Abraão é um personagem bíblico citado no Livro do Gênesis a partir do qual se desenvolveram três das maiores vertentes religiosas da humanidade: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.
Nascimento: 1976 a.C., Mesopotâmia
Falecimento: 1801 a.C., Canaã
Sepultamento: Túmulo dos Patriarcas, Hebron
Filiação: Amathlaah, Terá
Filhos: Isaac, Ismael, Midiã, Zinrã, Sua,Jocsã, Jisbaque, Medã
Cônjuge: Agar, Sara, Quetura
Abraão é uma figura extraordinária e é o ponto inicial do plano de Deus para trazer ao mundo Jesus Cristo. Jesus, como se sabe, era judeu, e como tal, era descendente de Abraão, o patriarca da nação de Israel. Jesus bem poderia ter nascido na Caldéia ou em qualquer outra nação já estabelecida no mundo antigo, mas aprouve a Deus criar um povo, para que deste povo nascesse o redentor da humanidade.
É preciso considerar que após o dilúvio, a humanidade retomou o mesmo destino que a havia levado à destruição. Os homens prosseguiram pelo mesmo mau caminho de antes praticando toda a sorte de atos ofensivos a Deus e ao seu semelhante. O plano de Deus é separar um homem justo e a partir deste homem criar uma nação da qual nascerá Jesus.
Quando falamos que a humanidade em geral era má naquele tempo, pode parecer que estamos nos referindo a criaturas muito diferentes do homem de hoje, de nós mesmos, mas não, trata-se da mesma matéria prima. É este o destino do homem natural, daí o plano de Deus de trazer Jesus ao mundo para mudar o coração do homem, não simplesmente para que ele se torne bom, mas para viver conforme a vontade do Criador.
Abraão, bem como seus descendentes, os judeus, são semitas, descendentes de Sem, filho de Noé. Para nos dar a data exata do nascimento de Abraão, a Bíblia nos relata um a um seus ancestrais conforme vemos a seguir:
2238 AC – (Anno Mundi 1658) – nascimento de Arfaxade
Em Gn 11:10 lemos que “ Sem era da idade de cem anos e gerou a Arfaxade, dois anos depois do dilúvio”, portanto, nos situamos no Anno Mundi 1658, resultado de (1656 + 2). Arfaxade é o primeiro homem nascido depois do dilúvio.
Em Gn 11:10 lemos que “ Sem era da idade de cem anos e gerou a Arfaxade, dois anos depois do dilúvio”, portanto, nos situamos no Anno Mundi 1658, resultado de (1656 + 2). Arfaxade é o primeiro homem nascido depois do dilúvio.
2203 AC – (Anno Mundi 1693) – nascimento de Selá
Em Gn 11:12 temos que “viveu Arfaxade trinta e cinco anos, e gerou a Selá”, portanto no Anno Mundi 1693, resultado de (1658 + 35).
Em Gn 11:12 temos que “viveu Arfaxade trinta e cinco anos, e gerou a Selá”, portanto no Anno Mundi 1693, resultado de (1658 + 35).
2173 AC – (Anno Mundi 1723) – nascimento de Eber
“E viveu Selá trinta anos, e gerou a Éber”, conforme Gn 11:14, o que nos situa no Anno Mundi 1723, resultado de (1693 + 30).
“E viveu Selá trinta anos, e gerou a Éber”, conforme Gn 11:14, o que nos situa no Anno Mundi 1723, resultado de (1693 + 30).
2139 AC – (Anno Mundi 1757) – nascimento de Pelegue
“E viveu Éber trinta e quatro anos, e gerou a Pelegue”, conforme Gn 11:16, no Anno Mundi 1757, resultado de (1723 + 34).
“E viveu Éber trinta e quatro anos, e gerou a Pelegue”, conforme Gn 11:16, no Anno Mundi 1757, resultado de (1723 + 34).
2109 AC – (Anno Mundi 1787) – nascimento de Reú
“E viveu Pelegue trinta anos, e gerou a Reú.”, conforme Gn 11:18, no Anno Mundi 1787, resultado de (1757 + 30).
“E viveu Pelegue trinta anos, e gerou a Reú.”, conforme Gn 11:18, no Anno Mundi 1787, resultado de (1757 + 30).
2077 AC – (Anno Mundi 1819) – nascimento de Serugue
“E viveu Reú trinta e dois anos, e gerou a Serugue”, conforme Gn 11:20, no Anno Mundi 1819, resultado de (1787 + 32).
“E viveu Reú trinta e dois anos, e gerou a Serugue”, conforme Gn 11:20, no Anno Mundi 1819, resultado de (1787 + 32).
2047 AC – (Anno Mundi 1849) – nascimento de Naor, avô de Abrão
“E viveu Serugue trinta anos, e gerou a Naor”, avô de Abraão, conforme Gn 11:22, no Anno Mundi 1849, resultado de (1819 + 30).
“E viveu Serugue trinta anos, e gerou a Naor”, avô de Abraão, conforme Gn 11:22, no Anno Mundi 1849, resultado de (1819 + 30).
2018 AC – (Anno Mundi 1878) – nascimento de Tera, pai de Abrão
“E viveu Naor vinte e nove anos, e gerou a Tera”, pai de Abraão, conforme Gn 11:24, no Anno Mundi 1878, resultado de (1849 + 29).
“E viveu Naor vinte e nove anos, e gerou a Tera”, pai de Abraão, conforme Gn 11:24, no Anno Mundi 1878, resultado de (1849 + 29).
1980 AC – (Anno Mundi 1916) – nascimento de Naor e Harã
Gênesis não faz qualquer menção cronológica aos irmãos de Abraão, mas o Livro de Jasher relata de forma precisa não só as datas de nascimento, mas também as mortes de ambos em duas passagens distintas.
Vejamos Jasher 24:27: “E Naor, filho de Tera, irmão de Abrão, morreu naqueles dias, no quadragésimo ano da vida de Isaque, e todos os dias de Naor foram cento e setenta e dois anos, e morreu, e foi enterrado em Harã”.
Gênesis não faz qualquer menção cronológica aos irmãos de Abraão, mas o Livro de Jasher relata de forma precisa não só as datas de nascimento, mas também as mortes de ambos em duas passagens distintas.
Vejamos Jasher 24:27: “E Naor, filho de Tera, irmão de Abrão, morreu naqueles dias, no quadragésimo ano da vida de Isaque, e todos os dias de Naor foram cento e setenta e dois anos, e morreu, e foi enterrado em Harã”.
Quanto a Harã, Jasher 12:16 no diz o seguinte: “E Tera ficou grandemente aterrorizado na presença do rei e disse ao rei: foi Harã, meu filho mais velho, que me aconselhou a isto; e Harã tinha, nos dias do nascimento de Abrão, trinta e dois anos”. Subtraindo-se 32 anos do ano de nascimento de Abraão, temos o Anno Mundi 1.916.
Isaque, como veremos adiante, nasceu em 2.048 A.M. Teria 40 anos em 2.088 A.M. (2048 + 40). Subtraindo-se 172, idade de Naor quando faleceu, de 2.088, data em que Isaque teria 40 anos, temos que Naor nasceu em 1.916 A.M.
Conclui-se, desta forma, que ambos nasceram no mesmo ano, sendo gêmeos.
Para conclusão do cálculo das datas de Naor, Harã e Ló deve-se consultar o cálculo da data de nascimento de Isaque mais adiante.
Para conclusão do cálculo das datas de Naor, Harã e Ló deve-se consultar o cálculo da data de nascimento de Isaque mais adiante.
1949 AC – (Anno Mundi 1947) – nascimento de Ló
Quanto a Ló, Jasher 24:22 diz o seguinte: “E Ló, filho de Harã, também morreu naqueles dias, no trigésimo nono ano da vida de Isaque, e todos os dias que Ló viveu foram cento e quarenta anos e morreu”.
Temos, portanto, que Ló nasceu um ano antes de Abraão, no Anno Mundi 1.947, resultado de (2048 + 39) – 140.
Quanto a Ló, Jasher 24:22 diz o seguinte: “E Ló, filho de Harã, também morreu naqueles dias, no trigésimo nono ano da vida de Isaque, e todos os dias que Ló viveu foram cento e quarenta anos e morreu”.
Temos, portanto, que Ló nasceu um ano antes de Abraão, no Anno Mundi 1.947, resultado de (2048 + 39) – 140.
Para fins ilustrativos, colocamos na cronologia as datas referentes a Naor, Harã e Ló, deixando claro que as mesmas não impactam nem estão em desacordo com as datas estabelecidas em Gênesis.
1948 AC – (Anno Mundi 1948) – nascimento de Abrão
Conforme Gn 11:26: “E viveu Tera setenta anos, e gerou a Abrão, a Naor, e a Harã”, , no Anno Mundi 1948, resultado de (1978 + 70). Abrão é a 10ª geração depois de Noé, nascido 292 anos depois do dilúvio e 48 antes dos acontecimentos da Torre de Babel.
Conforme Gn 11:26: “E viveu Tera setenta anos, e gerou a Abrão, a Naor, e a Harã”, , no Anno Mundi 1948, resultado de (1978 + 70). Abrão é a 10ª geração depois de Noé, nascido 292 anos depois do dilúvio e 48 antes dos acontecimentos da Torre de Babel.
Curiosamente tanto a data gregoriana de seu nascimento, quanto o Anno Mundi coincidem em 1948. É o único caso que conseguimos observar em toda cronologia.
Isto implica que temos de Adão até Abraão 1948 anos; De Abrão até o Ano Domini, ano 1 da nossa era, outros 1948 anos; Do ano 1 até o reestabelecimento do Estado de Israel moderno, outros 1948.
Embora Gênesis relate na mesma data o nascimento dos tres irmãos, sabemos que o redator se refere à Abrão, pois é ele, neste ponto da narrativa, o ator principal de Gênesis. Aliás, todo o relato das gerações posteriores ao dilúvio objetiva unicamente datar o nascimento de Abraão.
1938 AC – (Anno Mundi 1958) – nascimento de Sarai
Sarai era 10 anos mais jovem que Abrão, conforme lemos em Gn 17:17: “Então caiu Abraão sobre o seu rosto, e riu-se, e disse no seu coração: A um homem de cem anos há de nascer um filho? E dará à luz Sara da idade de noventa anos?”, portanto, nascida no Anno Mundi 1958.
O Dilúvio
Sarai era 10 anos mais jovem que Abrão, conforme lemos em Gn 17:17: “Então caiu Abraão sobre o seu rosto, e riu-se, e disse no seu coração: A um homem de cem anos há de nascer um filho? E dará à luz Sara da idade de noventa anos?”, portanto, nascida no Anno Mundi 1958.
O Dilúvio
2240 AC – (Anno Mundi 1656) – o dilúvio
Deus decide mandar as águas do dilúvio sobre a terra e eliminar dela tanto homens quanto animais. Mas Noé foi considerado um homem justo e foi escolhido para recomeçar a povoar a terra a partir de sua família. Desta forma, Deus ordena a Noé que construa uma arca e que nela coloque além de sua família um casal de cada espécie de animal vivente dando-lhe as medidas e as instruções necessárias para a construção.
Deus decide mandar as águas do dilúvio sobre a terra e eliminar dela tanto homens quanto animais. Mas Noé foi considerado um homem justo e foi escolhido para recomeçar a povoar a terra a partir de sua família. Desta forma, Deus ordena a Noé que construa uma arca e que nela coloque além de sua família um casal de cada espécie de animal vivente dando-lhe as medidas e as instruções necessárias para a construção.
A arca tinha, conforme o relato bíblico contido no capítulo 6 de Gênesis, 300 côvados de comprimento, 50 côvados de largura por 30 côvados de altura. Um côvado, medida antiga fora de uso hoje em dia, teria cerca de 45,62 Cm, e assim, as dimensões da arca seriam equivalentes a 137,16 Mt de comprimento, 22,86 Mt de largura por 13,71 Mt de altura, o que equivale a uma área de mais de 43.000 m3.
Numa outra forma de equivalência, seria comparável, em termos de capacidade a um trem moderno de 1229 vagões de 35 m3 cada um, tamanho de um vagão de carga padrão.
Não se sabe ao certo quantos anos Noé demorou para construir a arca. O livro apócrifo de Jasher, no capítulo 5, versículo 34 afirma que Noé demorou cinco anos para construí-la. Parece um tempo razoável, em que paralelamente se deveria organizar o plantio e reserva de alimentos a serem consumidos por um ano pela família de Noé e pelos animais.
Gênesis 6:1-3 diz o seguinte: “E aconteceu que, como os homens começaram a multiplicar-se sobre a face da terra, e lhes nasceram filhas, e viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram. Então disse o Senhor: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos”.
Algumas interpretações acerca desta passagem reputam que “filhos de Deus” quer referir-se a anjos, que desobedecendo a ordem natural das coisas desceram à terra e possuiram as mulheres de maneira a gerar uma raça híbrida de gigantes, propalada pela “teologia moderna” como sendo os Nephelins. Seria esta a gota d’água que faz com que Deus envie o dilúvio.
Trata-se, no entanto, de mera especulação, fruto de condições atmosféricas adversas, pois como já disse um sábio pastor, muita teologia é feita nos dias chuvosos, porque o mau tempo impede o “teólogo” de sair de casa e ele se ocupa de fazer teologia.
No entanto, conforme o ponto de vista do historiador bíblico John Fok, há que se entender que o capítulo 6 de Gênesis está contextualizado com os capítulos 4 e 5, de maneira que no capítulo 4 vemos o retrato da descendência de Caim, enquanto no capítulo 5, a de Sete, terceiro filho homem de Adão.
Enquanto Moisés chama de “filhas dos homens” as mulheres descendentes de Caim, a descendência de Sete representa uma estirpe que permanece fiel ao Criador, desta forma, nomeada “ filhos de Deus”. Assim, o que retrata Gn 6:3 nada mais é que a conclusão de que as duas estirpes, por iniciativa dos descendentes de Sete, se juntaram, o que não foi tolerado por Deus. A palavra “gigante” que define o fruto de cruzamento destas raças vem originalmente da tradução King James, mas é mais acertadamente traduzida como “decaídos” ou “tiranos”. (John Fok, Old Tetstament Survey, Cap. 2, Pág 51).
Resultam deste versículo duas interpretações possíveis: a primeira que Noé demorou cento e vinte anos para construir a arca, tempo este em que os homens foram avisados de seu destino e não mudaram de atitude; e a segunda, que Deus, além de se decidir a eliminar o homem da face da terra, decidiu também encurtar o seu tempo de vida limitando-o a cento e vinte anos.
A diminuição da vida dos homens vem de fato a acontecer. É interessante notar, que depois do dilúvio, o tempo de vida dos homens passa a ser muito menor do que o de seus ancestrais pré-dilúvicos, mas que esta transformação vai acontecendo gradualmente, como se Deus houvesse de alguma forma forma reprogramado o genoma humano, fazendo com que nosso organismo se estinguisse cada vez mais cedo a ponto de estabelecer a idade de 120 anos como tempo limite de vida para os homens.
O fato de os primeiros homens viverem tanto tempo, perto de mil anos, conforme o relato bíblico, pode parecer uma coisa mitológica ou simbólica aos olhos do homem moderno, mas não é. Vários historiadores antigos o confirmam, não poucos, conforme relata Flávio Josefo: “que muitos que escreveram a história da Grécia como de outras nações, dão este testemunho. Maneton, que escreveu a história dos egípcios, Berose, que nos deixou a dos caldeus, Moco, Hestieu e Jerônimo, o egípcio, que escreveram a dos fenícios dizem também a mesma coisa. Hesíodo, Hecateu, Ascaulila, Helanico, Eforo e Nicolau, referem que estes primeiros homens viviam até mil anos”. (História dos Hebreus – Volume I – Cap 15).
Ainda neste contexto, Josefo nos diz que a longevidade dos primeiros homens foi importante para que estes conhecessem as ciências e a astronomia, o que não seria possível se a vida fosse breve.
Sabe-se com precisão que o ano do dilúvio foi 1656 A.M. Em Gn 9:28 lê-se que “viveu Noé, depois do dilúvio, trezentos e cinqüenta anos”. Sabe-se também com igual precisão que a da morte de Noé ocorreu no Anno Mundi 2006 aos 950 anos de idade, conforme Gn 9:29 que diz que “foram todos os dias de Noé novecentos e cinqüenta anos, e morreu”.
Somando-se ao nascimento de Noé os 950 anos de sua vida e subtraindo-se os 350 anos que Noé viveu depois do dilúvio temos o Anno Mundi de 1656.
Lemos em Gn 7:11-12 que “no ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês, naquele mesmo dia se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus se abriram, e houve chuva sobre a terra quarenta dias e quarenta noites”, a ponto de cobrir toda a terra, pois a água chegou a estar acima do nível das montanhas.
Desta forma, todo ser vivente que havia sobre a terra veio a perecer, tanto homens, quanto animais e aves. “Tudo que havia em terra seca, morreu”, de maneira que as águas custaram 150 dias para baixar seu nível e secar a terra. Só depois disto saiu Noé da arca que atracara no topo do Monte Ararate que se localiza na Turquia moderna.
Entre entrar e sair da arca depois do dilúvio passou-se um ano completo e dez dias, entre dia 17 do segundo mês do ano 600 da vida de Noé (Gn 7:11) e 27 do segundo mês do ano 601 de sua vida (Gn 8:14-18)
2239 AC – (Anno Mundi 1657) – secam-se as águas do dilúvio
Conforme Gn 8:13 “aconteceu que no ano seiscentos e um, no mês primeiro, no primeiro dia do mês, as águas se secaram de sobre a terra. Então Noé tirou a cobertura da arca, e olhou, e eis que a face da terra estava enxuta”. Trata-se do ano 601 da vida de Noé, cujo valor somado ao seu ano de nascimento nos situa no Anno Mundi 1657.
Conforme Gn 8:13 “aconteceu que no ano seiscentos e um, no mês primeiro, no primeiro dia do mês, as águas se secaram de sobre a terra. Então Noé tirou a cobertura da arca, e olhou, e eis que a face da terra estava enxuta”. Trata-se do ano 601 da vida de Noé, cujo valor somado ao seu ano de nascimento nos situa no Anno Mundi 1657.
A história de muitas nações registra à sua maneira este acontecimento. Um deles, a Epopéia de Gilgamesh, a mais antiga referência secular conhecida sobre o assunto, que diz o seguinte: “Cheios de inveja do homem, os deuses resolveram destruir completamente a raça dos mortais, afogando-os. Um deles, no entanto, revelou o segredo a um habitante da terra, seu favorito, ensinando-lhe a construir uma arca para a salvação da sua pessoa e da sua espécie. A inundação imperou durante sete dias, até que toda a terra ficou coberta pela água. Finalmente o turbilhão sossegou e as águas baixaram.
O homem favorito e seus irmãos saíram da arca e ofereceram um sacrifício em ação de graças. Esfomeados, devido à longa privação de alimentos, os deuses “aspiraram o doce cheiro e juntaram-se como moscas sobre o sacrifício”, decidindo nunca mais cometerem a loucura de tentar a destruição do homem. (ORIGENS SUMÉRIAS DA CIVILIZAÇÃO – Historia – Edward McNall Burns – História da Civilização Ocidental Vol. 1)
Quanto aos tempos modernos, Robert Duane Ballard, famoso oceanógrafo pela descoberta dos destroços do Titanic em 1985, do Couraçado Bismarck em 1989 e dos destroços do USS Yorktown em 1998, iniciou no ano 2000 uma pesquisa financiada pela National Geographic que descobriu no fundo do Mar Negro, próximo à Turquia, um assentamento humano, conforme seus cálculos, de cerca de 7.500 anos.
De acordo com suas palavras, “se for confirmada a relação entre o assentamento humano – e, talvez, a cidade submersa – com o dilúvio universal bíblico, será a maior descoberta de todos os tempos”. A pesquisa está ainda em curso (2010).
Embora distante cerca de cinco mil anos da data bíblica do dilúvio, não deixa ainda assim de ser admirável a colocação do dilúvio numa data tão próxima à data bíblica, uma vez que outros pesquisadores, ainda num passado recente, costumam localizar acontecimentos milhões de anos antes. É sem dúvida um progresso.
A arca de Noé é um tema que tem fascinado arqueólogos e pesquisadores desde os séculos antigos. Muitas teorias a favor e contra o dilúvio foram levantadas desde então.
A arca de Noé é um tema que tem fascinado arqueólogos e pesquisadores desde os séculos antigos. Muitas teorias a favor e contra o dilúvio foram levantadas desde então.
Independente da crença num dilúvio universal, como relata a Bíblia, ou num dilúvio local, restrito à Mesopotâmia, como querem outros, o fato é que a ciência concorda que ele aconteceu e numa data próxima ao relato bíblico.
Poderíamos continuar a falar sobre este tema por muitas e muitas páginas, mas não é nosso propósito. Há teorias sobre uma inclinação mínima do eixo da terra que causaria tal inundação, ou pela vontade divina ou por um cometa que passasse próximo ao planeta, ou ainda o degelo das calotas polares que poderia fazer subir o nível das águas dos mares a 150 metros de altura e outras tantas. Vale a pena você mesmo empreender a sua pesquisa sobre o assunto.
O Livro de Jasher
O Livro de Jasher
O Livro de Jasher é um apócrifo que relata de forma paralela ao Pentateuco (cinco primeiros livros da Bíblia), os eventos ocorridos entre a criação do homem e os dias de Josué. Pode ser facilmente encontrado na Internet para download ou ser adquirido impresso na língua inglesa no site Amazon.com.
Em termos cronológicos, Jasher é um escrito posterior ao Êxodo, conforme relata ele próprio em seu capítulo 73 (Jasher 73:28-29): “E Balaão, o mágico, quando viu que a cidade fora tomada, abriu o portão, e ele e seus dois filhos, e oito irmãos, fugiram e retornaram ao Egito, a Faraó, rei do Egito. Estes são os feiticeiros e mágicos que são mencionados no Livro da Lei, que ficaram contra Moisés quando o Senhor trouxe as pragas ao Egito”. O Livro da Lei, neste caso, se refere ao Êxodo, onde se relatam os dez mandamentos.
Jasher é mencionado diretamente duas vezes no Antigo Testamento, a saber, em Js 10:13: “E o sol se deteve, e a lua parou, até que o povo se vingou de seus inimigos. Isto não está escrito no livro de Jasher? O sol, pois, se deteve no meio do céu, e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro”; Em 2 Sm 1:18: “Dizendo ele que ensinassem aos filhos de Judá o uso do arco. Eis que está escrito no livro de Jasher”.
Há também ao menos uma referência não direta ao mesmo livro no Novo Testamento, em II Tm 3:8 que relata: “como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé”. Estes personagens não são mencionados em nenhuma passagem do Antigo Testamento, mas eram conhecidos de Paulo, que tinha, portanto, tido acesso ao Livro de Jasher, onde o assunto é detalhado no seu capítulo 79.
É bom que se mencione que Jasher merece o título de apócrifo, pois há nele, inúmeros textos que claramente indicam sua falta de inspiração, uma vez que reporta usos e costumes contrários à lei de Moisés, quando relata casos de necromancia, feitiçaria, lendas, controle sobre a mente de demônios, entre outros.
Em termos cronológicos, no entanto, quando sincronizado com os eventos datados na Bíblia, Jasher é absolutamente correto e desta forma, pedimos ao leitor licença para utilizá-lo, certo de que entenderá que não tentamos utilizar de forma tendenciosa qualquer informação nele contida, mas sim, aproveitar as informações valiosas nele contidas.
Há relatos bíblicos, por exemplo, em Gênesis, que não se encontram em Jasher e vice-versa. Quanto aos relatos coincidentes, as datas são absolutamente as mesmas. Jasher parece uma redação baseada nos escritos do Pentateuco, acrescida de relatos que possivelmente vieram da cultura oral dos hebreus, que como em qualquer outra cultura, faz agregar à história, as crendices e exageros naturais do folclore.
Não deve por isto ser desprezado, pois acaba por esclarecer ou ao menos lançar luzes sobre certos fatos pouco detalhados na Bíblia, fatos estes, que se por sua vez não forem o retrato da verdade, são no mínimo uma boa sugestão sobre o que pode realmente ter acontecido. Exemplo: Sara, depois do nascimento de Isaque pede que Abraão se livre de Agar e Ismael, no que Abraão lhe ouve, conforme relato de Gn 21.
Em Gênesis, tal relato nos dá a impressão de ser uma atitude de uma mulher ciumenta e de pouca paciência, mas Jasher esclarece o fato mostrando que Ismael tencionava matar Isaque, fato que foi presenciado por Sara, que não teve outra alternativa senão fazer o que fez.
Outro exemplo trata de um acontecimento ocorrido quando Moisés retornava ao Egito a fim de libertar o povo, conforme Gn 4:24-26: “E aconteceu no caminho, numa estalagem, que o Senhor o encontrou, e o quis matar. Então Zípora tomou uma pedra aguda, e circuncidou o prepúcio de seu filho, e lançou-o a seus pés, e disse: Certamente me és um esposo sanguinário. E desviou-se dele. Então ela disse: Esposo sanguinário, por causa da circuncisão”.
Segundo Jasher, Moisés tomara Zípora, sua esposa, e seus dois filhos, Gerson, o primogênito, e Eliezer, o mais novo, e no caminho para o Egito encontra-se com um anjo do Senhor que tenta matá-lo.
Jasher explica que Moisés havia circuncidado Eliezer, o mais novo, mas não circuncidara Gerson, seu primogênito, por conta de um costume aprendido na casa de Faraó onde fora criado, rompendo desta forma o pacto feito por Deus com Abraão, razão pela qual o anjo se opõe a ele. Zípora circuncida seu filho livrando Moisés das mãos do anjo. Há muitos outros eventos em Jasher que têm este mesmo valor.
Por fim é importante dizer que Jasher não impacta esta cronologia, apenas presta esclarecimentos a alguns fatos, assim como duas outras fontes que usaremos constantemente, a saber, o Talmude e a Seder Olam Rabbah (livro de datas dos judeus), sobre os quais faremos comentários mais adiante.
De Adão a Matusalém
De Adão a Matusalém
O relato das datas que veremos a seguir, entre a criação do homem e a morte de Matusalém, embora possa parecer uma coisa secundária, pois descreve apenas nascimentos e mortes de pessoas, é, na verdade, fundametal para o cálculo de todas as datas contidas na Bíblia.
Faltasse qualquer uma delas não seria possível nenhum cálculo de datas na Bíblia, ainda mais que o referido trecho cronológico nos fala dos ancestrais de Jesus reportados no Evangelho de Lucas.
Enquanto Mateus nos dá a genealogia de José, marido de Maria, pai de Jesus por adoção, mostrando seu direito à sucessão ao trono de Davi pela linhagem do rei Salomão, Lucas nos mostra que também Maria era descendente de Davi pela linhagem de Natã, também filho de Davi.
Mateus reporta a árvore genealógica de Abraão até Jesus (Mt 1:1-17), e Lucas descende a linhagem de Maria até Adão Lc 3:23-38), criado por Deus, confirmando, e desta forma tornando literal a informação contida em Gênesis, que para muitos é apenas um relato simbólico.
Alguns teólogos chegam a dizer que a sequência de pessoas descritas de Adão até Noé representa “clãs”, e não pessoas. Se o fosse, Lucas não os teria citado na genealogia de Jesus, como também citam pessoas deste período, a Epístola aos Hebreus, I e II Pedro, Judas, além de outros livros do Antigo Testamento. Judas, por exemplo, em sua epístola, cita Enoque como profeta de Deus: “E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos.” (Jd 1:14)
3896 AC – (Anno Mundi zero) – criação de Adão e Eva
Comecemos pelo ano zero, quando Deus criou Adão e Eva, conforme Gênesis (Gn) 1:26-27: “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”.
Comecemos pelo ano zero, quando Deus criou Adão e Eva, conforme Gênesis (Gn) 1:26-27: “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”.
Adão e Eva geraram Caim e Abel, sobre os quais não há relatos cronológicos, não se sabendo, portanto, os anos de seus nascimentos.
Após a morte de Abel, morto por seu irmão, e o banimento de Caim do convívio de sua família, o relato cronológico menciona o nascimento de Sete, filho de Adão e Eva, quando Adão tinha 130 anos de idade.
Quanto a Caim, veio a criar sua própria família, e Gênesis relata os nomes de seus descendentes, que aliás, coincidem com alguns nomes dos descendentes de Sete, mas trata-se de outras pessoas.
Uma pergunta frequente que se faz, é como Caim encontrou uma mulher se até aquele momento a Bíblia relata apenas o nascimento dos dois irmãos, Caim e Abel?
O fato é que o redator de Gênesis apenas reporta aquilo que acha importante, mesmo porque, Caim e sua descendência desaparerão da história de Gênesis, dando lugar a Sete e seus descendentes, ancestrais de Jesus. Não relata de onde vem esta mulher porque não é importante, e também por assumir que o leitor há de concluir que ela só poderia ser filha de Adão e Eva, portanto, irmã de Caim.
Um relato sobre as filhas de Eva está presente no livro apócrifo de Jasher, bem como no também apócrifo Livro dos Jubileus, sobre os quais falaremos mais adiante, mencionando que além de Caim e Abel, Adão e Eva, geraram antes do nascimento de Sete mais tres filhas mulheres, uma delas, a esposa de Caim.
No Livro dos Jubileus estas filhas são citadas nominalmente, onde o redator conta que Awan, primeira filha de Eva, nascida um ano depois de Abel (Enoque 4:9) veio a ser a esposa de Caim.
É importante notar que a cronologia bíblica é basicamente focada nos ancestrais de Jesus. Relata, sim, outras personalidades, muitos eventos, mas basicamente foca na ascendência de Jesus, descendente de Abraão e do rei Davi, tanto por parte de Maria, sua mãe, bem como de José, seu pai por adoção.
Especificamente no que se refere ao período compreendido entre Adão e o dilúvio, a Bíblia relata apenas a cronologia das pessoas justas daquele tempo. Note-se que nenhum dos personagens em questão, dos descendentes de Sete, veio a morrer por causa do dilúvio. Matusalém, o homem que mais anos viveu sobre a terra vem a falecer justamente no ano do dilúvio.
3766 AC – (Anno Mundi 130) – nascimento de Sete
Gn 5:3 registra que “Adão viveu cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e pôs-lhe o nome de Sete”. Desta forma, o nascimento de Sete se deu no Anno Mundi 130, ou seja, 3766 AC. Como computamos 3896 anos de Adão até Jesus, este é o nosso algorítimo de conversão das datas Anno Mundi para ano Gregoriano. Desta forma, subtraindo-se 3896 de 130 temos o resultado negativo – 3766, o que significa 3766 AC (antes de Cristo).
Gn 5:3 registra que “Adão viveu cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e pôs-lhe o nome de Sete”. Desta forma, o nascimento de Sete se deu no Anno Mundi 130, ou seja, 3766 AC. Como computamos 3896 anos de Adão até Jesus, este é o nosso algorítimo de conversão das datas Anno Mundi para ano Gregoriano. Desta forma, subtraindo-se 3896 de 130 temos o resultado negativo – 3766, o que significa 3766 AC (antes de Cristo).
3661 AC – (Anno Mundi 235) – nascimento de Enos
Da mesma forma, Gn:5-6 registra que “viveu Sete cento e cinco anos, e gerou a Enos”, portanto, Enos nasceu no ano 235, resultado de 130+105. As datas de nascimento dos demais personagens apontados seguem o mesmo raciocínio.
Da mesma forma, Gn:5-6 registra que “viveu Sete cento e cinco anos, e gerou a Enos”, portanto, Enos nasceu no ano 235, resultado de 130+105. As datas de nascimento dos demais personagens apontados seguem o mesmo raciocínio.
3571 AC – (Anno Mundi 325) – nascimento de Cainã
Em Gn 5:9 temos que “viveu Enos noventa anos, e gerou a Cainã”, portanto Cainã nasceu no Anno Mundi 325, resultado de (235 +90);
Em Gn 5:9 temos que “viveu Enos noventa anos, e gerou a Cainã”, portanto Cainã nasceu no Anno Mundi 325, resultado de (235 +90);
3501 AC – (Anno Mundi 395) – nascimento de Maalalel
Em Gn 5:12 temos que “viveu Cainã setenta anos, e gerou a Maalaleel”, que nasceu no Anno Mundi 395, resultado de (325 + 70);
Em Gn 5:12 temos que “viveu Cainã setenta anos, e gerou a Maalaleel”, que nasceu no Anno Mundi 395, resultado de (325 + 70);
3436 AC – (Anno Mundi 460) – nascimento de Jerede
Em Gn 5:15 temos que “viveu Maalaleel sessenta e cinco anos, e gerou a Jerede”, que nasceu no Anno Mundi 460, correspondente a (395 + 65);
Em Gn 5:15 temos que “viveu Maalaleel sessenta e cinco anos, e gerou a Jerede”, que nasceu no Anno Mundi 460, correspondente a (395 + 65);
3274 AC – (Anno Mundi 622) – nascimento de Enoque
Em Gn 5:18 temos que “viveu Jerede cento e sessenta e dois anos, e gerou a Enoque”, que nasceu em 622 A.M., correspondente a (460+162);
Em Gn 5:18 temos que “viveu Jerede cento e sessenta e dois anos, e gerou a Enoque”, que nasceu em 622 A.M., correspondente a (460+162);
3209 AC – (Anno Mundi 687) – nascimento de Matusalém
Em Gn:5:21 temos que “viveu Enoque sessenta e cinco anos, e gerou a Matusalém”, que nasceu no Anno Mundi 687, correspondente a (622 + 65);
Em Gn:5:21 temos que “viveu Enoque sessenta e cinco anos, e gerou a Matusalém”, que nasceu no Anno Mundi 687, correspondente a (622 + 65);
3022 AC – (Anno Mundi 874) – nascimento de Lameque
Em Gn 5:25 temos que “viveu Matusalém cento e oitenta e sete anos, e gerou a Lameque”, que nasceu no Anno Mundi 874, resultado de (687 + 187);
Em Gn 5:25 temos que “viveu Matusalém cento e oitenta e sete anos, e gerou a Lameque”, que nasceu no Anno Mundi 874, resultado de (687 + 187);
2966 AC – (Anno Mundi 930) – morte de Adão
Gênesis 5:5 registra que “foram todos os dias que Adão viveu, novecentos e trinta anos, e morreu”, sendo este, portanto, o Anno Mundi 930.
Gênesis 5:5 registra que “foram todos os dias que Adão viveu, novecentos e trinta anos, e morreu”, sendo este, portanto, o Anno Mundi 930.
Há a partir do capítulo 3 do Livro de Jasher uma série de relatos relacionados à morte de Adão, dizendo que no ano 56 da vida de Lameque Adão faleceu e foi enterrado na caverna que Deus lhe dera por habitação com grande pompa por Enoque e Matusalém além de seus dois filhos Caim e Sete.
Conta que todos os homens vieram prestar reverência ao primeiro criado por Deus e que desde então aquela data seria lembrada por gerações. Conta ainda que desde aquele dia Enoque separou-se dos demais homens a fim de servir a Deus. Enoque teria tomado para si a veste de pele que Deus fizera para Adão e que esta veste passara depois para Matusalém, e depois deste para Noé, que a levou consigo na arca.
A veste foi roubada tempos depois por Cão, filho de Noé, que a deu em herança para Cuxe e este para Ninrode, o primeiro homem poderoso a surgir na história de Gênesis. (Gn 10:8)
Vê-se desta forma o caráter folclórico de Jasher, uma vez que tais relatos devem ser oriundos da cultura popular.
Vê-se desta forma o caráter folclórico de Jasher, uma vez que tais relatos devem ser oriundos da cultura popular.
2909 AC – (Anno Mundi 987) – Arrebatamento de Enoque
Gênesis 5:23-24 registra que “foram todos os dias de Enoque trezentos e sessenta e cinco anos. E andou Enoque com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus para si o tomou”. Temos, portanto, que Enoque não experimentou a morte, mas foi sim, arrebatado por Deus no Anno Mundi 987, correspondente a (622+ 365);
Gênesis 5:23-24 registra que “foram todos os dias de Enoque trezentos e sessenta e cinco anos. E andou Enoque com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus para si o tomou”. Temos, portanto, que Enoque não experimentou a morte, mas foi sim, arrebatado por Deus no Anno Mundi 987, correspondente a (622+ 365);
2854 AC – (Anno Mundi 1042) – morte de Sete
Gênesis 5:8 registra que “foram todos os dias de Sete novecentos e doze anos, e morreu”, portanto, estamos no Anno Mundi 1042, resultado de (130 + 912);
Gênesis 5:8 registra que “foram todos os dias de Sete novecentos e doze anos, e morreu”, portanto, estamos no Anno Mundi 1042, resultado de (130 + 912);
2840 AC – (Anno Mundi 1056) – nascimento de Noé
Em Gn 5:28-29 temos que “viveu Lameque cento e oitenta e dois anos, e gerou um filho, a quem chamou Noé”, portanto, Noé nasceu no Anno Mundi 1056, resultado de (984 + 182).
Em Gn 5:28-29 temos que “viveu Lameque cento e oitenta e dois anos, e gerou um filho, a quem chamou Noé”, portanto, Noé nasceu no Anno Mundi 1056, resultado de (984 + 182).
2756 AC – (Anno Mundi 1140) – morte de Enos
Gênesis 5:11 registra que “foram todos os dias de Enos novecentos e cinco anos, e morreu”, portanto, estamos no Anno Mundi 1140, resultado de (235 + 905);
Gênesis 5:11 registra que “foram todos os dias de Enos novecentos e cinco anos, e morreu”, portanto, estamos no Anno Mundi 1140, resultado de (235 + 905);
2661 AC – (Anno Mundi 1235) – morte de Cainã
Gênesis 5:14 registra que “foram todos os dias de Cainã novecentos e dez anos, e morreu”, portanto, faleceu no Anno Mundi 1235, resultado de (325 + 910);
Gênesis 5:14 registra que “foram todos os dias de Cainã novecentos e dez anos, e morreu”, portanto, faleceu no Anno Mundi 1235, resultado de (325 + 910);
2606 AC – (Anno Mundi 1290) – morte de Maalaleel
Gênesis 5:17 registra que “foram todos os dias de Maalaleel oitocentos e noventa e cinco anos, e morreu”, portanto, estamos no Anno Mundi 1290, resultado de (395 + 895);
Gênesis 5:17 registra que “foram todos os dias de Maalaleel oitocentos e noventa e cinco anos, e morreu”, portanto, estamos no Anno Mundi 1290, resultado de (395 + 895);
2474 AC – (Anno Mundi 1422) – morte de Jerede
Gênesis 5:20 registra que “foram todos os dias de Jerede novecentos e sessenta e dois anos, e morreu”, portanto, estamos no Anno Mundi 1422, resultado de (460 + 962);
Gênesis 5:20 registra que “foram todos os dias de Jerede novecentos e sessenta e dois anos, e morreu”, portanto, estamos no Anno Mundi 1422, resultado de (460 + 962);
2360 AC – (Anno Mundi 1536) – Deus limita o tempo dos homens
Gn 6:3 diz o seguinte: “Então disse o Senhor: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos”.
Gn 6:3 diz o seguinte: “Então disse o Senhor: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos”.
Há duas interpretações para esta passagem, sendo uma delas a de que durante os 120 anos que antecederam o dilúvio, Noé, conforme ordenado por Deus, chamou os homens ao arrependimento. A outra é literal, onde Deus limitou de fato a longevidade humana. Estenderemos este comentário quando tratarmos da data do dilúvio.
2340 AC – (Anno Mundi 1556) – nascimento de Jafé, filho de Noé
Gênesis 5:32 da conta do nascimento dos três filhos de Noé da seguinte forma: “era Noé da idade de quinhentos anos, e gerou Noé a Sem, Cão e Jafé”, portanto, registra-se este acontecimento no Anno Mundi 1556, resultado de (1056 + 500).
Gênesis 5:32 da conta do nascimento dos três filhos de Noé da seguinte forma: “era Noé da idade de quinhentos anos, e gerou Noé a Sem, Cão e Jafé”, portanto, registra-se este acontecimento no Anno Mundi 1556, resultado de (1056 + 500).
Pode-se afirmar que se trata do nascimento de Jafé. Sem virá a nascer dois anos depois de Jafé, conforme veremos adiante, e Cão era o filho mais novo. A Bíblia relata em Gn 9:19-25 que depois do dilúvio houve um incidente entre Noé e seu filho Cão, o mais jovem dos três.
Noé plantou uma vinha e se embriagou vindo a se desnudar em sua tenda. Cão viu a nudez de seu pai e desrespeitosamente o fez saber a seus irmãos que cobriram o corpo de Noé. No dia seguinte, “despertou Noé do seu vinho, e soube o que seu filho menor lhe fizera. E disse: Maldito seja Canaã ; servo dos servos seja aos seus irmãos”. Gn 9:24
Sem é o pai da raça semita, de quem descenderão os israelitas; Cão teve um filho de nome Canaã, este a quem Noé amaldiçoa, de quem virão os cananitas, habitantes de Canaã, onde Israel irá habitar no futuro.
2338 AC – (Anno Mundi 1558) – nascimento de Sem
Sem nasceu no Anno Mundo de 1558, conforme se lê em Gn 11:10: “Sem era da idade de cem anos e gerou a Arfaxade, dois anos depois do dilúvio”. Dois anos depois do dilúvio (que aconteceu em 1656 A.M.), portanto, em 1658 A.M., tinha Sem 100 anos de idade, de onde se sabe corretamente seu ano de nascimento (1658 – 100);
Sem nasceu no Anno Mundo de 1558, conforme se lê em Gn 11:10: “Sem era da idade de cem anos e gerou a Arfaxade, dois anos depois do dilúvio”. Dois anos depois do dilúvio (que aconteceu em 1656 A.M.), portanto, em 1658 A.M., tinha Sem 100 anos de idade, de onde se sabe corretamente seu ano de nascimento (1658 – 100);
2245 AC – (Anno Mundi 1651) – morte de Lameque, pai de Noé
No Anno Mundi de 1651, cinco anos antes do dilúvio, morreu Lameque, pai de Noé, conforme Gn 5:31: “E foram todos os dias de Lameque setecentos e setenta e sete anos, e morreu”, conforme (874 + 777).
No Anno Mundi de 1651, cinco anos antes do dilúvio, morreu Lameque, pai de Noé, conforme Gn 5:31: “E foram todos os dias de Lameque setecentos e setenta e sete anos, e morreu”, conforme (874 + 777).
2240 AC – (Anno Mundi 1656) – morte de Matusalém
Em 1656 A.M., no mesmo ano em que aconteceu o dilúvio, faleceu Matusalém, conforme Gn 5:27: “foram todos os dias de Matusalém novecentos e sessenta e nove anos, e morreu”. De acordo com a tradição judaica, descrita no Talmude, Matusalém teria falecido uma semana antes da chegada das águas do dilúvio.
Em 1656 A.M., no mesmo ano em que aconteceu o dilúvio, faleceu Matusalém, conforme Gn 5:27: “foram todos os dias de Matusalém novecentos e sessenta e nove anos, e morreu”. De acordo com a tradição judaica, descrita no Talmude, Matusalém teria falecido uma semana antes da chegada das águas do dilúvio.
Gn 7:7-10 nos relata que somente sete dias depois de Noé entrar na arca é que veio o divúvio. O comentário do Talmude sobre o verso 10 conclui que os sete dias dentro da arca antes da chegada das águas foram os dias de lamentação pela morte de Matusalém.
Sabe-se, no entanto, que é apenas um comentário, pois há na Toseftah Sotah (compilação secundária das leis orais judaicas) outras interpretações para o mesmo texto, mostrando, desta forma, que o uso de várias interpretações para o mesmo texto servia de inspiração para sermões.
O nascimento de Isaque e a expulsão de Ismael
1848 AC – (Anno Mundi 2048) – nascimento de Isaque
Através de Gn 21:5 nos localizamos com absoluta certeza no Anno Mundi 2048, pois ali é registrado o nascimento de Isaque. “Era Abraão da idade de cem anos, quando lhe nasceu Isaque seu filho”, resultado de (1948 + 100). Isaque veio a nascer 14 anos depois de Ismael e Abraão habitava em Canaã já havia 25 anos.
Através de Gn 21:5 nos localizamos com absoluta certeza no Anno Mundi 2048, pois ali é registrado o nascimento de Isaque. “Era Abraão da idade de cem anos, quando lhe nasceu Isaque seu filho”, resultado de (1948 + 100). Isaque veio a nascer 14 anos depois de Ismael e Abraão habitava em Canaã já havia 25 anos.
1847 AC – (Anno Mundi 2049) – morte de Serugue
Gênesis relata a morte de Serugue, bisavô de Abraão, no Anno Mundi 2049, aos duzentos e trinta anos de idade, duzentos anos depois de haver gerado Naor, pai de Abraão (1849 + 200).
Gênesis relata a morte de Serugue, bisavô de Abraão, no Anno Mundi 2049, aos duzentos e trinta anos de idade, duzentos anos depois de haver gerado Naor, pai de Abraão (1849 + 200).
1843 AC – (Anno Mundi 2053) – expulsão de Agar e Ismael
Conforme Gn 21:8, quando Isaque foi desmamado, cerca de cinco anos depois de seu nascimento, por conta de conflitos entre suas duas mulheres, mães de seus dois filhos, Sara pede a Abraão que expulse Agar e Ismael de seu convívio.
Conforme Gn 21:8, quando Isaque foi desmamado, cerca de cinco anos depois de seu nascimento, por conta de conflitos entre suas duas mulheres, mães de seus dois filhos, Sara pede a Abraão que expulse Agar e Ismael de seu convívio.
Este pedido pareceu mal a Abraão, mas Deus o orientou a fazer conforme Sara lhe pedira, pois a aliança feita entre Deus e Abraão teria continuidade com Isaque, e não com Ismael, de maneira que “se levantou Abraão pela manhã de madrugada, e tomou pão e um odre de água e os deu a Agar, pondo-os sobre o seu ombro; também lhe deu o menino e despediu-a; e ela partiu, andando errante no deserto de Berseba”. (Gn 21:14).
Há, no capítulo 21 de Jasher, alguns relatos interessantes sobre Ismael. Segundo Jasher, Ismael tornou-se arqueiro e habitou no deserto, tendo sido abençoado por Deus com muito gado, por consideração a Abraão, seu pai.
Jasher explica, por exemplo, que o pedido de Sara a Abraão para que expulsasse Agar e seu filho deveu-se a ela ter presenciado uma cena, quando Ismael tinha dezenove anos e Isaque cinco, em que Ismael chegou a entesar o arco e colocar nele uma fecha para atingir Isaque. Desta forma Sara não teve alternativa senão a de fazer o que fez.
Jasher relata outro fato interessante, que no tempo apropriado, Agar, mãe de Ismael, tomou-lhe uma esposa egípcia que lhe deu quatro filhos e duas filhas. Passado muito tempo, certo dia Abraão resolveu visitar Ismael no deserto encontrando por fim sua tenda. Não estavam nem Ismael nem Agar, mas somente a esposa egípcia de Ismael e seus filhos.
Como Abraão houvesse prometido a Sara que não desceria de seu camelo, pediu à nora, sem dizer quem era, um pouco de água, ao que ela respondeu que não havia nem água nem pão para lhe oferecer. Abraão permaneceu por um pouco tempo à espera de seu filho, e assim, pode perceber que a mulher, já dentro da tenda, batia nos filhos e amaldiçoava Ismael.
Abraão chamou então a mulher para fora e deu-lhe a seguinte instrução: “quando chegar Ismael, diz-lhe que esteve aqui à sua procura um homem muito velho com tal aparência, que veio da terra dos filisteus, mas não disse quem era. Diz também a ele que jogue fora o prego que ele colocou dentro de sua tenda e arranje outro melhor”.
Quando Ismael retornou, a mulher lhe disse tal e qual Abraão lhe instruíra, de tal forma que Ismael entendeu que se tratava de seu pai, e que sua esposa o tratara com desonra. Despediu então a mulher e tempos depois se casou com outra.
Anos depois a estória se repete, desta vez com a nova esposa. Esta, porém, com um procedimento muito diferente da primeira, ofereceu a Abraão, sem saber que se tratava de seu sogro, água e pão para que este se reconfortasse da longa viagem, de maneira que na hora da despedida, Abraão pede também a ela que transmita um recado a Ismael: “Diz a Ismael que passou à sua procura um homem muito velho, vindo da terra dos filisteus, que não disse quem era. Dei-lhe pão e água para que se reconfortasse da viagem e ele lhe deixou um recado: que o novo prego que puseste na tenda é muito bom e que você nunca o jogue fora”.
Tempos depois, ainda conforme Jasher, Ismael visitou seu pai na terra dos filisteus, trazendo a nova esposa e os filhos e permaneceu com Abraão por muitos anos.
1843 AC a 1822 AC – (2053 A.M. a 2074 A.M.)
Conforme Gn 11:23, Abraão peregrinou pela terra dos filisteus por muitos anos, vindo depois disto a mudar-se para Berseba, no sul de Israel, e depois para Hebrom.
Conforme Gn 11:23, Abraão peregrinou pela terra dos filisteus por muitos anos, vindo depois disto a mudar-se para Berseba, no sul de Israel, e depois para Hebrom.
1822 AC – (Anno Mundi 2074) – nascimento de Rebeca
Esta informação não está na Bíblia, mas é bastante consistente. Gênesis omite as datas de nascimento e morte de Rebeca. De acordo com Jasher, Rebeca teria nascido no Anno Mundi 2074.
Esta informação não está na Bíblia, mas é bastante consistente. Gênesis omite as datas de nascimento e morte de Rebeca. De acordo com Jasher, Rebeca teria nascido no Anno Mundi 2074.
Chega-se a esta data da seguinte maneira: de acordo com Jasher 36:3-6, Rebeca teria falecido quando Jacó tinha noventa e nove anos de idade, portanto, no Anno Mundi 2.207.
Ainda de acordo com Jasher, Rebeca teria cento e trinta e três anos quando faleceu. Desta forma, subtraindo-se 133 de 2.207, temos o ano de seu nascimento em 2.074 A.M.
1813 AC – (Anno Mundi 2083) – morte de Tera, pai de Abraão
No Anno Mundi 2083, morreu na cidade de Harã, Tera, pai de Abraão, aos 205 anos de idade. Abraão tinha então 135 anos, e já se havia passado precisamente 60 anos depois de haver Abraão e sua família terem deixado Tera vivo em Harã para seguir viagem para a Palestina, conforme a ordem de Deus.
No Anno Mundi 2083, morreu na cidade de Harã, Tera, pai de Abraão, aos 205 anos de idade. Abraão tinha então 135 anos, e já se havia passado precisamente 60 anos depois de haver Abraão e sua família terem deixado Tera vivo em Harã para seguir viagem para a Palestina, conforme a ordem de Deus.
Sabemos que Tera morreu no Anno Mundi 2083 (Gn 11:32) somando sua idade ao ano de seu nascimento (1878 + 205), tendo vivido, portanto, até que Isaque tivesse completado 35 anos de idade.
Sodoma e Gomorra
Sodoma e Gomorra
1848 AC – (Anno Mundi 2048) – destruição de Sodoma e Gomorra
Foi por volta desta época, entre a circuncisão de Abraão e o nascimento de Isaque, que Deus destruiu as cidades de Sodoma e Gomorra.
Foi por volta desta época, entre a circuncisão de Abraão e o nascimento de Isaque, que Deus destruiu as cidades de Sodoma e Gomorra.
Ló, sobrinho de Abraão habitava em Sodoma e por concessão de Deus, ele e sua família foram evacuados da cidade indo buscar refúgio em Zoar, isto por volta do Anno Mundi de 2048.
Ló passou a habitar nas regiões altas de Zoar. Sua esposa, como se sabe, transformou-se numa estátua de sal ao desobedecer as ordens de Deus quando voltou-se para ver o que sucedia nas cidades.
Ló vivia com suas filhas que não haviam produzido descendentes de seus maridos. Consideraram estas, que em sua família não havia homens que sucedessem a seu pai, e resolvem embriagar Ló para gerarem elas próprias filhos de seu pai: “E a primogênita deu à luz um filho, e chamou-lhe Moabe; este é o pai dos moabitas até ao dia de hoje. E a menor também deu à luz um filho, e chamou-lhe Ben-Ami; este é o pai dos filhos de Amom até o dia de hoje. (Gn 19:37-38)
De Ló, portanto, procederam estas duas nações, a saber, os amonitas e os moabitas, cuja relação com Israel virá a ser bastante tempestuosa a ponto de Moisés escrever uma lei no Deuteronômio proibindo que amonitas e moabitas pudessem entrar na congregação do Senhor (Dt 23:3) ao mesmo tempo em que sabemos que o grande rei Davi é neto de Rute, uma moabita.
No Livro de Jasher há um comentário interessante a respeito da atitude das filhas de Ló: diz Jasher que ao saírem de Sodoma vieram a se refugiar em uma caverna. Nos dias que se seguiram, vendo que as cidades haviam sido destruídas, imaginaram que todo o mundo o fora também, e que, portanto, haviam restado somente eles e desta forma, a continuidade de sua espécie dependeria da procriação com o próprio pai.
O nascimento de Ismael
O nascimento de Ismael
Os eventos ocorridos entre 2023 A.M, época da partida de Abrão para o Egito, e 2034 A.M., ano de nascimento de seu filho Ismael, não podem ser datados com precisão, pois não há relato de suas datas no Gênesis. Faremos, portanto, apenas o registro dos acontecimentos deste intervalo de tempo de 11 anos.
De Siquém Abrão segue para Betel onde edifica um altar ao Senhor e depois disto vai para Neguebe. Havia escassez de comida na região naquela época, o que obriga Abrão a se dirigir ao Egito em busca de alimentos para sua família.
Sarai era uma mulher extremamente bonita, e por esta razão, o rei do Egito vem a desejá-la e de fato chega a tomá-la de Abrão pelo fato deste haver mentido sobre a sua condição de sua esposa, dizendo que se tratava de sua irmã.
Sarai, no conceito de família praticado na época, seria de fato irmã de Abrão, conforme ele mesmo se explica em Gn 20:12: “E, na verdade, é ela também minha irmã, filha de meu pai, mas não filha da minha mãe; e veio a ser minha mulher”.Sarai era filha de Harã, o irmão falecido de Abrão. Era, portanto, irmã de Ló, e assim, de fato, sobrinha de Abrão. Como era solteira no tempo em que seu pai faleceu, Terá, pai de Abraão a tomou como filha até que se casasse, sendo, por esta razão, considerada irmã de Abrão.
Mas Deus não permitiu que o rei a tocasse e puniu-o severamente, de maneira que Faraó a devolveu a Abrão, queixando-se a este, que por causa da mentira sobre Sarai, fora causado este mal entendido a todos.
Faraó despede Abrão dando a ele e a Sarai muitos presentes. Segundo o relato livro apócrifo de Jasher, entre os presentes recebidos estava Agar, filha de Faraó com uma de suas concubinas, que foi dada por serva a Sarai. Como se sabe, Agar será mãe de Ismael, primeiro filho de Abrão.
Abrão retorna ao sul de Canaã, a Neguebe, local situado entre Gaza e o Mar Morto. Ali, por conta de uma contenda entre seus pastores, os de Ló e alguns cananeus, ambos resolvem estabelecer-se em regiões diferentes: Ló escolhe as campinas férteis do Rio Jordão, perto de Sodoma e Abrão segue para o local onde será um dia construída a cidade de Hebrom.
A escolha egoísta de Ló não foi favorecida pelos acontecimentos, pois um pacto entre quatro reis da caldéia, a saber, Anrafel, rei de Sinar, Arioque, rei de Elasar, Quedorlaomer, rei de Elão, e Tidal, rei de Goim, colocam a região de Sodoma em perigo eminente, pois os reinos ali estabelecidos foram por 12 anos tributários de Quedorlaomer, rei de Elão, e nesta ocasião haviam se rebelado e não pagavam mais os tributos devidos.
Segundo a tradição judaica, Quedorlaomer, rei de Elão, havia recentemente derrotado Ninrode, personagem mencionado no Gênesis (Gn 10:8-9) como sendo um homem poderoso na terra naqueles tempos.
Estes quatro reis fazem, portanto, guerra aos cinco reis da região de Sodoma e os vencem, terminando por saquear suas cidades e levar consigo muito reféns como escravos, entre os quais, Ló, sobrinho de Abrão.
Abrão, quando informado que seu sobrinho havia sido levado, arma seus homens e parte atrás dos invasores, vindo a libertar os cativos e tomando de volta todos os bens pilhados. No caminho de volta a Canaã, Abrão tem um encontro com Melquisedeque, rei de Salém, que era sacerdote de Deus, a quem Abrão pagou o dízimo de tudo que havia recuperado.
O Capítulo 7 do Livro de Hebreus (Hb 7:1) assim registra este encontro: “Porque este Melquisedeque, que era rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou; A quem também Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça, e depois também rei de Salém, que é rei de paz; Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre. Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos”.
Tão grande era Melquisedeque, que no livro de Hebreus, Jesus é chamado de sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque e não segundo a ordem do levita de Arão.
Antes do nascimento de Ismael, conforme Gn 15:13-16, Deus diz a Abrão que seu povo será escravo por 400 anos e que a quarta geração voltará a Terra Prometida. Estejamos atentos a isto.
1862 AC – (Anno Mundi 2034) – nascimento de Ismael
Conforme Gn 16:16, Abrão tinha 86 anos de idade na época do nascimento de Ismael, portanto, no Anno Mundi de 2034 (1948 + 86).
Conforme Gn 16:16, Abrão tinha 86 anos de idade na época do nascimento de Ismael, portanto, no Anno Mundi de 2034 (1948 + 86).
De Ismael descendem os povos árabes, meio-irmãos, portanto, dos judeus. Por Gn 21:21 sabemos que Ismael virá habitar na região do deserto de Parã; e que sua mãe tomar-lhe-á mulher da sua terra, o Egito, como esposa.
1849 AC – (Anno Mundi 2047) – Deus muda os nomes de Abrão e Sarai
Treze anos depois do nascimento de Ismael, conforme Gn 17:1 e Gn 17:5, quando Abrão tinha 99 anos de idade, Deus muda o nome de Abrão para Abraão, cujo significado é “pai de muitas nações”. Estamos no Anno Mundi 2047, resultado de (1948 + 99). Muda também o nome de Sarai para Sara, cujo significado é “mãe de nações”.
Treze anos depois do nascimento de Ismael, conforme Gn 17:1 e Gn 17:5, quando Abrão tinha 99 anos de idade, Deus muda o nome de Abrão para Abraão, cujo significado é “pai de muitas nações”. Estamos no Anno Mundi 2047, resultado de (1948 + 99). Muda também o nome de Sarai para Sara, cujo significado é “mãe de nações”.
1849 AC – (Anno Mundi 2047) – circuncisão da casa de Abraão
No mesmo ano Abraão, Ismael e todos os homens de sua casa tiveram a carne do prepúcio circuncidada, conforme Gn 17:24-27 iniciando assim o costume de circuncidar entre os descendentes de Abraão todos os homens nascidos em sua casa.
A promessa de Deus a Abraão
No mesmo ano Abraão, Ismael e todos os homens de sua casa tiveram a carne do prepúcio circuncidada, conforme Gn 17:24-27 iniciando assim o costume de circuncidar entre os descendentes de Abraão todos os homens nascidos em sua casa.
A promessa de Deus a Abraão
1878 AC – (Anno Mundi 2018) – promessa de Deus a Abrão
Abrão nasceu na caldéia, provavelmente na cidade de Ur. Tinha, conforme vimos, dois irmãos, Harã e Naor. Harã veio a falecer aos oitenta e dois anos de idade e provavelmente por este motivo, Tera, seu pai, tomou sua família decidido a mudar-se para Canaã, conforme Gn11:31-32: “E tomou Tera a Abrão seu filho, e a Ló, filho de Harã, filho de seu filho, e a Sarai sua nora, mulher de seu filho Abrão, e saiu com eles de Ur dos caldeus, para ir à terra de Canaã; e vieram até Harã, e habitaram ali. E foram os dias de Tera duzentos e cinco anos, e morreu Tera em Harã”.
Abrão nasceu na caldéia, provavelmente na cidade de Ur. Tinha, conforme vimos, dois irmãos, Harã e Naor. Harã veio a falecer aos oitenta e dois anos de idade e provavelmente por este motivo, Tera, seu pai, tomou sua família decidido a mudar-se para Canaã, conforme Gn11:31-32: “E tomou Tera a Abrão seu filho, e a Ló, filho de Harã, filho de seu filho, e a Sarai sua nora, mulher de seu filho Abrão, e saiu com eles de Ur dos caldeus, para ir à terra de Canaã; e vieram até Harã, e habitaram ali. E foram os dias de Tera duzentos e cinco anos, e morreu Tera em Harã”.
Naor, irmão de Abrão, permaneceu em seu país, onde provavelmente nesta época já vivia em Padã-Arã, cidade onde no futuro Jacó se casará e viverá por vinte anos. Naor será avô de Rebeca, que virá a ser esposa de Isaque, filho de Abrão. Foram na viagem com Tera seu filho Abrão juntamente com sua esposa Sarai e seu sobrinho, Ló, filho de Harã, o irmão falecido.
Por alguma razão Tera não seguiu para Canaã, conforme planejado, vindo a se estabelecer no meio do caminho, na cidade de Harã, onde permaneceu sessenta anos até sua morte no Anno Mundi 2083. A leitura de Gn 12:1, logo a seguir o final do capítulo 11 (31-32) dá-nos a impressão que Abrão deixou Harã em conseqüência da morte de seu pai.
Vejamos o texto: “E tomou Tera a Abrão seu filho, e a Ló, filho de Harã, filho de seu filho, e a Sarai sua nora, mulher de seu filho Abrão, e saiu com eles de Ur dos caldeus, para ir à terra de Canaã; e vieram até Harã, e habitaram ali. E foram os dias de Tera duzentos e cinco anos, e morreu Tera em Harã. Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei”.
Estevão, o primeiro mártir cristão, teve também este entendimento. Em At 7:2-4 lemos: “E ele disse: Homens, irmãos, e pais, ouvi. O Deus da glória apareceu a nosso pai Abraão, estando na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã, E disse-lhe: Sai da tua terra e dentre a tua parentela, e dirige-te à terra que eu te mostrar. Então saiu da terra dos caldeus, e habitou em Harã. E dali, depois que seu pai faleceu, Deus o trouxe para esta terra em que habitais agora”.
No entanto, Tera viveu em Harã por mais 60 anos após a partida de Abraão para Canaã, conforme confirmam suas datas de nascimento e morte. Mas, atentando-se bem a Gn 12:1, percebe-se claramente que Tera estava vivo quando Deus chama por Abraão, pois lhe ordena que saia da casa de seu pai, o que não faria sentido se Tera houvesse falecido.
Gênesis 12:4 nos informa que Abrão tinha 75 anos de idade quando deixou Harã e seguiu para Canaã.
Tomando-se o nascimento de Abrão somado à sua idade na ocasião, (1948 + 75), concluímos que o chamamento de Abrão para seguir para Canaã deu-se no Anno Mundi 2023. O Livro de Gênesis nos dá esta data com absoluta precisão. Abrão deixou seu pai vivo em Harã e seguiu para Canaã juntamente com seu sobrinho Ló e respectivas famílias.
Neste mesmo ano Abrão chega a Siquem, local onde no futuro será construída uma cidade com este mesmo nome pelo rei Jeroboão, primeiro rei de Israel no tempo do reino dividido. Sabemos, portanto, que Abrão partiu para Canaã no Anno Mundi 2023. No entanto, não podemos concluir que seja esta a data da promessa de Deus a Abraão.
A data da promessa de Deus a Abrão é muito importante ser determinada com acuidade, pois dela depende a data do Êxodo de Israel, que veio a ocorrer depois de quatrocentos e trinta anos. Desta forma, para definirmos com precisão a data da promessa de Deus a Abrão, devemos analisar todo o contexto desde os primórdios de Abrão até o Êxodo.
Atribui-se comumente quatrocentos anos como sendo o tempo da escravidão dos hebreus no Egito, um erro comum, visto que os textos bíblicos se referem a este tempo com certa insistência, associando estes anos à escravidão e maltrato do povo de Israel, conforme veremos a seguir. Diga-se de passagem, que ao ser questionado sobre quanto tempo os hebreus foram escravos no Egito, a maioria dos cristãos responde sem pestanejar que foram quatrocentos anos.
No entanto, os quatrocentos anos se referem ao tempo total transcorrido entre o nascimento de Isaque e o Êxodo, assim como os quatrocentos e trinta anos englobam a este período os trinta anos entre a chamada de Abraão e o nascimento de Isaque.
Desta forma, conforme veremos adiante, os quatrocentos e trinta anos se dividem da seguinte forma: duzentos e vinte anos desde a chamada de Abraão até a entrada de Jacó no Egito, mais, duzentos e dez anos desde a entrada no Egito até o Êxodo. A escravidão propriamente dita teria durado entre oitenta e seis e cento e dez anos, conforme veremos ao tratarmos do Êxodo. Vejamos alguns textos que se referem a este tempo:
“Disse (Deus) a Abrão: Sabes, de certo, que peregrina será a tua descendência em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos”. (Gn 15:13)
“E falou Deus assim: Que a sua descendência seria peregrina em terra alheia, e a sujeitariam à escravidão, e a maltratariam por quatrocentos anos” (At 7:6)
Os dois textos são ambíguos quando lidos desatentamente, possibilitando que o leitor conclua que Israel esteve escravizado no Egito por quatrocentos anos, no entanto, nenhum deles afirma isto. `Ao contrário, os textos dizem duas coisas distintas, tanto um como o outro, que a descendência de Abrão seria peregrina em Canaã, terra de outros povos e que seria sujeita a maus tratos e a escravidão por quatrocentos anos, entre o tempo de peregrinação por Canaã e o fim da escravidão no Egito.
Já no contexto do Êxodo de Israel, Ex 12:40-41 nos diz o seguinte: “O tempo que os filhos de Israel habitaram no Egito foi de quatrocentos e trinta anos. E aconteceu que, passados os quatrocentos e trinta anos, naquele mesmo dia, todos os exércitos do Senhor saíram da terra do Egito”.
Temos, portanto, dois tempos distintos, quatrocentos, e quatrocentos e trinta anos. De que trata esta diferença de trinta anos? Trata-se da diferença do tempo compreendido entre a data da promessa de Deus a Abrão o nascimento de Isaque, herdeiro da promessa feita por Deus a Abrão.
Gn 15: 18 nos afirma que Isaque é herdeiro da promessa feita por Deus a Abrão. Vejamos o texto: “Naquele mesmo dia fez o Senhor uma aliança com Abrão, dizendo: À tua descendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates”.
Vejamos ainda Gn 17:19: “E disse Deus: Na verdade, Sara, tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque, e com ele estabelecerei a minha aliança, por aliança perpétua para a sua descendência depois dele”.
Vejamos ainda Gn 21:12: “Porém Deus disse a Abraão: Não te pareça mal aos teus olhos acerca do moço e acerca da tua serva; em tudo o que Sara te diz, ouve a sua voz; porque em Isaque será chamada a tua descendência”.
Isaque é o descendente de Abrão, herdeiro da promessa de Deus. É a descendência de Isaque que será primeiramente peregrina em terra alheia, e depois, sujeita à escravidão no Egito. Desta forma, entre o nascimento de Isaque até o Êxodo de Israel se contarão quatrocentos anos, da mesma maneira que da promessa de Deus a Abrão até o Êxodo, se contarão quatrocentos e trinta anos. Como sabemos, Isaque nasceu quando Abraão tinha cem anos de idade, conforme Gn 21:5: “E era Abraão da idade de cem anos, quando lhe nasceu Isaque seu filho”.
Passaram-se, portanto, vinte e cinco anos entre o tempo que Abrão chegou a Canaã, com 75 anos de idade, e o tempo do nascimento de Isaque, quando Abraão tinha cem anos de idade. Desta forma, concluímos que a promessa foi feita a Abrão no Anno Mundi 2018, cinco anos antes dele chegar a Canaã. Entre Ex 12:1-3, que trata da promessa feita a Abrão, e o verso 4, que anuncia a partida de Abrão para Canaã, passaram-se cinco anos. Mais detalhes sobre o tempo de escravidão no Egito serão vistos no contexto do Êxodo.
De Babel até a morte de Noé
De Babel até a morte de Noé
1901 AC – (Anno Mundi 1995) – Tera parte para Harã
Em Gn 11:31 lê-se: “E tomou Tera a Abrão seu filho, e a Ló, filho de Harã, filho de seu filho, e a Sarai sua nora, mulher de seu filho Abrão, e saiu com eles de Ur dos caldeus, para ir à terra de Canaã; e vieram até Harã, e habitaram ali”.
Em Gn 11:31 lê-se: “E tomou Tera a Abrão seu filho, e a Ló, filho de Harã, filho de seu filho, e a Sarai sua nora, mulher de seu filho Abrão, e saiu com eles de Ur dos caldeus, para ir à terra de Canaã; e vieram até Harã, e habitaram ali”.
A data da ida da família de Tera para Harã é incerta. Pelas informações de Gênesis não se pode datar com precisão pois há um longo período de mais de vinte anos em que poderia ter acontecido.
No entanto, fixamos o Anno Mundi 1995 (1.948 + 47) de acordo com as informações do capítulo 13 do Livro de Jasher (que comentaremos adiante), que informa que Abrão teria 47 anos de idade quando a família deixou Ur em direção a Canaã, vindo a se estabelecer no meio do caminho, em Harã.
Um dos motivos que poderia justificar a parada da família em Harã teria sido a necessidade de recompor o grande rebanho que a família possuía, por se tratar de uma região muito fértil e com boas pastagens.
1900 AC – (Anno Mundi 1996) – morte de Pelegue e Babel
Em Gn 11:19 lê-se que “viveu Pelegue, depois que gerou a Reú, duzentos e nove anos, e gerou filhos e filhas”, o que coloca a morte de Pelegue no Anno Mundi 1996, somando-se seus anos de vida ao seu ano de nascimento (1757 + 209).
Em Gn 11:19 lê-se que “viveu Pelegue, depois que gerou a Reú, duzentos e nove anos, e gerou filhos e filhas”, o que coloca a morte de Pelegue no Anno Mundi 1996, somando-se seus anos de vida ao seu ano de nascimento (1757 + 209).
Vejamos agora o que a narrativa complementar sobre o nascimento de Pelegue nos tem a dizer, conforme Gn 10:25-29: “E a Éber nasceram dois filhos: o nome de um foi Pelegue, porquanto em seus dias se repartiu a terra, e o nome do seu irmão foi Joctã. E Joctã gerou a Almodá, a Selefe, a Hazarmavé, a Jerá, a Hadorão, a Usal, a Dicla, a Obal, a Abimael, a Sebá, a Ofir, a Havilá e a Jobabe; todos estes foram filhos de Joctã”.
Diz a Bíblia que nos dias de Pelegue a terra foi repartida, o que veio a acontecer por causa da confusão de línguas em Babel. Sabemos, portanto, que Babel aconteceu nos dias de Pelegue.
No entanto, Pelegue viveu duzentos e nove anos e poder-se-ia dizer que Babel teria acontecido em qualquer um deles, mas não, se levarmos em conta que o narrador bíblico nos apontou a data de Babel com exatidão, sobrando, portanto, duas possibilidades, o ano de nascimento de Pelegue ou o de sua morte.
De acordo com a Seder Olam Rabbah, o Rabi Yose datou Babel no ano da morte de Pelegue pela razão de o redator estar fazendo um sumário da vida de Pelegue, onde inclui o fato de seu irmão mais novo, Joctã, conforme o relato bíblico, haver gerado treze filhos, o que torna impossível estar se referindo ao nascimento de Pelegue, mas sim à sua morte. Temos, portanto, que Babel aconteceu no Anno Mundi de 1996, ano da morte de Pelegue.
O Talmude atribui a Eber, pai de Pelegue, a qualificação de grande profeta de Deus, pois deu a seu filho mais velho o nome de Pelegue, que significa “divisão”, referindo-se ao fato de que nos dias de Pelegue a terra seria dividida (Gn 10:25).
Faz sentido a referência, ainda mais se notarmos o significado do nome do outro filho de Eber, Joctã, que significa “encurtar”. Lembremos que em Gn 6:3, conforme o comentário que fazemos no contexto da análise da data do dilúvio, que Deus decide diminuir o tempo de vida dos homens, e este fato pôde ser percebido por Eber nos dias em que gerou seus filhos, pois era evidente que os homens já não viviam o mesmo tempo de seus ancestrais.
Algo tinha de fato acontecido. Arfaxade, o primeiro a nascer depois do dilúvio, permanecerá vivo depois da morte das gerações posteriores a ele, entre os quais, Pelegue e Joctã. Faremos outros comentários a respeito da mudança dos padrões de idade dos homens após o dilúvio mais adiante, quando tratarmos da morte de Arfaxade no Anno Mundi 2096.
1899 AC – (Anno Mundi 1997) – morte de Naor, avô de Abrão
No Anno Mundi de 1997, conforme Gn 11:25, Naor, avô de Abraão, morreu aos 148 anos de idade: “E viveu Naor, depois que gerou a Tera, cento e dezenove anos, e gerou filhos e filhas” (1878 + 119).
No Anno Mundi de 1997, conforme Gn 11:25, Naor, avô de Abraão, morreu aos 148 anos de idade: “E viveu Naor, depois que gerou a Tera, cento e dezenove anos, e gerou filhos e filhas” (1878 + 119).
1898 AC – (Anno Mundi 1998) – morte de Harã, irmão de Abrão
Este fato não é mencionado na Bíblia. No Anno Mundi de 1998, conforme Jasher 12:37: “E Harã era de oitenta e dois anos de idade quando morreu no fogo de Casdim”, resultado de (1916 + 82).
Este fato não é mencionado na Bíblia. No Anno Mundi de 1998, conforme Jasher 12:37: “E Harã era de oitenta e dois anos de idade quando morreu no fogo de Casdim”, resultado de (1916 + 82).
1890 AC – (Anno Mundi 2006) – morte de Noé
Noé veio a falecer anos depois, no Anno Mundi 2006, aos 950 anos de idade, conforme Gn 9:29 que nos diz que “foram todos os dias de Noé novecentos e cinqüenta anos, e morreu”. (1056 + 950). Noé viveu por mais 350 anos depois do dilúvio.
Noé veio a falecer anos depois, no Anno Mundi 2006, aos 950 anos de idade, conforme Gn 9:29 que nos diz que “foram todos os dias de Noé novecentos e cinqüenta anos, e morreu”. (1056 + 950). Noé viveu por mais 350 anos depois do dilúvio.
Temos aqui uma constatação interessante: Abraão foi contemporâneo de Noé por 58 anos, entre os anos 1948 A.M, ano de seu nascimento e 2006 A.M., ano da morte de Noé. De acordo com o Livro de Jasher, Abraão conviveu com Noé por longo tempo, dos 10 aos 49 anos de idade, de quem aprendeu sobre as coisas de Deus.
A Seder Olam Rabbah
A Seder Olam Rabbah
Trata-se de uma crônica escrita em hebraico por volta do ano 160 D.C. majoritariamente pelo rabino Yose ben Halafta e por discípulos de sua escola, cujo propósito foi datar eventos bíblicos de Adão até o período persa.
Hoje já se encontra facilmente cópias recentes deste livro, além de muitas referências a ele. O próprio Talmude recorre à Serder Olam Rabbah para definir datas importantes da história do judaísmo.
Até um certo ponto da história dos hebreus é possível, a título de conferência de datas, recorrer à Seder Olam. Já dentro do período persa ou na fase helênica (influência grega) da história de Israel, ou mesmo antes, dá-se conta da impossibilidade de seu uso pelo advento dos “anos faltantes” no calendário hebraico, algo entre 130 a 165 anos.
Falaremos mais adiante sobre estes “anos faltantes”, mas por ora basta saber que que uma diminuição proposital significativa na duração do período persa causou a falta deste tempo no calendário em uso pelos judeus.
De qualquer maneira, os princípios ali utilizados são muito úteis quando se refere a encontrar datas não muito claras na Bíblia. O trabalho do Rabi Yose ben Halafta data os principais eventos do Antigo Testamento, além de acontecimentos não claramente indicados na Bíblia.
Um dos princípios que foram sabiamente adotados pelo Rabi Yose, foi o de assumir que o autor bíblico teve, sempre que possível, a intenção de datar os eventos com precisão. A máxima do Rabi Yose é esta: “A Escritura veio para esclarecer, não para confundir”.
Embora a datação da Seder Olam seja corretíssima até certo ponto da história, é ela também a responsável pelos anos faltantes do calendário judaico, sendo, desta forma, responsável pelo desvio de milhões de judeus do conhecimento de Jesus como Messias, o que invalida, sobre qualquer ponto de vista, seu próprio objetivo de esclarecer os eventos bíblicos ao invés de confundir.
Veremos um exemplo de utilização da metodologia do Rabi Yose quando se trata de datar os acontecimentos da Torre de Babel.
QUEM SÃO OS FILHOS DE ABRAÃO?
Um esclarecimento bíblico sobre a descendência árabe
Por Jeferson Dias, do projeto MAHABBA
Os muçulmanos, com aproximadamente 1,3 bilhões de adeptos, são encontrados em centenas de grupos étnicos diferentes ao redor do mundo e, possivelmente, três quarto das pessoas do mundo muçulmano não possuem antecedentes árabes. Contudo, o estilo de vida e cultura árabe de Maomé influenciou profundamente o islamismo.
A herança bíblica árabe é geralmente esquecida ou desconhecida por muitos. Talvez saibamos que Ismael se tornou um príncipe árabe e o fundador de muitas tribos árabes, porém, nosso conhecimento sobre a herança bíblica árabe é superficial.
Abraão é o pai de todos os que crêem. De acordo com as promessas de Deus, cada um é bendito ou maldito, dependendo da sua relação com o pai da fé. Ao longo da história, cristãos, judeus e muçulmanos buscam ostentar seu vínculo com o pai da fé.
A Bíblia é uma grande fonte de informações a respeito das genealogias árabes. E os árabes são um povo semita (descendentes de Sem), tanto quanto os judeus (Gn 10.21-32).
Segundo algumas fontes de pesquisa, existem, no mínimo, três tipos de árabes no Oriente Médio: os jotanianos (da linhagem de Jotão, filho de Gideão), os ismaelitas (da união de Abraão com Hagar) e os queturaítas (da união de Abraão com Quetura).
Todos querem pertencer à família de Abraão. Mas todos os árabes são descendentes de Ismael? Quem são os verdadeiros filhos de Abraão? Os árabes que afirmam ser descendentes de Abraão por meio de Ismael também estão incluídos nas promessas de bênçãos?
Vejamos o que a Bíblia diz.
A família de Abraão
Não podemos subestimar a importância de Abraão para as três grandes religiões monoteístas do mundo. Jesus era chamado “filho de Davi, filho de Abraão” (Mt 1.1). O Alcorão menciona Maomé como alguém achegado a Abraão (Surata 3.68).
Deus chamou Abraão para sair de sua terra, dos seus parentes e dos seus pais, para uma terra que ele não tinha idéia de onde seria. E o prêmio da obediência, as bênçãos, seria endereçado a ele e a todas as nações da terra (Gn 12.1-3). A bênção ou a maldição dos povos dependia da posição que Abraão tomasse. A porta da restauração da humanidade perdida foi aberta com o “sim” dado pelo profeta a Deus.
Foi difícil para Abraão meditar sobre a bênção aos seus descendentes, visto que ele e sua esposa estavam idosos e, aos do patriarca, a possibilidade de ter um filho tinha se esgotado. Deus disse que seu filho seria o herdeiro, porém, a paciência de Sara se esgotou primeiro e, “tentando ajudar a Deus”, pediu a Abraão para tomar a serva egípcia Hagar para que a descendência de Abraão fosse iniciada (Gn 16.2). Abraão, que tinha 86 anos de idade, teve um momento de fraqueza, chegando a ponto de concordar que realmente deveria “fazer alguma coisa” para que a promessa de Deus se cumprisse.
Obviamente, esse “não” era o caminho que Deus planejara para dar uma descendência numerosa a Abraão. Imediatamente, começaram os problemas. Sara, a legítima esposa, passou a ser desprezada aos olhos de sua serva Hagar quando esta constatou a gravidez. Sara, então, culpa Abraão, que se isenta da responsabilidade deixando a escrava nas mãos de sua esposa que, por sua vez, maltrata tanto a escrava que Hagar decide fugir para o deserto com o filho.
Com a fuga da escrava, parecia que a história tinha se encerrado, mas Deus não abandonaria Hagar. Ele a amava e também a seu filho. O amor de Deus socorre Hagar no deserto. Um anjo é enviado para ajudá-la e convencê-la a voltar para as tendas de Abraão. Deus dá um nome para o filho da escrava: Ismael, que significa “Deus ouve”. Realmente, Deus ouviu o choro de Hagar!
A escrava obedeceu a Deus e voltou para sua senhora, permitindo que Abraão vivesse ao lado de Ismael. Enquanto o menino crescia, Abraão se alegrava, crendo que a promessa de Deus se cumpriria por intermédio daquele menino, porém, a surpresa bateu à porta daquela família. O filho da promessa ainda estava por vir e não seria filho de uma escrava, mas da própria Sara, ainda que, fisiologicamente, fosse algo impossível. Deus não tinha se esquecido da promessa. Nasceu Isaque e, agora, Ismael tinha um rival. Apesar de Isaque ser o filho prometido, isso não diminuía a tremenda bênção sobre Ismael. Ismael deveria ser abençoado, ser frutífero, multiplicar-se, não apenas de maneira normal, mas “extraordinariamente”. Ele seria pai de doze príncipes e não se tornaria apenas uma nação, mas “uma grande nação”.1
A descendência de Ismael
Assim como houve doze patriarcas em Israel e doze filhos de Naor (Gn 22.20), assim também Ismael, considerado por muitos o patriarca dos árabes, gerou doze príncipes árabes.
Uma característica marcante na vida de Ismael era que ele seria como um “homem bravo” (ACF), “jumento selvagem” (NVI) (Gn 16.12). Ismael haveria de ser forte, selvagem e livre, e de trato difícil, desprezando a vida na cidade e amando sua liberdade a ponto de não ser capaz de viver com ninguém, nem com seus próprios parentes.
Ismael não desapareceu das páginas da história sagrada e muito menos ficou sem bênção, meramente por não pertencer à linhagem de Israel. Deus tinha um lugar e um destino reservados para ele. O Messias, da linhagem de Isaque, também seria o Salvador dos demais descendentes de Abraão e de todas as famílias da terra. Entretanto, os descendentes de Ismael se tornaram inimigos ferrenhos de Israel, descendentes de Isaque (Sl 83.1-18). E permanecem assim até os dias de hoje.2
A Bíblia cita os doze filhos de Ismael e afirma que seus descendentes se estabeleceram na região que vai de Hávila a Sur (região Leste do Egito e região Norte do deserto de Sinai), na direção de quem vai para Assur (Assíria, região Norte do Iraque). Abraão habitou por um tempo nessa região. Foi também a habitação dos amalequitas e de outras tribos nômades (Gn 25.18; 1Sm 15.7; 27.8). Além da Bíblia, os assentamentos, como, por exemplo, os de Quedar, Tema, Dumá e Nebaiote também são conhecidos, há mais de dois milênios.
Nebaiote, o filho mais velho de Ismael, que, em hebraico, significa “frutificação”, era chefe tribal árabe (1Cr 1.29). Sua descendência continuou a ser conhecida por esse nome (Gn 17.20; 25.16). Uma curiosidade histórica é o fato de que a terra de Esaú ou Edom finalmente caiu sob o controle da posteridade de Nebaiote. Esse clã árabe era vizinho do povo de Quedar. Ambos os nomes aparecem nos registros de Assurbanipal, rei da Assíria (669-626 a.C.). Embora alguns estudiosos rejeitem a idéia, possivelmente eles foram os antepassados dos nabateus.
Os nabateus eram um povo árabe cujo reino se expandiu, no passado, até Damasco, capital da Síria, um país árabe. Perto do século 4o a.C., eles estavam firmemente estabelecidos em Petra, que atualmente é um sítio arqueológico, com ruínas e construções magníficas, localizado na Jordânia, que também é um país árabe.
Quedar, o segundo filho de Ismael, em hebraico significa “poderoso”. Alguns estudiosos dizem que essa palavra significa “negro” ou “moreno”, uma referência aos efeitos da radiação solar na pele das pessoas que habitam os desertos quentes do Sul da Arábia, onde vivem os beduínos. O interessante é que, no livro de Cantares de Salomão (1.5), a esposa diz que “é morena como as tendas de Quedar”. No Antigo Testamento, o termo Quedar é usado genericamente para indicar as tribos árabes — beduínos (Ct 1.5; Is 21.16,17; 42.11; 60.7; Jr 2.10; Ez 27.21). No Salmo 120.5, Quedar e Meseque se referem, metaforicamente, a certas tribos bárbaras. Eram negociantes, numerosos em rebanhos e camelos. Alguns deles eram ferozes e temidos guerreiros. Jeremias predisse o julgamento de Quedar, dando a entender que seria destruído por Nabucodonosor (Jr 49.28,29). Após serem destruídos parcialmente por Nabucodonosor e Assurbanipal, eles diminuíram em números e em riquezas e se dissolveram em outras tribos árabes. Os estudiosos muçulmanos, ao reconstruírem a genealogia de Maomé, fazem-no descendente de Abraão, de Ismael, por meio de Quedar. Sam Shamoun, apologista cristão, nega que Maomé seja descendente direto de Ismael, baseado em pesquisas geográficas e étnicas.3
Em face de tudo isso, parece claro que a descendência de Ismael apresentou traços culturais, raciais e lingüísticos com algumas linhagens árabes existentes nos dias de hoje. Além disso, as próprias evidências históricas fortalecem a idéia de que os árabes são descendentes de Ismael, mas isso não significa afirmar que a totalidade dos árabes é descendente de Ismael.
Outras descendências
Descendentes de Jotão
Alguns árabes se referem a si mesmos como descendentes de Jotão (os árabes lhe chamam de Kahtan) e uma das tribos mais famosas que descendiam dele era Sabá, da qual os descendentes fundaram o reino de Sabá, no Iêmen, incluindo a renomada rainha de Sabá (chamada pelos árabes de Bilquis). A visita dessa rainha a Jerusalém, durante reinado de Salomão, é um exemplo de como o povo de Deus teve influência das “arábias”, mesmo nos tempos do Antigo Testamento. Salomão escreveu um dos salmos messiânicos (Sl 72), parcialmente, tendo Sabá em mente (veja os versículos 10 e 15). Jesus falou positivamente sobre a rainha de Sabá (Mt 12.42).
Aparentemente, pelo menos algumas das tribos semíticas adoravam o Deus de Sem, mesmo sem conhecê-lo inteiramente.
Descendentes de Ló
No final do capítulo 19 de Gênesis, observamos o aparecimento de duas linhas genealógicas, os moabitas e os amonitas.
Os moabitas foram descendentes de Ló e sua filha mais velha (Gn 19.30-37). Eles eram arrogantes e inimigos de Israel, mas Deus estava, mais uma vez, usando os babilônios como medida disciplinadora. Isaías (Capítulos15 e 16) e Jeremias (Capítulo 28) predisseram a queda de Moabe e a redução de um povo arrogante a um povo débil. Os moabitas viveram em sítios vizinhos aos seus irmãos amonitas.
Os amonitas eram descendentes de Amon, filho mais novo de Ló (Gn 19.38) e da sua filha mais jovem. Em Juízes 3.13, lemos que esse povo se mostrou hostil para com Israel. Uniu-se em ataque combinado a Israel com outros adversários do povo de Deus. A capital deles era Rabá. Posteriormente, essa cidade tomou o nome de Filadélfia, em honra a Ptolomeu Filadelfo. Atualmente, chama-se Aman, capital da Jordânia. A língua deles era semítica. Hoje, todas aquelas regiões são árabes.4 A raça amonita desapareceu misturada com outras raças semitas.
Embora não seja possível afirmar com precisão, podemos supor, juntamente com muitos estudiosos em genealogias, que há uma grande possibilidade de alguns árabes de hoje serem descendentes não somente de Ismael, mas também de Ló.
Descendentes de Esaú
Esaú, da linhagem de Isaque, teve como uma de suas esposas Maalate ou Basemate, irmã de Nebaiote, da linhagem de Ismael (Gn 28.9; 36.3). As “crianças de Isaque” estavam se misturando com as “crianças de Ismael”, nascendo assim outra linhagem genealógica. Com isso, nasce Reuel, que gerou Naate, Zerá, Samá e Mizá (Gn 36.13). Certamente, muitos árabes hoje apresentam suas genealogias oriundas dessa estranha, mas verdadeira fusão.
Outra descendência de Abraão
Depois que Isaque se casou com Rebeca, Gênesis 25 diz que Abraão desposou outra mulher, Quetura, e com ela teve outros filhos. Abraão, já em idade avançada, criou outra família! Todos os filhos de Quetura, eventualmente, tornaram-se chefes das tribos árabes. Uma dessas tribos era Midiã; os midianitas se opuseram ao Israel do profeta Balaão, porém, nem todos os midianitas eram contra os hebreus. Moisés se casou com Zípora, a filha de Jetro (Êx 2.16-22), que também era chamado de sacerdote de Mídia. Jetro reconhecia o Deus verdadeiro e até mesmo deu bons conselhos a Moisés que agradaram a Deus (Êx 18). Os midianistas, certamente, tiveram alguma revelação de Deus por intermédio de seu pai, Abraão.
Portanto, vemos claramente que os árabes em geral, que reivindicam ter Abraão como pai, certamente pertencem à mesma família e estão ligados a Israel.
A revista Veja apresentou uma reportagem em que as várias populações judaicas não apenas são parentes próximas umas das outras, mas também de palestinos, libaneses e sírios. A descoberta significa que todos são originários de uma mesma comunidade ancestral, que viveu no Oriente Médio há quatro mil anos. Em termos genéticos, significa parentesco bem próximo, maior que o existente entre os judeus e a maioria das outras populações. Quatro milênios representam apenas duzentas gerações, tempo muito curto para mudanças genéticas significativas. O resultado da pesquisa é coerente com a versão bíblica de que os árabes e os judeus descendem de um ancestral comum, o patriarca Abraão.5
Os árabes de hoje e as bênçãos dadas à descendência de Abraão
Por conveniência, definimos os árabes como o povo que fala o árabe, como língua mãe, e que vive na península arábica e regiões circunvizinhas. Hoje, existem diferentes tipos de etnias dentro da região árabe. Algumas nações se tornaram árabes, pois foram arabizadas, como o Sudão e a Somália. Outras realmente descendem das linhagens dos antepassados. Mas, afinal, os ismaelitas (filhos de Ismael) são os árabes de hoje?
Flávio Josefo, historiador judeu, declara que Ismael é pai da nação árabe, conforme crêem os árabes. Segundo Josefo, não podemos descartar a profecia de Isaías, que diz que os ismaelitas adorarão o Messias.6
Raphael Patai, um judeu, declara em seu livro, Semente de Abraão, que o termo “árabe” está contido nas mesmas inscrições com o termo “Quedar”, filho de Ismael, no século 9 a.C., nas epígrafes assírias. Patai também encontrou provas que mostram que os árabes foram sinônimos dos “nabateus”, descendentes de Nebaiote.
Em verdade, o mundo árabe hoje é oriundo de um mosaico de etnias, haja vista as diferentes genealogias formadas no decorrer da história. Talvez, Mahmud, Hassan ou quaisquer outros árabes, sejam descendentes de Ismael, por intermédio da descendência de Nebaiote ou Quedar, ou até mesmo por Ló, ou pela nova família de Abraão com Quetura. Não podemos também descartar a possibilidade de os árabes serem descendentes da fusão entre as crianças de Isaque com as de Ismael ou até mesmo por intermédio de Jotão. Em todas essas possibilidades, encontramos a genética do pai Abraão.
A promessa de Deus a Abraão foi clara e específica: “O seu próprio filho será o seu herdeiro” (Gn 15.4). Mas a grande questão é a seguinte: esta promessa de descendência deve ser entendida em termos raciais ou espirituais?
O apóstolo Paulo esclarece a questão em sua carta aos gálatas: “Ora, as promessas foram feitas a Abraão e a seu descendente. A Escritura não diz: E a seus descendentes, como falando de muitos, mas como de um só: E a teu descendente, que é Cristo” (Gl 3.16).
Todas as promessas feitas a Abraão são cumpridas em Jesus. É por meio do maior Filho de Abraão, Jesus, que a bênção falada em Gênesis alcançará os povos do mundo. A linhagem racial se torna minúscula quando sabemos que podemos ser herdeiros de Abraão, ainda que não sejamos árabes ou judeus.
Jesus nasceu no tempo determinado por Deus (Gl 4.4), como o “descendente” de Abraão. A relação que temos com Jesus se torna fator determinante se pertencemos realmente a Deus ou não.
Paulo resume isso definitivamente ao declarar: “Se vocês são de Cristo, são descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa” (Gl 3.26,27, 29).
Louvamos a Deus, pois milhares de árabes encontraram Jesus nestes últimos tempos. E na Bíblia, além dos versículos já mencionados, existem muitos outros que nos dão a esperança de que os árabes, eventualmente, serão salvos. Isaías 60.6,7 relata sobre um tempo em que a glória do Senhor será manifestada: “A multidão de camelos te cobrirá, os dromedários de Midiã e Efá [os descendentes de Abraão por intermédio de Quetura]; todos virão de Sabá [descendentes de Jotão]; trarão ouro e incenso e publicarão os louvores do SENHOR. Todas as ovelhas de Quedar [descendentes de Ismael] se reunirão junto de ti; servir-te-ão os carneiros de Nebaiote; para o meu agrado subirão ao meu altar, e eu tornarei mais gloriosa a casa da minha glória”.
Finalmente, quando olhamos para o Novo Testamento, lá estavam os árabes no dia de Pentecoste (At 2.11). Deus, realmente, quer que sua mensagem alcance os árabes, porque Allahu Mahabba — “Deus é amor”.
Temos de acreditar que Deus salvará os árabes, seja qual for a sua descendência. Que os milhões de árabes possam ser realmente inseridos na descendência espiritual de Abraão, por intermédio de Jesus, e que a igreja evangélica seja capaz de reconhecer e compreender as promessas dirigidas a esse povo.
O nascimento de Ismael
“Ora Sarai, mulher de Abrão, não lhe dava filhos, e ele tinha uma serva egípcia, cujo nome era Agar.
“E disse Sarai a Abrão: Eis que o SENHOR me tem impedido de dar à luz; toma, pois, a minha serva; porventura terei filhos dela. E ouviu Abrão a voz de Sarai.
“Assim tomou Sarai, mulher de Abrão, a Agar egípcia, sua serva, e deu-a por mulher a Abrão seu marido, ao fim de dez anos que Abrão habitara na terra de Canaã.
“E ele possuiu a Agar, e ela concebeu; e vendo ela que concebera, foi sua senhora desprezada aos seus olhos.
“Então disse Sarai a Abrão: Meu agravo seja sobre ti; minha serva pus eu em teu regaço; vendo ela agora que concebeu, sou menosprezada aos seus olhos; o SENHOR julgue entre mim e ti.
“E disse Abrão a Sarai: Eis que tua serva está na tua mão; faze-lhe o que bom é aos teus olhos. E afligiu-a Sarai, e ela fugiu de sua face. E o anjo do SENHOR a achou junto a uma fonte de água no deserto, junto à fonte no caminho de Sur.
“E disse: Agar, serva de Sarai, donde vens, e para onde vais? E ela disse: Venho fugida da face de Sarai, minha senhora. Então lhe disse o anjo do SENHOR: Torna-te para tua senhora, e humilha-te debaixo de suas mãos.
“Disse-lhe mais o anjo do SENHOR: Multiplicarei sobremaneira a tua descendência, que não será contada, por numerosa que será.
“Disse-lhe também o anjo do SENHOR: Eis que concebeste, e darás à luz um filho, e chamarás o seu nome Ismael; porquanto o SENHOR ouviu a tua aflição.
“E ele será homem feroz, e a sua mão será contra todos, e a mão de todos contra ele; e habitará diante da face de todos os seus irmãos.
“E ela chamou o nome do SENHOR, que com ela falava: Tu és Deus que me vê; porque disse: Não olhei eu também para aquele que me vê?
“Por isso se chama aquele poço de Beer-Laai-Rói; eis que está entre Cades e Berede.
“E Agar deu à luz um filho a Abrão; e Abrão chamou o nome do seu filho que Agar tivera, Ismael.
“E era Abrão da idade de oitenta e seis anos, quando Agar deu à luz Ismael” (Gn 16.1-16)
Notas de referência:
1 FROESE, Arno.Conflito em família no Oriente Médio. www.chamada.com.br
2 MCCURRY, Don. Esperança para os muçulmanos. Ed. Descoberta, p.8-23, 1999.
3 SHAMOUN, Sam. Ishmael is not the father of Muhammad. www.answering-islam.org
4 The Arabs in Bible Prophecy. www.chrisadelphia.org/archive/arabs.html
517/5/2000, p. 86.
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O século XX será conhecido como o mais turbulento da história humana. Durante seus primeiros 45 anos, houve duas guerras mundiais que dizimaram milhões e milhões de pessoas. Esse foi o século em que o comunismo começou a florescer na Rússia e se espalhou pelo mundo. Contudo, vimos também o colapso interno do comunismo, vividamente demonstrado na queda do Muro de Berlim.
Foi no século XX que vimos também a ascensão de um espírito sinistro que enganou o povo através da tentativa de solucionar o chamado problema mundial judaico. O mesmo espírito foi responsável pelo surgimento da estrutura de poder anti-semita mais temida que o mundo já conheceu. Mais de 6 milhões de judeus pereceram nas mãos do assassino regime nazista alemão, sob a liderança de Adolf Hitler.
O Regresso dos Judeus
No século XX também experimentamos algo absolutamente singular: o retorno dos judeus à terra de seus pais. Ao final do século XIX, os primeiros colonizadores judeus começaram a chegar à terra de Israel. Eles se uniram com aqueles que já estavam ali e começaram a cultivar as partes do território chamado de Palestina. Seu objetivo era restaurar a terra, trazê-la de volta à vida e produzir comida para o povo que ainda haveria de chegar.
Naqueles primeiros dias, a terra parecia sem qualquer esperança. Mas os judeus persistiram, e o fruto do seu trabalho foi a fundação do Estado de Israel no dia 14 de maio de 1948. Desde aquela época, o foco das atenções transferiu-se dramaticamente do novo mundo, os Estados Unidos, para o velho mundo, o Oriente Médio, como sendo o centro do futuro.
Paralelamente ao desenvolvimento do moderno sionismo, com seu alvo de fazer os judeus voltarem à terra de Sião, surgiu também a fenomenal explosão da importância das nações árabes. De repente e sem que se pudesse esperar, o mundo industrializado viu-se à mercê do mundo árabe que controlava as vastas reservas de petróleo. Enquanto centenas de livros são escritos acerca do conflito do Oriente Médio e um volume de documentos quase inesgotável está à nossa disposição, queremos salientar que o conflito todo não é simplesmente algo político, religioso, militar ou econômico, mas, na realidade, é um conflito familiar. Assim como dois filhos de uma família brigam por um brinquedo, judeus e árabes continuam a brigar pela herança: a terra de Israel.
Abraão: o Início de Israel e dos Árabes
Abraão é o homem com quem esse conflito árabe/judeu começou. Ele foi uma pessoa singular porque recebeu uma promessa muito especial de Deus, o Criador.
No capítulo 11 de Gênesis lemos a respeito da tentativa malograda de conseguir uma unidade mundial através da Torre de Babel, que supostamente deveria atingir os céus. Em Gênesis 12 lemos, então: "Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra" (vv. 1-3).
Não se trata de uma bênção pronunciada por um sacerdote, um profeta ou algum grande dignitário. Esta bênção foi confirmada pela promessa quádrupla dada a Abraão por ninguém menos do que o próprio Criador do céu e da terra, o Deus eterno que sempre foi, que é e que sempre será!
Esse homem, Abraão, foi instruído por Deus a deixar tudo para trás e fazer uma jornada à Terra Santa. Ele teve de deixar seu país, sua parentela, até mesmo a casa de seu pai, e viajar para um lugar que lhe era desconhecido. E esse homem confiou no Deus vivo que lhe havia falado e partiu.
Uma das características singulares de Abraão foi que ele obedeceu naquilo que foi instruído a fazer. Ele creu em Deus e imediatamente agiu. Por esse motivo, lemos no Novo Testamento: "...para vir [Abraão] a ser o pai de todos os que crêem..." (Romanos 4.11).
Abraão era um admirável e fiel servo do Senhor. Ele creu em Deus mais do que em qualquer outra coisa. Todavia, em algumas ocasiões, Abraão permitiu que a sua carne corresse em paralelo à sua vida de fé.
Por isso o conflito que vemos hoje no Oriente Médio pode ser remontado às origens desse grande patriarca do povo de Israel e dos árabes.
Abraão e os Árabes
A paciência de Sarai, esposa de Abraão, esgotou-se primeiro: "Disse Sarai a Abrão: Eis que o SENHOR me tem impedido de dar à luz filhos; toma, pois, a minha serva, e assim me edificarei com filhos por meio dela. E Abrão anuiu ao conselho de Sarai" (Gênesis 16.2).
Abraão, que tinha 86 anos de idade, teve um momento de fraqueza. Ele se esqueceu de Deus e logicamente chegou ao ponto onde também deve ter pensado: "Nós temos de fazer alguma coisa!"
Pode bem ser que ele tenha concordado com Sarai, julgado ser essa a solução do Senhor, e deste modo seguido o conselho de sua esposa.
"Ele a possuiu, e ela concebeu. Vendo ela que havia concebido, foi sua senhora por ela desprezada" (v. 4).
Obviamente, esse não era o caminho que Deus planejara para dar uma descendência numerosa a Abraão. Imediatamente começaram os problemas. Sarai, a legítima esposa, passou a ser desprezada aos olhos de sua serva Hagar, que deu a Abraão um filho, o seu primogênito, chamado Ismael.
Se Abraão e Sara reconheceram que aquilo que fizeram estava errado, não há evidência disso nas Escrituras.
Treze anos mais tarde, entretanto, Deus falou a Abrão, agora com 99 anos de idade, repetindo novamente a promessa que Ele lhe fizera anos atrás.
Mas então Deus mudou o nome de Abrão para Abraão. Abrão significa "pai das alturas" ou "pai exaltado", e Abraão significa "pai de multidão".
A Oração de Abraão pelos Árabes
Depois de receber outras instruções, Abraão aparentemente começou a pensar que Deus estava confirmando Ismael como Sua semente escolhida. Ele orou: "...Tomara que viva Ismael diante de ti!" (Gênesis 17.18).
Mas Deus rapidamente o corrigiu: "De fato, Sara, tua mulher, te dará um filho, e lhe chamarás Isaque; estabelecerei com ele a minha aliança, aliança perpétua para a sua descendência" (v. 19).
Apesar disso, Deus afirmou muito especificamente que havia ouvido as orações de Abraão a favor de Ismael: "Quanto a Ismael, eu te ouvi: abençoá-lo-ei, fá-lo-ei fecundo e o multiplicarei extraordinariamente; gerará doze príncipes, e dele farei uma grande nação" (v. 20). Mas o Senhor enfatizou que Ismael não era o portador da aliança, mas sim Isaque: "A minha aliança, porém, estabelecê-la-ei com Isaque, o qual Sara te dará à luz, neste mesmo tempo, daqui a um ano" (v. 21).
Bênçãos para Ismael
A escolha de Isaque, entretanto, não diminuiu a tremenda bênção sobre Ismael. Ismael deveria ser abençoado, ser frutífero, multiplicar-se, não apenas de maneira normal, mas "extraordinariamente". Ele seria pai de 12 príncipes e não se tornaria apenas uma nação, mas "uma grande nação".
O cumprimento dessa profecia encontra-se em Gênesis 25. Lemos na genealogia de Ismael que dele realmente descenderam 12 príncipes.
Ismael, portanto, não deve ser menosprezado ou rejeitado, pois Deus deu a ele e a seus descendentes grandiosas bênçãos e as promessas que acabamos de citar.
Entretanto, os descendentes de Ismael tornaram-se inimigos ferrenhos de Israel, descendentes de Isaque (veja Salmo 83). E permanecem assim até o dia de hoje.
Outros Descendentes de Abraão
Sara, a amada esposa de Abraão, deu à luz ao filho da promessa com 90 anos de idade e acabou morrendo aos 127 anos. Após Abraão ter enviado o seu servo para procurar uma esposa para Isaque, o que, incidentalmente, fornece-nos um quadro profético da Noiva de Cristo, achou obviamente que o seu chamado estava completado, que o seu ministério estava concluído.
Depois que Isaque se casou com Rebeca, Gênesis 25 diz: "Desposou Abraão outra mulher; chamava-se Quetura. Ela lhe deu à luz a Zinrã, Jocsã, Medã, Midiã, Isbaque e Suá. Jocsã gerou a Seba e a Dedã; os filhos de Dedã foram: Assurim, Letusim e Leumim. Os filhos de Midiã foram: Efá, Efer, Enoque, Abida e Elda. Todos estes foram filhos de Quetura. Abraão deu tudo o que possuía a Isaque. Porém, aos filhos das concubinas que tinha, deu ele presentes e, ainda em vida, os separou de seu filho Isaque, enviando-os para a terra oriental" (vv. 1-6). Abraão, já em idade avançada, criou outra família!
Pesquisando sobre a genealogia dessa família, descobrimos que os filhos de Abraão com Quetura também se tornaram inimigos ferrenhos de Israel. Portanto, vemos claramente que os árabes em geral, que reivindicam ter Abraão como pai, certamente pertencem à mesma família e estão ligados a Israel.
Nesse contexto, é extremamente interessante observar o que mostrou uma pesquisa recente:
Estudo de DNA comprova que judeus e árabes são parentes próximos, como diz aBíblia
(...) Com uma nova técnica baseada no estudo da descendência masculina, biólogos concluíram que as várias populações judaicas não apenas são parentes próximas umas das outras, mas também de palestinos, libaneses e sírios. A descoberta significa que todos são originários de uma mesma comunidade ancestral, que viveu no Oriente Médio há 4000 anos. Em termos genéticos significa parentesco bem próximo, maior que o existente entre os judeus e a maioria das outras populações. Quatro milênios representam apenas 200 gerações, tempo muito curto para mudanças genéticas significativas. Impressiona como o resultado da pesquisa é coerente com a versão expressa da Bíblia de que os árabes e judeus descendem de um ancestral comum, o patriarca Abraão.
(...) Os pesquisadores perceberam também que, apesar da longa diáspora, as populações judaicas mantiveram intacta a identidade biológica (...) O resultado não apenas está de acordo com a tradição bíblica como refuta as teses de que as comunidades judaicas atuais consistem principalmente de descendentes de convertidos de outras crenças... (Veja, 17/5/2000, p. 86, ênfase acrescentada)
Unidade Final
O conflito familiar no Oriente Médio não pode ser resolvido por diplomatas, nem pelos Estados Unidos, nem pela Europa e nem pelas Nações Unidas.
Apenas o próprio Senhor, o Príncipe da Paz, haverá de consegui-lo, pois Ele pagou o preço pela paz. Ele sozinho é capaz de promover a reconciliação; não a que é elaborada por hábeis políticos, num pedaço de papel, mas Ele ordenará a paz com base em Suas palavras: "...Está consumado!" Essas palavras estão seladas com Seu sangue eternamente eficaz. O verdadeiro preço pela paz já foi pago por completo!
Quando Israel finalmente O enxergar como Aquele a quem eles traspassaram e reconhecerem a Ele, o Salvador do mundo, o Messias de Israel, isto não mais ficará em segredo, mas também atingirá todas as nações ao redor de Israel. Deus, então, fará cumprir todas as promessas que deu a todos os filhos de Abraão.
O profeta Isaías previu o poder unificador do Senhor há mais de 2.700 anos: "Naquele dia, haverá estrada do Egito até à Assíria, os assírios irão ao Egito, e os egípcios, à Assíria; e os egípcios adorarão com os assírios. Naquele dia, Israel será o terceiro com os egípcios e os assírios, uma bênção no meio da terra; porque o SENHOR dos Exércitos os abençoará, dizendo: Bendito seja o Egito, meu povo, e a Assíria, obra de minhas mãos, e Israel, minha herança" (Isaías 19.23-25). (Arno Froese - http://www.chamada.com.br)
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