power, Sex, and Church Structures. A lecture presented at Call To Action, Chicago. 1994.
22. Ranke-Heinemann. Eunuchs For The Kingdom Of Heaven. Doubleday. New York. 1990. P. 110.
23. Celibacy, Canon Law of. The New Catholic Encyclopedia. New York. McGraw Hill. 1967.
24. Barstow, A. L. Married Priests and the Reforming Papacy: The Eleventh-Century Debates. The Edward Mellen Press. Lewiston, NY. 1982. P. 112.
25. Gallup Survey of Catholic Opinion, May 15 – 17. 1992.
26. Coriden, et. Al. The Code of Canon Law. Paulist Press. 1985.
27. Smolinski, D. Canonical Reflections on Pastoral Emergency and the Use of Married Priests in the Catholic Church. Catholic Resource Center. Framingham, MA. 1995.
(Artigo tirado da Internet do site Rent-A-Priest.
Traduzido por João Simão. Setembro, 2002
24 comentários para 39 Papas Foram Casados!
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre
Esta é uma lista de papas sexualmente ativos, lista de sacerdotes que foram sexualmente ativos antes de se tornarem papa e papas que eram legalmente casados, que pertenciam à Igreja Católica. Alguns candidatos tinham vida sexual ativa antes da sua eleição como papa, e que por vezes tem sido afirmado que outros papas eram sexualmente ativos durante os papados. Uma vez que tais relações foram por vezes realizadas fora dos laços do matrimônio, e porque às vezes o Papa estava sob um voto de celibato, a Igreja Católica considera que estes sejam graves abusos e as causas de escândalos. No entanto, não põe em causa as doutrinas católicas considerando a autoridade e a sucessão do papado de São Pedro, o Apóstolo.
De acordo com a lista padrão, houve 266 papas. Existem várias classificações para aqueles que eram sexualmente ativos em algum momento durante a sua vida. Períodos entre parênteses referem-se ao ano de seus papados. Houve trinta e nove papas desde 1585. Nenhum deles é conhecido por ter sido sexualmente ativo durante seu papado.
Desde a Idade Média, o rito latino (ocidental) da Igreja Católica exigiu que os padres e bispos serem celibatários. [1] Anteriormente, o celibato não era absolutamente necessário para os ordenados, mas ainda era uma disciplina praticada na Igreja primitiva. Neste contexto, o celibato não é sinônimo de abstinência sexual, isso significa que não se casou e só implica a abstinência sexual, porque uma doutrina católica diferente requer a abstinência sexual fora do casamento.
A disciplina do celibato sacerdotal não é considerado um dos dogmas imutáveis infalíveis, mas a doutrina católica diz que a virgindadee o celibato, vivido como abstinência, são mais elevados do casamento, após as cartas de Paulo de Tarso e confirmado por um dogma no Concílio de Trento.
Em alguns casos, um ministro protestante casado que se converte ao catolicismo pode ser ordenado para o sacerdócio. O direito canônico atual permite que o Colégio dos Cardeais eleger um homem casado ao papado. Nas Igrejas Orientais Católicas, os homens casados são rotineiramente ordenados para o sacerdócio, mas não para o episcopado. Segundo os Evangelhos, São Pedro, a quem a Igreja Católica mantém como o fundador, bispo e primeiro papa da comunidade cristã em Roma, era casado. Diversos outros papas também foram casados.
Papas supostamente e factualmente sexualmente ativos
Casados antes de receber ordens sagrada
[editar]
- São Pedro (Simão Pedro), cuja sogra é mencionada na Bíblia como tendo sido milagrosamente curada (Mateus 8:14-15, Lucas 4:38, Marcos 1:29-31). De acordo com Clemente de Alexandria (Stromata, III, VI, ed. Dindorf, II, 276), Pedro era casado e tinha filhos e sua esposa sofreu o martírio. Em algumas lendas que datam pelo menos do século VI, a filha de Pedro é chamada de Petronilha.1 2
- Papa Sirício (384-399), onde a tradição sugere que ele deixou a esposa e os filhos, a fim de se tornar papa. O número de filhos de Siricius é desconhecido. Escreveu um decreto no 385, afirmando que os padres deveriam parar de conviver com suas esposas.
- Papa Félix III (483-492) era um viúvo com dois filhos quando foi eleito para suceder o Papa Simplício em 483. Diz-se que foi o trisavô de Gregório, o Grande.
- Papa Hormisdas (514-523) era casado e viúvo antes da ordenação. Ele foi o pai do Papa Silvério.3
- Papa Silvério (536-537) pode ter sido casado com uma mulher chamada Antonia. No entanto, isto continua a ser debatido pelos historiadores.
- Papa Agatão ou Papa S. Agatão (678-681) foi casado por 20 anos como uma leiga com uma filha, antes da maturidade seguiu um convite a Deus e com a bênção de sua esposa tornou-se um monge no mosteiro de Saint Hermes em Palermo. Pensa-se que sua mulher entrou para um convento.
- Papa Adriano II (867-872) era casado com uma mulher chamada Stephania, antes de tomar as ordens, e tinha uma filha.4 Sua esposa e filha ainda estavam vivas quando foi selecionado para ser papa e residia com ele no Palácio de Latrão. Sua filha foi raptada, violentada e assassinada pelo irmão de um ex-antipapa Anastácio, o Eleutério. A mãe dela também foi morta por Eleutério.
- Papa João XVII (1003) foi casado antes de sua eleição ao papado e tinha três filhos, que todos se tornaram sacerdotes.5
- Papa Clemente IV (1265-1268) era casado, antes de tomar ordens sacras, e tinha duas filhas.6
- Papa Honório IV (1285-1287) foi casado antes de assumir as Ordens Santas e teve pelo menos dois filhos. Entrou para o clero após a sua mulher morrer, o último papa a ter sido casado.7
Sexualmente ativos antes de receber ordens sagradas[editar]
- Papa Pio II (1458-1464) teve pelo menos dois filhos ilegítimos (um em Estrasburgo e outro na Escócia), nascidos antes de entrar para o clero.8
- Papa Inocêncio VIII (1484-1492) teve pelo menos dois filhos ilegítimos, nascidos antes de entrar para o clero.9 De acordo com aEncyclopaedia Britannica de 1911, ele "praticou nepotismo abertamente em favor de seus filhos". 10 Girolamo Savonarola acusou-lhe de ambições mundanas.11
- Papa Clemente VII (1523-1534) teve um filho bastardo antes que tomou ordens sacras. Algumas fontes identificam-no comAlessandro de Médici, Duque de Florença, mas esta identificação não tenha sido determinada.12
- Papa Gregório XIII (1572-1585) teve um filho bastardo antes de tomar as ordens sacras.13
Sexualmente ativos depois de receber ordens sagradas[editar]
- Papa Júlio II (1503-1513) teve pelo menos uma filha ilegítima, Felice della Rovere (nascida em 1483, vinte anos antes de sua eleição). Algumas fontes indicam que ele tinha mais duas filhas ilegítimas, que morreram em sua infância.14 Além disso, alguns contemporâneos (possivelmente difamatórios) relatam a acusação de sodomia. Segundo o Concílio cismático de Pisa em 1511, ele era um sodomita "coberto de úlceras vergonhosas." 15
- Papa Paulo III (1534-1549) realizada fora de sua ordenação,16 a fim de continuar o seu estilo de vida promíscuo, pai de quatro filhos ilegítimos (três filhos e uma filha) por sua amante Silvia Ruffini. Rompeu suas relações com ela em 1513. Não há evidência de atividade sexual durante seu papado.17 Fez o seu filho ilegítimo, Pier Luigi Farnese primeiro duque de Parma.18 19
- Papa Pio IV (1559-1565) teve três filhos ilegítimos antes de sua eleição ao papado.20
Sexualmente ativos durante seu pontificado[editar]
Junto com outras queixas, as atividades dos papas entre 1458-1565, ajudaram a incentivar a reforma protestante.
- Papa Sérgio III (904-911) foi supostamente o pai do Papa João XI com Marózia, de acordo com Liutprando de Cremona em suaAntapodosis21 , bem como a Liber Pontificalis22 . Contudo, deve-se notar que este é disputado por outra fonte, o cronistaFlodoardo (c. 894-966), João XI era irmão de Alberico II de Espoleto, sendo este última a prole de Marozia e seu marido Alberico I de Espoleto. Daí também pode ter sido o filho de Marózia e Alberico I. Bertrand Fauvarque salienta que as fontes contemporâneas que sustentam esta paternidade é duvidosa, sendo Liutprando "propenso ao exagero", enquanto outras referências a esta paternidade aparecem em sátiras escrita por adeptos do Papa Formoso.23
- Papa João X (914-928) teve casos românticos com tanto Teodora e sua filha Marózia, de acordo com Liutprando de Cremona em sua Antapodosis21 : "O primeiro dos papas a ser criado por uma mulher e depois destruído por sua filha". (Veja também:Pornocracia)
- Papa João XII (955-963) (deposto pelo Conclave), foi dito ter transformado a Basílica de São João de Latrão em um bordel e foi acusado de adultério, prostituição, incesto (Fonte: Patrologia Latina)24 . O monge cronista Bento Soracte anotou em seu volume XXXVII que ele "gostava de ter uma coleção de mulheres". Segundo Liutprando de Cremona em sua Antapodosis 21 , "que testemunhou sobre seu adultério, que não viram com seus próprios olhos, mas mesmo assim sabiam com certeza: ele tinha fornicado com a viúva de Rainier, com Stephana concubina de seu pai, com a viúva Anna, e com sua sobrinha, e fez do palácio sagrado em um bordel." De acordo com o The Oxford Dictionary of Popes, João XII foi "um cristão Calígula cujos crimes foram rendidos particularmente horríveis pelo gabinete que ocupou." 25 Foi morto por um marido ciumento, enquanto no ato de cometer adultério com a esposa do homem.26 27 28 29 (Veja também: Pornocracia)
- Papa Bento IX (1032-1044, novamente em 1045 e, finalmente 1047-1048) foi dito ter conduzido uma vida dissoluta, durante seu papado.30 Acusado pelo Bispo de Benno Placenta de "muitos adultérios vis e assassinatos." 31 32 O Papa Vítor III referindo no seu terceiro livro dos Diálogos com os "seus estupros, assassinatos e outros atos inqualificáveis. Sua vida como um Papa tão vil, tão vil, tão execrável, que eu tremo só de pensar nisso." 33 É solicitado São Pedro Damião para escrever um extenso tratado contra o sexo em geral e a homossexualidade em particular. Em seu Liber Gomorrhianus, São Pedro Damião registrou que Bento IX "deleitou-se em imoralidade" e que ele era "um demônio do inferno sob o disfarce de um padre", acusando Bento IX de rotina desodomia e bestialidade, e foi acusado de ter patrocinado orgias.34 Em maio de 1045, Bento IX renunciou a seu cargo para exercer o casamento, vendendo seu papado por 1.500 quilos de ouro para seu padrinho, o piedoso sacerdote João Graciano, que se nomeou o próprio Papa Gregório VI.35
- Papa Alexandre VI (1492-1503) teve um caso muito especial com Vannozza dei Cattanei antes do seu pontificado, com quem teve seus famosos filhos ilegítimos Cesare Borgia e Lucrezia Borgia. Uma amante depois, Giulia Farnese, era irmã de Alessandro Farnese, que depois se tornou Papa Paulo III. Teve um total de pelo menos sete e, possivelmente, tantos como dez filhos ilegítimos.36 (Ver também: Banquete das Cortesãs)
Suspeitos de terem tido amantes do sexo masculino durante o pontificado[editar]
- Papa Paulo II (1464-1471) foi acusado de ter morrido de um ataque cardíaco, durante um ato sexual com uma pajem.37
- Papa Sisto IV (1471-1484) foi acusado de dar dons e benefícios concedidos aos favoritos da corte em troca de favores sexuais. Giovanni Sclafenato foi criado do cardeal Sisto IV para a "ingenuidade, lealdade... e seus outros dons de corpo e alma",38 de acordo com o epitáfio papal sobre seu túmulo.39 Tais reivindicações foram gravadas por Stefano Infessura, em seu diarium urbis Romae.
- Papa Leão X (1513-1521) foi acusado de ter uma paixão especial por Marc-Antonio Flaminio.40
- Papa Júlio III (1550-1555) foi acusado de ter tido um longo caso extraconjugal com Innocenzo Ciocchi del Monte. O embaixador deVeneza na época informou que Innocenzo compartilhava o quarto e cama do papa.41 Segundo o The Oxford Dictionary of Popes, era "naturalmente indolente, dedicou-se a atividades prazerosas com episódios ocasionais de atividade mais graves". 25
Ver também[editar]
Referências
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- ↑ http://www.saintpetersbasilica.org/Altars/StPetronilla/StPetronilla.htm
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- ↑ K. Dopierała, Księga Papieży, Pallotinum, Poznań, 1996, p. 106
- ↑ * "Pope John XVII" in the 1913 Catholic Encyclopedia.
- ↑ Catholic Encyclopedia article on Clement IV
- ↑ The Cardinals of the Holy Roman Church: Cardinal Giacomo Savelli
- ↑ Catholic Encyclopedia article on Pope Pius II
- ↑ Catholic Encyclopedia article on Pope Innocent VIII
- ↑ Encyclopaedia Britannica 1911
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- ↑ S. Miranda: Cardinal Giulio de Medici - Pope Clement VII (note 1)
- ↑ The Cardinals of the Holy Roman Church: Ugo Boncompagni
- ↑ The Cardinals of the Holy Roman Church: Giuliano della Rovere
- ↑ Who's Who in Gay and Lesbian History from Antiquity to World War II, Robert Aldrich and Garry Wotherspoon, Routledge, 2001
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- ↑ The Cardinals of the Holy Roman Church: Rodrigo Borja
- ↑ Karlheinz Deschner, Storia criminale del cristianesimo (tomo VIII), Ariele, Milano, 2007, pag. 216. Nigel Cawthorne, Das Sexleben der Päpste. Die Skandalchronik des Vatikans, Benedikt Taschen Verlag, Köln, 1999, pag. 171. Hans Kühner, Das Imperium der Päpste, Classen Verlag, Zürich 1977, pag. 254. Ferdinand Seibt, Bohemia Sacra: Das Christentum in Bohmen 973-1973, Padagogischer Verlag Schwann, Düsseldorf 1974, pag. 320
- ↑ Aldrich, Robert; and Wotherspoon, Garry (2002). Who's who in gay and lesbian history (p 481). Retrieved on 2009-06-18 fromhttp://books.google.com/books?id=zLWTqBmifh0C&lpg=PA481&ots=pXvmq_rS29&dq=Giovanni%20Sclafenato%20epitaph&pg=PA481.
- ↑ http://books.google.com/books?lr=&ei=CWUPSMLhGKDsygTH0ti9Ag&output=html&as_brr=1&id=BM6DAz1tefoC&jtp=21 diary records of Stefano Infessura (1440-1500)
- ↑ C. Falconi, Leone X, Milan, 1987
- ↑ Burkle-Young, Francis A., and Michael Leopoldo Doerrer. The Life of Cardinal Innocenzo del Monte: A Scandal in Scarlet, Lewiston, N.Y.: Edwin Mellen, 1997
Bibliografia[editar]
- The Bad Popes, Chamberlin, E.R., Sutton History Classics, 1969 / Dorset; New Ed edition 2003.
- The Pope Encyclopedia: An A to Z of the Holy See , Matthew Bunson, Crown Trade Paperbacks, New York, 1995.
- The Papacy, Bernhard Schimmelpfennig, Columbia University Press, New York, 1984.
- Lives of the Popes, Richard P. McBrien, Harper Collins, San Francisco, 1997.
- Papal Genealogy, George L. Williams, McFarland& Co., Jefferson, North Carolina, 1998.
- Sex Lives of the Popes, Nigel Cawthorne, Prion, London, 1996.
- Popes and Anti-Popes, John Wilcock, Xlibris Corporation, 2005.
- La véritable histoire des papes, Jean Mathieu-Rosay, Grancher, Paris, 1991
Artigos como este, deve delinear a trajetória da associação rumos, como também a vocação de todos os padres casados… Acredito que seja totalmente possivel e válido um padre casado exercer os ministérios, mesmo que não seja de forma plena. A plenitude do sacerdócio é gratuidade que o padre recebe no dia de sua ordenação. Portanto, não deveria tanto o padre casado como também o celibatário viver com maior plenitude o espírito que o incorporou ao sacerdócio de Cristo? “não se pode viver e aceitar o assessorio em detrimento do essencial…”
O resumo deste artigo deve ser uma ponta de lança a motivar e a dar coragem tanto a Associação Rumos como também a todos os padres casados a fazer o mesmo!…
Adorei a matéria, pois são informações que fazem agente crescer diante dos fatos que acontecem na vida da Igreja em toda sua trajetória.
Sou a favor dos Padres casarem, pois teríamos muito mais harmonia nas comunidades, tornando-as mais familiar, a partilha seria mais humana devido à experiencia de vida conjugal, eu sempre sonhei com essa mudança, o Papa João Paulo II deu o pnta pé inicial, mas parece que Bento XVI não está querendo mudar a regra do jogo, pelo menos por enquanto, é uma pena!
Parabens por esse artigo maravilhoso, foi Deus quem o inspirou, e pode ter certeza se a Igreja Católica não mudar ela vai perder o seu rebanho.
Sebastião Carlos do Nascimento.
Esperamos que o Espírito Santo ilumine nossa Hierarquia o quanto antes!
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Antes disso todos os padres podiam casar.
Giba
Talvez, ao contrário do que você imagina, esse problema é bastante comum em muitas mulheres apaixonadas por padres e, vice-versa, em padres apaixonados por mulheres.
- Às vezes se trata de uma crise passageira que alguns conseguem superar. Mas diria que é uma minoria.
- Alguns optam por viver uma vida dupla, tentando conciliar o ainda inconciliável: sacerdócio e exercício da sexualidade. E se machucam por dentro e/ou escandalizam os fiéis, usam a mulher (ou mulheres), escondem eventuais filhos… É um grave problema em várias partes do mundo.
Na Europa já existem até Associações de mulheres escondidas de padres e de Associações de Amparo aos filhos de padres, não assumidos.
- Outros não têm a coragem de enfrentar as dificuldades inerentes à saída do ministério (perder mordomias, perder status, ter de trabalhar duro para se manter, falta de diploma de nível superior, etc.) e ficam no ministério, muitas vezes angustiados, neuróticos, secos, amargos, hiperativos ou muito desmotivados, quando não descalabram para o alcoolismo, apego exagerado ao dinheiro ou ao poder, etc. Conheço vários deles que, por medo, ficaram no ministério e hoje vivem recalcados, incompletos, restos de homens.
- Outros finalmente, pensam, pensam, se aconselham, rezam, falam com seu bispo ou superior, se dão um tempo … e resolvem casar.
No Brasil temos uns 8.000 nessa situação de terem resolvido casar. No mundo, cerca de 150.000.
A não ser que optem por viver nessa área de grande risco por tempo indeterminado. Aí vocês poderiam sair machucados…
POR ISSO DEVEM VIVER COMO DISSE JESUS.
-SOU PASTOR DA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS.CASADO, TENHO UMA LINDA FAMÍLIA.